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09/03/2015 1 Conceito de Sinapse e Neurotransmissão 1850 – Claude Bernard 1- Músculo banhado em curare estimulação do nervo ciático não gerava contração 2 – Nervo ciático banhado em curare estimulação elétrica gerava contração 09/03/2015 2 “Curare deve agir nas terminações dos nervos motores” “Curare não faz nada além de interromper algo que coloca o nervo e o músculo em relação elétrica para gerar o movimento” Onde age o curare? 1897 – Charles Sherrington Junção entre neurônios era a via final de regulação da transmissão no SN sinapse = abraçar (grego) Estudou propriedades de arco-reflexos na medula, como eram influenciados e modulados por estruturas encefálicas, como cerebelo e tronco encefálico. Descobriu que a relação entre excitação e inibição central eram fundamentais para integração e, portanto, as sinapses eram de dois tipos. 09/03/2015 3 1904 – Lewandowsky e Langley, independentemente similaridade entre os efeitos de extratos de supra-renal e estimulação dos nervos simpáticos 1905 – Thomas R. Elliott estimulação de nervos simpáticos libera substância semelhante à adrenalina em contato próximo com a célula efetora. Observou que após degeneração do nervo, os órgãos-alvo efetora continuam a responder ao hormônio. Langley (1905) propõe a existência de substâncias receptivas nas células efetoras a resposta à adreanlina depende de qual substância é ativada Henry Dale (1914) estudou Ach e ésteres da colina distinção entre efeitos nicotínicos e múscarínicos 09/03/2015 4 1911 – Santiago Ramón y Cajal demonstração da existência da sinapse Estudos de Otto Loewi (1921) – primeira evidência direta da mediação química dos impulsos nervosos. 09/03/2015 5 “Na noite anterior ao domingo de Páscoa daquele ano (1921) eu acordei, acendi a luz e rabisquei umas poucas notas. Me ocorreu às 6:00 da manhã que durante a noite eu havia escrito algo muito importante mas eu não conseguia decifrar meus rabiscos. Na noite seguinte, às 3:00 da madrugada, a ideia voltou. Era o desenho de um experimento para verificar a hipótese da transmissão química que eu havia pensado 17 anos antes. Levantei imediatamente, fui para o laboratório e realizei um experimento simples em um coração de rã seguindo o desenho noturno...” Otto Loewi O experimento de Loewi 09/03/2015 6 Até a década de 1950 aceitação dessa possibilidade no SNP, mas não no SNC. 1954/1955 – Palay & Palade, De Robertis & Bennett demonstração da sinapse no SNC microscopia eletrônica De Robertis & Bennett, 1955 Comunicação transmissão sináptica Neurônio Pré-sináptico Espinha sináptica Vesículas 09/03/2015 7 Canabinóides Óxido nítrico NGF PRESENTE nas terminações nervosas e o neurônio deve ser capaz de SINTETIZAR, ESTOCAR e INATIVAR a substância Substância precisa ser LIBERADA após estimulação nervosa e sua aplicação exógena deve MIMETIZAR os efeitos da estimulação nervosa 09/03/2015 8 Precursor Reações enzimáticas Vesículas de estoque 09/03/2015 9 Precursor Reações enzimáticas Vesículas de estoque Receptor Pós-sináptico Transportador Auto- receptor NT Sinalização Estimulação ou inibição característica do receptor pós-sináptico, não do neurotransmissor Abertura de canais de Na+ ou Ca2+ estimulação Abertura de canais de K+ ou Cl- inibição 09/03/2015 10 09/03/2015 11 Nicotínico (ACh) 5-HT3 GABAA Glutamato (NMDA) Glicina Aspartato • Ação rápida alteração do potencial da membrana pós-sináptica • Permeável a cátions excitatório • Permeável a ânions inibitório Membrana plasmática Camada bi-lipídica Unwin, J. Mol. Biol., 1993 09/03/2015 12 membrana celular extracelular citoplasma G COOH NH2 s i q https://www.youtube.com/watch?v=x T0mAQ4726s 09/03/2015 13 Proteína G (famílias) Estimulatória (Gs) Inibitória (Gi/o) Gq Efetores primários Adenilato ciclase Adenilato ciclase; canais iônicos Fosfolipase C 2o mensageiro AMP cíclico AMP cíclico; íons Diacilglicerol e IP3 Efetores secundários Proteína quinase A Proteína quinase A Proteína quinase C e Ca2+ Resultado Fosforilação de proteínas Inibe a fosforilação de proteínas; hiperpolarização Fosforilação de proteínas • Regulação de receptores • Localização dos núcleos produtores dos NTs • Funções dos neurotransmissores • Alvos farmacológicos • Interação droga-receptor • Agonistas • Antagonistas • Agonistas inversos 09/03/2015 14 (Psico)Fármacos agem sobre proteínas: Enzimas Transportadores Receptores Sítios alostéricos Ionotrópicos Metabotrópicos Precursor Reações enzimáticas Vesículas de estoque Receptor Pós-sináptico Transportador Auto- receptor NT Sinalização Degradação 09/03/2015 15 Receptor droga Drogas interagem com receptores, enzimas de síntese e degradação Neurotransmissor e drogas interagem com os receptores por meio de forças de união simples, seguindo a lei da ação de massas: D + R D R Indutores Inibidores Afinidade Capacidade do fármaco de se ligar ao receptor baixas concentrações ocupam 100% dos receptores Especificidade Seletividade de ligação pelo alvo Ex. Propranolol = antagonista β1 e β2 Eficácia Uma vez ligado ao receptor ativação 09/03/2015 16 Mimetizam o efeito do neurotransmissor, ativando o receptor e produzindo o efeito farmacológico (NT = agonista endógeno) Receptor Agonista Membrana celular Efeito • Totais • Parciais • Inversos: Produzem resposta biológica oposta à do agonista natural Têm a mesma afinidade pelo receptor, mas diferem na eficácia 09/03/2015 17 • Produzem o efeito máximo Receptor Agonista Membrana celular Efeito Não produzem o efeito máximo 09/03/2015 18 0 50 100 1 2 3 4concentração re s p o s ta ( % m á x ) Agonista Total Agonista Parcial Curva dose-efeito Estabilizam o receptor e produzem efeito oposto ao do agonista 09/03/2015 19 Se liga ao receptor mas não produz efeito farmacológico ReceptorMembranaMembrana celularcelular Antagonista Agonista Efeito Antagonismo Farmacológico Competitivo Agonista Antagonista N eu rô n io P ré -s in áp ti co N eu rô n io P ó s- si n áp ti co 09/03/2015 20 Agonista Antagonista N eu rô n io P ré -s in áp ti co N eu rô n io P ó s- si n áp ti co Se aumentar a concentração do Agonista na fenda... 0 50 100 1 2 3 4concentração do agonista re sp o st a (% ) Sem antagonista Com antagonista competitivo 09/03/2015 21 Antagonismo FarmacológicoNão‐competitivo Agonista Antagonista N eu rô n io P ré -s in áp ti co N eu rô n io P ó s- si n áp ti co Se aumentar a concentração do Agonista na fenda... Ainda assim nada acontece... 0 50 100 1 2 3 4concentração do agonista re sp o st a (% ) Com antagonista competitivo Com antagonista não-competitivo Sem antagonista NT 09/03/2015 22 Fármaco Eficácia Agonista Pleno Máxima Agonista Parcial Sub‐máxima Agonista Inverso Negativa Antagonista Zero Alterações adaptativas dos receptores que tendem a estabelecer um equilíbrio entre a estimulação e a resposta • Dessensibilização: redução do número e/ou da afinidade do receptor pela droga • Supersensibilização: aumento do número e/ou da afinidade do receptor pela droga 09/03/2015 23 Efeito inicial Down-regulation Efeito final> Hipólide et al., Neuroscience 1998 09/03/2015 24 Volkow et al., 2008 • Mudança nos receptores – fosforilação pode causar mudança na conformação do receptor interfere na ativação das cascatas de sinalização. Indução e reversão são rápidas • Perda de receptores – exposição a agonistas causa redução gradual do número de receptores, internalização. Processo é mais lento e ocorre em situações mais prolongadas. 09/03/2015 25 Efeito inicial Up-regulation Efeito final< Receptor D2 – [3H] nemonapride 09/03/2015 26 Acetilcolina 1. Aprendizagem e Memória 2. Movimentos finos 3. Sono REM Noradrenalina 1. Comportamento de medo 2. Memória emocional 3. Ansiedade 4. Regulação da vigília 09/03/2015 27 Dopamina 1. Movimentos automáticos 2. Sistema de recompensa 3. Regulação hormonal 4. Cognição / Agressividade 5. Doenças neurológicas: = Esquizofrenia = Doença de Parkinson Serotonina 1. Regulação do sono 2. Regulação do humor 3. Regulação do apetite 4. Agressividade 5. Doenças psiquiátricas: • Depressão • Ansiedade 09/03/2015 28 GABA 1. Regulação da excitabilidade neuronal 2. Sono delta 3. Doenças psiquiátricas: = Ansiedade Glutamato 1. Regulação da excitabilidade neuronal 2. Aprendizagem e memória 09/03/2015 29 https://www.youtube.com/watch?v=c5cab4hg moE 1. Molecular Neuropharmacology: A Foundation for Clinical Neuroscience. Nestler EJ, Hyman SE, Malenka, RC (eds). McGraw Hill, 2009. 2. Stephen Stahl. Essential Psychopharmacology. Cambridge University Press, 2000. 3. Physiology of Behavior. Neil R. Carlson, 1994. 5ª edição 4. Rang & Dale: Farmacologia. Churchill Livingstone, 6a edição 5. Goodman & Gilman’s The Pharmacological Basis of Therapeutics. Brunton LL, Lazo JS, Parker KL (eds). McGraw Hill, 2006. 11a edição
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