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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 1. CONCEITOS E FUNDAMENTOS a) Definição de Cosméticos Cosmético, segundo Eduardo Barata (2001) é toda substância de origem vegetal, animal e mineral destinada ao embelezamento da pele e de seus anexos, ou seja, cabelos, unhas e dedos. b) Definição de Cosmetologia O mesmo autor menciona que Cosmetologia é a ciência que estuda e avalia as propriedades dos cosméticos oferecendo assim suporte para o preparo e o desenvolvimento de produtos de embelezamento de um modo geral. Os grandes avanços tecnológicos do segmento de cosméticos a partir, principalmente, do surgimento de novas substâncias químicas de origem sintéticas e modificadas deram aos produtos cosméticos o sinônimo de produtos cosmetológicos e, aplicam-se tanto aos produtos de higiene da pele e dos cabelos e, ainda, aos tratamentos da pele, dos cabelos e das unhas. I.1 Função do Produto Cosmético A maioria dos autores concorda que o cosmético tem como finalidade precípua a prevenção e a manutenção da integridade da pele e dos cabelos e unhas. Desse modo, a finalidade cosmética assume um papel de agente de prevenção, manutenção e restabelecimento do equilíbrio fisiológico da pele e dos cabelos devendo para tanto: higienizar, corrigir imperfeições estéticas, proteger e embelezar a pele e seus anexos. a) Higiene da pele: consiste na eliminação das sujidades superficiais e, deve ser realizada respeitando o equilíbrio fisiológico da pele, ou seja, garantindo a integridade do tecido, sem desnaturar as proteínas, sem alteração do pH fisiológico e sem desengordurarDisciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ excessivamente a pele. Para tanto, as formulações dos higienizantes são preparadas à base de detergentes e agentes protetores que possam garantir a limpeza sem causar danos à pele. b) Correção das imperfeições estéticas: consiste no uso de substâncias que possibilitem o restabelecimento do equilíbrio fisiológico da pele devolvendo assim a beleza natural. Tratam-se aqui de formulações suaves preparadas à base de substâncias ativas e com propriedades específicas que possam atender ao resultado desejado no sentido de resgatar o equilíbrio fisiológico dos tegumentos. Vale ressaltar que os produtos cosméticos estão sempre sujeitos às fortes campanhas publicitárias e aos modismos da vida moderna e, por isso, a formulação cosmética deve ser vista com critério e técnica para que se possa avaliar, ainda que teoricamente, as reais possibilidades de resultados satisfatórios. c) Proteção: os cosméticos podem garantir a proteção da pele desde que sejam formuladas à base de substâncias que possam impedir de alguma forma as agressões à pele e seus anexos. Assim, substâncias que possam proteger: dos raios solares, do vento, da perda de água, do frio e do calor excessivo, podem fazer parte da composição de um produto com bons resultados no que diz respeito à proteção dos tegumentos. 2. LEGISLAÇÃO COSMÉTICA 2.1 ANVISA ANVISA – Fiscalizador Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 2 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Com a criação da ANVISA os cosméticos passam a ser submetidos a critérios de elaboração e regulamentação para promover a proteção da saúde da população por intermédio de controle sanitário da produção e comercialização dos mesmos. DEFINIÇÕES Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes São preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado. (Lei nº 6.360/76) Produtos de Higiene Pessoal Produtos para uso externo, antisséticos ou não, destinados ao asseio ou à desinfecção corporal, compreendendo os sabonete, xampus, dentifrícios, enxaguatórios bucais, antiperspirantes, desodorantes, produtos para barbear e após o barbear, estípticos e outros. (Lei nº 6.360/76) Perfumes Produtos de composição aromática obtida à base de substâncias naturais ou sintéticas, que, em concentrações e veículos apropriados, tenham como principal finalidade a odorização de pessoas ou ambientes, incluídos os extratos, as águas perfumadas, os perfumes cremosos, preparados para banho e os odorizantes de ambientes, apresentados em forma líquida, geleificada, pastosa ou sólida. (Lei nº 6.360/76) Cosméticos Produtos para uso externo, destinados à proteção ou ao embelezamento das diferentes partes do corpo, tais como pós faciais, talcos, cremes de beleza, creme para as mãos e similares, máscaras faciais, loções de beleza, soluçõesDisciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 3 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ leitosas, cremosas e adstringentes, loções para as mãos, bases de maquilagem e óleos cosméticos, ruges, blushes, batons, lápis labiais, preparados anti-solares, bronzeadores e simulatórios, rímeis, sombras, delineadores, tinturas capilares, agentes clareadores de cabelos, preparados para ondular e para alisar cabelos, fixadores de cabelos, laquês, brilhantinas e similares, loções capilares, depilatórios e epilatórios, preparados para unhas e outros. (Lei nº 6.360/76) Produtos Grau 1 São produtos cuja formulação cumpre com a definição de produtos de Higiene Pessoal Cosméticos e Perfumes e se caracterizam por possuírem propriedades básicas ou elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso, devido às características intrínsecas do produto. Ou seja, são aqueles considerados como produtos de risco sanitário mínimo; (RDC nº 4/2014) Produtos Grau 2 São produtos cuja formulação cumpre com a definição de produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes e possuem indicações específicas, cujas características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso, conforme mencionado na lista indicativa "LISTA DE TIPOS DE PRODUTOS DE GRAU 2" estabelecida no item "II" do Anexo da Resolução. (RDC nº 4/2014) 2.2 CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS COSMÉTICOS Critérios de Classificação de Produtos Cosméticos • Os critérios foram definidos em função da probabilidade de ocorrência de efeitos não desejados devido ao uso inadequado do produto, • sua formulação, • finalidade de uso, • áreas do corpo a que se destinam e cuidados a serem observados quando de sua utilização. Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 4 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Exemplos de Produtos Grau 1 Águas de colônias, bases, batons, cremes, loções, dentifrícios, desodorantes corporais, xampus, óleos corporais, removedores de esmaltes, sabonetes, dentre outros. ATENÇÃO!! Todos produtos anteriores podem ser notificados, exceto: OS COM AÇÃO ANTISÉPTICA, AÇÃO ANTITRANSPIRANTE, AÇÃO FOTOPROTETORA, AÇÃO ANTIQUEDA, ANTICASPA, E/OU OUTROS BENEFÍCIOS ESPECÍFICOS QUE JUSTIFIQUEM A COMPROVAÇÃO PRÉVIA. Exemplos de Produtos Grau 2 Água Oxigenada 10 a 40 volumes, Bronzeador, Descolorante Capilar, Loção para Pele Acneica, Protetor Solar, Sabonete Íntimo, Tintura Capilar Temporária / Progressiva / Permanente, dentre outros. Os critériospara esta classificação foram definidos em função da probabilidade de ocorrência de efeitos não desejados devido ao uso inadequado do produto, sua formulação, finalidade de uso, áreas do corpo a que se destinam e cuidados a serem observados quando de sua utilização. 2.3 INCI NAME INCI - International Nomenclature of Cosmetic Ingredient é um sistema internacional de codificação da nomenclatura de ingredientes cosméticos, reconhecido e adotado mundialmente, criado com a finalidade de padronizar os ingredientes na rotulagem dos produtos cosméticos. O INCI foi desenvolvido graças à participação de vários países e culturas. É uma nomenclatura baseada em listas internacionais de ingredientes conhecidos e utilizados por pesquisadores e cientistas de todo o mundo. Países da Comunidade Européia (Portugal, Espanha, França, Itália dentre outros), da América Latina e países como os Estados Unidos, Austrália, Singapura, África do Sul, Japão e outros, em suas legislações sanitárias, já adotaram a nomenclatura INCI ou estão em fase de implementação como é o caso dos países do Mercosul. Visto que existem mais de 12 mil ingredientes utilizados em produtos cosméticos e muitos possuem, além da denominação química, mais Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 5 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ de um nome comercial, o INCI permite designar de forma única e simplificada a composição dos ingredientes no rótulo dos produtos cosméticos. Dessa forma, o objetivo do uso da nomenclatura INCI é facilitar a identificação de qualquer ingrediente, proveniente de qualquer país, por ser uma codificação universal, com um sistema para todos os países sem distinção de idioma, caracteres, nem de alfabeto. As vantagens do INCI para: Consumidor Permite que o consumidor identifique, de forma mais clara, os ingredientes de uma formulação em qualquer lugar do mundo. Além disso, devido à grande diversidade de sinônimos relacionados a um único ingrediente, os erros de interpretação na leitura de componentes podem ser minimizados. Vigilância Sanitária A adoção dessa nomenclatura possibilitará uma maior agilidade na identificação dos ingredientes dos produtos cosméticos de forma clara,correta e precisa. Para saber nome químico (INCI), CAS e Função das substâncias utilizadas em cosméticos leia CTFA, ou INDEX ABC, acesse http://ec.europa.eu/enterprise/cosmetics/cosing/ e clique em LEGAL AND REGULATORY e depois em INVENTORY OF INGREDIENTS Comunidade Científica A utilização de uma nomenclatura padronizada torna mais fácil o trabalho de profissionais como médicos e farmacêuticos no aconselhamento dos consumidores, além de garantir a atualização mais dinâmica do conhecimento científico. http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/inci.htm 3. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA FORMULAÇÃO As matérias-primas utilizadas tradicionalmente na produção de cosméticos são na maioria dos casos as mesmas utilizadas na indústria farmacêuticas. No entanto, a constante procura de novidade tem dado origem ao aparecimento de um número sempre maior de novas substâncias de utilização quase exclusiva da cosmética. Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 6 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 3.1. Seleção de Matérias- Primas As matérias-primas podem ser de origem dos reinos mineral, animal e vegetal, e semi-sintéticas ou de síntese da indústria química. 3.2. Compatibilidade No processo de seleção de matérias-primas é importante estudar as características individuais de cada uma, bem como a possibilidade de alguma incompatibilidade ao juntarmos algumas delas em uma mesma formulação, pois pode haver inativação da ação da matéria- prima. Exemplo: O EDTA (disodium EDTA) é um agente sequestrante muito usado em formulações de xampu, mas não pode ser adicionado ao xampu anticaspa com piritionato de zinco (Zinc Pyrithione), pois inativa a ação do ativo anticaspa. 3.3. Solubilidade A solubilidade de cada substância deve ser avaliada, pois se o sistema da formulação é hidrossolúvel, não há possibilidade de adicionar uma substância com característica lipossolúvel, a não ser que queira um sistema bifásico. 3.4. Finalidade do Produto Mesmo tendo a disposição um número muito elevado de opções de matérias-primas é importante, durante a elaboração de um produto cosmético o uso adequado das mesmas para que não haja acréscimo de matéria-prima desnecessário preservando a finalidade de uso do produto e aumentando a possibilidade de causar uma reação adversa no consumidor. 3.5. Valorização Comercial do Produto Acabado É importante que os produtos e serviços ofereçam qualidade, preço adequado e que sejam eficazes e seguros para utilização. 3.6. Personalização do Produto e Público Alvo A personalização do produto deve atender ao seu público-alvo, faixa etária e classe social. O posicionamento do produto e toda a forma de divulgação do mesmo devem ser focados nos parâmetros de necessidades e desejos do seu consumidor final. 3.7. Controle de Qualidade do Produto Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 7 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ O cosmético deve ser seguro para o uso e é da responsabilidade do fabricante garantir a qualidade e segurança do produto dentro das especificações de segurança e qualidade estipuladas pelo mesmo. 4. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FORMULAÇÃO COSMÉTICA - 4.1. Segmentos Base de Toda Formulação As formulações cosméticas destinam-se ao cuidado e melhoramento da pele e seus anexos, sem causar efeitos indesejáveis. Veículos ou excipientes, princípios ativos e aditivos compõem as formulações cosméticas. Essas substâncias podem ser formadas por um ou mais componentes de origem vegetal, animal ou mineral. Podem ser naturais ou sintéticas. 4.2. Finalidade e Relevância das Bases Veiculares ou Excipientes São substâncias inertes com a finalidade de dar a forma final ao cosmético, transportar ou favorecer ou abrandar os efeitos dos princípios ativos. 4.3. Finalidade da Base Ativa As bases cosméticas estão disponíveis na forma de emulsão, gel, líquido, pó ou vetorial. A seleção da melhor base deve ser observada a melhor compatibilidade entre os componentes e a finalidade do princípio ativo, conforme o biótipo cutâneo. 4.4. Aditivos em Cosméticos São substâncias adicionadas às formulações cosméticas, devido a suas propriedades e funções específicas (aromatizantes ou perfumes, corantes e conservantes). 4.4.1. Preservação do Produto e o Prazo de Validade Durante a etapa de desenvolvimento do produto é realizado Teste Microbiológico, teste realizado para garantir que o sistema conservante seja eficaz para manter a qualidade e integridade do mesmo durante o seu prazo de validade. 4.4.2. Perfumes e Essências e a Personalização do Produto Os relatos de perfumar datam desde os primórdios da humanidade, estavam associados a momentos religiosos, mascarar odores ou pelo simples propósito de exalar odor agradável. A escolha da essênciaDisciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 8 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ para perfumar um produto é uma etapa muito importante, pois ela pode influenciar na estabilidade da formulação bem como fazer uma relação com o público a que se destina, por exemplo, notas florais são predominantes para produtos que se destinam ao consumidor feminino. 4.2.3. Perfumes que Mascaram Odores e Perfumes que Deixam Odores A estrutura de um perfume é composta por notas (moléculas) de saída, de corpo e de fundo, cada etapa das notas tem relação direta com o tempo de evaporação que podem ter uma breve permanênciaaté mais de quatro horas de fixação. Alguns produtos cosméticos possuem odores desagradáveis, como por exemplo, odor de amônia proveniente das tinturas capilares, por isso, estudam-se essências que tenham alguma combinação ou que consigam diretamente mascarar o odor. Uma das influências para a primeira compra de um produto cosmético está relacionado à sua perfumação e durante o uso do produto a essência continua sendo um parâmetro de aceitação ou rejeição. 4.2.4. Relevância das Bases Veiculares no Carreamento dos Ativos e na Eficácia do Produto. Há uma grande variedade de bases veiculares, elas são responsáveis, na maioria das vezes pelo sensorial percebido pelo cliente e influenciam diretamente no aumento ou diminuição da absorção cutânea. A base veicular tem influência direta no desempenho do princípio ativo. 4.5. Adjuvantes Certo número de adjuvantes hidrossolúveis ou hidrodispersíveis são empregados na preparação das formas dermatológicas com ações: umectantes e emolientes. São substâncias inertes, cuja função é estabilizar a fórmula cosmética. Algumas substâncias adjuvantes tem a finalidade de aumentar a viscosidade (gelificantes). Servem para: - Prevenir a evaporação da água das preparações emulsionantes e como agentes de viscosidade ou gelificantes; Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 9 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - Assegurar em certos tipos de preparações, em particular nos hidrogéis, a formação de uma estrutura viscosa, eventualmente tixotrópicas; - Formar películas, devido a um conjunto de características físicas que lhe são próprias, ou sejam: a sua consistência, próxima àquela dos corpos graxos, porém mais facilmente laváveis com água; os mais conhecidos dos produtos empregados nesse sentido são os poleitileno glicóis (PEG). Exemplos: Agar-agar, alginatos, bentonita, amido, carbopol, carbixi-metil- celulose (CMC) etc. Obs.: Bentonita – é um pó higroscópico muito fino, é um silicato de alumínio hidratado obtido de fontes naturais e que intumesce aproximadamente 12 vezes o seu volume quando adicionado a água. É utilizada como um agente estabilizante, suspensor, de viscosidade e adsorvente em preparações orais e tópicas. Exercícios de Fixação: 1. CONCEITO E FUNDAMENTOS 1) Em que consiste a propriedade cosmética cuja finalidade é a higiene da pele? 2) Em que consiste a propriedade cosmética cuja finalidade é a correção das imperfeições estéticas? 3) Em que consiste a propriedade cosmética cuja finalidade é a proteção? 2. LEGISLAÇÃO COSMÉTICA 4) Qual a finalidade institucional da ANVISA? 5) Segundo a Lei nº 6360/76, dê a definição para produtos de higiene pessoal, perfumes e cosméticos. 6) O que são produtos classificados como grau 1 e grau 2? 7) Cite 6 tipos de produtos classificados como grau 2 que constam na lista da ANVISA. 3. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA FORMULAÇÃO 8) Para o desenvolvimento de uma fórmula de um produto cosmético é importante observar alguns critérios para a sua elaboração. Quais critérios servem de parâmetros norteadores para a elaboração de uma formulação? 4. FUNDAMENTOS DE COSMETOLOGIADisciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 10 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 9) Defina veículos ou excipientes. 10) O que é um aditivo? 11) Qual a importância em perfumar um produto cosmético e que influência a essência pode exercer sobre o consumidor? 12) Para que servem os adjuvantes? 5. BASES VEICULARES 5.1. Conceito de Veículo Cosmético Como visto anteriormente, veículos são substâncias inertes com a finalidade de dar a forma final ao cosmético, transportar ou favorecer ou abrandar os efeitos dos princípios ativos. 5.2. Classificação dos Veículos Cosméticos Os veículos cosméticos estão disponíveis na forma de emulsão, gel, líquido, pó ou vetorial. O veículo deve ser compatível com os componentes da fórmula, finalidade do princípio ativo, área do corpo a ser aplicado. 5.3. Tipos de Bases Veículares Cosméticas a) Bases Emulsionadas Veículo heterogênio constituído pela dispersão coloidal, sob a forma de microscópicos glóbulos de um líquido em outro, no qual o primeiro não é miscível no outro. As emulsões apresentam-se na forma de cremes, leite e loções cremosas. b) Bases Gelificantes É um sistema coloidal formado por duas fases, sendo uma fase dispersora líquida (água, álcool, propileno glicol, acetona) e outra fase dispersa sólida (agentes gelificantes). Existem dois tipos principais de gel: gel aquoso e gel-creme. As características e funções do gel são determinadas pela base veicular, mais precisamente a fase dispersora. c) Bases Líquidas Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 11 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Veículos simples, em que o principal componente é a água. É utilizado na formulação de loções cosméticas. Há dois tipos de loções: loção aquosa (quando a base veicular é água e os ativos são hidrófilos) e loção adstringente ou hidroalcóolica (quando o álcool é misturado à água). d) Bases Pulverizadas Veículo indicado para produtos preparados e conservados em estado seco, sem qualquer umidade, como talco, pó facial, maquiagem em pó e máscaras argilosas e secativas. Nessas últimas, a adição de água deve ser feita no momento da aplicação. e) Bases Vetorial Estruturas projetadas para carrear ativos hidrossolúveis e lipossolúveis até as camadas mais profundas da epiderme. São lipossomas, nanosferas e silanóis (GOMES; DAMAZIO, 2009) 6. EMULSÕES COSMÉTICAS 6.1. Emulsão Corporal e Carreamento de Ativos 6.1.1. Os Óleos Sebáceos e a Solubilidade como Premissa para o Carreamento dos Ativos A pele apresenta barreiras que impedem ou dificultam a penetração das substâncias externas. Na sua constituição existem: - o manto hidrolipídico, constituído pela emulsão epicutânea rica em sebo cutâneo, - a epiderme pelo queratinócitos e o cimento intracelular, que completam a barreira lipídica, - uma camada hidrofílica, permeável à água e na qual poderão difundir as substâncias hidrofílicas (derme e hipoderme). - um certo número de órgãos anexos: os folículos pilosos, as glândulas sebáceas e as glândulas sudoríparas. O teor de água na camada córnea é cerca de 10 a 20%. A sua função é plastificante, associada às moléculas solúveis do fator de hidratação natural – NMF (do inglês, Natural Moisturizing Factor) e às proteínasDisciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 12 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ da epiderme. Este papel de plastificante, indispensável para manter as propriedades mecânicas da camada córnea (plasticidade, elasticidade, flexibilidade), só é possível, se ocorrerem 3 condições: - presença de NMF, capaz de reter a água no interior das células; - existência de membranas celulares e espaços intracelulares intactos, que mantenham os lipídeos de estrutura e evitem a saída dos constituintes do NMF; - presença de água em quantidade suficiente no interior da camada córnea. O grau de hidratação da camada córnea decorre do equilíbrio entre água fornecida e as perdas por evaporação na atmosfera. A água na camada córnea tem duas origens: endógena e exógena. Origem Endógena: A água é encaminhada desde a derme até à superfície cutânea da difusão molecular, dando origem à chamada perspiração insensível e também através da sudação (transpiração). Origem Exógena: A água é fornecida por contato com o meio ambiente, quando este está saturado de umidade, ou por aplicação de preparações cosméticas.A água é facilmentefixada nas células da camada córnea, desde que as células contenham NMF, com alto poder higroscópico; no entanto, a sua eficiência depende das perdas por evaporação, que devem ser reduzidas. A película hidrolipídica da superfície da pele, emulsão formada com o sebo cutâneo e o suor misturado com os seus componentes, tem papel na retenção da água. Certas preparações, devido aos seus componentes ou à sua formulação, permitem diminuir os problemas relacionados com a desidratação da pele. 6.1.2. Permeabilidade cutânea: Sabe-se que uma das funções da pele é a proteção do meio interno contra o meio externo, formando uma barreira. Apesar disso, a pele é permeável. Permeabilidade cutânea é a capacidade que a pele possui de deixar passar substâncias através de sua superfície. 6.1.3. Vias de Permeação da Pele a) Via transepidérmica Via de penetração muito lenta, de considerável importância, em virtude da extensão da epiderme. b) Glândulas sudoríparas Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 13 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ São consideradas vias de mínima importância na penetração percutânea. c) Vias transanexiais São as glândulas sebáceas e os folículos pilosos. As glândulas sebáceas são consideradas as vias de maior penetração cutânea. 6.1.4. Composição do Sebo Cutâneo O manto hidrolipídico é uma emulsão untuosa, semifluída, aquosa decorrente das secreções dos aparelhos dos anexos da epiderme (suor e sebo cutâneo). Os produtos das glândulas sebáceas que compõe o sebo cutâneo são (triglicerídeos, ácidos graxos livres, colesterol e ésteres de colesterol) e sudoríparas (água e íons de sódio, potássio, cloreto, uréia, amônia e ácido úrico) depositam-se na camada córnea, formando o manto hidrolipídico. Esses produtos são verdadeiros cosméticos naturais. Os produtos de decomposição dos queratinócitos unem-se ao manto hidrolipídico, formando o fator natural de hidratação (NMF). Condição importante para manter a pele naturalmente hidratada. 6.2. Tipos de Emulsões Cosméticas As emulsões são dispersões de um líquido, não miscível no primeiro. O sistema é constituído em duas fases: fase aquosa é constituída por água adicionada de diversas substâncias hidrossolúveis e fase oleosa que é constituída por uma ou várias substâncias gordurosas (lipófilas) miscíveis a frio ou mais geralmente a quente. Os tipos de emulsões podem ser classificados como: Emulsão A/O (água/óleo); O/A (óleo/água); A/O/A (água/óleo/água) e O/A/O (óleo/água/óleo). a) Emulsões Simples Emulsão A/O – Composta de uma grande concentração de óleo e uma baixa proporção de água, em que os componentes hidrossolúveis compõem a fase interna e os componentes lipossolúveis constituem a fase externa. Possui alto grau de emoliência e dissolvência e, por isso, é o veículo ideal para se preparar demaquilantes e cremes de limpeza, em geral. Emulsão O/A – Composta de uma grande concentração de água e uma baixa proporção de óleo e portanto, geralmente, é menos emoliente. Sua fase externa é formada pelos componentes aquosos e a fase interna, é formada pelos componentes oleosos.Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 14 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ b) Emulsões Mistas ou Múltiplas Emulsão A/O/A – Onde uma fase oleosa separa as fases aquosas interna e externa. Emulsão O/A/O – Onde uma fase aquosa separa as fases oleosas. São fabricadas quando realizada uma primeira emulsão A/O ou O/A, que dispersamos logo em seguida numa fase aquosa ou oleosa, conforme o caso. 6.2.1. Fases das Emulsões 1- Matérias-primas hidrofóbicas - Hidracarbonetos -Gordura animal ou vegetal - Ceras animal ou vegetal 2- Matérias-primas hidrofílicas - Emulsionantes - PEG 3- Solvente - Água (para cosméticos) 4- Matérias-primas necessárias à estabilização das 3 matérias-primas anteriores - Tensoativos - Umectantes - Colóides protetores 5- Preservantes - Antioxidante - Anti-sépticos 6- Matérias-primas que oferecem a característica cosmética - Corantes - Perfumes 7- Princípios ativos específicos - Vitaminas, extratos etc. 6.2.3. Defeitos das Emulsões: Floculação, Inversão de Fases e Ruptura das Emulsões. Quando uma emulsão não está bem equilibrada, ela pode sofrer separação de fases decorrentes de fatores extrínsecos (externos) que podem ser influenciados por fatores climáticos, embalagem de acondicionamento, contaminação microbiológica e fatores intrínsecos (internos) que ocorrem por incompatibilidades e instabilidades da própria formulação. Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 15 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 7. COMPONENTES DAS EMULSÕES 7.1 Água Potável Apesar do tratamento indispensável para se obter água potável, este tipo de insumo não é autorizado para manipulação de produtos cosméticos. Na água potável encontramos partículas suspensas como areia, lodo, terra e outros materiais e também micro-organismos. Normalmente são adicionadas às águas potáveis públicas o cloro para matar os micro-organismos. Este cloro é logo removido no processo de purificação da água. A água que é obtida para a manipulação é a água purificada. Qualquer que seja o processo de obtenção, a água purificada deve apresentar-se como um líquido límpido, incolor, inodoro e insípido. a) Adsorção em Carvão Talvez seja a mais antiga forma de purificação de água. O carvão ativado pode ser empregado na remoção de material orgânico, cloro e outros contaminantes, e tal capacidade decorre de suas propriedades de adsorção. Obs.: Adsorver: Adesão (fixação) de moléculas de um fluido (o adsorvido) a uma superfície sólida (o adsorvente). Na adsorção, as moléculas ou íons de uma substância ficam retidos (fixados) na superfície por interações químicas e físicas. b) Água Destilada A água é aquecida até o ponto de vapor e este, ao subir, é dirigido a passar por uma coluna, sendo condensado por resfriamento. Como o procedimento aplica altas temperaturas, normalmente a água obtida estará isenta de micro-organismos. c) Água Desmineralizada (Troca Iônica) Na deionização por troca iônica, as resinas removerão completamente todos os íons (cátions e ânions) dissolvidos, incluindo os fracamente ionizáveis, tais como sílica (SiO2) e o gás carbônico (CO2), além de compostos fenólicos e ácidos orgânicos úmidos, mas não sendo eliminada a matéria orgânica. Apesar de os coloides e bactérias serem absorvidos pelas resinas, não se pode garantir uma água esterilizada por este processo. d) Osmose Reversa (Ultrafiltração) É um processo conhecido como filtração por membrana em fluxo cruzado. A osmose reversa pode ser observada quando duas soluçõesDisciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 16 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ salinas de concentrações diferentes são separadas por uma membrana semipermeável, que só deixa passar água, excluindo as outras moléculas e íons dissolvidos. Cada método apresenta vantagens e desvantagens, em muitos casos, os métodos de purificação da água são complementares entre si. 7.2 Componentes Oleosos Substância de fundamental relevância na indústria cosmética, uma vez que possui propriedades emolientes, hidratantes e carreadoras. Alguns óleos possuem ainda propriedades terapêuticas (cicatrizantes, antisépticas, umectantes etc.). A indústria cosmética classifica os óleos em três categorias: naturais (vegetais e animais), modificados e sintéticos. 7.2.1 Óleos Naturais a) Óleo Natural de Origem Vegetal Pode ser extraído de várias partes das plantas: caule, folhas, flores, frutas, sementes, etc. Exemplo: Azeite de oliva, óleo de abacate, de amêndoas, de rícino etc. b)Óleo Natural de Origem Animal Extraído pela indústria alimentícia, durante o abate de animais que não se encontram em extinção, e fornecido à indústria cosmética. Exemplos: banha; lanolina ( gordura obtida da lã do carneiro); esqualeno (óleo extraído do fígado de tubarão) etc. 7.2.2 Óleos Modificados Constitui os grupos dos alcoóis, ácidos e ésteres graxos, a imensa maioria dos óleos utilizados na indústria cosmética, em razão de seu baixo custo de produção e da facilidade de conservação de suas matérias-primas. São óleos modificados em laboratório para atender às especificidades da cosmetologia. Exemplos: ésteres de ácidos graxos e alcoóis graxos sintéticos (palmitato de cetila, miristato de miristila, miristato de isopropila, isonanoato de cetoestearila etc). a) Alcoóis Graxos (nomenclatura) Todos os alcoóis tem a propriedade de reagir com ácidos (minerais ou orgânico) dando origem a ésteres e liberando água (CnH2n+1OH). Cosmetologicamente as suas propriedades são:Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 17 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Não são tóxicos nem irritantes à pele. Alguns apresentam propriedades emulsionantes do tipo O/A. A sua obtenção resulta da redução dos óxidos graxos obtidos da hidrólise das ceras. Exemplos de álcoois graxos mais usuais: Álcool mirístico: C14H29OH Obtido a parti do ácido mirístico. A redução desse ácido dá origem a álcool graxo. É utilizado para dar consistência e aspecto mate aos cremes. Álcool cetílico (ou palmítico): C16H33OH Obtido por redução do ácido esteárico, usado em cosmetologia como estabilizante aumentando a consistência embora apresente poder emulsionante fraco A/O. Álcool estearílico: C18H37OH Obtido por redução do ácido esteárico. Sendo igualmente utilizado para aumentar a consistência e a estabilidade das emulsões. Álcool ceto-estearílico Corresponde à mistura de dois alcoóis graxos em proporções variadas. Devido a sua característica emulsionante do tipo A/O é muito utilizado em cosmetologia. b) Ácidos Graxos (nomenclatura) Os ácidos graxos são ácidos fracos insolúveis em água, mas solúveis nos solventes orgânicos. São caracterizados por um grupo carboxílico (-COOH). Consideram-se como os produtos de oxidação dos alcoóis primários e dos aldeídos, no entanto a sua obtenção industrial é feita a partir da hidrólise de gorduras. Os ácidos graxos naturais possuem número par de carbonos. Exemplos de alguns ácidos graxos utilizados em cosméticos: Ácido esteárico: C17H35COOH Trata-se de um ácido graxo existente na maioria das matérias graxas animais e vegetais, conhecida como triestearina. Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 18 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Industrialmente, retira-se o ácido esteárico do sebo dos animais abatidos, por hidrólise ou saponificação. Por hidrólise do sebo obtém- se mistura de ácidos graxos sendo o ácido esteárico obtido por fusão. É empregado como agente emulsionante dando origem a emulsões do tipo O/A. Ácido palmítico ou cetílico: C15H31COOH Trata-se de um ácido graxo bastante comum na natureza. Utiliza-se em cosméticos na fabricação de sabões e de cremes. Ácido mirístico : C13H27COOH Aparece na natureza sob a forma se ácido graxo na noz moscada e na forma de ésteres em vários vegetais. É utilizado em cosmetologia principalmente esterificado com o álcool isopropílico dando origem a um óleo muito apreciado pelo seu grau de penetração e estabilidade (miristato de isopropila). Segue a relação de alguns ácidos graxos , seguidos do número de átomos de carbono. Nº de átomo de carbono Nome comum 4 Ácido butírico 6 Ácido capróico 8 Ácido caprílico 10 Ácido cáprico 12 Ácido láurico 14 Ácido mirístico 16 Ácido palmítico 18 Ácido esteárico 20 Ácido araquídico 22 Ácido beênico 24 Ácido lignocérico Os nutrientes conhecidos por ácidos graxos essenciais ou vitaminas lipídicas são considerados hoje da maior importância para a saúde, são chamados de essenciais porque não são produzidos pelo organismo, sendo necessário repô-los por meio de dieta alimentar. Os ácidos graxos essenciais estão divididos em duas séries: a série ômega-3 e a série ômega-6. c) Ésteres Graxos (nomenclatura) Os alcoóis graxos quando sujeitos à ação dos ácidos graxos, dão origem à formação de ésteres. Estes ésteres são utilizados como óleos sintéticos e dos quais podemos mencionar: laurato de álcool hexílico. Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 19 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Nº de Carbonos Ácidos Alcoóis Ésteres C6 Caproic Hehyl Caproate C7 Heptanoic Heptyl Ethanoate C8 Caprylic Caprylyl Caprylate C9 Pelargonic Nonyl nonanoate C10 Capric Decyl Caprate C11 Undecanoic Undecyl Undecanoate C12 Lauric Lauryl Laurate C13 Tridecanoic Tridecyl Tridecanoate C14 Myristic Myristyl Myristate C15 Pentadecanoic Pentadecyl Pentadecanoate C16 Palmitic Cetyl Palmitate C17 Margaric Heptadecyl Heptadecyl ester C18 Stearic Stearyl Stearate C20 Arachidonic Arachidyl Arachidate C22 Behenic Behenyl Behenate C24 Lignoceric Lignoceryl Lignocerate Nomenclatura aplicável aos ácidos, alcoóis e ésteres saturados e de cadeia linear. EXERCÍCIOS: 5. Estudo das Bases Veiculares 13) Defina base Emulsionada 14) Defina base Gelificante 15) Defina base Líquida 16) Defina base Pulverizada 17) Defina base Vetorial 6. EMULSÕES 18) De que forma é determinado o grau de hidratação da pele? 19) A água da camada córnea tem duas origens a endógena e a exógena. Defina cada uma delas. 20) Como é formado a película hidrolipídica da superfície da pele e qual a sua função? 21) Defina permeabilidade cutânea 22) Defina as vias de permeação da pele através da: a) via transepidérmica; b) glândulas sudoríparas e c) vias transanexiais. 23) O que é o manto hidrolipídico? 24) Como é formado o NMF? Qual a sua importância? 25) Quais os tipos de Emulsões Simples e Emulsões Múltiplas? 7. COMPONENTES DAS EMULSÕES 26) Cite 4 exemplos de formas de tratamento da água. 27) Cite 3 propriedades dos componentes oleosos. 28) Quais as categorias de classificação dos componentes oleosos? 29) Quais as fontes de obtenção dos óleos naturais de origem vegetal e os de origem animal? 30) O que são óleos modificados?Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 20 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 31) Quais são os 3 grupos principais que representam os óleos modificados? 32) Preencha a tabela abaixo com as nomenclaturas INCI dos óleos modificados: Nº de Carbonos Ácidos Alcoóis Ésteres C6 C8 C10 C12 C14 C16 C18 C20 C22 C24 7.2.3 Forma de Ação dos Óleos Naturais e dos Óleos Modificados. Propriedades: Em relação ao tratamento da pele, a indústria cosmética se utiliza da propriedade de difusão dos óleos naturais e modificados. Os óleos naturais e modificados podem ser classificados em três funções relevantes em cosmetologia: emoliência, hidratação e difusão. Contudo vale ressaltar que, sendo uma estrutura micro porosa, a pele apresenta certas limitações ao uso dos óleos e, assim, não podemos esperar que uma estrutura oleosa de alto peso molecular possua as mesmas potencialidades de difusão que os óleos de menor peso molecular. Para minimizar essa dificuldade, a indústria cosmética procura, na medida do possível, elaborar suas formulações oleosas com matérias-primas graxas de baixo peso molecular (geralmente entre 8 e 22 átomos de carbono), o que não significa que não possamos encontrar formulações com longas cadeias oleosas. Todavia, podemos supor que, nesse caso, a difusão será bastante dificultada. Mecanismo de Ação Cosmético: a) Ação difusora de ativos A ação de difusão se dá devido a grande capacidade queos óleos tem de permeação através do tecido epitelial, o que resulta em uma ação emoliente e hidratante. b) Ação emoliente Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 21 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ A partir da permeação transcutânea, as pequenas moléculas de água chocam-se com óleos provenientes das glândulas sebáceas e, por afinidade química, dissolvem-se mutuamente, concentrando um maior teor de óleo e, consequentemente, realizando um “amolecimento” da camada ceratinosa do estrato córneo, daí a ação emoliente desses óleos. c) Ação hidratante Quando as pequenas moléculas oleosas se chocam com a água em processo de evaporação no epitélio e proveniente da desidratação celular. As moléculas de água e óleo, imiscíveis entre si, não se dissolvem, as moléculas de óleo conseguem reter temporariamente as moléculas de água. Assim, sendo, realizam um trabalho de “aprisionamento” de água no epitélio o que, em última instância, significa a hidratação por retenção de água. 7.2.4 Óleos Sintéticos. Produzidos inteiramente pelo homem, em laboratório, a partir de derivados de petróleo. São óleos pesados que não apresentam afinidade com a matéria orgânica. Os cosméticos preparados à base de óleos sintéticos, principalmente os minerais e os óleos de silicone, possuem ampla aplicação em produtos para atuação no estrato córneo, como esfoliantes, cremes corporais, desodorantes, cremes capilares, óleos capilares para brilho etc. a) Óleos derivados de Petróleos ou Petrolatos. São misturas isoladas de hidrocarbonetos, insolúveis em água, é proveniente de fontes orgânicas, como o petróleo. Estes materiais proporcionam condicionamento via hidratação. Hidratam a pele não pela adição de água, mas pela formação de uma barreira que protege contra a perda de umidade. No caso dos produtos skin care, os agentes oclusivos formam um filme nas camadas externas da pele para reduzir a perda transepidermica de água, ou o vapor de água que transpira através da pele. Tem ação emoliente, lubrificante além de formar uma camada hidrofóbica na superfície da pele e cabelo. Óleo mineral (paraffinum liquidum): é composto por destilados isolados do óleo bruto de alto ponto de ebulição. Tem ação emoliente, lubrificante e hidrofóbica. Vaselina: comumente conhecida como “geléia de petróleo”, a vaselina (petrolatum) é o mais efetivo dentre esses materiais, e é amplamente usada em produtos para pele e cabelo. A vaselina é Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 22 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ uma fração refinada do petróleo e pode formar um filme que atua como uma barreira efetiva contra a perda de umidade. b) Silicones De origem mineral, são moléculas de cadeias poliméricas que possuem em sua estrutura ligações silício-oxigênio do tipo (-Si-O- Si-), conhecidas como siloxanos. Desde a década de 50, os silicones têm sido usados para as mais diferentes aplicações e há alguns anos têm apresentado grande destaque nos produtos cosméticos. Apresentam características sensoriais diferenciadas, permitindo formular produtos com ótimo espalhamento, com toque suave e sedoso, prolongando o efeito de proteção da pele sem deixar aspecto oleoso. Os silicones são materiais inóculos, seguros e suaves, não causam ardência ou possuem qualquer potencial alergênico. Sem efeito comedogênico, podem ser utilizados em produtos para o tratamento capilar, corporal e facial para todos os tipos de pele, além de excelentes carreadores de ativos ou veículo para muitas matérias-primas. A fraca interação e solubilidade dos silicones de alto peso molecular no sebo cutâneo dificultam sua espalhabilidade sobre a pele, atributo interessante para produtos indicados para a pele oleosa, pois contribui na redução da aparência oleosa, brilho, e incidência da acne. Tipos de Silicones Dimeticone Denominado de “óleo de silicone”, “fluido de silicone”, mais conhecido e utilizados no segmento cosmético, possuem seneorial mais pesado, untuoso, auxiliam na formação de filme e aumentam a resistência à água, conferindo maior ação hidratante. Ciclometicone Genericamente chamados de “silicones voláteis“. De natureza volátil, podem ser utilizados sozinhos ou incorporados a outros fluidos cosméticos, assim resultando em um fluido base, para uma variedade de ingredientes cosméticos, com excelentes propriedades de difusão e lubrificação. Dimeticone copoliolDisciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 23 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ São silicones que contem grupos polioxietilênicos que os tornam solúveis em água, polioxipropilênicos que proporcionam a solubilidade em substâncias hidrofóbicas. Exemplo: PEG-12 Dimethicone: Solúvel em água, doa toque sedoso amplamente usado como emoliente em produtos capilares e corporais. Resinas e elastômeros Moléculas com grandes cadeias de polidimetilsiloxano interligadas por ramificações formando redes moleculares. Apresentam sensorial seco e sedoso. Dimeticonóis Dimeticones contendo grupos silanóis (Si-OH), que podem sofrer reações orgânicas originando diversas classes de silicones. A modificação nos grupos substituintes ligados aos átomos de silício, assim como a adição de novos grupos aos substituintes, resultará em várias outras classes de silicones, como aminofuncionais, feniltrimeticones, organosilicones e outros. 7.3 Ésteres Outros emolientes comuns são os ésteres e as ceras. Ésteres são obtidos a partir de uma reação entre um ácido graxo com um álcool graxo. Proporcionam bom espalhamento e uma sensação não gordurosa esteticamente agradável, tanto para o cabelo como para a pele. São também efetivos no aumento do brilho e na redução da sensação gordurosa dos óleos. Cetyl Palmitate: CH3(CH2)14CO2H . Fator de toque e consistência, emoliente e condicionador para cabelo e pele. Isopropyl Myristate: C17H34O2. Excelente emoliente proporciona maior deslizamento e toque seco.Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 24 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 7.4 Ceras São constituídas por complexos e matérias graxas que constituem massas sólidas à temperatura ambiente, mas untuosas ao tato. Cera de parafina, obtida do petróleo, é um exemplo deste tipo. Outro é a lanolina, uma cera derivada da lã de carneiro, de origem animal e também tem as ceras vegetais, por exemplo, cera de carnaúba. Ceras formam um filme repelente à água nas superfícies da pele e cabelo. Também melhoram a emoliência de outros óleos pelo aumento do ponto de fusão, resultante do filme superficial. Algumas ceras por doar uma sensação pegajosa quando usada em grande quantidade nas formulações cosméticas é considerado como um ponto em desvantagem em relação a outros tipos de emolientes. Manteiga de Cacau (Theobroma Cacao (Cocoa) Seed Butter): Material graxo de origem vegetal de consistência dura, untuosa ao tato. Tem o aspecto de massa sólida e sabor agradável. Funde entre 30 e 33°C e na sua composição entram glicerídeos de ácido esteárico, palmítico, oléico e linoléico. Manteiga de Manga (Mangifera Indica Seed Butter): Proporciona toque seco e aveludado, tem propriedades emolientes, reengordurantes e protetoras da pele e cabelo. Apresenta propriedades cicatrizantes sendo indicada para produtos contra fissuras dos lábios e pele. Manteiga de MuruMuru (Astrocaryum Murumuru Seed Butter): É rica em ácido oléico, indicada para ser usada na hidratação e emoliência tanto de produtos corporais quanto em capilares. Cera de Abelha (BeesWax): É obtida da fusão em água quente dos favos vazios, depois da retirada do mel.No seu estado natural, apresenta-se como massa amarela de aspecto granuloso com pontos de fusão de cerca de 65°C. É insolúvel em água e solúvel em outros óleos. Compõe-se principalmente de alcoóis graxos livres, ésteres, hidrocarbonetos e ácidos graxos livres. 7.5 Classificação Sensorial dos EmolientesDisciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 25 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ As propriedades de aplicação dos emolientes, como espalhabilidade, tempo de absorção, formação de filme e sensorial final na pele – oleoso, seco, sedoso, ceroso -, estão intimamente relacionadas à matéria-prima e sua estrutura química (linear, ramificada, insaturada, saturada). A “espalhabilidade” é a expansão de uma substância sobre a superfície, definida como área coberta durante um período de 10 minutos sob condição de temperatura e umidade controlada, e apresenta boa correlação com o sensorial dos emolientes sobre a pele. Emolientes de alta espalhabilidade inicialmente proporcionam uma sensação suave, que se dissipa rapidamente. Já um emoliente de baixa espalhabilidade produz um sensorial pesado de longa duração na pele. Assim a combinação de emolientes é recomendada para obtenção de “efeito cascata” de sensorial durante a aplicação do produto cosmético, conferindo boa aplicação e absorção do produto de maneira mais homogênea e agradável ao usuário, ou seja, diversidade de sensorial proporcionada quando na formulação é feita a mistura de dois ou mais emolientes com sensorial diferentes. 7.5.1 – Emoliente de toque seco Espalhabilidade Emoliente Maior Laurato de hexila, Éter dicaprílico, Neopentanoato de isoestearila, Carbonato de dicaprila, Ciclopentasiloxano, Caprilil trimeticona, Hexametildisiloxano. Menor Adipato de diisopropila, Adipato de butila, Isononanoato de etilhexila. 7.5.2 – Emoliente de toque semisseco Espalhabilidade Emoliente Maior Neopentanoato de isoestearila, Maleato de dicaprilila, Miristato de isopropila, Oleato de decila, Cocoato de etilexila Feniltrimeticona, Laurato deDisciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 26 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ hexildecanol/hexildecila. Menor Miristato de PPG-3 benzil éter, Dicaprilato/dicaprato de butilenoglicol, Hexanoato de etilcetearila, Palmitato de isopropila, Óleo de maracujá, Estearato de etilhexila, Dimeticone. 7.5.3 - Emoliente de toque semioleoso Espalhabilidade Emoliente Maior Triglicerídeo cáprico / caprílico, Estearato de octildodecila, Isononanoato de cetearila, Trietilhexanoína Menor Miristato de miristila, Isostearato de isostearila, 2-etilexil dodecanol, Tetraetilexanoato de pentaeritritila, Triisononanoina 7.5.4 - Emoliente de toque oleoso Espalhabilidade Emoliente Maior Etilexanoato de cetearila, Óleo de soja, Óleo de calêndula, Óleo de amêndoas, Óleo mineral. Menor Estearato de actildodecil estearoíla, Estearoil estearato de isocetila, Tetraetilexanoato de pentaeritritila, Óleo de semente de uva, Óleo de abacate, Óleo de gérmen de trigo, Óleo de macadâmia.Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 27 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 7.6 Umectantes Umectantes são uma classe de agentes condicionadores que funcionam por mecanismo completamente diferente. São hidroscópicos, ou seja, absorvem água do ambiente e promovem a sua retenção. Isto e importante para o cuidado da pele desde que esta, um órgão vivo, deva manter nível específico de hidratação para permanecer saudável. A higroscopia é menos importante para cabelos, já que estes são constituídos de proteína morta e, portanto não requerem hidratação para “viver”. Mesmo assim, este mecanismo ajuda no controle das propriedades físicas, como evitar a quebra. Usados para prevenir o ressecamento de preparações, principalmente pomadas e cremes, através de sua propriedade de reter água. Permitem a hidratação superficial da epiderme. Exemplos: glicerina, sorbitol, etilenoglicol, glicerol, propilenogicol, lactatos, d-pantenol, derivados de lanolina, poliálcoois etc. A glicerina é empregada em cremes, loções, sabonetes líquidos e em barras, detergentes, alimentos e adicionado nos produtos do tabaco para conservá-los úmidos. O sorbitol é um poliálcool obtido através da hidrogenação de açúcares do milho e/ou cana de açúcar. Com propriedades umectantes, agente de corpo e adoçante, possui ampla aplicação nos segmentos farmacêutico, cosmético e de higiene oral. Possui maior capacidade de reter água do que a glicerina, por isso é muito importante sua utilização em regiões secas. Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 28 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ A uréia apresenta excelente capacidade umectante para a pele. O sal sódico do ácido carboxílico pirrolidona (PCA sódico). derivado do Ácido Glutâmico,obtido a partir do melaço da cana de açúcar. Este ácido é um componente do fator de hidratação natural da pele (NMF), uma complexa combinação de lipídeos e umectantes que auxiliam na manutenção do nível de hidratação da pele. Embora o PCA sódico seja ocasionalmente empregado em produtos para os cuidados dos cabelos, é principalmente usado em loções para a pele, nas quais auxilia na retenção de umidade nas suas camadas superiores. Ao contrário dos polióis, não é pegajoso ao toque. Tem alta capacidade de retenção de umidade, mesmo em ambientes com umidade relativa baixa . Pode reter umidade em queratina, mais eficientemente que a glicerina, contribuindo para a maciez da pele. Em xampus e outros produtos capilares: proporciona penteado macio,como também efeito antiestático, reduz a fricção durante o penteado quando o cabelo ainda está úmido. Ácidos carboxílicos como lactatos de sódio e amônio, citrato de sódio, glicolato de sódio, tem capacidade de hidratar a pele. Há alguns aspectos negativos associados aos umectantes. Por exemplo, excesso pode causar ao cabelo e à pele a sensação de pegajosidade. No caso de perda de umidade no ambiente, cuidados devem ser tomados, pois umectantes não devem retirar a umidade de camadas profundas da pele e nem liberá-la para a atmosfera. Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 29 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Outras matérias-primas, utilizadas como ativos hidratantes formadores de filme sobre a pele, apresentam a capacidade de reter a umidades. Logo funcionam como umectantes, como por exemplo, os mucopolissacarídeos, poliquatérnio-10, ácido hialurônico de alto peso molecular e outros. 7.7 Agentes Espessantes e Estabilizantes das Emulsões Os espessante possuem a capacidade de aumentar a viscosidade das formas cosméticas, impactando em sua estabilidade, sensorial aparência e funcionalidade. Os espessantes podem ser de origem natural ou sintética, e adicionados à fase aquosa e fase oleosa. 7.7.1 Espessantes da fase oleosa São insolúveis em água e solúveis em óleos, sendo chamados, portanto, de agentes de consistência. a) Alcoóis graxos: os alcoóis graxos mais utilizados como espessantes em emulsões são álcool cetílico (Cetyl Alcohol), álcool cetoestearílico (Cetearyl Alcohol), álcool estearílico (Stearyl Alcohol) e álcool berrênico (Behenyl Alcohol), que toleram uma ampla faixa de pH. b) Ácidos graxos: conferem viscosidade às emulsões, mas devem ser saponificados com algum agente alcalinizante como por exemplo, hidróxido de sódio (Sodium Hydroxide), hidróxido de potássio (Potassium Hydroxide), aminometilpropanol (Aminomethyl Propanol), formando-se o respectivo sal, que, além de conferir viscosidade ao sistema, atua como emulsionante. Os ácidos mais utilizados sãoos esteáricos (Stearic Acid) e mirístico (Myristic Acid). c) Ésteres de alcoóis graxos e ácidos graxos: compostos com maior capacidade de espessamento e estabilização de emulsões, depois dos alcoóis graxos. São eles: Miristato de miristila (Myristyl Myristate), palmitato de cetila (Cetyl palmitate), monoestearato de glicerila (Glyceryl Stearate), monoestearato de etilenoglicol (Ethylene Glycol Stearate), distearato de etilenoglicol (Ethylene Glycol Distearate), monoestearato de dietilenoglicol (Diethylene Glycol Stearate), monoestearato de propilenoglicol (Propylene Glycol Stearate). d) Ceras naturais: as ceras naturais são utilizadas como espessantes em produtos de maquiagem como batom. TambémDisciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 30 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ podem ser empregadas em emulsões, como doadores de viscosidade, tais como, cera de abelha (Beeswax), ozoquerita (Ozokerite) , carnaúba (Carnaúba Acid Wax) e candelila (Candelilla Cera). e) Sílicas: são ótimos espessantes para óleos, obtendo 100% de gelificação. Podem ser usadas em emulsões auxiliando na estabilização, além de promover formação de filme e rápida secagem. Exemplos: sílica dimetil sililate (Silica Dimethyl Silylate), sílica sililate (Silica Silylate). 7.7.2 Espessantes de fase aquosa Os espessantes de fase aquosa, são normalmente insolúveis em fase oleosa, podem ser de origem natural ou sintética. Além de se comportarem como agentes doadores de viscosidade, auxiliam ainda na estabilização das emulsões. 7.7.2.1 Polímeros sintéticos Os espessantes poliméricos hidrossolúveis auxiliam a na estabilização das emulsões O/A, aumentando a viscosidade da fase contínua. Diversos polímeros sintéticos são utilizados como espessantes e até como auxiliares de emulsificação em emulsões cosméticas. No entanto, diferem pelo comportamento espessante, pelo sensorial, e na manutenção da viscosidade frente a outras matérias-primas cosméticas, principalmente eletrólitos. Os espessantes podem ser classificados em diferentes grupos químicos: Carbômero (Carbomer): polímero formador de géis transparentes, o qual gelifica na presença de agente alcalinizante, como hidróxido de sódio, tritanolamina e aminometilpropanol. Age ainda como estabilizante de emulsões do tipo O/A. Poliacrilato de sódio (Sodium Polyacrylate): espessante da fase aquosa sem necessidade de neutralização. Ammonium Acryloyldimethyltaurate/VP Copolymer: agente formador de gel transparente sem necessidade de neutralização. Atua como espessante e estabilizador em emulsões O/A, promovendo a sensação fresca, livre de pegajosidade.Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 31 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Obs.: VP significa vinylpyrrolidone. Acrylates/C10-30 Alkyl Acrylate Crosspolymer: polímero diferenciado, que, alem de espessar a fase aquosa por sua estrutura química, atua como emulsionante primário em emulsões do tipo O/A. Porém, de acordo com a sua carga oleosa do sistema, podem associar-se a outros emulsionantes. Necessitam de alcalinizante para gelificar. 7.7.2.2 Polímeros naturais a) Goma xantana: polímero aniônico, normalmente obtido por processo biotecnológico, mantém a viscosidade em ampla faixa de pH e meio eletrolítico, mesmo em temperaturas elevadas. Atua como espessantes, estabilizador de emulsões e agente suspensor. b) Derivados de celulose: polissacarídeos usados como espessantes, tais como: Carboximetilcelulose - CMC (Carboxymethyl Cellulose): polímero iônico que apresenta incompatibilidade com matérias- primas catiônicas. Hidroxietilcelulose (Hydroxyethylcellulose): não iônico, não apresenta incompatibilidades com outras cargas iônicas. Hidroxipropilcelulose (Hydroxypropylcellulose): não iônico, não apresenta incompatibilidades com outras cargas iônicas. Hidroxipropilmetilcelulose (Hydroxypropyl Methylcellulose): não iônico, não apresenta incompatibilidades com outras cargas iônicas. c) Amidos naturais: os amidos naturais de mandioca, bata e milho são usualmente utilizados como espessantes. O amido é um polissacarídeo, com estrutura química similar à celulose. d) Argila: é um silicato de alumínio hidratado, composto por alumínio (óxido de alumínio), sílica (óxido de silício) e água, resultante da decomposição química ou física de rochas feldspáticas, produzindo fragmentos com partículas muito pequenas. Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 32 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ e) Goma esclerotium (Sclerotium Gum): polímero obtido por biotecnologia a partir da fermentação da glicose pelo fungo Esclerotium rolfisii. f) Silicato de alumínio e magnésio (Aluminum Silicate, Magnesium Silicate): espessante inorgânico que atua como doador de viscosidade e agente suspensor. g) Bentonita (Bentonite): espessante inorgânico com funções estabilizante de emulsões e agente suspensor. EXERCÍCIOS: 33) Como são classificados os óleos cosméticos? Resp.: 34) Quais as funções cosmetológicas dos óleos ? Resp.: 35) Escreva por qual mecanismo se dá a ação difusora, emoliente e hidratante dos óleos sobre a pele? Resp.: 36) O que são óleos sintéticos? Resp.: 37)Qual a forma de ação do agentes oclusivos? Resp.: 38)Quais as características dos óleos derivados de petróleo? Resp.; 39)Quais as características dos silicones? Resp.: 40)Cite 3 exemplos de silicone. Resp.: 41)Quais as características dos ésteres? Resp.: 42)O que são ceras? Resp.: 43)Cite 4 exemplos de ceras. Resp.: 44)Como se comportam os emolientes de alta espalhabilidade e emolientes de baixa espalhabilidade Resp.: 45)Como os emolientes são classificados quanto ao sensorial proporcionado sobre a pele? Resp.: 46)Cite 2 exemplos de emolientes de toque seco, semisseco, semioleoso e oleoso. Resp.: 47)O que são substâncias umectantes? Resp.; 48)Cite 3 exemplos de substâncias umectantes.Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 33 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Resp.: 49)Defina espessante? Res.: 50)O que são espessantes da fase oleosa? Resp.: 51)Cite 5 classes de espessantes da fase oleosa. Resp.; 52)Quais as características dos espessantes de fase aquosa? Resp.; 53)Cite 4 exemplos de espessantes de fase aquosa de origem polimérica. Resp.: 54)Cite 6 exemplos de espessantes de fase aquosa de origem natural. Resp.: 7.8 - TENSOATIVOS Os tensoativos ou surfactantes são compostos anfifílicos que são moléculas que apresentam a característica de possuírem uma região hidrófila ou polar (solúvel em meio aquoso), e uma região lipófola ou apolar (insolúvel em água, porém solúvel em lipídios e solventes orgânicos), com tendência de formar agregados chamados micelas. A concentração micelar crítica (CMC), corresponde a concentração mínima na qual se inicia a formação de micelas, sendo esta uma importante característica de um surfactante. Podem ser substâncias naturais ou sintéticas. São substâncias que podem reduzir a tensão superficial dos líquidos. Resumindo São substâncias naturais ou sintéticas que na mesma molécula possui: uma parte hidrófila ou polar (que tem afinidade com água); uma parte lipófila ou apolar (que tem afinidade com óleo). Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 34 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Propriedades: Os tensoativos possuem propriedades: Modificantes: (amolecedoras) que aumentam o espalhamento de um líquido sobre uma superfície; Emulsionantes: que facilitam a formação das emulsões. Detergentes: que facilitam a eliminação das sujeiras. Umidificantes(Umectantes): facilitam o contatoda água na superfície de contato. Estabilização da espuma: proporcionam a formação e estabilização da espuma, não permitir que a espuma formada logo desapareça. Dispersantes: que facilitam a colocação em suspensão. Anti-sépticas: que agem sobre a membrana plasmática dos germes. Mussificantes/Espumógeno: uma musse é constituída de um gás disperso num líquido com justaposição das bolhas. Alguns tensoativos (aniônicos e anfóteros) têm poder espumógeno maior que os demais. Solventes: ajudam na solubilização de componentes insolúveis, por exemplo, perfumes e aromas. Classificação da extremidade apolar do tensoativo: A parte apolar é composta por matérias-primas graxas que recebem nomes específico conforme o número de átomos de carbono presente na cadeia Cáprico/Caprílico (C10/C8) Laurílico (C12) Mirístico (C14) Cetílico (C16) Estearílico (C18)Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 35 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Cetoestearílico (C16/18) Behenico (C22) Classificação da extremidade polar do tensoativo: Os tensoativos são agrupados em iônicos ou não-iônicos Tensoativos iônicos: Tensoativos aniônicos (carga negativa): Liberam um íon negativo (ânion) em solução aquosa. Tipicamente empregados em formulações de limpeza, os sulfatos de alquila são os mais amplamente usados. Exemplo: Lauril éter sulfato de sódio, Lauril sulfato de sódio, Lauril éter sulfo-succinato de sódio, Lauril sulfato de amônio, Lauril sulfato de trietanolamina. Tensoativos catiônicos (carga positiva): Liberam um íon positivo (cátion) em solução aquosa. Possuem propriedades bacteriostáticas, “amaciantes-têxteis”, emulsionantes, desembaraçantes, etc. Exemplo: Cloreto de estearil amônio, Cloreto de benzalcônio, etc. Polímeros quaternários (catiônico) Poliquaternium 10: obtido da reação do sal polimérico de amônio quaternário da hidroxietil celulose com epóxido substituído do trimetilamônio Propriedades: São tolerantes a tensoativos aniônicos. Aplicação: xampus e sabonetes líquidos. Tensoativos anfóteros (podem ter cargas positiva ou negativa, ou não ter carga ionizável): Conforme o pH do meio onde se encontram, eles liberam um íon positivo ou negativo. Em pH alcalino, comportam-se como aniônicos; em pH ácido como catiônicos. Esses materiais geralmente são menos irritantes que outras classes de tensoativos. Em função disto, são usados como detergentes primários em formulações “suaves”, como as de xampus para bebês. Outros usos comuns são como detergentes primários e secundários. Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 36 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Contém dois diferentes grupos funcionais com caráter aniônico e catiônico (um átomo de N na forma quaternária ou protonizada e um ânion carboxílico). Em meio básico comportam-se como aniônicos, em meio ácido, como catiônicos e na forma de zwitterions em pH neutro. Obs.:Zwitterions é um composto químico eletricamente neutro, mas que possui cargas opostas em diferentes átomos. Representação: R3N+CH2COO _ Exemplos: Betaína de coco, Cocoamidopropilbetaína, Proteínas, etc. Tensoativos Não-iônicos: Tensoativos Não-iônicos (não se dissociam em íons na água): A sua propriedade tensoativa é devida à introdução de grupos polares numa molécula lipofílica criando um equlíbrio hidrofílico-lipofílico. São compatíveis com outros tensoativos. Podem ser muitos suaves, mas apresentam capacidade de espumação muito pobre. Aplicações para não-iônicos incluem solubilização, utilização para xampus de bebês, estabilizantes de emulsões, gelificantes, opacificantes, umidificantes. Eles não são sensíveis a variações de pH. Exemplos: Ésteres de sorbitan (spans – tweens), Álcoois graxos polioxietilenados, Monoetanolamidas e dietanolamidas de ácidos graxos de coco, Ésteres de sacarose, Ésteres de glicerol, Ésteres de PEG (polietilenoglicol). Óxidos de amina graxa Aplicação: co-tensoativo para aumento da espuma e viscosidade em xampus e sabonetes líquidos. Alcanolamidas de ácido graxo Obtenção: condensação de ácidos graxos ou óleos vegetais com alcanolaminas primária ou secundária. Fórmula geral: RCONR’R” MEA gera monoetanolamida DEA gera dietanolamida. Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 37 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Aplicação: co-tensoativo para xampus e sabonetes líquidos para aumento da espuma, viscosidade e sobreengorduramento à pele e ao cabelo. Tensoativos não iônicos derivados de poliois Obtenção: esterificação de polióis hidrofílicos como glicol, glicerina, poliglicerina, pentaeritritol, ou glucosídeos com ácidos graxos. A parte hidrofílica é representada por grupos OH, que podem ser etoxilados para dar maior solubilidade ao éster. Exemplos: Ésteres de sorbitan e derivados etoxilados Ésteres de polietilenoglicol Alquilpoliglicosídeos Aplicação: emulsionantes, solubilizantes de essências, redutores de irritação, espessantes e perolizantes em xampus, sabonetes líquidos, cremes e loções. Ésteres de sorbitan Obtenção: esterificação do ácido graxo (láurico, esteárico, oleico) com sorbitol. Pode posteriormente ser etoxilado. Aplicação: emulsionantes, solubilizantes de essências, redutores de irritação em xampus, sabonetes líquidos, cremes e loções. Ésteres de glicerila Obtenção: esterificação do ácido graxo (láurico, esteárico) com glicerol. Aplicação: co-emulsionantes e espessantes em cremes e loções. Alquilpoliglicosídeos Obtenção: reação da glicose do milho com álcoois graxos. Aplicação: co-tensoativos para aumento da espuma, viscosidade e redução da irritação em xampus e sabonetes líquidos. MATÉRIAS-PRIMAS COM PROPRIEDADES DETERGENTES Agentes de limpeza Definição: São usados para aplicações de limpeza para produtos cosméticos. •Função:agentes molhantes de superfície, emulsificantes de óleos ou solubilizantes e suspensória. Podem contribuir com a espuma, que é uma característica de extrema importância para a percepção da performance do produto. Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 38 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Representação da micela de um tensoativo Sabões São os sais dos ácidos graxos insolúveis em água com varias bases –Sabões foram os primeiros primeiros ativos de superfície preparados pelo homem –São divididos em hidrossolúveis e insolúveis –Aplicação, Sabonetes em barra, crème de barba, creme hidratante,etc . * Sabão insolúvel: A água quando contém sais de Ca e Mg é denominada água dura, quando o sabão entra em contato com os sais desta água, ocorre a formação de um precipitado pois o sabão é resultado de uma reação entre ácidos gordurosos e NaOH (Hidróxido de Sódio) ou KOH (Hidróxido de Potássio), esses compostos na presença de CaCl2 ou MgCl2 ou CaSO4 ou MgSO4, o Sódio ou o Potássio são deslocados pelo Cálcio ou pelo Magnésio formando sais insolúveis. Alquil Sulfatos Definição: São sais de monoesteres de acido sulfúrico e de álcoois graxos –São preparados pela sulfatação de álcoois graxos e subseqüente neutralização com uma base apropriada. Exemplo:Sodium Lauryl Sulfate Aplicação: Shampoos e outros produtos para limpeza Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 39 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Variante : Alquil Eter Sulfatos CH3(CH2)10CH2OSONa Surfactantes – Auxiliares de espuma São usados em cosméticos para aumentar a capacidade de espuma dos surfactantes de limpeza •São substancias que aumentam a viscosidade de superfície de um liquido que margeia as bolhas de espuma. Anfóteros Nesta categoria de co-tensoativos, distinguem-se trêsprodutos: –cocoamidopropil betaína –coco betaína –cocoanfocarboxiglicinato de sódio •O cocoanfocarboxiglicinato de sódio (cocoanfodiacetato de sódio) não é uma betaína verdadeira, mas apresenta propriedades similares. Sarcosinatos e derivados de Sarcosina (incluindo seus sais) –Sarcosinatos são os derivados da sarcosina, N-methyl glycine, acylatilados com um acido graxo. –São surfactantes aniônicos primariamente usados para aplicações de limpeza. –Podem ser usados em pH um pouco mais baixos do que os sabões Sulfosuccinatos e Sulfosuccinamatos (incluindo sais) –Sulfosuccinatos e Sulfosuccinamatos são membros de um grande grupo representados na cosmética pelos sais do acido sulfosuccinico –São usados como agente emulsificante e agente molhante –Dependendo do tipo de substituinte podem funcionar como condicionador para a pele e para o cabelo . ESTRUTURA DE SISTEMA EMULSIONADO E SISTEMA DETERGENTE Sistemas emulsionados Veículo: água Emulsionantes Componentes oleosos: emolientes Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 40 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Bases quaternizadas para condicionadores. Agentes de condicionamento e penteabilidade Componentes com propriedades específicas: Espessantes/ agentes de consistência Umectantes Princípios ativos e promocionais Agentes de neutralização * Estabilizantes da formulação: Seqüestrantes Antioxidantes e fotoantioxidantes Conservantes * Modificadores dos caracteres organolépticos: Fragrâncias Corantes Xampus / Sabonete Líquido Tensoativos primários: Bases detergentes para shampoos Tensoativos secundários para shampoos e sabonetes: Estabilizantes de espuma Promotores de viscosidade * Agentes de condicionamento e penteabilidade Componentes com propriedades específicas: Espessantes/ agentes de consistência Umectantes Princípios ativos e promocionais Agentes de neutralização * Estabilizantes da formulação: Seqüestrantes Antioxidantes e fotoantioxidantes Conservantes * Modificadores dos caracteres organolépticos: Fragrâncias Corantes Agentes de brilho pérola e Opacificantes Veículo: águaDisciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 41 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ EXERCÍCIOS 55) Defina tensoativos. 56) Por que os tensoativos são chamados compostos anfifílicos? 57) Cite as propriedades dos tensoativos. 58) Defina substância hidrofílica. 59) Defina substância lipofílica. 60) Qual a característica da parte apolar do tensoativo? 61) Defina tensoativo aniônico. 62) Defina tensoativo catiônico. 63) Defina tensoativo anfótero. 64) Defina tensoativo não iônico. 65) Elabore a estrutura de formulação de um sistema emulsionado. 66)Elabore a estrutura de formulação de um sistema detergente. INCI NAME DE ALGUMAS SUBSTÂNCIAS PROTEÍNAS Através de diversos processos físico-químicos obtemos uma variedade de proteínas hidrolisadas de peso molecular adequado às mais diversas formulações cosméticas. INCI DESCRIÇÃO Hydrolyzed Collagen (and) Hydrolyzed Elastin Colágeno e elastina parcialmente hidrolisados. Fornecedor de precursores biológicos e agentes nutritivos. Hydrolyzed Milk Protein (and) Lactose Proteína hidrolisada do leite e carboidratos. Possui ação hidratante e reparadora. Produto também disponível na versão leite de cabra. Whey Protein Complexo de Whey, formado por uma solução proteica coloidal derivada do leite bovino para nutrição e fortalecimento capilar.Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 42 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Pearl Extract Pérola hidrolisada. Contém aminoácidos, sais minerais e polissacarídeos. Hidratante, remineralizante, regenerador de tecidos. Hydrolyzed Rice Protein Proteína hidrolisada e carboidratos do arroz. Possui propriedades condicionantes e restauradoras. Ideal para o cuidado dos cabelos tintos. Hydrolyzed Soy Protein Proteína hidrolisada da soja. Contém peptídeos vegetais originários da soja. Hidrata, suaviza e protege a pele e os cabelos. Hydrolyzed Collagen Colágeno hidrolisado. Atua como agente hidratante e fornecedor de precursores biológicos. Confere hidratação e proteção à pele e cabelos. Hydrolyzed Wheat Protein Proteína hidrolisada do trigo. Contém peptídeos vegetais originários do trigo. Protege e ajuda a restaurar a flexibilidade natural da pele e dos cabelos. Hydrolyzed Keratin Queratina hidrolisada. Possui alta afinidade pelos cabelos, exercendo uma ação reparadora devido a presença de peptídeos da queratina de baixo peso molecular. Produto também disponível em pó. Hydrolyzed Keratin (and) Creatine Queratina hidrolisada, complexada com creatina. Repara a estrutura capilar dia após dia, conferindo força e resistência aos fios. Silk Powder Proteína da seda em pó. Melhora a textura da pele, minimizando imperfeições e conferindo sensação tátil aveludada. Recomendado para makeup. Hydrolyzed Silk Proteína hidrolisada da seda. Restaura e confere brilho aos cabelos opacos e desvitalizados. Hydrolyzed Elastin Elastina hidrolisada. Fornece precursores biológicos. Hidratante, auxiliar na manutenção da elasticidade da pele e dos cabelos. ALCOOIS GRAXOS ETOXILADOS INCI DESCRIÇÃO Ceteareth-20 Agente emulsionante não iônico e doador de consistência apropriado para fabricação de emulsões do tipo O/A. Laureth-2 Agente emulsionante para emulsões e óleos pós- banho. Solubilizante de óleos, essências e fragrâncias. Oleth-10 Emulsionante utilizado na obtenção de emulsões tipoO/A, géis transparentes e óleos para banho. Oleth-20 Excelente emulsionante para sistemas O/A. Disciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 43 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Solubilizante para essências e óleos. Dispersante de pigmentos. Oleth-5 Emulsionante utilizado na obtenção de emulsões tipoO/A, géis transparentes e óleos para banho. Oley Alcohol Produto utilizado como agente emoliente da pele, auxilia na solubilização de princípios ativos. ÉSTERES DE ÁCIDOS GRAXOS COM PEG/PPG/GLICOL INCI DESCRIÇÃO PEG-20 Stearate Agente emoliente sobreengordurante. Auxilia na estabilização da viscosidade e como coemulsionante para emulsões, batons e indústria farmacêutica. PEG-2 Distearate Agente emoliente e hidratante. Proporciona toque sedoso. Indicado para formulações de cremes, loções e condicionadores. Glycol Stearate (and) Glycol Distearate Emulsionante A/O. Agente espessante e perolizante. Indicado para formulações de cremes, loções, xampus e sabonetes líquidos. Glyceryl Stearate Agente espessante e emulsionante A/O para cremes, loções, makeup e emolientes. Disponível também na versão autoemulsionante. PEG-7 Glyceryl Cocoate Éster de Ácidos Graxos com Poliol. Agente Hidratante e emoliente para formulações cosméticas e farmacêuticas. ÉSTERES DE ÁCIDOS GRAXOS/SORBITOL INCI DESCRIÇÃO Sorbitan Stearate Agente emulsionante solúvel ou dispersível em óleo, com baixo valor de HLB. Indicado para emulsões A/O como emulsionante primário e emulsões O/A como coemulsionante. Sorbitan Oleate Agente emulsionante solúvel ou dispersível em óleo, com baixo valor de HLB. Indicado para emulsões A/O como emulsionante primário e emulsões O/A como coemulsionante. ÉSTERES DE ÁCIDO LÁTICODisciplina: Fundamentos de Cosmetologia – SDE 4150Professora: Alexsandra Tavares - Página 44 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ INCI DESCRIÇÃO Lauryl Lactate Éster do AHA ácido lático, capaz de conferir luminosidade, emoliência e toque aveludado a pele e cabelo. Pode ser aplicado em inúmeras formulações como cremes, loções, protetor
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