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PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL

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AULA 03
PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL 
	Classificação segundo Carlos Roberto Gonçalves:
I- Ação ou omissão 
II- Culpa ou dolo do agente (subjetiva)
III – Relação de causalidade / nexo causal
IV – Dano
I – Ação ou omissão:
	Como visto anteriormente, esta ação ou omissão decorre de um ato jurídico da espécie ilícito.
	A ação é a forma mais comum de exteriorização da conduta. 
	A omissão ganha relevância jurídica quando o agente é responsável por agir ou praticar algum ato que impeça a ocorrência do dano. Exemplo: a omissão de prestar alimentos, gera o dever aos pais de prestá-lo; a omissão de atendimento de um médico, etc. 
	Inicialmente a lei refere-se a qualquer pessoa que por ação ou omissão venha a causar dano a outrem. A responsabilidade poderá derivar de ato próprio (abuso de direito, calúnia); de ato de terceiro que esteja sob a guarda ao agente (danos causados pelos filhos, pelos empregados); danos causados por coisas ou animais que lhe pertençam (responsabilidade pelos animais, coisas caídas de prédio). 
II – Culpa ou dolo do agente
II.I - Dolo e culpa
	O dolo (culpa lato sensu) pode ser conceituado como a violação deliberada, consciente e intencional de um dever jurídico. Esta estampada no termo “ação ou omissão voluntária” do art. 186 do CC. Neste caso, o agente pratica um ato ilícito voluntariamente, sua conduta já nasce ilícita. 
	Já a culpa (culpa stricto sensu), pode ser conceituada como a falta de diligência, e está contida na expressão “negligência ou imprudência”, do citado artigo. Aqui, a conduta do agente nasce ilícita, porém, em razão de um desvirtuamento, esta torna-se ilícita. 
	Para fins de responsabilidade civil subjetiva pouco importa se a conduta foi dolosa ou culposa, em ambos os casos haverá o dever de reparar o dano. 
	Para caracterização da culpa, é necessário que o resulta tenha ao menos sido previsto pelo agente. 
II.II – Imprudência, negligência e imperícia
	Imprudência – é o ato de proceder sem cautela, de forma positiva, no qual o agente está consciente de que deveria se abster. Exemplos: médico dá injeção sem verificar se o paciente é ou não alérgico ao injetado; dirigir bêbado.
	Negligência – é a conduta omissiva, quando se deixa de tomar uma medida que era devida. Ex.: genitor que não cuida dos filhos e estes se acidentam. 
	Imperícia – é a incapacidade técnica para o exercício de determinada função, profissão ou arte. Ex.: médico que não tem habilitação para plástica e fez o procedimento causando dano a outrem.
II.III – Espécies de culpa:
II.III.I – Culpa grave, leve e levíssima
	A culpa pode ser grave, leve ou levíssima. A grave ocorrerá quando a houver uma violação mais séria do dever de diligência que se exige do homem mediado. Em qualquer caso, deverá o sujeito causado do dano indenizá-lo. Aqui, adotamos a norma romana, no qual a culpa ainda que levíssima, obriga a indenizar. 
II.III.II – Culpa contratual e extracontratual
	A contratual decorre do descumprimento de uma relação obrigacional preexistente. Caso o dever seja genérico, a culpa será extracontratual. 
II.III.III – Culpa presumida
	Incumbe a vítima a demonstração da culpa do agente, ocorre que em virtude de melhor amparar os lesados, foi estabelecido em alguns casos a presunção de culpa, trata-se de uma presunção juris tantum.
	Nos casos de culpa presumida inverte-se apenas o ônus da prova, cabendo ao causador do dano demonstrar que não agiu com culpa, caso assim demonstre, sua responsabilidade está elidida. Esta é uma diferença com a responsabilidade objetiva, pois nesta o elemento culpa é dispensável.
	Neste caso, não terá que demonstrar o ânimo subjetivo do causador do dano, este, para livrar-se da presunção relativa da culpa, terá que fazer prova em sentido contrário. 	
	Exemplos: a do dono do animal pelos prejuízos por este causado a terceiros, art. 936 e a do proprietário do edifício ou construção pelos danos resultantes de sua ruína, art. 937. 
	A jurisprudência tem construído várias presunções de culpa, como: a do motorista que colide contra a traseira do veículo que vai à frente; a do que sobe com o carro na calçada e atropela o pedestre. 
	A Súmula 341 do STF previa a culpa presumida do patrão pelo ato culposo do empregado, tal entendimento foi superado pelo Enunciado 451 da V Jornada, que prevê a responsabilidade objetiva, bem como com análise do art. 932, III do CC. 
II.III.IV – Culpa concorrente
	Aplica-se na hipótese em que, ao lado da culpa do agente, se faz presente também a culpa da vítima pelo resultado danoso. Neste caso, aponta a doutrina que a indenização seja repartida proporcionalmente aos graus de culpa do agente e da vítima. Enunciado 459 da V Jornada.
	Exemplo: vítima em linha férrea; viagem na porta do ônibus ou metrô.
II.III.V – Culpa “in eligendo”, “in vigilando”, “in custodiendo”, “in comittendo” e “in omittendo” - LER

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