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Ovário e Foliculogênese - Desenvolvimento Folicular

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 OVÁRIO 
→Sua função fisiológica é a liberação periódica de gametas (oócitos) e a produção de hormônios esteroides 
(estradiol e progesterona); 
→Essas funções são integradas em um processo contínuo e repetitivo de maturação folicular, ovocitação, 
formação do corpo lúteo e regressão folicular; 
→ O ovário é formado pelo córtex, pela medula central e pelo hilo. 
→Histologicamente: Epitélio germinativo – epitélio cúbico simples 
 Túnica albugínea – tecido conjuntivo denso 
→ O córtex, também chamado túnica albugínea, é a parte mais externa do ovário e na sua porção interna 
encontram-se os folículos envoltos por tecido estromal; 
→ A medula central é derivada das células mesonéfricas; e o hilo está em contato com o mesovário, que é rico 
em vasos e nervos e participa da esteroidogênese. 
 
 
#Folículo é o conjunto do ovócito e das células que o envolvem. Os folículos se localizam no tecido conjuntivo 
(estroma) da região cortical, o qual contém fibroblastos dispostos em um arranjo muito característico, 
formando redemoinhos. 
 
 Desenvolvimento inicial do ovário 
→No final do 1º mês de vida embrionária uma população de células germinativas primordiais migra do saco 
vitelino até os primórdios gonadais (início do desenvolvimento das gônadas); 
→ Nas gônadas, no sexo feminino, essas células se dividem e se transformam nas ovogônias (oogônias); 
→Essa divisão se dá de forma bastante intensa, de modo que, no segundo mês de vida intrauterina, há cerca de 
600 mil ovogônias e, em torno do quinto mês, há mais de 7 milhões. 
→ A partir do terceiro mês, as ovogônias começam a entrar na prófase I da primeira divisão meiótica, mas 
param em diplóteno e não progridem para as outras fases da meiose. Essas células constituem os ovócitos 
primários e são envolvidas por uma camada de células foliculares. 
→Antes do sétimo mês de gravidez a maioria das ovogônias se transformou em ovócitos primários; 
→Todavia, muitos ovócitos primários são perdidos por um processo degenerativo chamado atresia. Como 
consequência, no período da puberdade o número de ovócitos existentes nos ovários é reduzido para 
aproximadamente 300 mil. 
→Geralmente apenas um ovócito é liberado pelos ovários a cada ciclo menstrual e a vida reprodutiva dura de 
30 a 40 anos (de 15 a 20 folículos entram em desenvolvimento a cada ciclo, mas apenas continua e é ovocitado) 
 
FOLÍCULOS PRIMORDIAIS 
→ O folículo ovariano consiste em um ovócito envolvido por uma ou mais camadas de células foliculares, também 
chamadas células da granulosa. A maioria desses folículos está "em repouso" - são folículos primordiais 
formados durante a vida fetal e que nunca sofreram nenhuma transformação; 
→ Os folículos primordiais são 
formados por um ovócito primário 
envolvido por uma única camada 
de células foliculares achatadas; 
→ Essas células estão na fase da 
primeira prófase da meiose. 
→ Os cromossomos estão em 
grande parte desenrolados e não 
se coram intensamente. 
 
 
 
 
 Crescimento folicular - FOLICULOGÊNESE 
→É estimulado por FSH secretado pela hipófise – os folículos abandonam seu estado de repouso e entram na 
fase de crescimento; 
→ A partir da puberdade, a cada dia um pequeno grupo de folículos primordiais inicia esse processo, que 
compreende modificações do ovócito, das células foliculares e dos fibroblastos do estroma conjuntivo que 
envolve cada um desses folículos. 
 
FOLÍCULOS PRIMÁRIOS 
→ As células foliculares aumentam de volume e se dividem por mitose, formando uma camada única de células 
cuboides - neste momento o folículo é chamado de folículo primário unilaminar 
→ As células foliculares continuam proliferando e originam um epitélio estratificado também chamado de 
camada granulosa – com suas células da granulosa se comunicando por meio de junções comunicantes (junções 
gap) 
→O folículo é então chamado folículo primário multilaminar ou folículo pré-antral 
 
(Folículo ovariano pré-antral formado por um ovócito e por 
várias camadas de células da granulosa.) 
 
→Uma espessa camada amorfa, chamada zona pelúcida, 
composta de várias glicoproteínas, é secretada e envolve todo 
o ovócito 
→Acredita-se que o ovócito e as células foliculares contribuam 
para a síntese da zona pelúcida. Delgados prolongamentos de 
células foliculares e microvilos do ovócito penetram na pelúcida 
e estabelecem contato entre si por junções comunicantes. 
→A zona pelúcida é a principal responsável por impedir a 
adesão do blastocisto antes que ele chegue ao endométrio do 
útero (evita gravidez ectópica); também é uma das 
responsáveis por evitar a polispermia e a fecundação por sptz 
de outras espécies em casos de zoofilia. 
 
 
 
FOLÍCULOS SECUNDÁRIOS OU ANTRAIS 
→À medida que os folículos crescem, principalmente em virtude do aumento (em tamanho e número) das células 
da granulosa, eles ocupam as áreas mais profundas da região cortical. O líquido chamado líquido folicular começa 
a se acumular entre as células foliculares. Os pequenos espaços que contêm esse fluido se unem e as células da 
granulosa gradativamente se reorganizam, formando uma grande cavidade, o antro folicular 
 
→O líquido folicular contém componentes do plasma e produtos secretados por células foliculares 
{glicosaminoglicanos, várias proteínas (inclusive proteínas ligantes de esteroides) e altas concentrações de 
esteroides (progesterona, andrógenos e estrógenos)}. (contém também ácido hialurônico) 
 
*Tecas foliculares 
→Durante as modificações sofridas pelo folículo o estroma situado imediatamente em sua volta também se 
modifica para formar as tecas foliculares, com duas camadas - a teca interna e a teca externa. 
→As células da teca interna, quando completamente diferenciadas, são poliédricas, têm núcleos arredondados 
e citoplasma acidófilo - são células produtoras de esteroides (produz androstenediona – precursor androgênico 
– por ação de FSH converte testosterona em estradiol, por uma enzima chamada de aromatase) 
→As células da teca externa são semelhantes às células do estroma ovariano, porém se arranjam de modo 
organizado concentricamente em volta do folículo. (fibrosa) 
→Entre a teca interna e a granulosa existe uma lâmina basal. 
→Pequenos vasos sanguíneos percorrem a teca interna, provenientes do estroma circundante, e formam um rico 
plexo capilar ao redor das células secretoras dessa camada que, como todos os órgãos de função endócrina, é 
muito vascularizada. 
(Obs: existe um sinergismo funcional entre as células foliculares e da teca interna para a produção final de 
estradiol) 
 
FOLÍCULOS PRÉ-OVULATÓRIOS 
→Normalmente durante cada ciclo menstrual um folículo antral cresce muito mais que os outros e se torna o 
folículo dominante, que pode alcançar o estágio mais desenvolvido de crescimento e prosseguir até a ovulação. 
→Quando alcança seu máximo desenvolvimento, esse folículo é chamado folículo maduro, pré-ovulatório ou de 
Graaf 
→Os demais folículos entram em atresia 
→O folículo maduro é tão grande que provoca 
saliência na superfície do ovário e pode ser 
detectado por ultrassom. (15 a 20mm de 
diâmetro, imediatamente ANTES da ovocitação) 
 
 
 Atresia folicular 
→Processo de involução por meio do qual as 
células foliculares e ovócitos morrem e são 
eliminados por células fagocíticas 
→Folículos em qualquer fase do desenvolvimento 
podem sofrer atresia 
→A atresia folicular é grandemente acentuada 
logo após o nascimento, quando o efeito de 
hormônios maternos cessa, e durante a 
puberdade e a gravidez, quando acontecem 
marcadas modificações hormonais qualitativas e 
quantitativas. 
 OVOCITAÇÃO (ovócito II) 
→Consiste na ruptura de parte da parede do 
folículo maduro e a consequente liberação do 
ovócito, que será capturado pela extremidade 
dilatada da tuba uterina. 
→Ocorre aproximadamente na metade do ciclo 
menstrual, por volta do 14ª dia em um ciclo de 
28 dias.→Geralmente só um ovócito é liberado a cada 
ciclo; 
→Quando não ocorre ovocitação chama-se de 
ciclo anovulatório. 
→Às vezes, dois ou mais ovócitos podem ser 
expelidos ao mesmo tempo e, se forem fertilizados, podem desenvolver-se em dois ou mais embriões (originando 
gêmeos fraternos). 
→O estímulo para a ovulação é um pico de secreção de hormônio luteinizante – LH liberado pela hipófise 
em resposta aos altos níveis de estrógeno circulante produzido pelos folículos em crescimento. 
→Poucos minutos após o aumento de LH circulante há um aumento do fluxo de sangue no ovário, e proteínas 
do plasma escoam por capilares e vênulas pós-capilares, resultando em edema. Há liberação local de 
prostaglandinas, histamina, vasopressina e colagenase. As células da granulosa produzem mais ácido 
hialurônico e se soltam de sua camada. Uma pequena área da parede do folículo enfraquece por causa da 
degradação de colágeno da túnica albugínea, por causa de isquemia e pela morte de algumas células. Essa 
fraqueza localizada e possivelmente a contração de células musculares lisas que circundam o folículo conduz à 
ruptura de parte da parede exterior do folículo e à ovulação. 
→A primeira divisão meiótica é completada um pouco antes da ovulação (até este momento o ovócito 
estava desde a vida fetal na prófase I da meiose). Os cromossomos são divididos igualmente entre as 
células-filhas, mas um dos ovócitos secundários retém quase todo o citoplasma. O outro se toma o primeiro 
corpúsculo polar, uma célula muito pequena que contém um pequeno núcleo e uma quantidade mínima de 
citoplasma. Imediatamente após a expulsão do primeiro corpo polar o núcleo do ovócito inicia a segunda 
divisão da meiose, que estaciona em metáfase até que haja fertilização. (metáfase II) 
→O ovócito II liberado permanece ávido por 24 para ser fecundado, caso isso não ocorra ele degenera e é 
fagocitado; 
 
 CORPO LÚTEO (ou corpo amarelo) 
→Após a ovocitação, as células da granulosa e as células da teca interna do folículo que ovulou se reorganizam 
e formam o CORPO LÚTEO – uma glândula endócrina temporária (secreta progesterona) 
→A perda do fluido folicular após a ovulação resulta em colapso da parede do folículo, que se torna pregueada. 
Devido à ruptura da parede do folículo um pouco de sangue pode fluir para a cavidade do antro folicular, onde 
coagula e é, depois, invadido por tecido conjuntivo; esse tecido conjuntivo constitui a parte mais central do 
corpo lúteo, acompanhado de restos de coágulos de sangue que são gradualmente removidos. Embora as células 
da granulosa não se dividam depois da ovocitação, elas aumentam de tamanho e vão compor aproximadamente 
80% do parênquima do corpo lúteo, passando então a 
ser chamadas de células granulosa-luteínicas, com 
características de células secretoras de esteroides. 
→Ademais, as células da teca interna também 
contribuem para a formação do corpo lúteo, originando 
as células teca-luteínicas, as quais são semelhantes às 
granulosa-luteínicas, mas são menores. Elas tendem a 
se acumular nas pregas da parede do corpo lúteo. 
→Os vasos sanguíneos e linfáticos, que eram restritos 
à teca interna crescem e dirigem-se para o interior do 
corpo lúteo, formando uma abundante rede vascular. 
 
→A reorganização do folículo ovulado e o 
desenvolvimento do corpo lúteo resultam de 
estímulo pelo hormônio luteinizante liberado 
antes da ovulação. Ainda sob efeito do LH, as 
células modificam seus componentes enzimáticos 
e começam a secretar progesterona e 
estrógenos. 
 
Os hormônios hipofisários controlam a maioria 
das funções ovarianas. O hormônio 
foliculoestimulante (FSH) estimula o 
crescimento dos folículos e a síntese de 
estrógeno pelas células da granulosa. O 
hormônio luteotrófico (LH) induz ovocitação e 
transforma a camada de granulosa e a teca 
interna em uma glândula endócrina, o corpo 
lúteo. Estrógeno e progesterona, produzidos no 
ovário, agem no hipotálamo estimulando ou 
inibindo a secreção de hormônio liberador de 
gonadotropina (GnRH). 
 
 
 Destino do corpo lúteo 
→Seu destino dependerá de como ele será estimulado após a sua formação; 
→Pelo estímulo inicial de LH (que ocasionou a ovulação) o corpo lúteo é programado para secretar durante 10 a 
12 dias (14 dias). Se não houver nenhum estímulo adicional, suas células degeneram por apoptose. 
→Uma das consequências da secreção decrescente de progesterona (por falta de estímulo de LH) é a 
menstruação, que é a descamação de parte da mucosa uterina. Altas taxas de estrógeno circulante inibem a 
liberação de FSH pela hipófise. 
→Em contrapartida, depois da degeneração do corpo lúteo, a concentração de esteroides do sangue diminui e 
FSH é liberado em quantidades maiores, estimulando o crescimento rápido de alguns folículos e iniciando o ciclo 
menstrual seguinte. 
→O corpo lúteo que dura só parte de um ciclo menstrual é chamado corpo lúteo de menstruação. Seus restos 
são fagocitados por macrófagos. Fibroblastos adjacentes invadem a área e produzem uma cicatriz de tecido 
conjuntivo denso chamada corpo albicans (“corpo branco", por causa da sua grande quantidade de colágeno) 
 
 
→Caso o ovócito liberado seja fecundado e uma gravidez se instaure, um sinal é mandando para o corpo lúteo 
pelo embrião implantado, cujas células trofoblásticas sintetizam o hormônio gonadotrofina coriônica humana 
(HCG). 
→A ação do HCG é semelhante à ação do LH, estimulando o corpo lúteo; dessa forma o HCG resgata o 
corpo lúteo da degeneração, causa crescimento 
adicional desta glândula endócrina e estimula a 
secreção de progesterona pelo corpo lúteo 
durante pelo menos metade da gravidez. 
→Progesterona – mantém a mucosa uterina; 
estimula a secreção das glândulas uterinas – isso é 
muito importante para nutrição do embrião antes 
de a placenta se tornar funcional 
→Corpo lúteo de gravidez persiste durante 4 a 5 
meses e em seguida degenera e é substituído por 
um corpo albicans – sendo esse bem maior que o 
corpo albicans da menstruação.

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