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Farmacocinética - Absorção e distribuição
Compreender o caminho que o fármaco fará no organismo. Ter habilidade em saber os fatores que influenciam na absorção e na distribuição dos fármacos.
  
A terapia ideal para o tratamento de doenças depende de bases farmacológicas que permitam a escolha do medicamento adequado. Mais do que escolher a droga adequada tendo como finalidade reverter, atenuar ou prevenir um determinado processo patológico (ou ainda promover anestesia), o cirurgião-dentista, ao selecionar a droga, precisa se atentar às características fisiopatológicas, além disso, idade, sexo, peso corporal e raça do paciente. Como a intensidade dos efeitos, terapêuticos ou tóxicos das drogas depende da concentração alcançada em seu sítio de ação, é necessário garantir que a droga escolhido atinja, em concentrações adequadas, o órgão ou sistema suscetível ao efeito requerido. Para tal é necessário escolher doses que garantam a chegada e a manutenção das concentrações ideais aos alvos moleculares no organismo, que podem ser canais iônicos, enzimas, transportadores de membrana, material genético e receptores. Se quantidades insuficientes estiverem presentes no alvo molecular, a droga se apresentará ineficaz.
O estabelecimento de esquemas posológicos padrões e de seus ajustes na presença de situações fisiológicas (idade, sexo, peso, gestação), hábitos do paciente (tabagismo, ingestão de álcool) e algumas doenças (insuficiência renal e hepática) é orientado por informações provenientes de uma importante subdivisão da farmacologia, a FARMACOCINÉTICA.
A Farmacocinética é a parte da Farmacologia que estuda o comportamento de fármacos após administração dos mesmos no organismo. Esta fase é dividida em quatro etapas: absorção, distribuição, biotransformação (ou metabolização) e excreção (ou eliminação), essas etapas serão abordadas individualmente, embora aconteçam quase que de forma simultânea.
Em outras palavras, a farmacocinética pode ser definida como tudo aquilo que o organismo faz com o fármaco.
Para os medicamentos de uso odontológico e administrados principalmente pela via oral, eles devem passar por três fases:
1. Fase farmacêutica: Estuda a liberação do fármaco a partir da forma farmacêutica. É constituída pelo conjunto de fenômenos compreendidos entre a administração do medicamento e a absorção, os quais determinam a intensidade e velocidade com que ocorre a entrada do fármaco no organismo. Estes fenômenos compreendem basicamente a liberação e a dissolução do fármaco contido no produto farmacêutico.
2. Fase Farmacocinética: Esta etapa corresponde ao estudo dos processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção dos fármacos.
3. Fase farmacodinâmica: Estuda a interação de um fármaco com seu alvo molecular específico, ou seja, a ação do fármaco em seu tecido-alvo com as alterações moleculares e celulares correspondentes (efeito farmacológico), o que culmina no aparecimento do efeito requerido.
A passagem de fármacos através de uma membrana é influenciada pela espessura e área permeável da membrana, bem como por características do fármaco, como tamanho, forma molecular e coeficiente de partição lipídeo/água. A constante de dissociação (pKa) do fármaco e o pH do meio onde se encontra (compartimentos do organismo), também influenciam potencialmente sua velocidade de transporte por membranas biológicas. Para eletrólitos fracos, sais de ácidos ou bases fracas, como são a maioria dos fármacos, o pH do meio determina seu grau de dissociação em solução. Para estes fármacos, a passagem passiva através da membrana dependerá da lipossolubilidade e da quantidade da forma não ionizada.
Todos os fatores supracitados influenciam na absorção de fármacos.
A seguir, será abordado inicialmente as duas primeiras etapas da farmacocinética: absorção e distribuição.
ABSORÇÃO DOS FÁRMACOS
Para que o fármaco possa alcançar o local de ação é necessário, na maioria dos casos, atravessar membranas biológicas como o epitélio gástrico e intestinal, ou o endotélio vascular, ou ainda as membranas plasmáticas celulares. Quando esta travessia se dá do local de administração do fármaco para a corrente sangüínea, denominamos de absorção. Assim, o processo de absorção tem por finalidade transferir o fármaco do local onde é administrado para os fluidos circulantes, representados especialmente pelo sangue. O processo de absorção é extremamente importante para a determinação do período entre a administração do fármaco e o aparecimento do efeito farmacológico, bem como na determinação das doses e escolha da via de administração do medicamento. 
O parágrafo anterior leva em consideração os fármacos que são utilizados com objetivo terapêutico (exemplo: Dipirona para alívio de dor) ou profilático (exemplo: Amoxicilina para evitar infecção, como a endocardite), quando falamos em anestesia local é um pouco diferente. Na anestesia local é desejável uma absorção lenta do anestésico local para a corrente sanguínea, pois isso aumenta o tempo de anestesia e reduz a toxicidade sistêmica. Esse assunto será abordado de forma aprofundada em outra aula.
O grau de absorção de um fármaco influencia a biodisponibilidade do mesmo, termo que refere-se à fração de uma dose ingerida de uma droga que tem acesso à circulação sistêmica, também é utilizado para indicar a proporção de fármaco que passa para a circulação sanguínea após a administração do medicamento. Quanto maior a biodisponibilidade de um fármaco, mais rápido será sua resposta terapêutica.
Vários são os fatores que influenciam o processo de absorção, dentre os quais podemos citar:
• A área da superfície absortiva à qual o fármaco é exposto é um dos determinantes mais importantes da velocidade de absorção. Em superfícies com grandes áreas, o fármaco é absorvido com maior rapidez; como exemplo temos a mucosa intestinal. A superfície absortiva é determinada em grande parte pela via de administração.
• O fluxo sangüíneo no local de administração também afeta a absorção do fármaco. O aumento do fluxo sangüíneo, determinado por massagens, ou aplicação local de calor, potencializa a velocidade de absorção do fármaco. Por outro lado a diminuição do fluxo sangüíneo determinado por vasoconstritores (como por exemplo adrenalina, associada ao anestésico local), choque ou outros fatores patológicos, pode retardar a absorção.
• Grau de ionização do fármaco é um importante fator que interfere no processo de transporte através de membranas e conseqüentemente no processo de absorção, principalmente ao considerar-se a via de administração oral.
Geralmente, podemos dizer que o fármaco será melhor absorvido, quanto menor for seu grau de ionização. O grau de ionização de um fármaco em solução aquosa é função do pH do meio e do pKa da substância. Em um pH acima do pKa um composto ácido existe em solução principalmente na forma iônica e as bases na forma molecular. Para qualquer fármaco fraco a fração ionizada, hidrossolúvel, é responsável pela difusão através dos meios aquosos (plasma, líquido intersticial, meio intracelular). Já a fração não ionizada (lipossolúvel), é a responsável pela difusão nos meios lipídicos. Levando em consideração as características bioquímicas das membranas plasmáticas, fármacos não ionizados e portanto lipossolúveis não mais facilmente absorvidos.
Metabolismo de primeira passagem: Diminui a quantidade de fármaco biodisponível para ação.
Resumo dos Fatores que Influenciam na Absorção
DISTRIBUIÇÃO DOS FÁRMACOS
Depois de absorvido ou injetado na corrente sangüínea o fármaco pode distribuir-se para os líquidos intersticial e celular. Os padrões de distribuição de um fármaco, refletem alguns fatores fisiológicos, como fluxo sangüíneo tecidual e características da membrana de transporte, bem como de suas propriedades físico-químicas.
Assim, os fármacos se distribuem mais rapidamente em tecidos altamente perfundidos (alto fluxo sanguíneo), como o pulmão; o contrário ocorre nos de baixa perfusão, como o tecido adiposo.
A distribuição também pode ser limitada pela ligação do fármacoàs proteínas do plasma, em especial à albumina para fármacos ácidos e à alfa-glicoproteína ácida no caso de fármacos de característica básica. Um fármaco que se liga fortemente à estas proteínas tem pouco acesso a locais de ação intracelulares e pode ser lentamente biotransformada e eliminada, portanto, fica mais tempo no organismo. Além disso, a fração do fármaco ligada às proteínas plasmáticas não apresenta ação farmacológica, ou seja, somente a fração livre poderá promover efeito farmacológico.
Meia-vida plasmática (t1/2)
A meia-vida é um conceito que indica o tempo necessário para que a concentração do fármaco seja reduzida à metade de seu valor. Em farmacocinética ela representa o tempo gasto para que a concentração plasmática ou a quantidade original de um fármaco no organismo se reduza à metade.

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