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Radioterapia: Tratamento com Radiação

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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE GÊNESIS 
TÉCNICO EM 
RADIOLOGIA 
 
1 
 
 
 
MÉTODO DE 
DIAGNÓSTICO 
POR IMAGEM 
Aula 4: 
RADIOTERAPIA 
 
Professor: Rodrigo Otávio 
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE GÊNESIS 
TÉCNICO EM 
RADIOLOGIA 
 
2 
 
RADIOTERAPIA 
 
O que é Radioterapia? 
A radioterapia se baseia no emprego da radiação para tratamento, utilizando vários 
tipos de energia que podem atingir o local dos tumores ou áreas do corpo onde se 
alojam as enfermidades, com a finalidade de destruir suas células. 
A radioterapia pode ser usada para dar alívio ao paciente e melhorar a qualidade de 
vida, diminuir o tamanho dos tumores, diminuir ou estancar hemorragias, ou atuar 
sobre outros sintomas, como dor. 
 A radiação danifica o material genético da célula do tumor evitando que ela cresça e se 
reproduza. As células do câncer crescem e se multiplicam muito mais rapidamente do 
que as células normais que as rodeiam. O tratamento se baseia justamente na fase de 
multiplicação celular. 
Um Breve Histórico 
Logo após descobertos por Whilhelm C. Roentgen, os raios-X começaram a ser 
utilizados em diagnóstico e terapêutica, tendo Emil A. Grubbe com um pioneiro, ainda 
1896. Em 1896, Pierre e Marie Curie descobriram o Radium 226, introduzindo-o em 
terapêutica. Nesta época, os cirurgiões passaram a utilizar as radiações no tratamento 
de tumores malignos, acreditando atuarem por ação cáustica nos tecidos. 
Inicialmente as doses eram avaliadas pelas reações induzidas na pele e a unidade 
correspondente foi denominada "dose eritema". A dose administrada era avaliada 
segundo a intensidade do eritema. Os progressos da física médica na década de 30 
permitiram quantificar as doses de radiação e estabelecer uma relação entre 
quantidade e efeito biológico. 
O desenvolvimento da física e da engenharia nuclear proporcionaram um grande 
avanço na produção de materiais radioativos obtidos artificialmente, propiciando novas 
fontes (entre elas o cobalto 60) com diferentes características para uso em terapias. 
Esses avanços na área de física associados a uma melhor compreensão dos mecanismos 
bioquímicos da interação da radiação com a matéria trouxeram as bases teóricas para 
tratamentos que concentram grandes doses de radiação em um determinado volume 
alvo, protegendo os tecidos normais e lesando ao máximo os tumorais. 
 
Finalidades da Radioterapia 
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE GÊNESIS 
TÉCNICO EM 
RADIOLOGIA 
 
3 
 
Tendo-se em vista o aspecto multidisciplinar e multiprofissional do tratamento do 
câncer, a autorização da radioterapia também deverá estar sempre dentro de um 
planejamento terapêutico global, com início e fim previsto. As finalidades da 
radioterapia estão relacionadas abaixo e se referem a pacientes adultos, já que, em 
crianças e adolescentes, cada vez mais se vem dispensando a radioterapia, pelos efeitos 
colaterais tardios que ela acarreta ao desenvolvimento orgânico. 
Radioterapia Paliativa 
Objetiva o controle local do tumor primário ou de metástase(s), sem influenciar a taxa 
da sobrevida global do paciente. Geralmente, a dose aplicada é menor do que a dose 
máxima permitida para a área. 
Radioterapia Pré-Operatória 
É a radioterapia que antecede a principal modalidade de tratamento, a cirurgia, para 
reduzir o tumor e facilitar o procedimento. A dose total aplicada é menor do que a dose 
máxima permitida para a área. 
Radioterapia Pós-Operatória 
Segue-se à principal modalidade de tratamento do paciente, com a finalidade de 
esterilizar possíveis focos microscópicos do tumor. Como as anteriores, a dose total não 
alcança a dose máxima permitida para a área. 
Radioterapia Curativa 
Consiste na principal modalidade de tratamento e visa a cura do paciente. A dose 
utilizada é geralmente a dose máxima que pode ser aplicada na área. Pode-se utilizar o 
termo "curativo" e "exclusivo" no sentido de dose máxima, seja qual for a finalidade da 
radioterapia. Deve-se entender como exclusiva a radioterapia de finalidade paliativa, 
ou curativa, que não se associa a outra(s) modalidade(s) terapêutica(s), 
independentemente de se aplicar a dose máxima. 
Radioterapia Anti-Álgica 
Radioterapia paliativa com esta finalidade específica. Pode ser aplicada diariamente ou, 
em doses diárias maiores, semanalmente. Como é de finalidade paliativa, a dose total 
é menor do que a máxima permitida para a área, exceto nos casos especificados como 
metástases. 
 
Radioterapia Anti-Hemorrágica 
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE GÊNESIS 
TÉCNICO EM 
RADIOLOGIA 
 
4 
 
Radioterapia paliativa com esta finalidade específica. Como é de finalidade paliativa, a 
dose total é menor do que a máxima permitida para a área. 
Radiosensibilidade e Radiocurabilidade 
A radiossensibilidade celular é o grau e a velocidade de resposta dos tecidos à 
irradiação. Segundo Tribodeau e Bergonier a radiossensibilidade está associada à 
atividade mitótica da célula: por um lado, quanto mais indiferenciado e proliferativo o 
tecido, mais sensível à irradiação e, por outro, quanto mais diferenciado e estável, mais 
resistente. A resposta tumoral à irradiação depende também do aporte de oxigênio às 
células malignas. Devido á sua eletroafinidade o oxigênio liga-se avidamente aos 
elétrons gerados na ionização do DNA, causando danos a esta molécula. A presença de 
quantidades adequadas de oxigênio aumenta sua sensibilidade em 3 vezes. Os tecidos 
normais tendem a repopular as regiões irradiadas com mais facilidade que os tumorais, 
embora os tumores também o façam. Como existem muito mais tecidos sãos do que 
tumorais nas regiões irradiadas, esta característica favorece o tratamento. Devido a 
vários defeitos metabólicos inerentes à sua atividade mitótica das neoplasias a 
regeneração tende a ser menos eficaz para danos subletais. Tecidos normais tendem a 
se recuperar entre duas aplicações, desde que haja um intervalo de ao menos 4 horas, 
enquanto que os tumorais tendem a demorar mais ou não o fazem. 
Como é feito o tratamento? 
 O médico - especialista em radioterapia - limita cuidadosamente a área afetada pelo 
câncer, e a ela dirige o tratamento radioterápico. 322 A aplicação do tratamento pode 
ser externa ou interna. A aplicação de radiação por via interna também é chamada de 
braquiterapia. A forma mais usada de tratamento é a radioterapia externa ou 
teleterapia. 
Radioterapia Externa ou Teleterapia 
A teleterapia é uma modalidade de radioterapia em que a fonte de radiação é externa 
ao paciente, posicionada a no mínimo 20 cm de sua superfície. A teleterapia, 
introduzida na prática médica no início do século XX, expandiu na década de 30 devido 
ao desenvolvimento dos aparelhos de radioterapia convencional com energias 
superiores a 130 KV (kilo-volts), permitindo o tratamento de tumores profundos. Nas 
décadas de 30 e 40 surgiram as bombas de cobalto e os aceleradores lineares, com 
energias de MeVs (mega-eletron-volts). A escolha da radioterapia depende do tipo de 
câncer e da profundidade em que se encontra o tumor. A área de tratamento é marcada 
antes do início da radioterapia, o que é chamado de planejamento. Cada aplicação dura 
alguns minutos. Um técnico, através de um circuito de televisão sempre observa o 
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE GÊNESIS 
TÉCNICO EM 
RADIOLOGIA 
 
5 
 
paciente, e pode ouvi-lo através de um alto-falante. O paciente durante o tratamento 
não sente dor, pois a radiação não é sentida nem ouvida. 
Equipamentos de Teleterapia 
Aceleradores lineares podem emitir, além de raios-X, feixes de elétrons com várias 
energias. Esta versatilidade é de extrema importância pois permite a realização de 
múltiplos tratamentos 
utilizando apenas um 
equipamento. Um dos 
mais sofisticados 
equipamentos no 
tratamento de tumores 
pélvicos, tumores 
torácicos, tumores de 
cabeça e pescoço e 
tumores cerebrais. Este 
aparelho destrói 
totalmente a neoplastia, 
sem comprometeros 
tecidos vizinhos. 
Riscos da Radioterapia 
Como qualquer tratamento, o uso da radioterapia pode apresentar riscos. As altas doses de 
radiação, que destroem o tumor, podem atingir também os tecidos normais, causando os 
efeitos colaterais. Estes efeitos não são obrigatoriamente apresentados por todas as pessoas 
que fazem radioterapia, uma vez que dependem da forma que o organismo responde ao 
tratamento. Assim, alguns pacientes podem apresentar efeitos colaterais mais severos 
enquanto outros podem mesmo não apresentar sintoma algum.

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