Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TÉCNICAS DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL AULA 1 Profª Ana Paula Escorsin 2 CONVERSA INICIAL Esta disciplina oportuniza um espaço de reflexões sobre um conjunto de metodologias utilizadas em processos de desenvolvimento, a exemplo do coaching. As aulas estão organizadas de forma a criar um fio condutor para quem pretende utilizar técnicas que potencializem o desenvolvimento pessoal e/ou o profissional. A proposta da disciplina é ser vivencial, ou seja, as técnicas são apresentadas de forma prática e detalhada, para que você tenha um conjunto de ferramentas sequenciadas, que lhe possibilitem atuar com o desenvolvimento humano. A demanda por desenvolvimento tem se tornado uma constate para as organizações e para os indivíduos. Cada vez mais as empresas percebem que investir em pessoas, para que reconheçam as suas competências e potencializem seus talentos, é um diferencial, pois assim ampliam-se os resultados corporativos, melhorando o ambiente de trabalho e fidelizando os funcionários com base na missão e nos objetivos organizacionais. As pessoas também almejam se conhecerem mais intimamente para terem melhor qualidade de vida e se sentirem felizes consigo mesmas e em seus relacionamentos. As pessoas que querem iniciar uma formação acadêmica, ou que já estão em um curso superior, têm expectativas de ingressar em um mercado de trabalho compatível com seus sonhos. Os profissionais que já estão inseridos em um mercado de trabalho buscam, com frequência, reinventar suas carreiras. Líderes têm buscado desenvolver sua performance para conduzir equipes de forma mais assertiva; empreendedores almejam abrir ou ampliar seus negócios de forma segura e efetiva. Empresas, pessoas, profissionais, líderes e empreendedores almejam um plano de melhoria, de mudança, porém muitos não sabem como fazê-lo de forma estruturada. A metodologia que se apresenta nesta disciplina tem como objetivo levar, ao profissional que quer atuar com o desenvolvimento humano, um conjunto de técnicas (também chamadas de ferramentas), de modo sistematizado e organizado. Assim, poderá oferecer aos seus clientes a possibilidade de estruturar e reinventar visões de futuro desafiadoras para suas vidas, carreiras e/ou negócios. 3 O coaching é um processo que estimula reflexões para potencializar o desempenho e o aprendizado de um indivíduo, promovendo o seu desenvolvimento pessoal e profissional (Lotz; Gramms, 2014). Nesse conjunto de aulas vamos compreender como as técnicas utilizadas no coaching se mostram como metodologia efetiva para o desenvolvimento de pessoas e profissionais. Nesta aula você será convidado a analisar temas introdutórios, que contextualizam a importância de uma metodologia de trabalho para que o processo de coaching propicie o desenvolvimento humano. CONTEXTUALIZANDO Para iniciar, convido você para conversar com pessoas à sua volta, como familiares, amigos, colegas de trabalho, da faculdade, gestores. Pergunte a elas se: • Estão felizes com suas vidas pessoais; • Estão trabalhando em áreas que gostam; • Estão felizes em seus trabalhos; • Mudariam algo suas vidas (pessoais e profissionais), e o que mudariam; • Buscariam uma orientação de profissional especializado para efetivar tal transformação; • Conhecem ou fizerem um processo de coaching – se não, descobrir se têm interesse em conhecer. Orientações: • Você pode dizer que tem um trabalho de faculdade; • Pergunte se podem contribuir, pois você fará a elas algumas perguntas, para que respondam de forma sincera; • Agende um horário, leve-as a um lugar tranquilo, onde estejam a sós. Esta conversa precisa ser feita pessoalmente. • Possibilite um clima de tranquilidade e de confiança. • Só então inicie a conversa: não faça as perguntar em tom de perguntas, mas de conversa. • Mostre-se interessado e atento às respostas. Ouça com atenção o que dizem. 4 • Após a conversa, registre o que lhe falaram e suas impressões sobre a pessoa. • Sugestão: converse com no mínimo 5 pessoas e no máximo 10 pessoas, para ter uma visão ampla e significativa. Para embasar esta conversa você deve ler: LOTZ, E. G.; GRAMMS, L. A comunicação. In: _____. Coaching e mentoring. Curitiba: InterSaberes, 2014. p. 87-106. Você pode ler também o resumo da seguinte tese de doutorado, em que o coaching é abordado como prática de desenvolvimento do ser humano: MORAES, C. V. de. A prática do desenvolvimento humano em empresas: uma (re)significação do coaching pela atenção ao cuidar do ser. São Paulo: Instituto de Psicologia, 2007. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/dis poniveis/47/47131/tde-03032008-173417/en.php>. Acesso em: 24 set. 2019. TEMA 1 – COACHING: UMA METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Vamos iniciar com alguns conceitos de coaching, para que você possa compreender a importância de utilizar uma metodologia bem estruturada. Dizemos que o coaching é um processo, pois ocorre em etapas, com início, desenvolvimento ao longo do tempo, final e objetivo claro. Gallwey (1996, citado por Lotz; Gramms, 2014, p. 18) define o coaching como "o processo de facilitar a aprendizagem e o desempenho de outra pessoa através da utilização ótima de seu potencial, com a finalidade de alcançar resultados por ela almejados". Para as autoras, esse processo "estimula a capacidade de pessoas de se reinventarem e encontrarem alternativas válidas, apesar das restrições do contexto em que atuam". Para Escorsin (2019), "O coaching é um processo que, conduzido por um profissional qualificado, pode ser visto como a oportunidade que uma pessoa necessita para clarificar seus sonhos, seus objetivos, traçar seus planos, tanto em aspectos pessoais como profissionais". Moraes (2017, p. 60) aponta que o "coaching se explica como ato de mover-se, de possibilitar lançar-se para outro lugar, que não o mesmo, mas lugar outro mais cultivado". 5 Esse processo se dá pela parceria entre dois atores: o coach (profissional qualificado que o conduz) e o coachee (pessoa que passa por esse ciclo). Essa parceria se estabelece através de diálogos, nos quais o coach se utiliza de uma metodologia de trabalho e se apoia em técnicas (também chamadas de ferramentas) para que o coachee consiga atingir os resultados que desejas (Lotz; Gramms, 2014). Nesta disciplina, vamos aprofundar a prática do processo de coaching. De antemão, é importante que você entenda que existem outras metodologias que possibilitam o desenvolvimento pessoal e profissional, como: • Psicoterapia: possibilita ao sujeito reconhecer sua história de vida pessoal e profissional, identificar suas emoções e seus comportamentos, para que possa entender qual é sua maneira de ser feliz, e assim buscar a realização de suas potencialidades. É conduzida por um psicólogo clínico, e ocorre por meio de diálogos entre o terapeuta e o cliente (Escorsin, 2019). • Mentoring: o foco é a carreira profissional dentro de uma organização. É conduzido por profissionais experientes de uma empresa, os mentores. O papel do mentor é favorecer o aprendizado de funcionários menos experientes (Lotz; Gramms, 2014). • Counselling: refere-se a um suporte estruturado de conhecimento e de experiência em uma necessidade ou atividade específica. É conduzido por um psicólogo (counseller); a pessoa que passa pelo processo é o counsellle. O foco pode ser desde um plano carreira até questões emocionais do counseller (Oliveira, 2012). • Assessment: termo que, em inglês, significa avaliação. É uma ferramenta para diagnosticar o comportamento e as competências das pessoas, para que a empresa e o próprio funcionário venham a conhecer de forma efetiva e criteriosa o potencial das pessoas, de modo que a busca pelo autoconhecimento e a gestão do conhecimento sejam conduzidas adequadamente.O processo deve ser conduzido por um profissional qualificado, que se utiliza de ferramentas específicas (SLA, 2019). 6 1.1 A importância de uma metodologia Vamos iniciar conceituando metodologia. A palavra vem dos termos gregos methodos e logia. Logia significa “estudo”, e methodos a “ordem que se segue na investigação da verdade, no estudo de uma ciência ou para alcançar um determinado fim” (Cunha, 1997, p. 517). Metodologia é o campo que se estuda os melhores métodos práticos para a produção de um conhecimento. E o que é um método? É o percurso ou caminho para se atingir algo. Métodos são conjuntos de procedimentos que possibilitam atingir um determinado fim (Metodologia, 2019). O coaching tem, como foco o desenvolvimento de competências, o aumento de performance, a conquista de melhores resultados, e o aumento da satisfação e da felicidade (Da Matta, 2012). Por ser um processo voltado a atender pessoas para que consigam identificar necessidades de mudanças em suas vidas, tornando-se capazes de efetivar transformações almejadas, deve ser conduzido de forma ética e responsável pelo coach, sendo necessária uma metodologia consistente e ordenada, com a utilização de técnicas (ferramentas) e procedimentos para assegurar que o coachee obtenha os resultados desejados. A metodologia que vamos utilizar é a proposta por Tim Clark, denominada Business Model You (Modelo de Negócios Pessoal). As técnicas empregadas nessa metodologia serão detalhadas posteriormente. Saiba mais Para aprofundar os seus conhecimentos nesse tema indico que você leia o seguinte capítulo de livro. Neste texto, as autoras conceituam o processo de coaching, abordam os seus pressupostos, suas origens, e as razões para adotá- lo em organizações: LOTZ, E. G.; GRAMMS, L. Coaching e mentoring. Curitiba: InterSaberes, 2014. cap. 1. Disponível em: <https://bv4.digitalpages.com.br/?term=Coaching%2520 e%2520mentoring&searchpage=1&filtro=todos&from=busca&page=16§ion =0#/legacy/6525>. Acesso em: 24 set. 2019. TEMA 2 – DESENVOLVIMENTO HUMANO O desenvolvimento de pessoas é um processo que ocorre naturalmente, ou é algo que precisa ser estimulado? Caso você tenha pensado que as duas 7 indagações são verdadeiras, você está certo. Afinal, em parte o desenvolvimento do ser humano ocorre de forma natural e não deve ser apressado ou restringido, mas, por outro lado, o ser humano precisa sim de estímulos para se desenvolver. Os filhotes dos mamíferos superiores nascem em um estado de relativa maturidade, e logo após ao nascimento são capazes de levar a vida sem precisarem de qualquer ajuda (Neumann, 1980). O bebê humano, por sua vez, não seria capaz de sobreviver sozinho. Precisamos, desde o primeiro momento, de suporte. 2.1 O desenvolvimento humano: um breve olhar Nós, seres humanos, nascemos e passamos por diversas fases de desenvolvimento ao longo de nossas vidas. Você percebe essas fases em você e em seus vínculos pessoais, com filhos, irmãos, pais, amigos? O percurso do desenvolvimento humano é estudado por uma área da Psicologia chamada de psicologia do desenvolvimento. Vamos analisar tais fases em linhas gerais. O primeiro ano da infância pode ser considerado como parte da fase embrionária, pois a criança se encontra psíquica e fisicamente interligada ao corpo da figura materna1, só em uma segunda fase (após o segundo ano de vida) é que a criança faz sua entrada na sociedade humana. A partir de então sua estrutura de "eu" e sua consciência começam a se desenvolver, com isso, vai incorporando noções de limite, a linguagem, os costumes de seu grupo e sendo moldada pela cultura humana, só pouco a pouco a criança experimenta aspectos do mundo (Neumann, 1980). Relações positivas com as figuras parentais2 nessas primeiras fases da infância contribuem para que o desenvolvimento do "eu" seja mais equilibrado. A próxima etapa do desenvolvimento humano é a adolescência. Da infância para a adolescência, há uma mudança significativa; deixar o mundo da infância traz medos, que são vivenciados de forma inconsciente pela criança. Na adolescência, há um "eu" mais estruturado, quando os limites (quando colocados adequadamente) vão sendo incorporados. São fundamentais nessa fase o crescimento do corpo, a alteração hormonal e o ingresso na sexualidade. Uma característica da adolescência é a instabilidade de humor. Os limites não são 1 O termo figura materna refere-se não somente à mãe, mas às pessoas ou instituições que exercem o papel materno, de cuidado, alimentação, afeto, atenção para com o bebê. 2 Figuras parentais se referem ao pai e à mãe, mas também às pessoas e/ou instituições que cuidam da criança, exercendo tais papeis. 8 mais impostos pelas figuras parentais, mas sim negociados. Outro fator decisivo é a escolha por uma profissão. Tais aspectos levam o jovem a se voltar mais para si mesmo; é comum que ele fique em seu quarto sozinho por tempo prologado. As figuras parentais deixam de ser os heróis (como eram considerados pela criança); o adolescente passa a se identificar com ídolos, professores e amigos. As transformações dessa etapa são fortes, intensas e significativas; é comum a ocorrência de crises de identidade, que acarretam na dificuldade de se definir uma profissão. É nessa etapa que tem início a busca por um processo de coaching ou por orientação vocacional e profissional; ou seja, advém a necessidade de se atentar para o desenvolvimento profissional. Podem ocorrer casos de dificuldades emocionais ou dificuldades em relacionamentos, crises de identidade, até quadros de ansiedade, depressão, tentativas de suicídio e envolvimento com drogas. Tais vivências nos apontam para a necessidade de o jovem buscar um desenvolvimento pessoal – ou através de coaching de vida ou de psicoterapia. Quando as etapas anteriores transcorrem de forma mais ou menos adequada, a pessoa sente-se preparada para entrar na fase adulta. A fase adulta se caracteriza por um "eu" estruturado. Nessa etapa, espera-se que a identidade, a personalidade e os valores estejam constituídos (Escorsin, 2016). Normalmente, a escolha profissional se delineia, e ocorre a entrada no mercado de trabalho; é provável que a pessoa consiga se manter financeiramente e pode ocorrer a formação da própria família. As transformações nessa etapa são contínuas e constantes, com diversas experiências e vivências (Lorena, 2014). Múltiplos papeis são desempenhados, como o de profissional, de companheiro ou companheira, de pai ou de mãe, entre outros. A fase adulta abrange a maior parte do ciclo da vida nos países modernos (Davidoff, 2001). Dadas as constantes transformações características dessa etapa, pode haver dificuldades de se alterar formas de funcionamento ou de se tomar decisões; há crises com a escolha profissional ou a necessidade de redefinir carreira; algumas pessoas passam a desempenhar funções de liderança e sentem a necessidade de se capacitarem para novos desafios; pode haver demissão e a necessidade de se posicionar com novos empreendimentos. Os diferentes tipos de coaching que possibilitam o desenvolvimento profissional 9 podem ser buscados nessa fase, como o coaching profissional, o executivo, o financeiro, o de carreira, o de negócios, o de equipe, o educacional3. A pessoa adulta pode ainda passar por dificuldades emocionais ou de relacionamento, por stress, ansiedade e depressão, que trazem a necessidade de se buscar desenvolvimento pessoal. O coaching pode contribuir com o coaching de vida, o de saúde, o esportivo, além da psicoterapia. Outros processos de desenvolvimento também podem ser necessários, como mentoring, counselling ou assessment. Vamos agora falar um pouco sobre a velhice, que é o último estágio do desenvolvimento humano. Nessa fase,ocorre a diminuição da atividade laboral, normalmente acompanhada pela aposentadoria. Quando essa fase se aproxima, é comum as pessoas buscarem um processo do coaching para redefinirem seus objetivos de vida. Existem empresas que estruturam programas de preparação para aposentadoria, buscando contribuições de coaches profissionais para atuarem com seus funcionários, direcionando-os para novos caminhos em suas vidas. O desenvolvimento humano está diretamente atrelado às características biológicas, próprias e únicas de cada sujeito. Aspectos hereditários e genéticos também influenciam esse processo, no que se refere, por exemplo, a características físicas transmitidas de pais para filhos. As experiências e histórias que uma pessoa viveu ou vive com as figuras parentais deixam marcas em seu desenvolvimento, que podem ser positivas e contribuírem para o seu desenvolvimento, ou negativas, dificultando-o. Da mesma forma, o meio ambiente em que se viveu ou se vive pode ser mais um fator de influência em seu desenvolvimento – o que não significa dizer que um meio hostil e agressivo, ou protetor e amoroso, leve automaticamente ao desenvolvimento de pessoas hostis ou bondosas (Lorena, 2014). Para concluirmos, pode-se dizer que o desenvolvimento pessoal se refere ao ato de o sujeito se conhecer como pessoa, delinear a sua identidade, sua personalidade, compreender-se em seus aspectos emocionais, comportamentais, em seus relacionamentos e em seus valores. O desenvolvimento profissional se relaciona à capacidade de o sujeito identificar 3 Ver definições em: LOTZ, E. G.; GRAMMS, L. Coaching e mentoring. Curitiba: InterSaberes, 2014. p. 59-61. 10 seus talentos e suas competências, para direcionar sua trajetória de trabalho e de carreira, alinhada a competências e identidade pessoal. Esses dois desenvolvimentos estão intimamente vinculados e interligados; um sujeito que se conhece melhor estará também direcionando a sua carreira de forma mais harmônica; da mesma forma um líder, ao buscar aprimorar sua performance de liderança, se desenvolverá como pessoa. Conduzir o próprio desenvolvimento, através do autodesenvolvimento ou do autoconhecimento, não é uma tarefa fácil, pois muitas vezes as pessoas precisam de contribuições de profissionais qualificados. Identificar que uma forma de funcionamento não está mais adequada à situação vivida, entender a razão disso, buscar novas formas de funcionamento, e transformá-las em ações sólidas, seguras e efetivas, são os grandes desafios de qualquer processo de desenvolvimento; é para isso que existem os coaches profissionais e os programas de desenvolvimento humano em organizações. No entanto, cabe salientar que nenhuma pessoa se desenvolve se não estiver aberta para isso, e disposta a fazer mudanças. Saiba mais Para ampliar as suas experiências sobre aspectos que envolvem os seres humanos, convidamos você a ler o texto a seguir. Neste, as autoras analisam aspectos como modelos mentais, crenças, percepções e seus significados e linguagem. Tais fatores estão intimamente relacionados aos processos de coaching e ao desenvolvimento humano. LOTZ, E. G.; GRAMMS, L. Coaching e mentoring. Curitiba: InterSaberes, 2014. p.127-157. Disponível em: <https://bv4.digitalpages.com.br/?term=Coaching%2520e%2520mentoring&sea rchpage=1&filtro=todos&from=busca&page=16§ion=0#/legacy/6525>. Acesso em: 24 set. 2019. TEMA 3 – METODOLOGIA DE COACHING: PARA QUE SERVE? É importante compreender que uma metodologia consistente e efetiva é a base fundamental para o processo do coaching e para os demais processos de desenvolvimento humano. Para que a prática do coaching ocorra de forma a assegurar que os objetivos almejados pelo cliente (coachee) sejam atingidos, o coach precisa atuar com uma abordagem que considere o seu cliente como um todo, ou seja, 11 de forma sistêmica. O foco da metodologia é clarificar ao coachee onde ele está hoje, quais objetivos deseja alcançar, ou seja, aonde quer chegar, e o que deve fazer para atingir tais objetivos. Veja a Figura 1, que demonstra o objetivo de processos de desenvolvimento – portanto, o foco principal da utilização de metodologia em um processo de coaching. Figura 1 – Foco da metodologia do coaching O ponto A representa a situação atual em que o coachee se encontra ao buscar um processo de desenvolvimento. Nem sempre a sua situação é claramente conhecida, e assim o processo se inicia com técnicas para deixar claro ao cliente como está hoje. As técnicas seguintes objetivam identificar aonde o coachee deseja chegar, o que é representado pelo ponto B. Para tanto, é preciso que o processo evidencie quais são os objetivos do coachee. É nessa fase que são trabalhadas as competências do coachee; ao identificá-las, pode- se analisar a coerência dos objetivos às suas competências, além de preparar os passos para a próxima etapa, que é o estabelecimento de um plano de ação para que ele possa alcançar o que deseja. 3.1 O manejo da metodologia É o coach quem conduz a sequência de técnicas, seguindo alguns princípios fundamentais. Conforme Krausz (2007, citado por Lotz; Gramms, 2014), esses princípios são: • Identificar e alinhar as expectativas do coachee em relação ao processo de coaching, o que também envolve clarificar como se dá processo. 12 • Estabelecer as regras do processo, como definição de dia, horário, tempo de duração, pontualidade, valores, o que compete a cada parte, comprometimento, franqueza, parceria, confidencialidade, e em caso de interrupção como se procede e como se dá a finalização do processo. • Construir confiança com o coachee é um aspecto importante para que a relação entre ambos possa fluir com naturalidade; só assim o processo pode atingir os resultados esperados. Por mais que haja uma metodologia composta por uma sequência de técnicas, como aponta Krauz (2007, citado por Lotz; Gramms, 2014, p. 49), "o coach jamais determina ou impõe uma linha de ação ou uma solução específica". A base metodológica são os diálogos e os questionamentos, momento em que o coach não pode influenciar o coachee com respostas ou hipóteses. O coach ajuda o coachee encontre as suas próprias respostas e soluções, atuando como um facilitador para analise ganhos e perdas para cada situação trabalhada, de modo que possa planejar quais passos pretende dar para implementar as opções que lhe são mais favoráveis e os prazos que pretende viabilizar em cada etapa de seu processo de mudança (Lotz; Gramms, 2014). O princípio do processo de coaching é que a responsabilidade pelas mudanças deve ser assumida pelo coachee, pois é ele quem está buscando novos objetivos de vida e/ou profissionais. Apropriar-se de metas, ações, decisões e mudanças necessárias deve ser de responsabilidade do coachee. Para tanto, ele deve estar em condições adequadas para iniciar o processo (Da Matta, 2012). Isso deve ser clarificado pelo coach ao coachee quando do estabelecimento das regras do processo. Em sua essência, o coaching é um estímulo à ação, ao aprendizado e à mudança; portanto, o coach precisa perceber o nível de prontidão do coachee para a ação, e atuar como um agente facilitador de seu cliente (Da Matta, 2012). Enquanto um modelo sistêmico, o coaching segue algumas premissas (Da Matta, 2012, p. 56): • Incitar o coachee à responsabilidade pela mudança; • Levantar a situação atual do coachee e avaliar seu potencial de autoconhecimento, autoexploração e autoentendimento; • Estabelecer foco e planejamento; • Gerar ação contínua; 13 • Identificar recursos, desenvolver novos comprometimentos, habilidades e competências, eliminar interferências e limitações, além de gerar sintonia com objetivos. • Favorecer medições e avaliações de resultados. • Propiciaraprendizado e melhoria contínuos. Em síntese, a metodologia do coaching objetiva clarificar um caminho de aprendizado contínuo para viabilizar que o coachee seja o agente de transformação de sua própria vida, pois compreende como identificar interferências e obstáculos e mudar modelos mentais. Saiba mais Para ampliar seus conhecimentos sugere-se que você leia o artigo a seguir, que aborda um estudo que teve como objetivo categorizar os comportamentos do profissional e do cliente, que ocorrem em um processo de coaching. Estude principalmente a partir da página 38. BORGES, N.; GONÇALVES, C.; PINTO, R. Aplicação do sistema multidimensional de categorização de comportamentos em sessões de coaching. Perspectivas em Análise do Comportamento, v. 8, n. 1, p. 32-46, 2017. Disponível em: <https://revistaperspectivas.emnuvens.com.br/perspectiv as/article/view/213>. Acesso em: 24 set. 2019. TEMA 4 – METODOLOGIA DE COACHING: COMO FUNCIONA? Conversamos sobre a importância e o papel de uma metodologia estruturada e conduzida de forma ética. Vamos agora analisar o seu funcionamento. A metodologia que vamos utilizar é proposta por Tim Clark, o Modelo de Negócios Pessoal, ou Business Model You (BMY). Tal metodologia é composta por um conjunto de sete técnicas (ferramentas). Cada uma dessas ferramentas será estudada detalhadamente no momento adequado do curso. Você será convidado a se autoaplicá-las, e também deverá aplicá-las em uma outra pessoa. A autoaplicação ocorrerá em cada uma das aulas seguintes, quando a técnica estiver sendo apresentada. A aplicação em uma outra pessoa ocorrerá ao final do conjunto das seis aulas, em uma atividade prática com orientações específicas. Vejamos as técnicas da metodologia (Clark, 2013): 1. O quadro de modelo de negócios pessoal; 14 2. Roda de vida; 3. Múltiplos papéis; 4. Linha da vida; 5. Gestão do tempo; 6. Plano de ação; 7. Revisão do modelo de negócio. A metodologia do BMY promove uma oportunidade para estimular a autorreflexão, desenvolvendo consciência de comprometimento consigo mesmo. Possibilita à pessoa encontrar outras formas de lidar com sua vida pessoal e profissional. Com o desenvolvimento do autoconhecimento, a pessoa pode descobrir novos significados para si, de uma forma simples e direta, divertida e inteligente (Clark, 2013). Todos os aspectos da vida de uma pessoa são analisados, para que, a partir dessa análise, um plano de ação efetivo seja construído. Tal plano de ação possibilita direcionar a carreira profissional da pessoa alinhada ao seu jeito verdadeiro de ser. O BMY oportuniza descrever e pensar claramente sobre um modelo de negócios pessoal. O conjunto de técnicas apresentadas contribui com o coachee na definição, na melhora e na ampliação da própria carreira. 4.1 A interação entre a metodologia, as técnicas e os modelos de coaching Vimos que a metodologia é ordem seguida em uma determinada investigação. As técnicas são as ferramentas práticas utilizadas para que aquilo que é investigo possa ser conhecido. O modelo é a base, "é o resultado de um processo [...], tem a finalidade de facilitar as explicações" (Lotz; Gramms, 2014, p. 62) de uma dada situação que se investiga. Em um processo de coaching, o que se investiga é a pessoa, os seus objetivos de vida, pessoais e/ou profissionais, além do como e do que fazer para atingi-los. Durante as sessões com o coachee, o coach se utiliza das técnicas – vamos usar as que compõem a metodologia do BMY –, e se apoia em modelos (Lotz; Gramms, 2014, p. 62-72), que vamos apresentar a seguir. Para visualizarmos a interação entre a metodologia, as técnicas e os modelos do processo de coaching, veja o Quadro 1. 15 Quadro 1 – Interação entre metodologia, técnica e modelo coaching Metodologia Técnicas Modelos Modelo de Negócios Pessoal – Business Model You (BMY), proposto por Tim Clark. • O quadro de modelo de negócios pessoal • Roda de vida • Múltiplos papéis • Linha da vida • Gestão do tempo • Plano de ação • Revisão do modelo de negócio • Grow • Achieve • Jogo interior • Transformacional • Modelo T Fonte: Elaborado com base em Lotz; Gramms, 2014, p. 62-71. O conjunto das técnicas possibilita ao coachee se conhecer, identificar as suas competências, personalidade, compreender a forma como emprega o seu tempo, para então construir um plano de ação, para que seus objetivos sejam atingidos. Durante a aplicação das técnicas, o coach sempre deve ter em mente os modelos, pois são seus guias durante as sessões. Vejamos o que cada modelo possibilita (Lotz; Gramms, 2014, p. 62-71): • Modelo Grow – as quatro letras são a junção de quatro palavras em inglês, que se referem à forma de condução das técnicas, e o que tais técnicas devem possibilitar ao coachee. G é Goal, que significa “meta”; R é de Reality, que significa que processo deve possibilitar ao coachee uma análise da sua realidade; O é Options, pois o processo deve criar opções de situações. W é Will, pois o processo deve despertar a vontade de se transformar. • Modelo Achieve (palavra que significa alcançar, em inglês) – o processo de coaching precisa possibilitar que coachee faça o levantamento da situação presente de sua vida, com alternativas para tais situações; deve assegurar que as metas sejam estabelecidas; deve gerar opções para que as metas sejam atingidas; precisa possibilitar a avaliação de opções, além de estabelecer um plano de ação e encorajar a ação do coachee. • Modelo jogo interior – objetiva valorizar não só as habilidades do coachee, mas também a arte de manter a mente em estado de relaxamento, descobrindo a verdadeira base da autoconfiança. O segredo é o desempenho espontâneo que ocorre quando a mente está calma e integrada com o corpo. A performance de uma pessoa é encontrada 16 quando se retira a inferência de seu potencial. Para representar o conceito, há uma formula, a saber: Po – I = Pe (Potencial – Interferência = Performance) • Modelo transformacional – está direcionado para o processo de coaching no desempenho gerencial. Trata-se de um processo abrangente de comunicação, pelo qual o coach fornece feedbacks em diferentes e abrangentes dimensões da vida profissional do coachee, os quais contribuem com o desejo deste de participar de forma significativa em metas organizacionais, conciliando-as com metas pessoais. • Modelo T – enfoca como deve ser a conversa de coach, que primeiro amplia o escopo do diálogo, para depois se concentrar nos detalhes. Esse modelo é eficaz para a busca de alternativas, libertando a mente do coachee, em busca novas possibilidades. Saiba mais Para que você tenha familiaridade com os modelos de coaching e os internalize ao conduzir as sessões com o seu coachee, convido-o a fazer a leitura do segundo capítulo do livro. Nele, as autoras analisam em detalhes todos os modelos que abordamos acima. LOTZ, E. G.; GRAMMS, L. Coaching e mentoring. Curitiba: InterSaberes, 2014. cap. 2. Disponível em: <https://bv4.digitalpages.com.br/?term=Coaching%2520 e%2520mentoring&searchpage=1&filtro=todos&from=busca&page=16§ion =0#/legacy/6525>. Acesso em: 24 set. 2019. TEMA 5 – PRIMEIRA SESSÃO DE COACHING: COMO CONDUZIR? Para conduzir a primeira sessão de coaching, é interessante termos uma visão panorâmica de diferentes fases desse processo, pois você deve explicá- las ao seu cliente. Veja a Figura 2, com a síntese de tais fases. 17 Figura 2 – Fases do processo de coaching Fonte: Elaborado com base em Santos, 2017. / Crédito: VectorsMarket/AVIcon/Art Alex/Tetiana Sukhorukova/Iconic Bestiary/Kubko/Kan_chana/Wan wei/Shutterstock Vamos conhecer cada uma das fases: 1. Encontro: é a primeira sessão de coaching, durante a qual o coach explica ao seu cliente como ocorrerá o processo; conhece o cliente; identifica as suas expectativas; estabeleceas regras do processo; e começa a construir uma relação de confiança. Essa relação é também chamada de rapport. Para Lotz e Gramms (2014, p. 106) rapport é uma "conexão de mão de dupla", uma relação mútua de confiança e compreensão entre as duas partes. 2. Levantamento: compreende identificar o estado atual do coachee e o estado desejado. Ocorre a partir da segunda sessão, fase na qual o coach começa a se utilizar das técnicas. Os modelos devem ser utilizados desde a primeira sessão até o final. 3. Identificação: busca-se clarificar as metas e os resultados esperados pelo coachee. 4. Discussão: procura-se trabalhar os propósitos de vida e os valores do coachee. 18 5. Análise: objetiva identificar os pontos altos e os pontos baixos da vida do coachee, para clarificar seus pontos fortes, suas habilidades e seus traços de personalidade. 6. Desenvolvimento: após o coachee conhecer um pouco mais sobre si mesmo, é hora de construir o seu plano de ação, para que suas metas sejam alcançadas. 7. Resultados: momento de analisar se os objetivos desenhados pelo coachee têm bases sólidas para serem concretizados em ações. 8. Finalização: é a última sessão do coaching, durante a qual se dialoga sobre o feedback de todo processo, quando coach e coachee avaliam os resultados obtidos. 5.1 A primeira sessão Vamos abordar alguns aspectos práticos sobre as regras do processo. Em uma primeira sessão, é preciso definir: • O dia e o horário: compatibilizar as agendas do coach e do coachee. • O tempo, duração e a frequência das sessões: é importante salientar que não existe uma regra rígida, sendo necessário respeitar o ritmo e o tempo do cliente. Prevê-se que a duração seja entre 10 a 20 sessões (em alguns casos pode ser superior, a depender do acordado entre ambos). A sessão tem uma duração entre 50 minutos a 1 hora. Os encontros podem ser semanais ou quinzenais, dependo da dinámica do coachee. • A pontualidade: esse é um fator bem importante, pois o coachee precisa saber que o processo é dele e que só ocorrerá com sua presença; portanto, vir às sessões no horário e no dia contratados é fundamental. Caso o coachee não venha e não avise com 48 horas de antecedência, a sessão deve ser cobrada. Caso avise com antecedência, a sessão pode ser reagendada. • Os valores: é necessário que o coach defina o valor do seu trabalho e a forma de pagamento. Para essa definição, o coach deve considerar os seus custos, os valores agregados ao seu trabalho e a prática de mercado. A forma de pagamento pode ser por sessão ou o coach pode optar por definir o valor considerando um pacote, tendo em vista uma certa quantidade de sessões. 19 • O que compete a cada uma das partes, coach e coachee. Aborda-se comprometimento, franqueza, parceria e confidencialidade. Como pode haver interrupção por parte do coachee, é importante falar sobre como proceder caso queira finalizar o processo antes do combinado. Trata-se também da forma de finalização do processo. Estabelecer uma relação de confiança é a base para um bom trabalho; caso o coach sinta que não formou o elo de confiança e de sintonia com o coachee, o coach pode encaminhá-lo a um outro profissional. O coach deve elaborar uma ficha cadastral para anotar o que foi contratado com cada um dos seus clientes. Essa ficha deve conter os dados do cliente, como nome, idade, profissão, data de início do processo, telefone de contato, endereço, data, horário, valor e quantidade de sessões. O coach pode também elaborar uma ficha de acompanhamento, em que se registra o histórico das sessões; pode-se também anotar os aspectos principais que foram abordados. Essa ficha deve conter a data da sessão, as observações do coach e as suas impressões sobre o coachee. Lembre-se que tais anotações devem ser feitas após o atendimento ao cliente, nunca com ele no ambiente. O coach pode organizar pastas de arquivo para cada cliente com a ficha cadastral, a ficha de acompanhamento, e as técnicas que forem sendo aplicadas em seu coachee. As técnicas podem ser levadas pelo coachee, pois são dele, mas o coach deve pedir licença para ter uma cópia. Materiais como folha sulfite, post it, lápis de cor, lápis, caneta e caneta hidrocor devem fazer parte do material de trabalho do coach. É importante que o coach trabalhe em uma sala silenciosa, organizada, tranquila, que inspire confiança para o coachee, com espaço para que desenvolva as atividades e para guardar com segurança as atividades conduzias com o coachee. Para inspirá-lo, finalizamos nossa aula com essa bela imagem de uma sessão de coaching. 20 Crédito: Stockfour/Shutterstock. TROCANDO IDEIAS Vamos analisar e discutir: como, por que e em quais aspectos se dá o desenvolvimento humano, na contribuição com o trabalho de um coach? NA PRÁTICA Para que você de fato pratique o que vimos em nossa primeira, convido- o a estruturar as duas fichas que trabalhamos nesta aula, a cadastral e a de acompanhamento. Você pode fazer uma planilha de Word ou uma planilha de Excel, o formato que preferir; assim, já começará a preparar para a experiência de aplicar o processo de coaching em uma pessoa. Caso já tenha em mente o seu trabalho como coach profissional, pode fazer a logomarca e escolher o nome de seu empreendimento como coach. Lembre-se de que a ficha cadastral deve conter aspectos como nome do cliente, data de início do processo, telefone de contato, endereço, data, horário, valor e quantidade de sessões. A ficha de acompanhamento deve conter itens como data da sessão, suas observações sobre os principais aspectos abordados, e suas impressões sobre o coachee. Saiba mais Para que você aprimore ainda mais seus conhecimentos práticos sobre o processo de coaching e seu manejo, sugere-se a leitura a seguir. Você pode ler a partir do item Metodologia, que se encontra na página 5. Nesse artigo, os autores apresentam os resultados de processos de coaching aplicados em oito executivos. 21 RAMOS, D. M.; SOUZA, P. R. Coaching de executivos e a mudança comportamental. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, v. 6, n. 4, 2012. Disponível em: <http://periodicos.uff.br/pca/article/view/11110>. Acesso em: 24 set. 2019. FINALIZANDO Neste encontro relembramos alguns conceitos dos processos de coaching. Vimos que tal metodologia possibilita o desenvolvimento pessoal e profissional. Compreendemos porque é necessário empregar uma metodologia estruturada com técnicas coerentes e fundamentadas em modelos sólidos para conduzir o desenvolvimento humano. Conhecemos as técnicas que compõem a metodologia do Modelo de Negócios Pessoal – ou Business Model You (BMY), proposta por Tim Clark. Finalizamos a aula abordando a estrutura de uma primeira sessão de coaching. 22 REFERÊNCIAS CLARK, T. Business model you: o modelo de negócios pessoal: o método de uma página para reinventar sua carreira. Rio de Janeiro: Alta Books, 2013. CUNHA, A. G. da. Dicionário etimológico nova fronteira da língua portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. MATTA, V. da. Personal & profissional coaching: livro de metodologia. Rio de Janeiro: Publit, 2012. DAVIDOFF, L. I. Introdução a psicologia. 3. ed. São Paulo: Pearson, 2001. ESCORSIN, A. P. Psicologia e desenvolvimento humano. Curitiba: InterSaberes, 2016. _____. Psicoterapia. Disponível em: <https://www.amalaya.com.br/psicoterapi a>. Acesso em: 24 set. 2019. LORENA, A. B. de. Psicologia geral e social. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. LOTZ, E. G.; GRAMMS, L. Coaching e mentoring. Curitiba: InterSaberes, 2014. METODOLOGIA. In: Significados. Disponível em: <https://www.significados.com.br/metodologia/>. Acesso em: 24 set. 2019. MORAES, C. V. de. A prática do desenvolvimento humano em empresas: uma (re)significação do coaching pela atençãoao cuidar do ser. São Paulo: Instituto de Psicologia, 2007. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/dis poniveis/47/47131/tde-03032008-173417/en.php>. Acesso em: 24 set. 2019. NEUMANN, E. A criança: estrutura e dinâmica da personalidade em desenvolvimento desde o início de sua formação. São Paulo: Cultrix, 1980. OLIVEIRA, D. de P. R. de. Coaching, mentoring e counseling: um modelo integrado de orientação profissional com sustentação da universidade corporativa. São Paulo: Atlas, 2012. SANTOS, L. Coaching: uma metodologia de autoconhecimento. São Paulo: Detec, 2017. Disponível em: <http://www.americobrasiliense.sp.gov.br/detec/art igos/coaching-uma-metodologia-de-autoconhecimento>. Acesso em: 24 set. 2019. 23 SLAC – Sociedade Latino Americana de Coaching. O que é assessment? Disponível em: <https://www.slacoaching.com.br/slac-corporate/o-que-e- assessment>. Acesso em: 24 set. 2019. Conversa inicial Contextualizando Trocando ideias Na prática FINALIZANDO REFERÊNCIAS CLARK, T. Business model you: o modelo de negócios pessoal: o método de uma página para reinventar sua carreira. Rio de Janeiro: Alta Books, 2013.
Compartilhar