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Histopatologia 1 - UC11 - Ovários

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1 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
 
 
CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS DOS OVÁRIOS NORMAIS 
 
FUNÇÕES DO OVÁRIO 
GAMETOGÊNESE – 
OOCITOGÊNESE 
• Produção de gametas. 
• Os gametas em desenvolvimento são denominados oócitos. 
• Os gametas maduros são conhecidos como óvulos. 
ESTEROIDOGÊNESE 
• ESTROGÊNIOS: promove o crescimento e a maturação dos órgãos sexuais internos e externos e são 
responsáveis pelas características sexuais femininas. Promove o desenvolvimento das mamas por 
meio do estímulo do crescimento dos ductos e do estroma e do acúmulo do tecido adiposo. 
• PROGESTÓGENOS: preparam os órgãos sexuais internos, principalmente o útero, para a gravidez, 
promovendo alterações secretoras no endométrio. Preparam as adaptações das glândulas mamárias 
por meio da promoção da proliferação lobular. 
Ambos hormônios desempenham importante papel no ciclo menstrual e preparam o útero para a 
implantação do óvulo fertilizado → se não ocorrer, o endométrio sofre degeneração (menstruação). 
ESTRUTURA DO OVÁRIO 
• ANTES DA PUBERDADE: a superfície do ovário é lisa. 
• DURANTE A VIDA REPRODUTIVA: acumula progressivamente cicatrizes irregulares – consequência das repetidas ovulações. 
• PÓS-MENOPAUSA: apresentam cerca de um quarto do tamanho observado no período reprodutivo. 
CÓRTEX (REGIÃO CORTICAL) MEDULA (REGIÃO MEDULAR) 
Localizada na porção periférica do ovário, circundando a 
medula. Contém os folículos ovarianos inseridos em tecido 
conjuntivo ricamente celularizado. Possui fibras musculares 
lisas dispersas no estroma, envolvendo o os folículos. 
Localizada na porção central do ovário; contém tecido 
conjuntivo frouxo, massa de vasos sanguíneos contorcidos de 
calibre grande, vasos linfáticos e nervos. 
Histologia dos Ovários 
 
2 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
 
SUPERFÍCIE DO OVÁRIO 
• Recoberta por uma única camada de células 
cubóides, que podem se tornar pavimentosas – epitélio 
germinativo → é contínuo com o mesotélio que recobre o 
mesovário. 
 As células germinativas primordiais são de origem 
extragonádica, migram do saco vitelino embrionário. 
• Uma camada de tecido conjuntivo denso, mais 
fibrosa – túnica albugínea – situa-se entre o epitélio 
germinativo e o córtex subjacente. 
Os tumores que surgem da superfície epitelial do ovário 
são responsáveis por mais de 70% dos cânceres de ovário. 
 
3 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
FOLÍCULOS OVARIANOS 
• São de vários tamanhos, contendo, cada um deles, um único oócito. 
• Estão distribuídos no estroma do córtex. 
• O tamanho de um folículo indica o estado de desenvolvimento do 
oócito. 
São identificados três tipos básicos de folículos ovarianos: 
 FOLÍCULOS PRIMORDIAIS. 
 FOLÍCULOS EM CRESCIMENTO, que ainda são subdivididos em 
folículos primários e secundários (ou antrais). 
 FOLÍCULOS MADUROS ou folículos de Graaf. 
Durante o ciclo menstrual, são encontrados folículos em todos os estágios 
de desenvolvimento, mas com predomínio dos primordiais. 
• Constitui o estágio mais inicial do desenvolvimento folicular – surgem 
pela primeira vez nos ovários durante o terceiro mês de 
desenvolvimento fetal. 
• O crescimento inicial é independente de estimulação das gonadotropinas. 
• No ovário maduro, são encontrados no estroma do córtex, imediatamente abaixo da túnica albugínea. 
• O oócito é circundado por uma camada única de células foliculares pavimentosas – a superfície externa das células foliculares 
é delimitada por uma lâmina basal. 
• O oócito e as células foliculares circundantes estão intimamente apostos uns aos outros. 
• O citoplasma do oócito (ooplasma) contém um corpúsculo de Balbiani – um acúmulo localizado de membranas e vesículas de 
Golgi, retículo endoplasmático, centríolos, numerosas mitocôndrias e lisossomos. 
• Contém lamelas anulares e numerosas vesículas pequenas dispersas por todo o citoplasma, com pequenas mitocôndrias 
esféricas. Cada camada inclui estruturas porosas. 
Os oócitos estão presentes desde o nascimento e têm 
seu desenvolvimento interrompido na primeira divisão 
meiótica. Durante a puberdade, pequenos grupos de 
folículos sofrem crescimento e maturação cíclicos. Em 
geral, a primeira ovulação não ocorre por um período 
de 1 ano ou mais após a menarca. 
A maturação e a liberação de mais de um oócito na 
ovulação podem levar a múltiplos zigotos. 
Durante a vida reprodutiva, a mulher produz apenas 
cerca de 400 óvulos maduros. A maioria dos 600.000 a 
800.000 de oócitos primários estimados no 
nascimento não completa a maturação e é perdida por 
atresia – processo de morte espontânea e reabsorção 
subsequente dos oócitos imaturos. 
Os oócitos que permanecem no período da menopausa 
sofrem degeneração no decorrer dos anos. 
A. Oócito detido na prófase da primeira divisão meiótica. O oócito está firmemente circundado por uma única camada de células 
foliculares pavimentosas. A superfície externa dessas células é separada do tecido conjuntivo por uma lâmina basal. O ooplasma 
contém organelas características incluindo um corpúsculo de Balbiani, lamelas anulares e pequenas mitocôndrias esféricas. B. 
Mostra os oócitos circundados por uma única camada de células foliculares (CF) achatadas. Em geral, o núcleo (N) do oócito 
ocupa uma posição excêntrica. Dois oócitos, cujos núcleos não estão incluídos no plano de corte (X). de modo semelhante, dois 
folículos (setas) nos quais as células foliculares são vistas em cortes frontal ou tangencial. O oócito não aparece no corte. 
 
4 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
• Primeiro estágio no desenvolvimento do folículo em desenvolvimento. 
• O oócito aumenta de tamanho e ocorre proliferação das células 
foliculares achatadas circundantes – se tornam cubóides – FOLÍCULO 
PRIMÁRIO UNILAMINAR. O hormônio FSH ajuda na proliferação. 
• À medida que cresce, o oócito secreta proteínas específicas, que são 
organizadas em um revestimento extracelular denominado zona 
pelúcida. 
 Se localiza entre o oócito e as células foliculares adjacentes. 
 Composta por três classes de glicoproteínas ácidas sulfatadas (ZP-
1, ZP-2, ZP-3). 
 A ZP-3 (mais importante) atua como receptor para a ligação do 
espermatozoide e indutor da reação acrossômica. 
 A ZP-2 atua como proteína secundária de ligação de 
espermatozoides. 
 A ZP-1 possui função não identificada. 
 A zona pelúcida é uma camada homogênea e refringente. 
• Por meio de sua rápida proliferação mitótica, a camada única de células 
foliculares dá origem a um epitélio estratificado, a membrana granulosa 
(estrato granuloso), que circunda o oócito - FOLÍCULO PRIMÁRIO 
MULTILAMINAR. 
 As células foliculares são agora identificadas como células da 
granulosa. 
 A lâmina basal e mantém entre a camada mais externa de células 
foliculares, que se tornam colunares, e o estroma de tecido 
conjuntivo. 
• Ausência de uma barreira hematofolicular: a camada basal de células 
da granulosa não contém zônulas de oclusão elaboradas. O moimento 
de nutrientes e de pequenas macromoléculas informacionais do sangue para o líquido folicular é essencial para o 
desenvolvimento normal do óvulo e do folículo. 
 
Folículo primário imaturo. A. desenho esquemático. Formação da zona pelúcida entre o oócito e as células foliculares adjacentes. 
O oócito em crescimento é circundado por uma única camada de células foliculares cuboides. B. Camada distinta de células 
foliculares (CF) que circunda o oócito. 
 
5 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
• Á medida que as células granulosas proliferam, as células do estroma que circundam imediatamente o folículo formam uma 
bainha de células de tecido conjuntivo, conhecida como teca folicular, de localização imediatamente externa à lâmina basal. 
Diferencia-se em duas camadas: 
 TECAINTERNA: camada interna altamente vascularizada de células secretoras cuboides. 
 As células totalmente diferenciadas apresentam características ultraestruturais de células produtoras de esteroides. 
 As células apresentam um grande número de receptores de hormônio luteinizante (LH) → em resposta à estimulação 
do LH, essas células sintetizam e secretam os androgênios que são os precursores dos estrogênios. (androstenediona) 
 Contém fibroblastos, feixes de colágeno e uma rede rica de pequenos vasos, típica dos órgãos endócrinos. 
 TECA EXTERNA: camada externa e contém principalmente células musculares lisas e feixes de fibras colágenas. 
• Os limites entre as camadas da teca e entre a teca externa e o estroma circundante não são distintos. 
 No entanto, a lâmina basal entre a camada granulosa e a teca interna separa o rico leito capilar da teca interna da camada 
granulosa, que é avascular durante o período de crescimento folicular. 
• INÍCIO DA MATURAÇÃO DO OÓCITO: 
 Aumento da quantidade de organelas. 
 Presença de grânulos corticais (contém proteases que são liberadas por exocitose quando o óvulo é ativado pelo 
espermatozoide). 
Para o crescimento do oócito e dos folículos, são necessários: FSH, fatores de crescimento, íons cálcio, 
 
 
 
 
 
A. desenho esquemático mostrando massa de múltiplas camadas de células granulosas (que se diferenciam das células foliculares) 
circundando o oócito. A camada mais interna das células granulosas e adjacente à zona pelúcida, enquanto a camada mais externa 
repousa sobre a lâmina basal, que é adjacente às células do estroma – teca folicular. O detalhe em formato de círculo mostra a 
ultraestrutura de um oócito e as células foliculares adjacentes. Numerosas microvilosidades do oócito e prolongamentos delgados das 
células da granulosa estendem-se para dentro da zona pelúcida que circunda o oócito. Os prolongamentos das células da granulosa 
entram em contato com a membrana plasmática do oócito. B. Podem ser observadas múltiplas camadas de células da granulosa (CG) 
circundando o oócito primário. A zona pelúcida (ZP) está presente entre o oócito e as células foliculares. 
 
6 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
• Caracteriza-se por um anto que contém líquido. 
• Quando o estrato granuloso alcança a espessura de 6 a 12 camadas de células, surgem cavidades repletas de líquido entre as 
células da granulosa. 
• Á medida que o líquido rico em ácido hialurônico, denominado líquido folicular, continua se acumulando entre as células da 
granulosa, as cavidades começam a coalescer, formando finalmente uma única cavidade em formato de crescente, denominada 
antro → folículo secundário ou antral. (Pode ter inicialmente vários antros, que irão se unir para formar um só) 
• O oócito não sofre crescimento adicional → a inibição do crescimento é obtida pela existência de um pequeno peptídeo 
denominado inibidor da maturação do oócito (OMI), que é secretado pelas células da granulosa dentro do líquido antral. 
 Há um correlação direta entre o tamanho do folículo secundário e a concentração de OMI. 
 A concentração é mais alta nos folículos pequenos e mais baixa nos folículos maduros. 
• As células do cúmulo oóforo formam a coroa radiada (corona radiata) ao redor do oócito do folículo secretor. 
 Á medida que o folículo secundário aumenta de tamanho, o antro, revestido por várias camadas de células da granulosa, 
também aumenta. 
 O estrato granuloso tem espessura relativamente uniforme, exceto na região associada ao oócito → Nesse local, as células 
da granulosa formam uma região espessada – o cúmulo oóforo – que se projeta para dentro do antro. 
 As células do cúmulo oóforo que circundam imediatamente o oócito são denominadas coroa radiada → composta de células 
do cúmulo que emitem microvilosidades que penetram em toda ZP e comunicam-se, por meio de junções comunicantes, com 
as microvilosidades do ovócito. 
• Corpúsculo de Call-Exner: são secretados pelas células da granulosa e contém ac. Hialurônico e proteoglicanos. Está localizado 
entre as células da granulosa. 
 
B. Folículo secundário. O antro (A), preenchido com líquido 
folicular, é visível no estrato granuloso (EG). Podem ser 
observadas múltiplas camadas de células da teca interna (TI) e 
células da teca externa (TE) fora da lâmina basal do folículo 
secundário. 
A. Antro repleto de líquido, que surge em decorrência da 
coalescência de pequenas cavidades repletas de líquido entre 
as células da granulosa. Apresenta numerosas células 
granulosas em divisão. Os corpúsculos de Call-Exner aparecem 
nesse estágio. O detalhe mostra a relação entre as células da granulosa, a lâmina basal e as tecas interna e externa. As células da 
TI diferenciam-se em altamente vascularizadas e produtoras de esteroides. A lâmina basal limita as células da granulosa da TI. 
 
7 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
• Contém o ovócito secundário maduro e apresenta diâmetro de 10mm ou mais. 
• Ele se estende por toda a espessura do córtex do ovário e provoca abaulamento na superfície do ovário. 
• À medida que o folículo se aproxima de seu tamanho máximo, a atividade mitótica das células da granulosa diminui. 
• À medida que o antro aumenta de tamanho, o estrato granuloso torna-se mais fino. 
• Conforme os espaços entre as células da granulosa continuam aumentando, o oócito e as células do cúmulo são gradualmente 
afastados do restante das células da granulosa, preparando-se para a ovulação. 
• As células do cúmulo que circundam o oócito formam agora uma única camada de células da coroa radiada. 
• DURANTE O PERÍODO DE MATURAÇÃO FOLICULAR: 
 As camadas da teca tornam-se mais proeminentes. 
 Surgem gotículas lipídicas no citoplasma das células da teca interna, as quais exibem características ultraestruturais 
associadas a células produtoras de esteroides. 
• HORMÔNIOS: 
 O LH estimula as células da TI a secretar androgênios, mas elas não são capazes de produzir estrogênios por ausência da 
enzima aromatase. 
 As células da granulosa contêm aromatase e em resposta ao FSH, essas células catalisam a conversão dos androgênios em 
estrogênios, que irão estimular a proliferação das células da granulosa, e, portanto, irão aumentar de tamanho do folículo. 
 Os níveis elevados de estrogênios de fontes tanto folicular quanto sistêmica estão correlacionados com a sensibilização 
aumentada dos Gonadotropos ao hormônio de liberação das gonadotropinas. 
 A adenohipófise induz um surto de liberação de FSH e LH 24 horas antes da ovulação. 
 Em resposta ao surto de LH, os receptores de LH nas células da granulosa são infrarregulados (dessensibilizados), e as 
células da granulosa param de produzir estrogênios em resposta ao LH. 
 Desencadeada pelo surto de LH, a primeira divisão meiótica do oócito primário é reiniciada. Esse evento ocorre entre 
12 a 24 horas após o surto de LH, resultando na formação do oócito secundário e do primeiro corpúsculo polar. 
 As células tanto da granulosa quanto da teca sofrem então luteinização e passam a produzir progesterona. 
 
 
Folículo secundário em um estágio avançado de desenvolvimento. A. grande antro contendo um oócito inserido no cúmulo oóforo. 
As células do cúmulo oóforo que circundam imediatamente o oócito permanecem com ele após a ovulação e são denominadas coroa 
radiada. B. Observa-se o grande antro (A) preenchido com liquido e o cúmulo oóforo (CO) contendo o oócito. As células remanescentes 
que circundam o lúmen do antro constituem a membrana granulosa (estrato granuloso, EG). A superfície do óvulo é visível a direita. 
Observe a existência de dois folículos primários (parte superior a direita). 
 
8 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC11 | MEDICINAUNIT AL 
 
OVULAÇÃO 
• É o processo pelo qual um oócito secundário é liberado no folículo de Graaf. 
• Durante a ovulação, o oócito atravessa toda a parede do folículo, incluindo o epitélio germinativo. 
• Uma combinação de alterações hormonais e efeitos enzimáticos é responsável pela liberação do oócito secundário na metade 
do ciclo menstrual. Tais fatores incluem: 
 Aumento no volume e na pressão do líquido folicular. 
 Proteólise enzimática da parede folicular pelo plasminogênio ativado. 
 Depósito de glicosaminoglicanos direcionado por hormônios entre o complexo oócito-cúmulo e o estrato granuloso. 
 Contração das fibras musculares lisas na camada externa da teca, desencadeada por prostaglandinas. 
 
CORPO LÚTEO 
• Após a ovulação, as células da granulosa e da teca interna do folículo que ovulou se reorganizam e formam uma glândula 
endócrina temporária – o corpo lúteo. 
1. O sangramento dos capilares da TI para dentro do lúmen folicular leva à formação do corpo hemorrágico com um coágulo 
central. 
2. Em seguida, o tecido conjuntivo do estroma invade a antiga cavidade folicular. 
3. As células da granulosa e da camada interna da teca diferenciam-se então em células lúteas granulosas e células lúteas 
tecais por luteinização. 
4. Essas células lúteas sofrem alterações morfológicas drásticas, aumentando de tamanho e enchendo-se com gotículas 
lipídicas. Em nível ultraestrutural, as células exibem características associadas a células secretoras de esteroide, isto é, 
quantidade abundante de REL e mitocôndrias com cristas tubulares. 
• São identificados dois tipos de células lúteas: 
RESUMINDO 
A ovulação consiste na liberação do ovócito a partir da ruptura da parede do folículo maduro. O ovócito, até então bloqueado em 
prófase I da meiose, irá completar sua primeira divisão meiótica pouco antes da ovulação. A ovulação é estimulada por um pico 
de LH, liberado pela adenohipófise em resposta aos altos níveis de estrógeno produzidos pelos folículos ovarianos em 
crescimento. Com a ruptura da parede folicular, o ovócito deixa o ovário (juntamente com as células do cumulus, sendo essa 
estrutura chamada de complexo cumulus-oócito) em direção à tuba uterina onde pode ser fertilizado. Caso não ocorra fertilização, 
o ovócito degenera e é fagocitado, pela falta de estímulos tróficos do FSH. 
OBS: a meiose II só se completa com a fecundação. 
OBS: São cerca de 90 dias para que um folículo 
primordial chegue até a fase de folículo dominante. A 
cada mês, cerca de 8 a 12 vão começar a se 
desenvolver. Um deles irá progredir e os outros irão 
sofrer atresia folicular. 
Aspecto dos folículo atrésicos: células não são coesas, 
a estrutura é desorganizada (pode conter fibrina). 
 
 
10 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
 CÉLULAS LUTEÍNICAS DA GRANULOSA: células grandes e de localização central derivadas das células da granulosa. 
Constituem cerca de 80% do corpo lúteo e sintetizam estrogênios, progesterona e inibina (que regula a produção e a secreção 
de FSH pela adenohipófise). 
 CÉLULAS LUTEÍNICAS DA TECA: células menores, mais intensamente coradas e de localização periférica, derivadas das 
células da camada interna da teca. Representam 20% do corpo lúteo e secretam androgênios e progesterona. 
5. À medida em que o corpo lúteo começa a se formar, os vasos sanguíneos e linfáticos da TI crescem rapidamente dentro da 
camada granulosa, e uma rica rede vascular é estabelecida no corpo lúteo. Essa estrutura altamente vascularizada, localizada no 
córtex do ovário, secreta progesterona e estrogênios. 
6. Esses hormônios estimulam o crescimento e a atividade secretora do endométrio, preparando-o para a implantação do zigoto 
em desenvolvimento caso haja fertilização. 
7. Mesmo não havendo fertilização e implantação, o corpo lúteo permanece ativo por 14 dias → na ausência de gonadotropina 
coriônica humana (hCG) e de outras luteotropinas, a taxa de secreção de progestógenos e estrogênios declina, e o corpo lúteo 
começa a sofrer degeneração entre o 10º e o 12º dia após a ovulação. 
8. O corpo lúteo de degenera e sofre involução lenta após a gravidez ou a menstruação. As células tornam-se carregadas de 
lipídios, diminuem de tamanho e sofrem autólise. 
9. Uma cicatriz branca – o corpo albicans – é formada à medida que ocorre acúmulo de material hialino entre as células em 
degeneração do antigo corpo lúteo. O corpo albicans aprofunda-se no córtex do ovário à medida que involui lentamente no 
decorrer de vários meses. 
 
A. As células luteínicas granulosas formam uma camada espessa pregueada ao redor da antiga cavidade (Cav) folicular. Nas pregas 
estão as células da TI (setas). B. mostra parte do corpo lúteo em maior aumento. A massa de células principal é composta de células 
luteínicas granulosas (CLG). Estas apresentam um volumoso núcleo esférico e uma grande quantidade de citoplasma. As células 
luteínicas tecais (CLT) também apresentam núcleo esférico, mas são consideravelmente menores que as CLG. 
 
11 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
 
 
 
12 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
IMAGENS HISTOLOGY GUIDE 
 
Folículos primordiais Folículos primário unilaminar 
Folículos primário multilaminar Folículo secundário (antral) 
Folículo maduro (de Graaf) 
Corpo Lúteo 
 
13 Mayra Alencar @maydicina | HISTOPATOLOGIA | P4 – UC11 | MEDICINA UNIT AL 
CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS DOS OVÁRIOS COM CISTOS DE CORPO LÚTEO 
• Cistos de corpo lúteo resulta m da hemorragia excessiva no corpo lúteo e do fechamento cicatricial precoce no ponto de ovulação. 
• Em geral, mede 2,5cm. 
• ASPECTOS MACROSCÓPICOS: A parede é castanho-amarelada, a superfície interna é lisa e o conteúdo é hemorrágico no início 
e incolor quando ocorre sua reabsorção. 
• Ocorrem após a ovulação e são causados por uma secreção aumentada de progesterona que resulta em aumento de líquido no 
corpo lúteo. 
• As manifestações incluem dor, sensibilidade sobre o ovário, atraso menstrual e fluxo menstrual irregular. Em geral desaparecem 
sem tratamentos. 
• Geralmente não interferem com a produção hormonal ovariana nem com o padrão ou duração do ciclo menstrual, porém podem 
persistir funcionalmente ativos por mais de duas semanas, que é o período médio de duração da fase lútea. Assim, haverá 
continuidade da produção de estrógeno e progesterona que impedirá a descamação do endométrio, provocando atraso 
menstrual. 
• Paralelamente, a distensão do corpo lúteo poderá provocar dor em baixo ventre e ao toque vaginal, podendo observar uma massa 
anexial à USG confundida com gravidez ectópica (Obs.: Esse quadro é conhecido como Síndrome de Halban e uma dosagem 
negativa das gonadotrofinas coriônicas confirmará o diagnóstico). 
• MORFOLOGIA: Preenchidos por líquido seroso claro e revestidos por uma borda de tecido amarelo vivo contendo células 
granulosas luteinizadas. Células da teca externa podem ser proeminentes devido às maiores quantidades de citoplasma pálido 
(luteinizado). Obs.: Se essa alteração for pronunciada (hipertecose), ela pode estar associada ao aumento na produção de 
estrógeno e anormalidades endometriais.

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