Buscar

Processo Folicular - Histologia

Prévia do material em texto

Análise da imagem 
 
 
 
Folículos primordiais 
Folículo primário 
Folículo secundário 
ou antral 
Corpo Lúteo 
Processo folicular 
 
 Os folículos primordiais são os folículos mais abundantes, ficam na porção mais externa do 
córtex do ovário, formados por um oócito primário, envolvidos por uma camada de células 
achatadas e granulosas. O oócito possui um núcleo grande, cromatina frouxa e nucléolo 
proeminente que é envolvido por um citoplasma eosinófilo, abundantes mitocôndrias e um 
complexo de golgi e retículo endoplasmático rugoso muito desenvolvidos. Os folículos primordiais 
são formados durante a vida fetal. A partir da puberdade, um pequeno grupo de folículos 
primordiais inicia o processo de crescimento folicular, que compreende modificações dos ovócitos, 
das células foliculares e dos fibroblastos do estroma ovariano que envolve cada um desses 
folículos. São escolhidos alguns folículos dentro do grupo de folículos primordiais através de um 
mecanismo ainda desconhecido, para saírem do estado quiescente e entrarem na fase de 
crescimento, que é estimulado pelo hormônio folículo estimulante (FSH). 
 
http://www.infoescola.com/embriologia/feto/
http://www.infoescola.com/sexualidade/puberdade/
http://www.infoescola.com/citologia/fibroblastos/
http://www.infoescola.com/hormonios/hormonio-foliculo-estimulante-fsh/
 Durante a primeira parte do crescimento folicular o crescimento do oócito é muito rápido. As 
células foliculares se dividem por mitose e formam assim uma camada única de células 
cuboides e o folículo passa a ser chamado de folículo primário unilaminar. A proliferação das 
células foliculares continua dando origem à um epitélio estratificado conhecido como camada 
granulosa, sendo que o folículo passa a receber o nome de folículo primário multilaminar ou 
folículo pré-antral. É secretada uma camada de glicoproteínas ao redor do oócito, denominada 
zona pelúcida. 
 Conforme os folículos crescem, vão se movendo para áreas mais profundas da região 
cortical e, uma certa quantidade de líquido folicular, começa a se acumular entre as células 
foliculares. Os espaços que contêm esse fluído se unem e as células que fazem parte da camada 
granulosa se reorganizam dando origem ao antro folicular que é uma grande cavidade. Esses 
são os folículos secundários ou folículos antrais. 
 Durante a reorganização das células da granulosa para a formação do antro, algumas 
células dessa camada se concentram em determinado local da parede do folículo originando um 
pequeno espessamento, chamado de cumulus oophorus, este serve de apoio para o oócito. 
Existe também um grupo de células foliculares que envolvem o oócito, constituindo a corona 
radiata, acompanhando este quando ele sai do ovário devido à ovulação. 
 Ao mesmo tempo que ocorrem essas modificações, o estroma localizado ao redor do 
folículo se modifica para formar as tecas foliculares, que possui duas camadas: a teca interna e 
a teca externa. Quando completamente diferenciadas, as células da primeira camada 
apresentam características ultra-estruturais de células produtoras de hormônios esteróides. 
Estas células sintetizam a androstenediona (hormônio esteróide) que é transportada para as 
células da granulosa. Estas células, sob influência do hormônio FSH, sintetizam uma enzima que 
transforma a androstenediona em esteróide. Este, por sua vez, difunde-se até o estroma ao redor 
dos folículos, cai na corrente sanguínea e é distribuído por todo o organismo. 
 Durante cada ciclo menstrual, um folículo cresce muito mais do que os outros, tornando-se 
o folículo dominante, chamado de folículo de Graaf ou folículo ovulatório. Os outros folículos que 
fazem parte do grupo que estavam crescendo com uma certa sincronia, entram em atresia. Como 
resultado do acúmulo de líquido, a cavidade folicular aumenta e a camada de células da 
granulosa da parede do folículo torna-se mais delgada. O processo total de crescimento folicular 
na mulher é de aproximadamente 90 dias. 
 O corpo lúteo, é uma estrutura endócrina relacionada com a produção do 
hormônio progesterona, necessário para a manutenção da gestação. O destino do corpo lúteo 
é dependente dos estímulos que ele irá receber após a sua formação. Pelo estímulo inicial de 
LH (hormônio responsável pela ovulação) o corpo lúteo é programado para secretar durante 10-
12 dias. Caso não haja nenhum estímulo adicional, suas células se degeneram por apoptose. 
http://www.infoescola.com/bioquimica/enzimas/
http://www.infoescola.com/hormonios/progesterona/
http://www.infoescola.com/citologia/apoptose/
Referências 
Junqueira, L. C.; Carneiro, J. Histologia Básica. 11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2008. 
 
Aldo, E. R, Mirta, V. A, & Roberto, R. A (2011). Histologia e embriologia humanas Bases 
celulares e moleculares (4º ed.) Porto Alegre: Artmed. 
 
Gametogênese: Estágio fundamental do desenvolvimento para reprodução humana (2007). 
Ribeirão Preto. Acesso em 13 de 09 de 2017, disponível em 
http://revista.fmrp.usp.br/2007/vol40n4/revisao_gametogenese.pdf

Continue navegando