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História da Igreja O Cristianismo - Visão Resumida Dos Apóstolos Do Senhor Jesus. Pr. Marcos Santos e Pedagogo. · Ementa: · Isagoge bíblica · Definições Etimológicas · Importância do Estudo · Relatos dos Períodos · Divisões Históricas · Visão Sucinta · Simplificações dos Ideais Gerais · Tópico: 01- Isagoge Bíblica: A Igreja como Corpo de Cristo era um mistério que estava oculto pela própria volição de Deus, ao longo da história, Deus guardou este mistério para o momento oportuno que iniciou no dia de Pentecoste, período que chamamos de Antigo, ano 600 a.D. Conforme a profecia de Joel Capítulo dois e versículos vinte oito e vinte nove, que veio acontecer em Atos dos Apóstolos Capítulo dois e versículos dezesseis ao vinte hum e nos dias atuais vem acontecendo; surgi então a Igreja do Senhor. Leiamos: (1 Co 2:6-16; Ef 2:12-22; 3:1-13). · Obs.: Comentário: “Enquanto no passado o Espírito de Deus, estava disponível somente aos reis, sacerdotes e profetas, no Dia de Pentecoste, foi quebrado este paradigma, o derramamento do Espírito foi maravilhosamente ampliado a todos que crer no nome do Senhor Jesus Cristo”. · A história da Igreja é a história de homens e mulheres trabalhando para Deus. Jesus Cristo chamou e treinou homens para estes continuassem a obra que Ele havia iniciado, e assentou-se à destra do Pai para que o Espírito Santo da promessa pudesse vir e equipar a triunfante Igreja de Cristo, para que esta, continuasse revelando o querer da sua glória aqui na Terra. Era Deus continuando sua obra através do ministério repassado do seu Filho Cristo Jesus aos seus Discípulos. Desta história constam as atividades da Igreja e a promoção da Fé Cristã através dos tempos. Fornece-nos lições para o presente e instruções para o Futuro. Neste estudo, o nosso alvo é dar apenas uma breve visão panorâmica dos acontecimentos mais gerais da história da Igreja. A minha intenção é relatar sucintamente a prática e o sucesso da Fé Cristã na Vida da Igreja. É claro que num estudo assim tão breve não é possível narrar toda a história da Igreja. Podemos fazê-lo mais detalhadamente em outro momento. · Tópico: 1.1 – Definições Etimológicas: No Novo Testamento, o mesmo termo aplica-se ao ajuntamento dos Fieis, num determinado lugar, para adorar a Deus, fortalecer a comunhão cristã e desenvolver o serviço cristão Leiam: (Fm 2). (Fonte: Dicionário Teológico Claudionor Corrêa de Andrade, página, nº 175). · Apesar da sua aplicação comum, o termo Igreja significa basicamente “os chamados para fora”, dando a entender um grupo distinto, selecionado e tirado para fora de algo, “neste caso do mundo pecaminoso”. Leiam: (Jo 15:19; Ef 1:22-23; 1Co 3:16-17; 11:18; 14:4; 2Co 6:16). Biblicamente, o termo “Igreja” no Novo Testamento refere-se à Igreja universal composta de todos aqueles que aceitaram Cristo como cabeça, sendo imersos no seu Corpo pela Fé através do Novo Nascimento, pelo Espírito Santo. A Bíblia fala de três grupos de pessoas: 1Co 10:32 – Judeus: São a descendência de Abraão (consanguíneo ou carnalmente), leiam: Gn 12:1-3. Gentios: Todos aqueles que não são descendentes de Abraão, seja qual for a sua nacionalidade. Igreja: Qualquer pessoa que nasce de novo e é feita nova criatura (2Co 5:17) em Cristo Jesus, seja judeu ou gentio. (Ef 2:14-16). · Tópico: 1.2 – Importância Fundamentais do Estudo: A história da Igreja, se faz necessário, para todos os amantes da Teologia Bíblica, porque promove fortalecimento, convicções, condições para sermos um Apologista Fiel. Leiam: 1 Pe 3:15. · Para termos uma visão correta do estado atual da Igreja e do porquê de ela ser assim, a Igreja deve entender o contexto histórico social, político, econômico, religioso e espiritual, para ser cooperadora com as Boas Novas do Senhor. Leiam: Rm 12:2; 1Co 9:20-23. Portanto o estudo desta matéria é uma ferramenta fundamental e essencial, para a compreensão dos fatos atuais e para “defesa da fé” (Apologista). Com o conhecimento do passado teremos no presente fundamentos, para termos um futuro brilhante. – Objetivo Importante: Descrever as condições da Igreja de Jerusalém do Dia de Pentecostes ao ano 64 a.D. e demais eventos. · Tópico: 02 – Relatos dos Períodos: Os Historiadores dividem para melhor compreensão a História da Igreja em seis grandes períodos: · 1) A Igreja Apostólica: a partir da ascensão de Cristo (cerca de 33 d.C.) até a morte de João (por volta do ano 100 d.C.) · 2) A Igreja Perseguida: a parti da morte de João (cerca de 100 d. C.) até o Edito de Milão (ou Edito de Tolerância), em 313 d.C. · 3) A Igreja Imperial: desde o Edito de Milão (313 d.C.) até a queda de Roma (476 d.C.) · 4) A Igreja Medieval: desde a queda de Roma em (476 d.C.) até a queda de Constantinopla (1453 d.C.) · 5) A Igreja Reformada: a parti da queda de Constantinopla, (1453 d.C.) até o final da Guerra dos Trinta Anos (1648). · 6) A Igreja Moderna: a parti da Guerra dos Trinta Anos (1648 d.C.) até os dias atuais. · Tópico: 2.1 – Outras Formas de Dividir a História da Igreja: · Três Grandes Períodos: · 1) Períodos do Império Romano ou Período Antigo – Dia de Pentecostes – 590-600 a.D.: Tempo de perseguições e dos grandes mártires: os “Pais da Igreja”. Controvérsias e influência do cristianismo no Império Romano. · 2) A Idade Média 590-600 a 1517 d.C.: Época do surgimento e poder do papado, da Santa Inquisição, a monarquia e as Cruzadas. · 3) Período Moderno – 1517 ao momento presente: Desde a Reforma Protestante aos dias de hoje; grande crescimento da Igreja protestante, circulação ampla da Bíblia, aberta liberdade dos governos civis, do poder eclesiástico e sacerdotal; as missões mundiais. · Obs.: “Poderíamos acrescentar nesta divisão a Igreja pós-moderna, formada pelas Igrejas do avivamento da fé, a pentecostal, a neopentecostal e a tradicional renovada”. · Por Fases: · a) Infância: de Pentecostes até o Imperador Constantino (cerca de 300 d.C.), quando tudo era novidade para os cristãos. · b) Adolescência: de Constantino, até a Reforma Protestante (cerca de 1500 d.C.), período das descobertas, das “loucuras”, da autossuficiência, das rebeldias e dos grandes desastres de ordem moral e espiritual. · c) Maturidade: da Reforma Protestante até os dias atuais. A partir daí a Igreja começa a amadurecer e encontrar o verdadeiro propósito de Deus para sua existência. · Observe: História da Igreja: · Dia de Pentecostes – Período Médio - Período Moderno - · Período Antigo -590-600 a.D. 590-600/1517 1517 aos Dias Atuais · Tópico: 2.2 – Visão Sucinta da Igreja Primitiva – At 2:37-47: · A composição social: A Igreja em todos os lugares que se estabeleceu não existia distinção para com os ricos, pobres, escravos ou livres, nem raças e etnias, podemos tanger que a diversidade era uma comunhão divina. · O governo: As Igrejas locais eram autônomas, não havendo autoridade de administração sobre as outras. Hoje vivenciamos governos diferentes dos tempos dos Apóstolos, nos dias atuais existem várias formas de governos, mas vou destacar somente uma das visões que eu a qualifico de visão em celular, em destaque o G12, que tem uma forma de Aranha ou ramos de morangueiro e seu fundamento é Episcopal. Na Igreja Primitiva tinha uma forma de governo Episcopal, ou seja, Os Apóstolos tinham autoridade doutrinária e eram respeitados como liderança espiritual, principalmente pelo fato de terem estado com o Senhor Jesus Cristo. O Pastor era a principal autoridade na Igreja local e com o passar do tempo eram chamados de “Pai”. Eram conhecidos também pelo Título de Bispos, Presbíteros, Anciãos etc., de acordo com a época que se queira estudar. · A Comunhão da Igreja: Era profundamente marcante havia unidade de espírito e uma preocupação pelos membros necessitados do corpo de Cristo. Pelo fato dos crentes tratarem-se como irmãos ou irmãs, isto não era mero formalismo era real em sua prática. Cuidavam dos órfãos e das viúvas (At 6:1-7; Tg 1:27), as mulheres tinham prestígio no seio da congregaçãoe muitas delas destacavam-se (Lc 8:1-3). A fé da Igreja era simples, mas forte demais, eles realmente viviam o sobrenatural, para eles o sobrenatural era natural, por estarem unificados com Cristo Jesus (Gl 2:20; Ef 1:15-23; 2Co 11:3). · A Liberdade Financeira: O amor de Cristo ardia no coração daqueles homens e mulheres os constrangia a mostrarem esse amor para com seus irmãos, a viverem intrinsecamente na unidade do Espírito, em gozo e comunhão, e especialmente, a demonstrar interesse e abnegação pelos membros da Igreja que necessitavam de socorros (2Co 8:1-15). Lemos no Livros de Atos dos Apóstolos que os mais ricos davam suas propriedades, de forma tão liberal, que leva a sugerir o socialismo radical na comunhão de bens (At 4:32-36), mas sempre tem que ter um, Ananias e Safira (5:1-11). · Os Cultos: Uma vez que o Domingo não era separado para o descanso, (e aqui não quero deter-me no assunto de qual é o dia do Senhor para a Adoração, pois Sábado ou Domingo, na minha visão não tem importância, pois Cristo Jesus é Senhor do Tempo; Mc 2:23-28) os cultos eram realizados à noite e nas vigílias, (Jo 11:9-10), sejamos: · Considerando-se a hora sobre o aspecto bíblico, ou seja, 1 hora representa 1/12 avós do período que o Sol brilha, tínhamos: Jo 11:9 - Não são doze as horas do dia? · Cada período, dividido em quatro partes de três horas cada, denominados: · Primeira hora · Iniciava-se no levante do Sol · Terceira hora · Iniciava-se as 9 horas · Sexta hora · Iniciava-se ao meio dia · Nona hora · Iniciava-se as 3 da tarde · A noite era dividida em três vigílias; começava pelo vislumbrar de três estrelas, as quais eram seguidas até o alvorecer. · Primeira vigília · Do pôr do Sol a meia-noite · Segunda vigília · Da meia-noite ao cantar do galo · Terceira vigília · Do canto do galo ao nascer do Sol · Na época do domínio romano, as vigílias passaram de três para quatro; posteriormente, até os dias atuais, adotou-se a divisão de um dia em 24 horas, com o início ao pôr-do-Sol e término no dia seguinte. · Exemplos: · 0 horas de um determinado dia, quando o relógio marca 18 horas · 6 horas quando marca meia-noite · 12 horas quando marca 6 horas do dia seguinte · 18 horas quando marca meio-dia · 24 horas quando marca 18 horas · A Alegria da Igreja: O Cristianismo gozava de forte influência no primeiro século, especialmente por causa do padrão espiritual de seus seguidores. Pregavam e participavam da comunhão do Cristo ressurreto, e viam Deus operar poderosamente por intermédio dos seus discípulos. Alguém definiu os milagres como “sinos que chamam as pessoas à adoração”. Na Igreja primitiva, os milagres eram muito comuns. Desconheciam as tristezas e horrores de uma vida morna, vazia e sem sentido o que os tornavam diferentes de seus vizinhos. Os crentes tinham qualidades morais que recomendavam o cristianismo. (Ne 8:10; Jl 3:10; Is 35:3). A vida da Igreja no primeiro século era, portanto de um padrão simples, puro, equilibrado e ético, o que a distinguia do modo de vida do povo pagão. Isto fazia com que as pessoas fossem atraídas para essa novidade surgida num espaço de tempo relativamente curto, diferente dos ensinos dos filósofos gregos que não tinham explicações para as angustiantes perguntas humanas, seja sobre a razão de suas vidas, seja sobre o futuro além do túmulo. Essas respostas o cristianismo oferecia e continua a oferecer. · Tópico: 2.3 - Fase da Igreja Apostólica: De Pentecostes ao discurso de Estevão (35 d.C.) Ef 2:20-22.: “Compreende o período desde a ascensão de Cristo (cerca de 33 d.C.) até a morte de João (por volta do ano 100 d.C.). Podemos dividir esta fase em outras três, para melhor estarmos”: · 1ª Parte: A Igreja teve seu início na cidade de Jerusalém, onde Jesus ordenou que os discípulos aguardassem a descida do Espírito Santo (Lc 24:49) – A principal fonte histórica dessa fase é o livro de Atos dos Apóstolos, escrito por Dr. Lucas por volta do ano 61 d.C. Obs.: “É importante fixar que embora o Livro de Atos pareça ser uma narrativa de fatos aparentemente próximos uns dos outros no tempo, realmente entre as primeiras narrativas do dia de Pentecostes (33 d.C.), até o fim do Ministério de Paulo em Roma (67 d.C., somam-se cerca de 34 anos). Nos primeiros anos as atividades da Igreja limitaram-se, apenas, àquela cidade a arredores, embora o Senhor Jesus houvesse ordenado “Ide por todo o mundo...”, (Mt 28:18-20; Mc 16:15). · As sedes gerais da Igreja daquela época eram o Cenáculo, no Monte Sião, Monte das Oliveiras e o Pórtico de Salomão, no templo, estes são os principais lugares das reuniões. · 1. Monte Sião: Localizado na parte Leste de Jerusalém, o monte Sião ergue-se ali soberano e altivo. Com aproximadamente 800 metros de altura, ao nível do Mediterrâneo, é a mais alta montanha da cidade santa. Designa-o desta forma o profeta Joel: “E vós sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus, que habito em Sião, o monte da minha santidade; e Jerusalém será santidade; estranhos não passarão mais por ela” (Jl 3:17). · O Monte Sião era habitado pelos Jebuseus. Davi, entretanto, ao assumir o controle político-militar de Israel, resolveu desalojá-los. A partir de então, aquela singular elevação passou a ser a capital do Reino de Israel. Em virtude de sua posição privilegiada, era uma fortaleza natural para a cidade de Jerusalém. · Mais tarde ordenou Davi que fosse levada a arca da aliança a Sião. Por causa disso, o monte passou a ser considerado santo pelos hebreus. Décadas mais tarde, com a remoção da sagrada urna ao Santo Templo, Sião passou a designar, também, a área compreendida pela Casa do Senhor (Betel). E, não foi muito difícil a própria Jerusalém ser chamada por esse abençoado nome. · No Monte Sião encontra-se a sepultura do rei Davi. · Após o Exílio Babilônico, os judeus começaram a identificar-se, com mais intensidade, com a mística Sião. Na luxuriante e soberba Babilônia, eles lembravam-se desse nome e derramavam copiosas lágrimas. Nos tempos modernos foi criado um movimento visando à criação do Estado de Israel, cujo nome é Sionismo. Essa designação reflete bem o amor dos judeus por sua terra. · A Igreja de Cristo é considerada a Sião Celestial, repleta de justiça e habitada por homens, mulheres e crianças comprados pelo sangue do Cordeiro. · 2. Monte das Oliveiras: O Monte das Oliveiras situa-se no setor oriental de Jerusalém. O Vale do Cedrom separa-o do Monte Moriá. Na parte ocidental do Monte das Oliveiras fica o Jardim do Getsêmani, local da prisão de Jesus. Lá existem oliveiras com mais de 2000 anos de vida; provavelmente já estavam lá na época de Jesus. · 3. O Pórtico de Salomão: Ao longo da aresta oriental, apoia-se um pórtico duplo, de dimensões iguais ao muro, e abre-se para as portas do templo, situado no meio. Muitos dos nossos antigos reis embelezaram este pórtico, e em torno do santuário estavam dependurados despojos bárbaros. O rei Herodes consagrou-os todos (de novo), depois de aí ter acrescentado os que ele retirara aos Árabes. (Jo 10, 22-23 ss; At 3, 11 ss). Deste lado, situava-se, segundo a Mishnáh, a porta de Shushan (Susa) (Mid 1, 3). Por essa porta, situada no lugar da atual Porta Dourada e virada para o Jardim das Oliveiras, teria Jesus entrado, segundo a tradição, no Domingo de Ramos (Cf. Ez 46,2). Presumimos que essa porta fosse semelhante às restantes, abertas no muro da plataforma do templo, arrematadas em lintel e arco de descarga. Davam acesso ao átrio exterior por túneis pelos quais se subia, passando por baixo dos pórticos. A atual Porta Dourada é dupla, e é muito provável a porta herodiana também o fosse, a julgar por 2 pedras herodianas situadas a 8,5 m (quase 20 CV) uma da outra, uma de cada lado da entrada, que restam no atual edifício da porta. · Todos os membros da Igreja eram judeus; nenhum deles, bem como nenhum dos Apóstolos, a princípio não podiam crer que os gentios fossem admitidos como membros da Igreja. Obs.: “Deus não faz acepção de pessoas, por isso Ele teve que tratar do erro” – At 10:9-16, 34-36, 44-48.Quando muito, admitiam que o mundo gentio se tornaria judeu para depois aceitar a Cristo. Isso gerou muitas perturbações, tanto que, foi preciso o primeiro Concílio dos Apóstolos – At 15: 1-35. Os judeus da época dividiam-se em três classes distintas: a) Os Judeus Hebreus: Eram aqueles cujos antepassados haviam habitado a Palestina durante várias gerações; eram eles a “verdadeira raça israelita”. Seu idioma era o hebraico, o qual, no decorrer dos séculos, havia mudado de hebraico clássico do Antigo Testamento para o dialeto que se chamava aramaico ou sirocaldaico. As Escrituras eram lidas nas sinagogas em hebraico antigo, porém eram traduzidas por um intérprete em língua popular. · b) Os judeus Gregos ou “Helenistas”: Eram descendentes dos judeus da dispersão, isto é, judeus cujo lar ou cujos antepassados estavam em terras estrangeiras (Ne 13:23-29; Is 36:11). Muitos desses judeus haviam-se estabelecida em Jerusalém ou na Judéia haviam formado sinagogas para atender a suas várias nacionalidades. c) Os Prosélitos: Eram pessoas não descendentes de judeus, as quais renunciavam ao paganismo, aceitavam a lei judaica e passavam a pertencer à Igreja judaica, recebendo o rito da circuncisão. Apesar de serem minoria, os prosélitos eram encontrados em muitas sinagogas das cidades do Império Romano e gozavam de todos os privilégios do povo judeus. - Pedro E João eram os líderes da Igreja em Jerusalém (At 8:14-16). · A Instituição dos Diáconos: Começa, nesta época, a surgir o ministério de socorros na Igreja (At 6). Sete homens foram escolhidos para cuidar da assistência social no lugar dos Apóstolos que precisavam se dedicar ao ministério da Palavra. · Leiamos At 6:1-7: “1. Ora, naqueles dias, multiplicando- se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. 2. Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. 3. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; 4. E, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra. 5. O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. 6. Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos. 7. Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé”. · Tópico: 2.4 – Início das Primeiras Perseguições à Igreja 63-64 d.C.: Antes da Instituição dos Diáconos, para o socorro da Igreja começa a Perseguição; realizando uma busca minuciosa nas Escrituras Sagradas, encontramos no Capítulo At 4:5-22, as Prisões dos Líderes “Pedro e João”. “At 5:17-32; 6:8-15; 7:1-53, 54-60; 8:1-3”, que perante ao Sinédrio realizaram suas Defesas demonstrando-se fieis Apologistas da Nova Visão Doutrinária, “que chamamos de Cristológico”, que ainda não provinham das autoridades romanas, e sim da liderança religiosa judaica. No decorrer da evolução do movimento cristão alcança as autoridades romanas e aí foi agravado profundamente; na tradição hebraica e na história do Cristianismo, por volta do ano 63-64 d.C. no reinado do Imperador Nero, deu-se a perseguição generalizada, o principal motivo foi o grande ódio que desassossegadamente tomou lugar no coração dos idolatras. Mas, examinando a tradição nós vamos encontrar um motivo que nos chama atenção, vamos lá: “Em uma noite no mês de julho, no ano acima citado, os habitantes de Roma foram despertados do sono pelo grito de “Fogo! ” · Esta terrível palavra (Fogo) fez-se ouvir simultaneamente em diversas partes da cidade de Roma, e dentro de poucas horas a majestosa capital ficou envolvida em tensas chamas. O fogo continuou por nove dias, e Nero, por cujas ordens se tinha praticado este ato tão monstruoso, presenciou a cena da torre de Mecenas, onde manifestou o prazer que teve em ver a beleza do espetáculo (para ele), e, vestido como um ator, acompanhado por sua música de sua lira, cantou o incêndio da antiga Tróia! Nero, pois a culpa nos cristãos e seus ensinamentos. –Tácito, um historiador pagão, que não era de modo algum favorável ao cristianismo, fala da contunda de Nero da seguinte maneira: “Nem os seus esforços, nem a sua generosidade para com o povo, nem as suas ofertas aos deuses, podiam pagar a infame acusação que pesava sobre ele de ter ordenado que se lançasse fogo à cidade. Portanto, para pôr termo a este boato, culpou do crime, e infligiu os mais cruéis castigos, a uns homens... a quem o vulgo chamava de cristãos”, e acrescenta: “quem lhes deu esse nome foi Cristo, a quem Pôncio Pilatos, procurador do imperador Tibério, deu a morte durante o reinado deste”. · “Esta superstição perniciosa, assim reprimida por algum tempo, rebentou de novo, e espalhou-se não só pela Judéia, onde o mal começará, mas também por Roma, para onde tudo quanto é mau na terra se encaminha e é praticado. Alguns que confessaram pertencerem a essa seita (chamada pelos pagãos), foram os primeiros a serem presos; e em seguida, por informações destes prenderam mais uma grande multidão de pessoas, culpando-as, não tanto pelo crime de terem queimado Roma, mas de odiarem o gênero humano”. É quase escusado dizer que os cristãos não nutriam ódio algum pela humanidade, mas sim pela terrível idolatria que prevalecia em todo Império Romano; é só por este motivo eram considerados como inimigos da raça humana. · Tem uma Pergunta que não quer calar: “Porque existem as Perseguições? ” Explique com suas palavras, leiam: Jo 16:1,2,33; 2Tm 3:12. ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ · Tópico: 2.5 – Os Mártires: Conforme registro bíblico nos capítulos 7 e 12 do Livro Atos dos Apóstolos só foi registrado as mortes de Estevão e Tiago filho de Zebedeu, as demais foram narradas na história do cristianismo, que chamamos de tradição. – Mas conforme narrativas da tradição, quero narrar as mortes de Estevão e Tiago filho de Alfeu chamado o menor, em comentário mais detalhados: a) Estevão foi o primeiro mártir cristão, e que grande vitória ele ganhou para a causa de Cristo quando morreu pedindo ao Senhor pelos seus perseguidores! Davi, séculos antes da era cristã, disse: “o justo se alegrará quando vir a vingança: lavará os seus pés no sangue do ímpio” (Sl 58:10; 64:10), porém Estevão, que viveu na época cristã, ou era cristã (E.C.) orou: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (At 7:54-60). Precisamos entender que a nossa luta não é contra a carne e nem sangue (Ef 6:10-20), devemos nos equipar das armas espirituais (2Co 10:4), para combater o bom combate, pois está escrito: “Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor” (Rm 12:17-21). · b) O martírio do Apóstolo Tiago filho de Alfeu conhecido também por o menor não é menos interessante segundo a tradição conforme os demais martírios. Vamos lá: Tinha-se levantado uma disputa entre os judeus convertidos e os judeus descrentes, a respeito de Jesus ser ou não ser o Messias, e pediram ao apóstolo que resolvesse a questão. Os escribas e fariseus colocaram Tiago num dos lados do templo, e exclamaram, dirigindo-se a ele: “Ô homem justo cuja palavra todos nós devemos acreditar, visto que o povo é levado em erro a seguir a Jesus que foi crucificado, declara-nos qual é a porta pela qual se chega a Jesus? ” Ao que ele respondeu em alta voz: “Por que é que me fazem perguntas a respeito de Jesus o Filho do Homem? Ele está agora assetando nos céus, à mão direita de grande poder (Deus), e está para vir nas nuvens do céu”. E como muitos deles foram confirmados na fé em Cristo Jesus, começaram a glorificaà Deus, e cantando-os assim: “hosana, hosana ao Filho de Davi”, estes mesmos sacerdotes e fariseus que deram a palavra a Tiago, disseram uns para os outros: “fizemos mal em dar lugar a este testemunho sobre Jesus, mas vamos lá acima e lacemos Tiago dali abaixo, para que o povo tenha receio de acreditar nele”. · “E gritaram o próprio justo está enganando”. · “Vamos tirar o Justo porque é ofensivo para nós; pois comerá o fruto dos seus conselhos” (Is 3:10), citaram erroneamente o texto, e empurraram Tiago, caindo-o disseram, vamos apedreja-lo este enganador (grifo meu). Tiago, também se colocando de joelho intercedeu pelos tais, demonstrado assim sua fidelidade a Cristo Jesus. Quando estavam conforme a narrativa da tradição, um dos sacerdotes dos filhos de Recabe, sendo ele mesmo filho de recabitas de quem o profeta Jeremias fala (Jr 35:1,2), gritou dizendo: “Mais o que fazeis? O Justo está orando por vós”. E então um deles que era lavandeiro bateu na cabeça do Justo com o pau com que costumava bater roupa, sua morte teve requintes de crueldades. Deste modo ele sofreu o martírio, e enterraram-no perto do templo, do mesmo sítio onde a pedra do seu túmulo ainda hoje existe. “Este Tiago era filho de Alfeu, morreu com 99 anos no ano de 62 da Era Cristã (E.C.) ” (Mt 10:4). · Tópico: 2.6 – Os Mártires Continuação: Definição da Palavra “Mártir”: Do grego mártyr, testemunha. Inicialmente, este substantivo servia para designar a todos os que prestavam testemunho do Evangelho. Com as perseguições romanas, passou a identificar o que morria por não negar a sua fidelidade a Cristo. · Quero iniciar a narrativa dos martírios, destacando a morte de João o Batista, o mesmo foi decapitado na prisão por Herodes Antipas. (Mt 14:1-12). · Os martírios dos demais Apóstolos, segundo a tradição: · Mateus: Morto à espada ou machado na Etiópia; conta-se que foi gravado na terra e decapitado. · Marcos: Em Alexandria, Egito, amarrado a um animal a arrastado até morrer; · Lucas: Enfocado na Grécia, numa árvore; · Bartolomeu ou Natanael: Esfolado vivo pelo chefe de uma tribo bárbara na Armênia e crucificado de cabeça para baixo; · João: Lançado num tacho de óleo fervente, ou em uma, caldeira de azeite fervente, mas por um milagre sobreviveu, saiu ileso de lá. Incapaz de ferir no corpo, o Imperador Domiciano deu ordem para então deporta-lo para a Ilha de Patmos, onde foi obrigado a trabalhar nas minas. · Foi ali que recebeu a revelação das últimas coisas, autor do Livro do Apocalipse, e teria sem dúvida terminado seus dias ali mesmo, se não fosse a inesperada morte do Imperador, assassinado por seu próprio administrador da sua casa, no dia 18 de setembro de 96 d.C. · Sendo posto em liberdade voltou para Éfeso, onde escreveu a sua história do Evangelho e as três epistolas que têm o seu nome. Como sempre, foi levado em toda a sua vida pelo amor, e quando morreu, na avançada idade de cem anos de morte natural, deixou-nos, como legado duradouro, este simples preceito: “Filhinhos, amai-vos uns aos outros” (1Jo 3:11). Frase simples esta não? E pronunciada há muitos anos, mas qual de nós tem verdadeiramente aprendido o seu real sentido? · Tiago, irmão de João, filho de Zebedeu, aos quais Jesus deu o nome de Boanerges, que significa “filhos do trovão” (Mc 3:17; Lc 9:54,55). Foi decapitado em Jerusalém por Herodes, por volta de meados dos anos 42 e 44 Era Cristã (E.C.) (At 12:1,2); · Filipe: Enfocado na Frígia, cidade de Hierápolis; · Tomé: Ele evangelizou na Pérsia e Índia foi amarrado em uma cruz e depois lanchado em uma fornalha ardente e expirou; conta-se que testemunhou do evangelho amarrado na cruz; · André: Foi crucificado em forma de X. · Judas: Morto a flechadas; · Simão o Zelote: Crucificado em terras da Pérsia; · Matias: Apedrejado e em seguida decapitado; · Pedro: Crucificado numa cruz de cabeça para baixo, apedido do mesmo, por não se achar digno de morrer na posição original que Cristo morreu. · Paulo: Depois de passar dois anos em Roma, preso, foi libertado e depois novamente preso e condenado, o mesmo foi decapitado. · Nota Importante: Com a morte dos últimos Apóstolos que foram testemunhas pessoais do ministério de Jesus, outras gerações de líderes sugiram ou despontavam, especialmente dentre aqueles que conviveram com os Apóstolos: “Os Pais da Igreja”. As perseguições aumentavam em número e violência confirmando a palavra predita por Cristo Jesus (Jo 16:1-4), tais perseguições são chamadas de imperiais. · Principais acusações contra os Cristãos: Os rumores populares diziam que os cristãos bebiam até se embriagarem, e praticavam orgias, dando vazão às paixões carnais, e que os cristãos adoravam um “asno” crucificado e tinham práticas religiosas absurdas. · Os rumores intelectuais diziam que os cristãos eram pessoas ignorantes cujas doutrinas eram contraditórias. Para eles, os cristãos eram desprezíveis. · Tópico: 3.2 – As Indulgências: Os flagelantes, uma seita de fanáticos, foi instituída no século treze, e espalhou-se por uma grande parte da Europa. Andavam pelas ruas meio-nus, flagelando-se duas vezes por dia com chicotes. A severidade destes castigos, que imaginavam servir de expiação, não só dos seus pecados, como também dos pecados dos outros, excitou a princípio a perseguição, mas por fim despertou a simpatia do povo, que começou a virar as costas aos padres desregrados e a confessar os seus pecados e tristezas aos flagelantes. O pensamento dominante dos padres foi então ver como poderiam conservar a influência do domínio usurpado, “e, a que chamaram indulgências”. Em troca de uma quantia mais ou menos avultada, conforme a classe a que o comprador pertencia, ficava este livre de uma peregrinação, de um jejum, ou de outra qualquer penitência; e assim começou esse detestável negócio. O papa percebeu logo as vantagens que podiam resultar de um sistema tão lucrativo e, em tempo oportuno, Clemente VII institui o extraordinário dogma de que a crença nas indulgências era um artigo de fé. Estas indulgências de Roma não diziam respeito só aos vivos; iam além da tumba, e as almas que gemiam no Purgatório, também se dizia que eram salvas por meio delas. A venda de indulgências era necessariamente um grande incentivo ao pecado, e, na verdade, os ignorantes nada podiam ver nesta doutrina senão uma licença absoluta para praticarem o mal, enquanto que os padres, que aproveitaram cada vez mais tais ideias errados, não tinham pressa em esclarecer o povo. Tal era a condição da Igreja no começo do século dezesseis: tão corrupta nas suas ações, que era impossível continuassem as coisas assim por muito tempo como estavam. Não obstante isso, Roma vangloriava-se e estava confiante, porque tinha pouco inimigos declarados que a incomodassem. Os Hussitas (seguidores da Filosofia do teólogo e Padre João Huss), pois uns tinham sidos espalhados por causa da perseguição, outros atraídos de novo para o grêmio da Igreja; e o testemunho dos cristãos valdenses tinha sido quase suprimido. Mais ainda havia um sentimento de insatisfação nos corações dos homens de todas as classes que nem o fumo do fogo dos mártires sacrificados por Roma podia apagar, nem as promessas enganosas dos padres aliviava. · Reis e fidalgos, cidadãos e camponeses, teólogos e homens de letras, políticos e soldados tinham todos as suas razões de queixa, e estavam moralmente preparados para a obra de Reforma. A Europa tinha despertado do longo pesadelo da Idade Média, e estava agora olhando, ainda que com olhos de sono, através do nevoeiro de uma superstição, à procura da luz. Era inevitável uma mudança importante, uma reação; mais ainda, uma revolução; e apenas era necessário achar um chefe. O espírito dos homens estava pronto para a revolução; e só necessitava de um que aguentasse o peso da luta para os guiar, aconselhar e dirigir. Deus viu o que era preciso e enviou Martinho Lutero à Igreja na Europa. Não faltaram líderes para seções e grupos particulares, mas Lutero havia de ser o chefe. Os príncipes e fidalgos, estavam muito desgostosos com a usurpação sucessivados seus domínios pelos papas, encontraram no eleitor Frederico Hanover um representante dedicado, embora tímido; os políticos e homens de letras, oprimidos pelas leis canônicas acharam um intérprete dos seus pesares em Ulrico von Hutten, mas todos, desde o rei até o mais humilde, encontraram o defensor das suas liberdades no grande monge agostinho, Martinho Lutero. · Tópico: 3.3 – Martinho Lutero - Conhecendo mais sobre ele: O reformador era filho de pais humildes, nasceu em Eisleben na província de Mansfeld, no dia 10 de novembro de 1483. “Eu sou filho de camponeses”, dizia ele mais tarde, “meu pai, meu avô, e todos os meus antepassados eram camponeses”. Foi de seus pais que ele herdou aquela rude simplicidade e temperamento franco e alegre, peculiar do camponês da Turíngia. A educação que recebeu em casa era reta e rigorosa, e o tratamento que recebeu na escola era áspero em extremo, massa tudo isso foi necessário para preparar o futuro reformador para a sua grande e perigosa obra. Aos quatorze anos de idade foi mandado para escola franciscana em Magdeburgo onde aumentaram muito os seus sofrimentos. Conta a história que quase o mataram de fome, e muitas vezes era obrigado a cantar nas cidades e vilas próximas para angariar pão. Tempo depois mandaram-no para Eisenach, onde tinha parentes, que não promoveram alívio. Mas nesta caminhada conhecerá uma pessoa chamada “Úrsula Cotta”, que não só abriu as portas de sua casa, mas um lar e o amor de uma mãe, tempo mais tarde Lutero, teve ocasião de retribuir a sua bondade recebendo também seu filho na sua própria casa em Wittemberg. · Lutero na Universidade e Num Mosteiro: Aos dezoito anos, foi para “Universidade de Erfurt” por ordem de seu pai, estudar direito, fez amizade com um colega chamado “Aleixo”, que tornara-se amigo íntimo, em um certo dia no período das férias passeando-os por Thuringem-evald foram surpreendidos por uma grande tempestade, e o amigo foi atingido por uma faísca de uma rede elétrica, que veio a óbito, no momento caindo-o Lutero de joelho pedindo à Deus que o livrasse fez um voto de consagrar-se ao serviço cristão, se Deus o poupasse do momento inesperado, e Deus assim o fez. · Agora Lutero passa a viver no mosteiro dos frades agostinho em Erfurt, aprendendo os estudos Bíblicos na língua latina, agora completamente mudado, pois anos atrás era simplesmente um inteligente estudante de Direito. Mas tarde, foi nomeado para a cadeira de Teologia e Filosofia de Wittemberg, que se achava vaga. A nomeação foi feita por “Staupitz”, vigário geral de ordem agostinha de Saxônia, por conselho de Frederico, o Sábio, Eleitor de Hanover. Lutero era agora até um certo ponto senhor do seu tempo, e podia dedica-se mais ao estudo da Bíblia. · A história conta que ao estudar a passagem da carta aos Efésios ou Éfesos no capítulo dois e versículos cinco, oito e nove (Ef 2:5,8,9), que diz: “e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, -- pela graça sois salvos, Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”. Deus iluminou seu entendimento, que a salvação é pela graça e não por meio de indulgências, a fé em Cristo Jesus é poderosa, suficientemente única para salvar o pecador. E aí começa a sua grande obra, vamos lá: · Lutero vai a Roma; Volta para Wittemberg; Discurso de Tetzel; · Oposição de Lutero a Tetzel (que defendia a oratória do purgatório). · O Papa denuncia Lutero; Ida de Lutero a Worms em 16 de abril de 1521- Congresso de Auditória (Concílio de Worms); · Lutero no Concílio, sua confiança em Cristo Jesus sendo Fiel Apologista das suas teses e convicções. (Leiamos: Ez 2:6). · Tópico: 3.3 – As 95 Teses de Martinho Lutero: · As 95 Teses de Martinho Lutero por Martinho Lutero · Em 31 de Outubro de 1517, Martinho Lutero afixou na porta da capela de Wittemberg 95 teses que gostaria de discutir com os teólogos católicos, as quais versavam principalmente sobre penitência, indulgências e a salvação pela fé. O evento marca o início da “Reforma Protestante”, de onde posteriormente veio a Igreja Presbiteriana, e representa um marco e um ponto de partida para a recuperação das sãs doutrinas. Movido pelo amor e pelo empenho em prol do esclarecimento da verdade discutir-se-á em Wittemberg, sob a presidência do Rev. padre Martinho Lutero, o que segue. Aqueles que não puderem estar presentes para tratarem o assunto verbalmente conosco, o poderão fazer por escrito. Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém. · 1ª Tese · Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos…, certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo arrependimento. · 2ª Tese · E esta expressão não pode e não deve ser interpretada como referindo-se ao sacramento da penitência, isto é, à confissão e satisfação, a cargo do ofício dos sacerdotes. · 3ª Tese · Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o arrependimento interno nem mesmo é arrependimento quando não produz toda sorte de modificações da carne. · 4ª Tese · Assim sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira penitência, perdura enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber, até a entrada desta para a vida eterna. · 5ª Tese · O papa não quer e não pode dispensar outras penas, além das que impôs ao seu alvitre ou em acordo com os cânones, que são estatutos papais. · 6ª Tese · O papa não pode perdoar dívida senão declarar e confirmar aquilo que Já foi perdoado por Deus; ou então faz nos casos que lhe foram reservados. Nestes casos, se desprezados, a dívida deixaria de ser em absoluto anulada ou perdoada. · 7ª Tese · Deus a ninguém perdoa a dívida sem que ao mesmo tempo o subordine, em sincera humildade, ao sacerdote, seu vigário. · 8ª Tese · Canones Poenitendiales, ou seja, “Cânones Penitenciais” as ordenanças de prescrição da maneira em que se deve confessar e expiar, apenas deve ser Impostas aos vivos, e, de acordo com as mesmas ordenanças, não dizem respeito aos moribundos. · 9ª Tese · Eis porque o Espírito Santo nos faz bem mediante o papa, excluído este de todos os seus decretos ou direitos o artigo da morte e da necessidade suprema. · 10ª Tese · Procedem desajuizadamente e mal os sacerdotes que reservam e impõem aos moribundos Poenitentias Canonicas ou Penitências Canônicas para o purgatório a fim de ali serem cumpridas. · 11ª Tese · Este joio, que é o de se transformar a penitência e satisfação, previstas pelos cânones ou estatutos, em penitência ou penas do purgatório, foi semeado quando os bispos se achavam dormindo. · 12ª Tese · Outrora “canonícae poenae”, ou sejam penitência e satisfação por pecadores cometidos eram impostos, não depois, mas antes da absolvição, com a finalidade de provar a sinceridade do arrependimento e do pesar. · 13ª Tese · Os moribundos tudo satisfazem com a sua morte e estão mortos para o direito canônico, sendo, portanto, dispensados, com justiça, de sua imposição. · 14ª Tese · Piedade ou amor Imperfeitos da parte daquele que se acha às portas da morte necessariamente resultam em grande temor; logo, quanto menor o amor, tanto maior o temor. · 15ª Tese · Este temor e espanto em si tão só, sem falar de outras cousas, bastam para causar o tormento e o horror do purgatório, pois que se avizinham da angústia do desespero. · 16ª Tese · Inferno, purgatório e céu parecem ser tão diferentes quanto o são um do outro o desespero completo, incompleto ou quase desespero e certeza. · 17ª Tese · Parece que assim como no purgatório diminuem a angústia e o espanto das almas, nelas também deve crescer e aumentar o amor. · 18ª Tese · Bem assim parece não ter sido provado, nem por boas ações e nem pela Escritura, que as almas no purgatório se encontram fora da possibilidade do mérito ou do crescimento no amor. · 19ª Tese · Ainda parece não ter sido provado que todas as almas do purgatório tenham certeza de sua salvação e não receiem por ela, não obstante nós termos absoluta certeza disto. · 20ª Tese · Por isso o papa não quer dizer e nem compreendecom as palavras “perdão plenário de todas as penas” que todo o tormento é perdoado, mas as penas por ele impostas. · 21ª Tese · Eis porque erram os apregoadores de indulgências ao afirmarem ser o homem perdoado de todas as penas e salvo mediante a indulgência do papa. · 22ª Tese · Pensa com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas no purgatório das que segundo os cânones da Igreja deviam ter expiado e pago na presente vida. · 23ª Tese · Verdade é que se houver qualquer perdão plenário das penas, este apenas será dado aos mais perfeitos, que são muito poucos. · 24ª Tese · Assim sendo, a maioria do povo é ludibriada com as pomposas promessas do indistinto perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas pagas. · 25ª Tese · Exatamente o mesmo poder geral, que o papa tem sobre o purgatório, qualquer bispo e cura d'almas o tem no seu bispado e na sua paróquia, quer de modo especial e quer para com os seus em particular. · 26ª Tese · O papa faz muito bem em não conceder às almas o perdão em virtude do poder das chaves (ao qual não possui), mas pela ajuda ou em forma de intercessão. · 27ª Tese · Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório. · 28ª Tese · Certo é que no momento em que a moeda soa na caixa vêm o lucro e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus. · 29ª Tese · E quem sabe, se todas as almas do purgatório querem ser libertadas, quando há quem diga o que sucedeu com Santo Severino e Pascoal. · 30ª Tese · Ninguém tem certeza da suficiência do seu arrependimento e pesar verdadeiros; muito menos certeza pode ter de haver alcançado pleno perdão dos seus pecados. · 31ª Tese · Tão raro como existe alguém que possui arrependimento e, pesar verdadeiros, tão raro também é aquele que verdadeiramente alcança indulgência, sendo bem poucos os que se encontram. · 32ª Tese · Irão para o diabo juntamente com os seus mestres aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência. · 33ª Tese · Há que acautelasse muito e ter cuidado daqueles que dizem: A indulgência do papa é a mais sublime e mais preciosa graça ou dadiva de Deus, pela qual o homem é reconciliado com Deus. · 34ª Tese · Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à pena satisfatória estipulada por homens. · 35ª Tese · Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que querem livrar almas do purgatório ou adquirir breves de confissão não necessitam de arrependimento e pesar. · 36ª Tese · Todo e qualquer cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indulgência. · 37ª Tese · Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante de todos os bens de Cristo e da Igreja, dádiva de Deus, mesmo sem breve de indulgência. · 38ª Tese · Entretanto se não deve desprezar o perdão e a distribuição por parte do papa. Pois, conforme declarei, o seu perdão constitui uma declaração do perdão divino. · 39ª Tese · É extremamente difícil, mesmo para os mais doutos teólogos, exaltar diante do povo ao mesmo tempo a grande riqueza da indulgência e ao contrário o verdadeiro arrependimento e pesar. · 40ª Tese · O verdadeiro arrependimento e pesar buscam e amam o castigo: mas a profusão da indulgência livra das penas e faz com que se as aborreça, pelo menos quando há oportunidade para isso. · 41ª Tese · É necessário pregar cautelosamente sobre a indulgência papal para que o homem singelo não julgue erroneamente ser a indulgência preferível às demais obras de caridade ou melhor do que elas. · 42ª Tese · Deve-se ensinar aos cristãos, não ser pensamento e opinião do papa que a aquisição de indulgência de alguma maneira possa ser comparada com qualquer obra de caridade. · 43ª Tese · Deve-se ensinar aos cristãos proceder melhor quem dá aos pobres ou empresta aos necessitados do que os que compram indulgências. · 44ª Tese · Ê que pela obra de caridade cresce o amor ao próximo e o homem torna-se mais piedoso; pelas indulgências, porém, não se torna melhor senão mais seguro e livre da pena. · 45ª Tese · Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que vê seu próximo padecer necessidade e a despeito disto gasta dinheiro com indulgências, não adquire indulgências do papa. Mas provoca a ira de Deus. · 46ª Tese · Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem fartura, fiquem com o necessário para a casa e de maneira nenhuma o esbanjem com indulgências. · 47ª Tese · Deve-se ensinar aos cristãos, ser a compra de indulgências livre e não ordenada. · 48ª Tese · Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa precisa conceder mais indulgências, mais necessita de uma oração fervorosa do que de dinheiro. · 49ª Tese · Deve-se ensinar aos cristãos, serem muito boas as indulgências do papa enquanto o homem não confiar nelas; mas muito prejudiciais quando, em consequência delas, se perde o temor de Deus. · 50ª Tese · Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa tivesse conhecimento da traficância dos apregoadores de indulgências, preferiria ver a catedral de São Pedro ser reduzida a cinzas a ser edificada com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas. · 51ª Tese · Deve-se ensinar aos cristãos que o papa, por dever seu, preferiria distribuir o seu dinheiro aos que em geral são despojados do dinheiro pelos apregoadores de indulgências, vendendo, se necessário fosse, a própria catedral de São Pedro. · 52º Tese · Comete-se injustiça contra a Palavra de Deus quando, no mesmo sermão, se consagra tanto ou mais tempo à indulgência do que à pregação da Palavra do Senhor. · 53ª Tese · São inimigos de Cristo e do papa quantos por causa da prédica de indulgências proíbem a Palavra de Deus nas demais igrejas. · 54ª Tese · Esperar ser salvo mediante breves de indulgência é vaidade e mentira, mesmo se o comissário de indulgências, mesmo se o próprio papa oferecesse sua alma como garantia. · 55ª Tese · A intenção do papa não pode ser outra do que celebrar a indulgência, que é a causa menor, com um sino, uma pompa e uma cerimônia, enquanto o Evangelho, que é o essencial, importa ser anunciado mediante cem sinos, centenas de pompas e solenidades. · 56ª Tese · Os tesouros da Igreja, dos quais o papa tira e distribui as indulgências, não são bastante mencionados e nem suficientemente conhecido na Igreja de Cristo. · 57ª Tese · Que não são bens temporais, é evidente, porquanto muitos pregadores a estes não distribuem com facilidade, antes os ajuntam. · 58ª Tese · Tão pouco são os merecimentos de Cristo e dos santos, porquanto estes sempre são eficientes e, independentemente do papa, operam salvação do homem interior e a cruz, a morte e o inferno para o homem exterior. · 59ª Tese · São Lourenço aos pobres chamava tesouros da Igreja, mas no sentido em que a palavra era usada na sua época. · 60ª Tese · Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade, que estes tesouros são as chaves da Igreja, a ela dado pelo merecimento de Cristo. · 61ª Tese · Evidente é que para o perdão de penas e para a absolvição em determinados casos o poder do papa por si só basta. · 62ª Tese · O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus. · 63ª Tese · Este tesouro, porém, é muito desprezado e odiado, porquanto faz com que os primeiros sejam os últimos. · 64ª Tese · Enquanto isso o tesouro das indulgências é sabiamente o mais apreciado, porquanto faz com que os últimos sejam os primeiros. · 65ª Tese · Por essa razão os tesouros evangélicos outrora foram as redes com que se apanhavam os ricos e abastados. · 66ª Tese · Os tesouros das indulgências, porém, são as redes com que hoje se apanham as riquezas dos homens. · 67ª Tese · As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como a mais sublime graça decerto assim são consideradas porque lhes trazem grandes proventos. · 68ª Tese · Nem por isso semelhante indigência não deixa de ser a mais Intima graça comparadacom a graça de Deus e a piedade da cruz. · 69ª Tese · Os bispos e os sacerdotes são obrigados a receber os comissários das indulgências apostólicas com toda a reverência. · 78ª Tese · Em contrário dizemos que o atual papa, e todos os que o sucederam, é detentor de muito maior indulgência, isto é, o Evangelho, as virtudes o dom de curar, etc., de acordo com o que diz 1Coríntios 12. · 79ª Tese · Afirmar ter a cruz de indulgências adornada com as armas do papa e colocada na igreja tanto valor como a própria cruz de Cristo, é blasfêmia. · 80ª Tese · Os bispos, padres ou pastores e teólogos que consentem em semelhante linguagem diante do povo, terão de prestar contas deste procedimento à Deus. · 81ª Tese · Semelhante pregação, a enaltecer atrevida e insolentemente a Indulgência, faz com que mesmo a homens doutos é difícil proteger a devida reverência ao papa contra a maledicência e as fortes objeções dos leigos. · 82 ª Tese · Eis um exemplo: Por que o papa não tira duma só vez todas as almas do purgatório, movido por santíssima' caridade e em face da mais premente necessidade das almas, que seria justíssimo motivo para tanto, quando em troca de vil dinheiro para a construção da catedral de S. Pedro, livra um sem número de almas, logo por motivo bastante Insignificante? · 83ª Tese · Outrossim: Por que continuam as missas pelos mortos, e por que não devolvem ou permitem que sejam retiradas as dotações fundadas em benefício delas, desde que é um erro rogar pelos redimidos? · 84ª Tese · Ainda: Que nova piedade de Deus e dó papa é esta, que permite a um ímpio e inimigo resgatar uma alma piedosa e agradável a Deus por amor ao dinheiro e não resgatar esta mesma alma piedosa e querida de sua grande necessidade por livre amor e sem paga? · 85ª Tese · Ainda: Por que os cânones de penitencia, que, de fato, faz muito que caducaram e morreram pelo desuso, tornam a ser resgatados mediante dinheiro em forma de indulgência como se continuassem bem vivos e em vigor? · 86ª Tese · Ainda: Por que o papa, cuja fortuna hoje é mais principesca do que a de qualquer Credo, não prefere edificar a catedral de S. Pedro de seu próprio bolso em vez de o fazer com o dinheiro de fiéis pobres? · 87ª Tese · Ainda: Quê ou que parte concede o papa do dinheiro proveniente de indulgências aos que pela penitência completa assiste o direito à indulgência plenária? · 88ª Tese · Afinal: Que maior bem poderia receber a Igreja, se o papa, como já o faz, cem vezes ao dia, concedesse a cada fiel semelhante dispensa e participação da indulgência a título gratuito. · 89ª Tese · Visto o papa visar mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que revoga os breves de indulgência outrora por ele concedidos, aos quais atribuía as mesmas virtudes? · 90ª Tese · Refutar estes argumentos sagazes dos leigos pelo uso da força e não mediante argumentos da lógica, significa entregar a Igreja e o papa a zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos. · 91ª Tese · Se a Indulgência fosse apregoada segundo o espírito e sentido do papa, aqueles receios seriam facilmente desfeitos, nem mesmo teriam surgido. · 92ª Tese · Fora, pois, com todos estes profetas que dizem ao povo de Cristo: Paz! Paz! E não há Paz. · 93ª Tese · Abençoados sejam, porém, todos os profetas que dizem à grei de Cristo: Cruz! Cruz! E não há cruz. · 94ª Tese · Admoestem-se os cristãos a que se empenhem em seguir sua Cabeça Cristo através do padecimento, morte e inferno. · 95ª Tese · E assim esperem mais entrar no Reino dos céus através de muitas tribulações do que facilitados diante de consolações infundadas. · Conclusão: Estudamos “História da Igreja”, também conhecida por “O Cristianismo”, numa visão resumida; foi bom estarmos juntos, e lembre-se sempre, obreiro aprovado é aquele que ama estudar para cumprir seu chamado como um verdadeiro Apologista da Fé Cristã!!! · “Meditem: 2Tm 2:15”. · Até o Nosso Próximo Encontro, Shalom!!! · O Cristianismo – Visão Resumida. · Dos Apóstolos Do Senhor Jesus. Atenciosamente Pr. Marcos Santos e Pedagogo.