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Capítulo 9 – Sabões e detergentes GLICERINA Segundo Shreve e Brink (1980, p.448-451) a glicerina 1 é um líquido claro, quase incolor, com um gosto adocicado, mas sem cheiro. Foi preparada pela primeira vez pelo químico sueco Carl Wilhelm Scheele, em 1779, mediante o aquecimento do óleo de oliva com litargírio (monóxido de chumbo). Na lavagem com água, obtém-se uma solução adocicada, que forma, com a evaporação da água, um líquido pesado e viscoso; seu descobridor denominou-o “o princípio doce das gorduras”. Em 1823, Michel Eugène Chevreul demonstrou, em seus famosos trabalhos sobre gorduras, que a glicerina era uma parte integrante das mesmas e que existe com elas combinadas como éster de ácido graxo. Anos mais tarde, a glicerina fora sinteticamente sintetizada a partir do 1,2-dicloropropano, passando a triclorohidrina e esquentando este com água, tem-se: H3C CH CH2 Cl Cl H2C CH CH2 Cl ClCl H2C CH CH2 OHOH OH Este procedimento foi posteriormente aperfeiçoado para obtenção industrial da glicerina a partir de derivados petroquímicos. A glicerina também pode ser obtida pela fermentação alcoólica do açúcar. A fermentação da glicose, por exemplo, produz 2,5-3,6% de glicerina. Controlando melhor as variáveis experimentais, tais como seleção apropriada de tipos de leveduras, rápida fermentação e temperatura conveniente, pode-se aumentar significativamente a produção de glicerina . Mesmo que a forma de obtenção da glicerina seja conhecida desde o início do século XIX, não se obteve industrialmente quantidades consideráveis do produto até que se compreendesse o mecanismo de 1 O termo glicerina é destinado ao produto comercial purificado que contém teor ≥95% de glicerol. O termo glicerol só é aplicado para o 1,2,3-propanotriol puro. desdobramento das gorduras para obtenção de estearina 2 nessa mesma época. Também não se tinha grandes aplicações para a glicerina produzida como coproduto da fabricação de estearina, além do fato de que a forma de execução da saponificação de gorduras naquela época, por meio do uso de cal, ser bastante irracional, o que dificultava o isolamento da glicerina obtida. Em 1846, o químico italiano Ascanio Sobrero produziu pela primeira vez a nitroglicerina 3 (estrutura apresentada na Figura 9.1) e, em 1868, Alfred Nobel absorveu-a em diatomita, tornando seguro o seu manuseio como dinamite. Estas descobertas provocaram o aumento na demanda de glicerina. Quando mais tarde se viu que a glicerina era especialmente apropriada para outras aplicações, tornou-se insuficiente sua obtenção através das fábricas de estearina. Por este razão, as fábricas de sabão começaram também a extrair a glicerina das gorduras. Na indústria de sabão, a maior parte da glicerina, juntamente com outros coprodutos resultantes da saponificação, era inicialmente descartada sem aproveitamento algum. A obtenção de uma glicerina mais purificada só foi possível com o desenvolvimento de um método de recuperação da glicerina e do sal das lixívias do sabão, em 1870. 2 Estearina é o termo usado para designar usualmente uma mistura de vários ácidos graxos, entre os quais se encontram em maior quantidade o ácido esteárico e o palmítico. 3 Nitroglicerina, também conhecida como trinitroglicerina ou trinitrato de glicerina, é um composto explosivo obtido a partir da reação de nitração da glicerina. Nas condições ambientes, é um líquido oleoso, de coloração amarela, mais denso que a água. É utilizado na fabricação de explosivos, como a dinamite, ou empregado como plastificante em propelentes sólidos (por exemplo, pólvoras empregadas em munições de variados calibres). É utilizada também na medicina, onde é utilizada como vasodilatador no tratamento de doenças cardíacas. http://pt.wikipedia.org/wiki/Explosivo Figura 9.1 - Fórmula estrutural da nitroglicerina. Com o advento dos detergentes sintéticos em meados da II Guerra Mundial, a produção de sabão foi diminuindo, afetando assim a produção de glicerina derivada da saponificação de gorduras, tornando necessária sua obtenção por rotas sintéticas. Assim, a partir de 1948, aproximadamente, a glicerina passou a ser produzida sinteticamente a partir do propeno, ainda que a um alto custo. Glicerina natural Segundo Shreve, praticamente toda a glicerina natural é obtida como um coproduto da hidrólise direta das triglicérides das gorduras animais e dos óleos naturais. Sua extração da fase gordurosa é feita a partir do uso de um fluxo de água em contracorrente com o ácido graxo, em grandes reatores contínuos, em temperatura e pressões elevadas, na presença de catalisador, resultando em uma solução aquosa adocicada, que contém cerca de 12% de glicerol. Depois, a solução de glicerina é concentrada por evaporação, a partir da injeção dessa solução em um evaporador de triplo efeito, aumentando a sua concentração de 12 para 75, e depois para 78%. A glicerina do hidrolisador praticamente não contém sal e é concentrada com muita facilidade. Em geral, não se precisa de calor adicional além do que está presente na solução efluente do cristalizador para a evaporação da água. O produto da evaporação da água chamado de cru do hidrolisador é deixado em repouso durante 48 horas à temperatura elevada, para reduzir as impurezas que possam interferir http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Nitroglycerin-2D-skeletal.png http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Nitroglycerin-2D-skeletal.png no processamento subsequente. O cru do hidrolisador decantado contém aproximadamente 78% de glicerol, 0,2% de ácidos graxos totais e 22% de água. Este cru é destilado sob pressão reduzida (60 mmHg) e temperatura de 204°C. A adição de uma pequena porção de soda caústica ao afluente do destilador resulta na saponificação das impurezas gordurosas e impede a destilação simultânea da glicerina com estas impurezas. A glicerina destilada é condensada em três estágios diferentes com temperaturas decrescentes. No primeiro estágio, a glicerina é obtida com teor de 99% e as glicerinas de qualidade inferior são coletadas no segundo e terceiro condensadores. A purificação final da glicerina é realizada através do clareamento com carvão ativado ou troca iônica, seguida de filtração. Os atuais produtores brasileiros de glicerina derivada do processo de saponificação podem ser observados no quadro 9.1. Quadro 9.1 – Produtores brasileiros de glicerina Capacidade instalada (tonelada/ano) Empresa Localização Capacidade Instalada em 2003 Braido SP 1.200 Brasil maraschin RS 80 Braswey SP 4.368 Campineira SP 1.500 Ceralit SP 2.000 Colgate-palmolive SP 3.360 Estearina PR 500 Fontana RS 6.000 Memphis RS 840 Miracema-nuodex SP 120 Química amparo SP Não declarou Unilever SP 10.800 Total 30.768 (Fonte: ABIQUIM 2004) Glicerina sintética Os estímulos para a pesquisa de métodos de produção do glicerol a partir de outras matrizes se fizeram necessário na medida em que sua produção ficou dependente da indústria de sabões e ácidos graxos. Sendo assim, através de pesquisas, conseguiu-se que a glicerina pudesse ser obtida de derivados petroquímicos. O processo de fabricação da glicerina, a partir do propeno dos debutanizadores da indústria de petróleo, deu à Shell Development Co. o prêmio de engenharia química de 1948. O propeno é clorado a 510°C e 1 atm, produzindo-se o cloreto de alila em questão de segundos, em quantidades maiores que 85%, teoricamente (com base no propeno). Também se formam o cloreto de vinila, algumas olefinas dissubstituídas e também o dicloropropano 1,2 e o 1,3 (a reação de formação do cloreto de alila era nova para a síntese orgânica da época, pois envolvia a cloração de uma olefina por substituição e não por adição). O tratamento do cloreto de alila pelo ácido hipoclorosoa 38°C produz a glicerildicloroidrina (CH2Cl.CHCI.CH2OH), que pode ser hidrolisada pela soda cáustica em solução de Na2CO3, 6% a 96°C. A glicerildicloroidrina pode ser hidrolisada diretamente à glicerina, mas a reação consome duas moléculas de soda cáustica; por isso um procedimento mais econômico é o da reação com o hidróxido de cálcio, mais barato, obtendo-se a epicloridrina no topo de uma coluna de extração. A epicloridrina é facilmente hidratada à monocloridrina, depois, hidratada à glicerina, com soda cáustica. As reações simplificadas são: H3C CH CH2 + Cl2 H2C CH CH2 Cl + HCl (rendimento de 85%) +H2C CH CH2 Cl HOCl H2C CH Cl CH2 Cl OH (rendimento de 95%) +H2C CH Cl CH2 Cl OH NaOH2 H2C CH CH2 OHOH OH Desde que se descobriu que o cloreto de alila poderia ser convertido a glicerol por diversas rotas, a síntese do glicerol derivado do propeno tornou-se viável e muito utilizada. O propeno também pode ser oxidado, com rendimentos elevados, à acroleína 4 , uma substância com grande aplicação também na área petroquímica por ser polimerizável, dentre outras aplicações. A epoxidação da acroleína ao glicidaldeído pode ser realizada fazendo-se ela reagir com uma solução aquosa de hipoclorito de sódio ou peróxido de hidrogênio. O glicidaldeído sofre hidrogenação, produzindo 4 A acroleína é também designada na literatura como acraldeído, acrilaldeído, aldeído acrílico, aldeído alílico, propenal ou 2- propenal. Pode ser obtida também pela desidratação da glicerina. É altamente tóxica, sendo usada como biocida, gases venenosos de uso militar, etc. Tem sido usada também na manufatura de outros produtos como ácido acrílico, DL-metionina, etc. glicidol que, se desejado, pode ser isolado com intermediário. O glicidol hidrolisado em meio alcalino produz, então, o glicerol. Alternativamente, o álcool alílico, obtido por redução da acroleína, pode ser hidroxilado através do peróxido de hidrogênio aquoso para produzir diretamente uma solução do glicerol no rendimento 80-90%. A rota específica empregada comercialmente é a epoxidação do álcool alílico ao glicidol empregando ácido peracético seguido pela hidrólise até se obter o glicerol. As plantas internacionais mais novas de síntese empregaram este esquema básico até pouco tempo, mas este tem sido abandonado nos mercados emergentes em virtude de um excedente de glicerina como coproduto de biodiesel Purificação da glicerina – método convencional No esquema convencional de purificação da glicerina, ela é destilada sob alto vácuo de 600-1330 Pa absoluto. Injeta-se vapor vivo durante a destilação para manter a temperatura abaixo dos 200ºC. Isto é feito para se prevenir a polimerização e a decomposição da glicerina, que se inicia a 204ºC. Uma condensação controlada do vapor separa a glicerina do vapor d’água. A glicerina condensada, com até 99% de pureza, sofre desodorização por sopro de vapor, em um vaso sob alto vácuo. A glicerina é finalmente clareada com carvão ativado e filtrado para se obter glicerina acima de 99% de pureza. Obtém-se também com o processo uma glicerina de menor valor, que é vendida como glicerina técnica ou industrial. Purificação da glicerina – método de troca iônica Este método de purificação da glicerina está recebendo grande aceitação devido à simplicidade das operações e ao baixo consumo de energia. Este método tornou-se possível pela disponibilidade de resinas de troca iônica adequadas para o processo e especialmente adequadas para se refinar a glicerina obtida por transesterificação, que é praticamente isenta de sais. A purificação por troca iônica consiste na passagem de material pré-filtrado por sucessivos leitos de resina de cátion forte, resina de ânion fraco e de resinas mistas de cátion e ânion fortes. As unidades de troca iônica funcionam com eficiência para soluções diluídas contendo de 20 a 40% de glicerina. Com a passagem do material através do leito de resinas, ocorre a eliminação de traços de ácidos graxos livres, a cor, o odor e outras impurezas minerais presentes. A concentração subsequente da solução purificada de glicerina é feita através de evaporação, com o uso de evaporadores de múltiplo efeito, de modo a se obter, ao final, uma glicerina com pureza de mais de 99%. Uma descoloração final é feita pela passagem do material através de um leito de carvão ativado seguido por filtração. O produto final é uma glicerina com elevada pureza conhecida por glicerina de grau farmacêutico. Método convencional versus método da troca iônica O método convencional oferece flexibilidade maior, mas utiliza mais energia, considerando que a glicerina é destilada a uma temperatura relativamente alta. O método de troca iônica requer menos energia, mas não pode ser usada com água glicerinada que contenha cloreto, porque “envenena” a resina de troca iônica. CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES DA GLICERINA - Características físicas e químicas O glicerol, desde 1959, é reconhecido como substância atóxica, permitido como aditivo em alimentos, sendo aprovado pela Food and Drug Administration (FDA no Brasil), seu uso em produtos alimentícios é assegurado pela Resolução de nº 386, de 5 de agosto de 1999. Estudos mostram que a administração de 5% de glicerol em animais e humanos não causa toxicidade ou efeitos indesejáveis nestes organismos, relata-se apenas que uma leve irritação da pele pode ocorrer com o contato de glicerol não diluído, devido à retirada de água da pele em função de seu forte poder higroscópico. Dentre as características físico-químicas do glicerol (Tabela 9.2) destacam-se as propriedades de ser um líquido oleoso, incolor, viscoso e de sabor doce, solúvel em água e álcool em todas as proporções e pouco solúvel em éter, acetato de etila e dioxano e insolúvel em hidrocarbonetos. Tabela 9.2 – Propriedades físico-químicas do glicerol. - Aplicações do glicerol Devido à combinação de propriedades físico-químicas como não toxicidade, ausência de cor e odor (quando refinado), o glicerol é uma substância com grande variedade de aplicações na formulação de detergentes, tintas, adesivos, tabaco, xaropes, explosivos, cosméticos, remédios, etc. No Brasil, segundo dados da ABIQUIM de 2004, as principais aplicações industriais do glicerol são: nos cosméticos (47%), no ramo farmacêutico (17%), nas tintas e vernizes (15%), na área alimentícia (5%), na produção de explosivos (2%), na produção de borrachas (1%), entre outras aplicações. Na indústria de alimentos, o glicerol é utilizado como aditivo alimentar em função de suas propriedades estabilizantes, antioxidantes, sequestrantes, emulsificantes e umectantes. Como produto farmacêutico, sua aplicação se deve à sua alta viscosidade, o que permite sua utilização em xaropes. É também considerado como um agente crioprotetor em microrganismos, pois não permite a formação de cristais de gelo na célula, mantendo a estabilidade da parede celular e a vitalidade da mesma durante o processo de congelamento para sua conservação. Outra característica do glicerol é o seu papel como osmorregulador, importante mecanismo que ocorre nas células como reação a fatores ambientais, como por exemplo, o aumento da pressão osmótica. Assim, em resposta a estas alterações, e como forma de manutenção da estabilidade celular, esta responde através de mecanismos de osmorregulação como no caso a produção de glicerol pela célula, o que acarreta em uma diminuição da permeabilidade da membrana e em um restabelecimento da atividade celular. Devido a esse mesmo efeito osmorregulador, o glicerol é utilizado como agente purgativo e, em função de sua rápida habilidade de contrabalancear a pressão hídrica, este pode ser empregado no tratamento de edemas cerebrais e intraoculares (glaucoma), e também da hipertensão intracranial.O glicerol é utilizado também no tratamento de dores gastrointestinais e constipações, por facilitar a absorção intestinal de água. Outras aplicações importantes do glicerol são em diagnósticos de desordem do metabolismo de carboidratos e como indicador de doenças renais, já que os rins são capazes de reabsorverem o glicerol e a detecção de sua perda, através de testes na urina, pode então indicar esse tipo de doença. A ingestão de glicerol por atletas aumenta a resistência destes à atividade física em aproximadamente 24% do tempo de tolerância de exercício em relação aqueles que não utilizam o glicerol. Isso ocorre devido à combinação da ingestão de glicerol e líquido, pois há um aumento do volume de água do corpo, mantendo uma maior hidratação através da redução da velocidade de eliminação de água do organismo. Além das aplicações na indústria de alimentos, terapêuticas e em diagnósticos, o glicerol é ainda empregado para a produção de resinas e poliésteres devido à sua reatividade polifuncional e também como lubrificante na indústria têxtil. Tem também um importante papel no processamento do tabaco, pois este ajuda a manter a umidade, prevenindo o ressecamento deste produto, além de poder ser utilizado como solvente de muitos compostos. Recentemente, novas aplicações do glicerol vem sendo descobertas, como o seu emprego como substrato para fermentações bacterianas com a finalidade de se obter produtos de alto valor agregado como polímeros biodegradáveis, biosurfactantes, dentre outros. Referências ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química. 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