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Microbiologia clínica - resumo

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Gisele Quagliotto 
 
Microbiologia clínica 
Estudo dos microorganismos causadores de doenças 
infectocontagiosas em humanos, seu diagnóstico clínico 
e laboratorial, e seus aspectos patogênicos e 
epidemiológicos. 
➜MICROBIOTA: conjunto de microorganismos que vivem 
naturalmente em diversas partes do organismo humano.. 
 
➜ FASE PRÉ-ANALITÍCA: compreende a fase de cadastro do 
paciente, coleta da amostra, transporte e armazenamento da 
mesma. 
➜FASE ANALÍTICA: compreende a analíse propriamente dita.. 
➜FASE PÓS-ANALÍTICA: compreende a verificação das 
análises realizadas na fase analítica, além do envio/entrega dos 
resultados ao paciente e ao médico. 
Na microbiologia são analisados microorganismos geralmente 
procariontes. Ou seja, microorganismos com organização 
estrutural simples, DNA não organizado e reprodução rápida. 
 
No caso de bactérias, a parede celular destas é capaz de 
fazer sua diferenciação em bactérias gram positivas e 
gram negativas. 
 
As bactérias gram positivas apresentam uma parede celular 
mais espessa e com uma grande quantidade de 
peptideoglicanos. Durante o processo de coloração, essas 
bactérias se coram de roxo/azul. 
Já bactérias gram negativas apresentam uma parede celular 
mais fina e com menor quantidade de peptideoglicanos, e 
assim durante a coloração se coram de vermelho/rosa. 
 
➜Como lembrar das cores das bactérias na coloração de 
Gram: 
👎 Quando as finanças vão mal, dizemos que tudo está no 
VERMELHO, logo NEGATIVO. 
👍Quando as coisas vão bem, dizemos que conseguimos 
terminar o mês no AZUL, logo POSITIVO . 
 
A coloração de Gram foi descoberta por Cristian Gram em 
1884, quando ele descobriu que poderia corar as bactérias e 
que estas adquiriam cores diferentes. 
O método consiste em aplicar corantes em uma lâmina 
contendo o material que se quer analisar, e assim, as bactérias 
presentes adquirirão cor, fazendo com que a identificação das 
mesmas se torne mais fácil. 
As etapas da coloração de Gram são as seguintes: 
Gisele Quagliotto 
 
➜ Aplicar o corante cristal violeta na lâmina e aguardar 1 
minuto. 
➜Lavar a lâmina com água destilada. 
➜Cobrir a lâmina com lugol e aguardar 1 minuto. 
➜Lavar a lâmina novamente com água destilada. 
➜Cobrir a lâmina com álcool e aguardar 30 segundos. 
➜Lavar novamente com água. 
➜Cobrir a lâmina com fucsina( ou safranina) e aguardar 30 
segundos. 
➜Lavar a lâmina novamente e deixar secar, para realizar a 
visualização em microscópio. 
 
 
As bactérias podem se apresentar de diversas formas,sendo 
que podem estar sozinhas ou agrupadas. 
Elas podem se apresentar sozinhos na forma de cocos,bacilos 
ou espirilos. Ou agrupados como na forma de diplococos ou 
estreptococos por exemplo. 
 
IDENTIFICAÇÃO DE COCOS GRAM POSITIVOS 
➜Staphylococcus spp. 
➜Streptococcus spp.. 
➜Enterococcus spp. 
 
O primeiro passo para identificação de bactérias é a 
realização de esfregaço para visualizar a presença ou 
ausência de bactérias. Também é realizado quando 
necessário a inoculação da amostra em meios de cultura.. 
Após a realização das lâminas, é realizada a observação 
destas em microscópio onde no laudo será reportado a 
presença ou ausência de microorganismos, e quando 
presentes será descrita a morfologia observada.. 
Por exemplo: 
“Presença de cocos gram positivos em cachos sugestivos de 
Streptococcus spp.” 
 
Quando cocos gram positivos são encontrados, existem 
diversas provas de identificação que podem ser realizadas 
para comprovar a etiologia daquele microorganismo. 
PROVA DA CATALASE: consiste em colocar a amostra de 
bactérias em contato com o peróxido de hidrogênio e 
pesquisar a formação de bolhas.. 
Formou bolhas = + 
Não formou bolhas = - 
Catalase positiva indica ➜ Staphylococcus spp ou 
micrococcus spp. 
Catalase negativa indica ➜ Streptococcus spp ou 
Enterococcus spp. 
 
TESTE DA COAGULASE: tem como objetivo a separação 
de Staphylococcus de importância clínica, neste caso, 
Staphylococcus aureus. Consiste na observação da formação 
de coágulos na amostra. 
Presença de qualquer grau de coágulo indica resultado 
POSITIVO, assim indicativo de Staphylococcus aureus. 
Ausência de coágulos iindica resultado NEGATIVO, assim 
indicativo das demais espécies de Staphylococcus. 
Gisele Quagliotto 
 
 
TESTE DE DNASE: este teste também visa diferenciar a 
presença de Staphylococcus aureus de outros tipos 
bacterianos, por meio da utilização do ágar DNAse 
juntamente com o HCl. Dessa forma, o Staphylococcus 
aureus possui uma enzima extracelular chamada 
desoxirribonuclease que tem a capacidade de degradar o 
DNA. 
Quando houver a presença de uma zona transparente ao 
redor da colônia significa um resultado POSITIVO, logo, existe 
a presença do microorganismo pesquisado. 
Caso não haja essa precipitação, o ágar seguirá intacto e 
assim, NEGATIVO para Staphylococcus aureus. 
 
TESTE DA NOVABIOCINA: tem como finalidade separar 
cepas de Staphylococcus saprophyticus das demais cepas. 
O Staphylococcus saprophyticus é novabiocina resistente e é 
a única espécie isolada em humanos como causadora de 
infecções urinárias. 
A amostra é semeada como um antibiograma, e um disco 
contendo novabiocina é colocado no teste.. A ausência de 
halos de inibição ou halos menores de 15 mm é considerado 
um resultado POSITIVO, ou seja, a bactéria é RESISTENTE, 
logo, entende-se que o microorganismo em questão é o 
Staphylococcus saprophyticus. 
Halos maiores que 15 mm considera-se um microorganismo 
sensível, ou seja, as demais espécies de Staphylococcus. 
 
TESTE DE HEMÓLISE EM ÁGAR-SANGUE: tem como 
finalidade a identificação do Streptococcus pneumoniae das 
demais cepas de streptococcus. 
O resultado da inoculação das bactérias em ágar-sangue 
podem ser separados em três formas: alfa, beta e gama-
hemolítico. 
Alfa hemolítica ➜ o microorganismo é capaz de realizar uma 
hemólise parcial, podendo ser observado uma coloração 
cinza- esverdeado ao redor da colônia, sendo sugestivo a 
presença do Streptococcus pneumoniae. 
 
Beta- hemolítico ➜os microorganismos nesse caso geram 
uma lise completa das hemácias ao redor da colônia, sendo 
observado uma zona transparente ao redor dessas colônias. 
Pode ser sugestivo de Streptococcus pyogenes ou 
Streptococcus agalactine. 
 
Gama hemolítico ➜ neste caso não existe hemólise, logo, 
entende-se que os microorganismos contidos naquele colônia 
são não hemolíticos. 
 
 
TESTE DE BILE SOLUBILIDADE: este teste também tem 
como finalidade de detectar a presença de Streptococcus 
pneumoniae.. Ao adicionar os sais biliares a amostra, caso 
exista a presença do S. pneumoniae a suspensão ficará 
límpida, pois esses sais tem a capacidade de lisar o 
microorganismo. Caso a suspensão fique turva, é um 
resultado negativo para esse microorganismo. 
 
 
 
 
 
 
 
Gisele Quagliotto 
 
TESTE DE CAMP ou CAMP TEST: tem como finalidade a 
identificação de cepas de Streptococcus agalactiae. 
 
TESTE DE BACITRACINA : tem como finalidade 
diferenciar Streptococcus pyogenes de outras cepas. É um 
teste realizado em ágar-sangue de carneiro e colocado um 
disco de bacitracina, onde caso haja qualquer tipo de halo de 
inibição ao redor do disco é considerado como sensível e 
indicativo de S. pyogenes. 
 
TESTE DE OPTOQUINA: este teste tem como finalidade a 
detecção da presença de Streptococcus pneumoniae, onde 
um disco impregnado com optoquina é colocado em uma 
placa contendo a amostra a ser pesquisada, e caso haja 
qualquer tipo de halo de inibição é considerado sensível e 
indicativo de S. pneumoniae. 
 
TESTE NaCl 6,5% : é um teste utilizado para separar 
Enterococcus spp, que são NaCl 6,5% positivos de 
Streptococcus spp que são NaCl 6,5% negativos. O meio 
utilizado é o caldo BHI que normalmente apresenta 0,5% de 
NaCl sendo que para este teste é acrescentado ao calco 
NaCl até atingir a marca de 6,5%, criando um meio de 
crescimento adequado para os Enterococcus spp. 
Casohaja turvação ou mudança de coloração do meio, o 
resultado é considerado POSITIVO, e sugestivo de 
Enterococcus spp. Caso não haja alterações o resultado é 
considerado NEGATIVO, sugestivo de Streptococcus spp, 
principalmente S. viridans ou pneumoniae.. 
 
INDETIFICAÇÃO DE BACILOS GRAM NEGATIVOS 
FERMENTADORES( ENTEROBACTÉRIAS) E NÃO 
FERMENTADORES. 
 
As enterobacterias são microorganismos fermentadores que 
habitam nossa microbiota intestinal, como a Klebsiela, 
Enterobacter, Proteus e outros..... Porém algumas 
enterobacterias são consideradas patogênicas e podem 
causar infecções intestinais, sendo que estas não fazem 
parte da nossa microbiota intestinal. As gêneros de 
enterobactérias de maior interesse clínico estão listadas 
abaixo: 
➜Escherichia, principalmente E. coli. 
➜Shigella, como S. soneii, S. dysenteriae, S. flexenere e S. 
boudyi. 
➜Salmonella. 
➜Yersinia... 
 
A amostra que se quer analisar nesses casos é semeada em 
ágar Mc Conkey, que é um meio destinado ao crescimento 
de bactérias Gram negativas e ainda indicar a fermentação de 
lactose por esses microorganismos. 
➜Colônias fermentadoras de lactose deixam o meio ROSA. 
➜Colônias não fermentadores de lactose deixam o meio 
AMARELO CLARO. 
Após crescimento observar a coloração do meio, sendo que 
se apresentar cor rosa, as enterobactérias são lactose 
positiva, sendo sugestivo de Escherichia coli,Citrobacter, 
Enterobacter e Klebsiella. 
Se o meio apresentar cor amarelo claro, as enterobactérias 
são lactose negativa, sendo sugestivo de Salmonella, Shigella, 
Proteus,Citrobacter.... 
 
Outro teste que pode ser realizado para diferenciação de 
enterobacterias de bacilos não-fermentadores é o teste da 
oxidase, que se negativo indica enterobacterias, caso positivo 
indica bacilos não-fermentadores como a Pseudomonas sp.. 
Diversas provas bioquímicas podem ser realizadas para a 
identificação de enterobactérias, os quais estão listados 
abaixo: 
1- Fermentação da glicose 
2- Fermentação da lactose. 
3- Motilidade. 
4- Utilização do citrato. 
5- Descarboxilação da lisina. 
6- Produção de sulfeto de hidrogênio (H2S) 
7- Produção de gás (CO2). 
8- Oxidase. 
9- Produção de indol. 
10- Produção de uréase. 
11- Produção de fenilalanina desaminase. 
12- Produção de gelatinase ou DNAse. 
 
 
Gisele Quagliotto 
 
IDENTIFICAÇÃO DE BACTERIAS GRAM NEGATIVAS NÃO 
FERMENTADORAS 
As principais bactérias gram negativas não fermentadoras 
que causam infecções em seres humanos são a 
Pseudomonas spp, Acinetobacter spp, Complexo 
Burkholderia, Stenotrophomonas spp e Chryseibacterium 
spp. 
As provas de identificação mais utilizadas para esse tipo de 
bactéria são o rugai e a prova de oxidase. 
O rugai é uma prova que presume a não fermentação da 
glicose pela via fermentativa,dessa forma, se o tubo 
continuar inalterado, significa que existem essas bactérias 
naquele meio. 
 
O antibiograma é um teste muito importante para que exista 
a melhor escolha de tratamento para o paciente. 
O primeiro passo para identificação de uma bactéria é a 
bacterioscopia, que quando esta tem um resultado positivo o 
material deve ser enviado para a cultura, onde o 
microorganismo será identificado e dessa forma, o 
antibiograma será realizado. 
 BACTERIOSCOPIA ➜ CULTURA ➜ IDENTIFICAÇÃO 
 ➜ ANTIBIOGRAMA ➜ ORIENTAÇÃO 
 As metodologias mais utilizadas para realização do 
antibiograma são a metodologia de disco-difusão, o E-test e 
pelo método de concentração inibitória mínima. 
Os antibióticos escolhidos para o teste primeiramente são as 
drogas chamadas de grupo A, que são as drogas de primeira 
escolha. Depois, são utilizadas drogas do grupo B que seriam 
de segunda escolha. E caso as drogas dos grupos A e B não 
sejam efetivas, as drogas de grupo C serão testadas. 
IMPORTANTE: para tratamento de primeira escolha é 
preferível que se use agentes bacteriostáticos e caso estes 
não forem efetivos, utilizar os agentes bactericidas. 
IMPORTANTE ²: antibióticos do mesmo grupo/classe 
teoricamente deveriam apresentar o mesmo resultado, no 
caso resistência ou sensibilidade. 
MÉTODO DE DISCO DIFUSÃO: método com baixo custo, 
praticidade e facilidade de execução. Os meios mais utilizados 
são o meio ágar Müller-Hinton ou o ágar sangue, onde nesses 
meios são dispostos discos com antibióticos impregnados e 
incubadas essas placas a 35ºC de 16 a 18 horas. O resultado é 
lido através de uma régua ou parquímetro para medir os halos 
de inibição de cada disco e assim definir se a bactéria presente 
é sensível ou resistente aos antibióticos dispostos. 
 
E-TEST: este é um método quantitativo que avalia a 
sensibilidade de um microorganismo aos medicamentos 
antibióticos. São utilizados o ágar Müller-Hinton ou ágar-sangue, 
onde fitas contendo os antimicrobianos são colocados na placa 
contendo o microrganismo e esta é incubada a 35ºC de 16 a 
18 horas. Após a incubação, ler os halos de inibição formados. 
 
 
A coprocultura, também conhecida como cultura de fezes tem 
como objetivo diagnosticar as gastroenterites que podem ser 
causadas por bactérias, fungos e vírus. 
Alguns cuidados devem ser tomados na coleta da amostra para 
esse exame, como por exemplo evitar o uso e o contato da 
amostra com papel higiênico e preconizar que esse material 
chegue ao laboratório em no máximo 1 hora após a coleta. No 
caso de crianças que necessitem a coleta em fraldas, utilizar as 
fraldas do lado contrario e transferir a amostra para o frasco 
imediatamente após a evacuação. 
Os principais patógenos encontrados neste tipo de amostra 
são a Salmonella, a Shigella e Escherichia coli. 
Os meios de cultura mais utilizados são : 
➜Ágar Mc Conkey 
➜Ágar SS ➜ especifico para Salmonella e Shigella. 
➜Ágar XLD ➜meio cromogênico, que gera cor na presença 
das bactérias 
PROCEDIMENTOS EM COPROCULTURA 
Gisele Quagliotto 
 
MATERIAL UTILIZADO ➜ FEZES 
 ⬇️ 
 UTILIZAÇÃO DE CALDOS DE ENRIQUECIMENTO 
 ( PROMOVEM O CRESCIMENTO DE BACTÉRIAS) 
 ⬇️ ⬇️ 
 CALDO GN CALDO SELENITO 
6 a 8 horas a 36ºC 18 a 24 horas ideal a 36ºC 
 ( Por questões de tempo, fica somente de 6 a 8 horas.) 
 ⬇️ ⬇️ 
Ágar Mc Conkey Ágar Mc Conkey ou SS 
18 a 24 hrs a 36ºC 18 a 24 hrs a 36ºC 
 ⬇️ ⬇️ 
 ANÁLISE DAS COLÔNIAS SUSPEITAS 
 ⬇️ 
REALIZAÇÃO DE PROVAS DE IDENTIFICAÇÃO 
 ⬇️ 
 IDENTIFICAÇÃO SOROLÓGICA 
 ⬇️ 
 ANTIBIOGRAMA 
 
São considerados líquidos biológicos estéreis o líquido 
cefalorraquidiano ou líquor e o sangue. 
O líquor tem como funções a proteção mecânica do SNC, 
proteção biológica contra agentes patológicos e atua como 
carreador de metabólitos essenciais para os tecidos nervosos. 
As principais patologias que podem atingir o SNC são a 
meningite e a encefalite,sendo a meningite a mais comum. 
Os principais exames realizados no líquido cefalorraquidiano 
para detecção de patógenos são os exames físicos que irão 
avaliar cor e aspecto da amostra.; Exames citomorfológicos 
que irão contabilizar as células e hemácias presentes nesse 
liquor; Os exames bioquímicos que irão determinar glicose, 
proteínas totais e lactato; Além da realização de 
bacterioscopia ( Gram), hemocultura, contra 
umunoeletroforese e aglutinação em látex( técnica 
imunológica). 
 
Quando existir infecções VIRAIS: 
0-500 leucócitos, células mononucleares no início da infecção 
( caso infecção por enterovírus, ocorre predomínio de 
células polimorfonucleares). 
Proteínas – normais ou pouco aumentadas, 
Glicose – normal 
Lactose- normal 
 
Quando existir infecções BACTERIANAS: 
>500 leucócitos, polimorfonucleares 
Proteínas > 100 mg/dL 
Glicose– diminuída 
Lactato- aumentado. 
 
Quando existir infecções fúngicas: 
Até 500 leucócitos, com perfil misto 
Proteínas >500 mg/Dl 
Glicose – normal ou diminuída 
Lactato – aumentado. 
 
HEMOCULTURA 
A hemocultura ou cultura de sangue tem como objetivo 
investigar infecções causadas por fungos e bactérias. 
Microorganismos aeróbicos são a grande maioria dos casos, 
pelo sangue ser oxigenado. Já microorganismos aeróbicos 
são raros. 
Para hemocultura são coletadas de 2 a 3 amostras de 
diferentes sítios, com um intervalo de tempo que varia de 30 
minutos a 1 hora. 
Para análise podem ser utilizados sistemas manuais ou 
automatizados, sendo que em sistemas automatizados a 
incubação é mais curta e a positividade pode ser detectada 
com <48 horas, porém se trata de um processo com um 
valor maior. Já sistemas manuais tem um custo menor, mas 
são mais demorados, com incubação de até 7 dias e 
possuem maior possibilidade de contaminação. 
Quando detectadas hemoculturas positivas,realizar esfregaço 
sanguíneo e coloração de Gram 
 
Gisele Quagliotto 
 
Também conhecida como lepra, é uma doença 
infectocontagiosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, 
sendo uma doença que atinge a pele e nervos periféricos. 
Se trata de um problema de saúde pública, atingindo 1,56 
indivíduos a cada 10 mil habitantes. É uma doença curável, 
porém de longo tratamento. 
A transmissão ocorre através das vias aéreas superiores e a 
via de penetração também se trata das vias aéreas superiores. 
A incubação pode ser longa, de 2 a 5 anos sem qualquer tipo 
de manifestação. 
Quando há positividade de um paciente, o resto da família deve 
realizar o exame já que o adoecimento está ligado ao tempo 
de exposição. 
O diagnóstico é realizado por meio de anamnese e 
posteriormente baciloscopia para comprovação. 
A baciloscopia é realizada a partir de raspados intradermicos 
coletados dos dois lóbulos da orelha, dos dois cotovelos e da 
lesão, se houver. 
O tratamento é realizado a partir de antibióticos, de uso no 
mínimo por 6 meses. 
TIPOS DE HANSENÍASE 
➜Hanseníase indeterminada: é a forma inicial da doença, onde 
as baciloscopias de pele não revelam bacilos, logo se trata de 
uma forma paucibacilar e não-contagiante 
➜Hanseníase tuberculóide: Também não apresentam bacilos, 
logo é uma forma paucibacilar. Nesta etapa existe uma forte 
resposta imune celular. 
➜Hanseníase virchowiana: caso mais grave da doença, onde 
já existem diversas manchas hipocrômicas espalhadas pelo 
corpo e formação de pápulas e nódulos. A baciloscopia nesse 
caso é positiva sendo um caso multibacilar. 
➜Hanseníase dimorfa: aparecimento de lesões características 
das formas tuberculóide e virchowiana , com acomentimento 
neurológico e áreas de anestesia.

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