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COACHING NA PRÁTICA: FERRAMENTAS PARA OBTENÇÃO DE RESULTADOS Programa de Pós-Graduação EAD UNIASSELVI-PÓS Autoria: Adriana Telck CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090 Reitor: Prof. Ozinil Martins de Souza Diretor UNIASSELVI-PÓS: Prof. Carlos Fabiano Fistarol Coordenador da Pós-Graduação EAD: Prof. Norberto Siegel Equipe Multidisciplinar da Pós-Graduação EAD: Profa. Bárbara Pricila Franz Profa. Cláudia Regina Pinto Michelli Prof. Ivan Tesck Profa. Kelly Luana Molinari Corrêa Revisão Ortogramatical: Profa. Iara de Oliveira Revisão de Conteúdo: Profa. Bárbara Pricila Franz Diagramação e Capa: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 658.3124 T267c Telck, Adriana Coaching na prática: ferramentas para obtenção de resultados/ Adriana Telck. Indaial : UNIASSELVI, 2015. 166 p. : il. ISBN 978-85-69910-07-7 1. Administração de Pessoal – Treinamento – Aprendizado. I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. Copyright © UNIASSELVI 2015 Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. Master Coach Adriana Telck Doutora em Administração pela Universidad Internacional Tres Fronteras de Asunción/Paraguay. Mestre em Administração de Empresas pela Universidad Autónoma de Asunción em Asunción/ Paraguay. Especialista em Gestão de Pessoas com Coaching pelo Instituto Brasileiro de Coaching/Faculdade de Ciências, Educação e Tecnologia Darwin/European Coaching Association/Global Coaching Community/ International Association of Coaching Institutes. Especialista em Docência para a Educação Profissional pelo Senac/EAD/RS. Especialização em andamento em Administração Estratégica pela Uniasselvi. Graduada em Administração - Habilitação: Comércio Exterior pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Atualmente é International Master Coach, fazendo parte da International Coach Federation. Instrutora e Palestrante, atuando na empresa AT Coaching & Gestão Estratégica Organizacional, Centro Universitário Leonardo da Vinci e Senac Bento Gonçalves. Tem experiência profissional e produção científica nacional/internacional na área de Administração e Comércio exterior, atuando, principalmente, com os seguintes temas: Coaching, Gestão com Pessoas, Empreendedorismo, Planejamento Empresarial, Endomarketing, Criatividade e Inovação, Administração de Empresas, Redação Técnica, Logística, Crédito/Cobrança, Gestão Financeira Empresarial/Pessoal, Inglês/Espanhol e Planejamento Financeiro Familiar. Sumário APRESENTAÇÃO ......................................................................7 CAPÍTULO 1 O Coaching na Prática: Um Breve Relato Histórico ........ 9 CAPÍTULO 2 As Ferramentas no Coaching Prático .............................. 27 CAPÍTULO 3 Arquétipos Comportamentais e seu Uso na Engenharia de Equipes .............................................................................. 59 CAPÍTULO 4 Ferramentas Avançadas no Coaching Executivo e de Negócios ........................................................................ 95 APRESENTAÇÃO Caro(a) Acadêmico(a)! Chegou o momento de nos familiarizarmos com o assunto Coaching na prática por meio de ferramentas para obtenção de resultados. Maravilhoso assunto a ser abordado sob diversos ângulos por se tratar de uma prática necessária na evolução das pessoas, tanto no âmbito pessoal como profissional, já que em diversos momentos vamos nos perceber aplicando o Coaching no dia a dia. O Caderno de Estudos de Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados tem a intenção de levar até você a verdadeira história do Coaching por meio dos pensadores, conceitos de autores, principais ferramentas eficazes utilizadas, assim como exemplos práticos, aproximando-se da gestão contemporânea atual. Sabemos que um bom profissional deve desenvolver competências, aqui chamadas de competências-chave, para fazer valer suas metas e objetivos. A utilização de ferramentas voltadas a resultados, seja para a vida pessoal, seja para a vida profissional, deve ser muito bem administrada para que não ocorram percepções contrárias, chegando, assim, a horizontes antes nunca vislumbrados, tudo isso com ética, respeito e responsabilidade. Para finalizar, estude, leia e pesquise constantemente porque o mundo precisa de pessoas dedicadas e esforçadas. Desejo a você uma ótima leitura e bons estudos. Conte comigo! A autora CAPÍTULO 1 O Coaching na Prática: Um Breve Relato Histórico A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: 3 Conhecer o Coaching ao longo de sua existência, permitindo uma reflexão sobre a atuação. 3 Debater o perfil profissional que as organizações buscam no mundo globalizado. 10 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados 11 O Coaching na Prática: Um Breve Relato Histórico Capítulo 1 Contextualização Há algum tempo, aqui no Brasil, ninguém sabia o que era Coaching e para que servia. Mas o tempo foi passando, as perspectivas são outras e o mundo também! É neste tempo que reside a competência do Coaching para as pessoas, em elevar e fortalecer sua autoconsciência, empoderar a capacidade que cada pessoa tem, valorizar a própria história e possuir autonomia diante da vida. Frente a isso, a visão do Coaching é abrangente e holística, e para recorrer a um Coaching prático, são necessárias, sem dúvida, ferramentas para se obter resultados muito mais palpáveis. Este capítulo permite uma reflexão sobre a contextualização do Coaching na linha do tempo, por intermédio das influências e das ferramentas iniciais correlacionadas com o Coaching, bem como tratar o perfil dos profissionais no momento presente e futuro. Uma Reflexão do Coaching ao Longo de Sua Existência - O Relato Histórico De modo amplo, Coaching é um processo, com início, meio e fim, definido em comum acordo entre o Coach e o Coachee, conforme a meta desejada pelo cliente. O Coach apoia o Coachee na busca por realizar metas de curto, médio e longo prazo, por meio da identificação e uso das próprias competências desenvolvidas, como também do reconhecimento e superação de suas fragilidades, exercendo aí suas potencialidades, descobrindo outras mais e acreditando em si (CARLI; MARQUES, 2012). Nesse sentido, Coaching é uma parceria focada na realização de objetivos em um caminho da evolução humana ou, em outras palavras, um processo de desenvolvimento comportamental, focado em ações, no sentido de desenvolver ou aprimorar suas próprias. Ao longo de todo o caderno muitas vezes você vai encontrar a palavra Coaching como metodologia/processo; Coach se referindo ao profissional em Coaching e Coachee como o próprio cliente. Todos são termos técnicos do Coaching. 12 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados O Coaching nasceu da fusão de conceitos de diversas áreas. Vamos fazer uma viagem à história desta ferramenta, mostrando sua real relação com a filosofia. Muitos especialistas na área do Coaching têm afirmado que a prática em Coaching é tão antiga quanto à língua, quando as interações linguísticas começaram a se desenvolver como uma “ajuda” pessoal dos seres humanos, da forma que se observa a seguir: Influência da Cidade de Kócs A história aponta para os séculos XV e XVI, quando começou a se tornar muito popular a cidade húngara Kócs, que fica localizada a aproximadamente 70 km de Budapeste - entre Viena e Peste. Kócs tornou-se parada obrigatória para todas as viagens entre as duas capitais. A cidade de Kócs se tornou conhecidapelo uso de uma carruagem diferente pela comodidade frente a outros veículos locomotores existentes na região, que, então, começou-se a falar de Szekér Kocsi ou a “carruagem dos Kócs”, como símbolo de excelência. O termo Kocsi passou para o alemão como Kutsche, italiano como cocchio, e para o espanhol como coche. Em servo-croata, kocsikázik é dito para se referir à ação de dar uma volta na carruagem, daí a palavra Coach (coche) ter origem húngara. Designada como veículo de tração animal para o transporte de pessoas, como declarava Luís de Ávila, em 1548, na Guerra da Alemanha: “Eu fui dormir em carro coberto, que na Hungria se chama Coche” (WHITMORE, 2002). Da cidade de Kócs se formou a cidade de kocsi (pronunciada cochi) (RAVIER, 2005, p.68-69). É assim que a palavra “Coach”, derivado de “coche”, cumpriu a função de transportar pessoas de um lugar para outro. Coaching, de alguma forma, também transporta pessoas de um lugar para outro, ou seja, o lugar onde estão e para onde querem ir. A única distinção, nessa analogia, é que o Coach não é quem carrega, nem é responsável pela direção e decisões que o “condutor” (Cliente/Coachee) pretende assumir o processo. A analogia, dos termos Coach, Coaching a suas origens ainda não era suficiente para definir a forma como a profissão foi consolidada e, O Coach não é quem carrega, nem é responsável pela direção e decisões que o “condutor” (Cliente/Coachee) pretende assumir o processo. 13 O Coaching na Prática: Um Breve Relato Histórico Capítulo 1 por isso, descrevem-se ainda mais influências ao longo da história do pensamento humano. Influência de Sócrates A figura de Sócrates é a mais referenciada quando se fala sobre a origem do Coaching. A verdade é que, assim como ele, os Coaches ajudam os Coachees a examinarem suas vidas para que mereçam ser vividas. Nesse sentido, é o Coachee que descobre a sua verdade, a qual depende fundamentalmente da visão de mundo do indivíduo. Sócrates partiu da premissa de que nada sabia, levava a pessoa a um caminho de apresentação de suas ideias e opiniões que, em seguida, a fazia perceber as próprias contradições ou a ausência de conhecimento para que chegasse à conscientização. Este caminho foi denominado por Sócrates de Método Socrático, um poderoso aliado ao processo de educação e aprendizagem porque o filósofo grego defendia que precisamos estar abertos ao novo e preparados para quebrar paradigmas, bem como alertava para a necessidade de despertar o conhecimento que habita em nossa alma. Assim como para Sócrates, no Coaching não existe apenas ensinar, mas aprender, e isso só vêm por meio do conhecimento do Coachee. Desse modo, mostra-se na figura 1, a seguir, que o Coaching é como um recipiente vazio: quanto mais conhecimento o Coachee se propor a adquirir, mais visão terá. Isto é, quanto mais o Coachee se permitir perceber sobre sua vida, mais entendimento terá, do contrário, o Coaching torna-se limitado e deficiente. Figura 1 – Coaching x Conhecimento do Coachee Fonte: Adaptado de Warburton (2012), Aranha (1986). 14 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados Na figura acima, pode-se perceber que cada pessoa pode ingressar na busca pela verdade e sentido da vida como um despertar – capacidade de pensar por si e desenvolver o raciocínio lógico – exercitando a postura reflexiva e crítica (Filósofo Sócrates, 469 – 399 a.C.). O Método Socrático aliado ao Coaching está voltado ao aperfeiçoamento da alma por meio de uma forma específica de questionar, que provoca reflexões, tomada de consciência e um posicionamento mais estratégico diante dos desafios da vida. Para Sócrates, só voltando-se para seu próprio interior a humanidade chega à sabedoria e se realiza: “Ninguém adquire a capacidade de conduzir-se e muito menos de conduzir os demais, se não possuir a capacidade de autodomínio”. É de Sócrates também a forma específica de interrogar em “Questionamento Socrático” porque foi o primeiro filósofo e Coach da humanidade a se preocupar, não só com a verdade e sentido da vida, mas como se chega a ela. A influência da filosofia socrática é ajudar os Coachees em determinados momentos para serem conscientes das suas insuficiências e logo estarem em uma posição melhor para a consecução dos seus objetivos. Não saber nada sobre o Coachee é sempre um ponto de partida necessário de boas práticas de Coaching. Algumas frases de Sócrates: “Aquele que quer mover o mundo, que primeiro mova a si mesmo”. “Para conseguir a amizade de uma pessoa digna, é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos”. “Não vivemos para comer, mas comemos para viver”. • Ferramenta a ser utilizada para o Coaching: Questionamentos iniciais de Autoconhecimento (para o Coachee). – Quem sou eu? – Até onde poderei ir? O Método Socrático aliado ao Coaching está voltado ao aperfeiçoamento da alma por meio de uma forma específica de questionar, que provoca reflexões, tomada de consciência e um posicionamento mais estratégico diante dos desafios da vida. 15 O Coaching na Prática: Um Breve Relato Histórico Capítulo 1 – Qual o sentido do universo, da vida, da morte, da carreira, etc.? Influência de Platão No pensamento de Platão (428 – 347 a.C.), reconhece-se a estrutura de seus diálogos, provindos da fala de Sócrates e transcritos por Platão, como se fossem sessões de Coaching primitivos. Platão liga conceitos, principalmente, às ideias de justiça como conduta individual e do bem como harmonia que leva à felicidade. Para saber mais sobre o pensamento de Platão e seus 30 diálogos transcritos, leia o livro: GOLDSCHIMIDT, Victor. Os Diálogos de Platão. São Paulo: Loyola, 2002. Uma das conclusões mais evidentes a partir da análise de seus diálogos é a importância das perguntas como uma ferramenta que reforça as conversas e serve como um método para obter conhecimento sobre os Coachees. Platão tinha a habilidade de dissecar fatos e situações com indagações criativas. Platão discordava de algumas questões ideológicas de seu mestre, Sócrates, porém compreendeu ainda mais o valor que cada pessoa tem pelas ideias seguidas pelas conversações, bem como entendeu a educação como formadora de caráter. Perguntas poderosas e escuta ativa são as duas ferramentas mais importantes ou habilidades que um Coach deve aprender para se tornar um verdadeiro catalisador do outro. Na verdade, grande parte da formação de uma pessoa em Coaching é o desenvolvimento e o reforço das competências pessoais e profissionais de cada um. Platão tinha a habilidade de dissecar fatos e situações com indagações criativas. 16 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados Algumas frases de Platão: “Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz”. “Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida”. “A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento”. • Ferramenta a ser utilizada para o Coaching: Questionamentos aper- feiçoados com diálogos (para o Coachee). – Quais são realmente os meus pontos fortes? E no que aprendo com eles? – Como trabalho e no que contribuo? – Quais os valores e responsabilidades que assumo? Influência de Aristóteles É o mais realista e oposto de Platão. Ensina-nos a trabalhar princi- palmente nas honras, prêmios e autorrealização. Basicamente informa de modo prático que o homem pode tornar-se o que quer, dependendo do que estabelece, como pode ser visto na figura 2, indo “do ser” (o eu) para o que deve ser (onde vou). Figura 2 – O Pensamento de Aristóteles x Coaching Fonte: Adaptado de Warburton (2012), Aranha (1986). Percebemos, na figura anterior, que o ser “que vem dado” é a pessoa que já nasce com suas característicasinatas e o “que deve ser” é o caminho que esta deve percorrer pela busca constante da felicidade. Aristóteles explica que a metodologia básica para se tornar o que deveria ser é, nada mais, nada menos, que a ação do hábito. Como devemos viver? Buscando a Felicidade! (Filósofo Aristóteles, 384 – 322 a.C.). Assim, pode-se dizer que a felicidade é definida como certa atividade da alma que vai de acordo com uma perfeita virtude Aristóteles explica que a metodologia básica para se tornar o que deveria ser é, nada mais, nada menos, que a ação do hábito. 17 O Coaching na Prática: Um Breve Relato Histórico Capítulo 1 obtida por bons padrões de comportamento. Busque mais informações sobre Aristóteles que foi quem orientou Alexandre O Grande a buscar novas formas de ver a vida e estabelecer transformação de comportamento e mudanças para alcançar suas vitórias e conquistas. Algumas frases de Aristóteles: “A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras”. “A dúvida é o principio da sabedoria”. “O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz”. • Ferramenta a ser utilizada para o Coaching: Questionamentos lógicos sobre a busca da Felicidade (para o Coachee). – O que acha que precisa para ser feliz de verdade? – Quais os desafios específicos que deixam você feliz? – Você mesmo precisa de recompensas para desenvolver-se ao longo deste ano? Influência da Filosofia Existencialista e a Filosofia Fenomenológica A filosofia existencial e a fenomenológica têm sido as duas fontes de influência que consolidaram a Psicologia Humanista e esta última teve grande influência na metodologia de Coaching. Diante disso, instituições de Coaching tornaram a metodologia como identidade própria, por conseguir integrar as influências da psicologia humanista em algo harmonioso e conciliável. A filosofia existencialista tem foco principal no individual em ação e reflexão porque entende que o ser humano têm a capacidade de perceber ou tomar conhecimento de si mesmo para voltar no tempo e considerar suas próprias vidas. A filosofia existencialista tem foco principal no individual em ação e reflexão porque entende que o ser humano têm a capacidade de perceber ou tomar conhecimento de si mesmo para voltar no tempo e considerar suas próprias vidas. 18 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados Outro ponto da filosofia existencialista é que no nosso trabalho nos orientamos “ao que” e “como” e nem tanto “ao por quê” das coisas e dos comportamentos que fazemos. Por isso, é importante considerar como uma das metodologias que o Coaching faz para aí entender como as ferramentas surgiram. A filosofia fenomenológica é essencial para que cada Coachee se permita encontrar sua consciência mais pura de se desenvolver sem pressupostos. É por isso que o Coaching se afasta do conhecimento técnico ou conhecimento prévio para que a intuição seja revelada e, assim, perceber a pessoa como um todo em uma visão geral. • Ferramenta a ser utilizada para o Coaching: Questionamentos (para o Coachee). Filosofia Existencialista: Ação e Reflexão. – Traçar uma linha do tempo imaginária no chão, definindo visualmente o presente e o futuro. Filosofia Fenomenologia: Consciência do Eu. – O que você está fazendo neste planeta? – Qual sua missão de vida? Psicologia Humanista: O Ser Humano como um Todo. – Como você está evoluindo espiritualmente em aprender a amar melhor? – Você está aproveitando todas as oportunidades que a vida dá para te aprimorar ainda mais como pessoa? Já em meados dos anos oitenta, o Coaching fala a mesma língua com um dos tipos da psicologia, sendo a humanista que destaca conceitos como: consciência, liberdade, vontade, autorrealização e liberar o potencial que cada pessoa tem. Comparando-se a psicologia humanista ao Coaching, pode-se afirmar como segue: • Singularidade das pessoas (reconhece que cada ser humano é único). • Trabalho com consciência, deixando de lado aspectos do inconsciente. • Busca de significados não explicações. • Sessões de Coaching direcionadas ao cliente. • Por meio do Coachee se trabalha a direção dos objetivos deste. • O Rapport (é ouvir a pessoa na sua essência), importante no relacionamento humano entre Coach e Coachee. Em outras palavras significa: sintonia e acompanhamento - criação de uma relação de confiança e harmonia, na A filosofia fenomenológica é essencial para que cada Coachee se permita encontrar sua consciência mais pura de se desenvolver sem pressupostos. 19 O Coaching na Prática: Um Breve Relato Histórico Capítulo 1 qual o Coachee fica mais aberto e receptivo para trocar informações, ser desafiado e aceitar mudanças. • Os Coachees são totalmente responsáveis pelo plano de ação e direção estabelecido em cada sessão. • As principais ferramentas de um Coach são suas qualidades. • O Coaching não se ensina, o Coachee aprende. • O Coaching se deixa levar pelos fatores de motivação do homem, principalmente a autorrealização (que vem ao encontro da Pirâmide de Abraham Maslow)*. • A concentração no comportamento (fazer, viver e sentir). • O que o Coachee quer se tornar, partindo do presente para o futuro, rumo à construção de sua realidade. • A relação no sentido de Coach – Coachee, na qual se estabelece confiança, aceitação e compreensão. • Coaching que trabalha com o crescimento ou declínio (inicial) do Coachee, que sempre se fez presente no dia a dia dos seres humanos. E isto vem ao encontro do Preparador Físico e pioneiro no movimento da Psicologia aplicada ao esporte e ao mundo corporativo: Timothy Gallwey*. Se você quiser saber mais sobre a Pirâmide de Abraham Maslow voltada ao Coaching, acesse o seguinte endereço: <http://www. youtube.com/watch?v=FGETIu3MvQ4>. E, para você saber mais sobre Timothy Gallwey, ele dá uma entrevista sobre Coaching, acesse o seguinte endereço: <http://www.youtube.com/ watch?v=hqRzSLoOUqE>. Para saber mais sobre Timothy Gallwey, leia os seguintes livros: GALLWEY, W. Timothy. The Inner Game of Tennis. New York: Random House, 1974. ______. The Inner Game of Stress: Outsmart Life’s Challenges, Fulfill Your Potential, Enjoy Yourself. New York: Random House, 2009. 20 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados Do ano de 1980 para o momento atual, o Coaching se espalhou pelo mundo. Alguns autores consideram que a psicologia humanista sofre críticas, mas a verdade é que o Coaching desenvolve seus próprios métodos e práticas aperfeiçoadas por todas as influências descritas anteriormente, produzindo um desenvolvimento exponencial em cada ser humano. Atividades de Estudos: 1) Com base no que você leu até agora sobre o surgimento do Coaching no cenário mundial, responda: Você considera que o Coaching seja importante? Por quê? __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ 2) Para você, quais sãos os comparativos que faz o Coaching pelas diferentes influências? E o que cada uma nos ensina? __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ 21 O Coaching na Prática: Um Breve Relato Histórico Capítulo 1 __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ Se você quiser saber mais sobre artigos em Coaching e de tudo o que abrange, acesse o seguinte endereço: <http://www. cloudcoaching.com.br/>. O PERFIL PROFISSIONAL QUE AS ORGANIZAÇÕES BUSCAM NO MUNDO GLOBALIZADO Mostra-se a seguir um artigo de reflexão profunda sobre os anos oitenta até atualmente dos profissionais que podem colocar o Coaching na prática, presente e futuro deste mundo contemporâneo. Pensemos nisso! As transformações no mundo do trabalho começaram nas décadas de 1980 e 1990, em função de que novas competências e qualificações estão nas demandas da reestruturação produtiva e de um capitalismo mais maleável. Essas demandas se fazem imprescindíveis para compreender o cenário onde começaram os critérios de recrutamento de modelos desejados de profissionais diante da globalização dos mercados. A crise no Brasil, a partir do ano de 2008, fez com que a economia se tornasse mais atrativa para o investidor estrangeiro e trouxe, também, um tipo de profissional mais assertivo. No ano de 2010, foram vistas as expatriações de brasileiros e a carência de profissionais qualificados no Brasil. Para o ano de 2012 a repatriação ora esteve ligada à crise externa ora à favorável situação econômica do Brasil e à importância de facilitar a entrada de mão de obra qualificada. No ano de 2014, sabe-se que por meio da análise da construção de negócios e na percepção de profissionais já se tem a elaboração de um perfil: profissionais globais. Estes profissionais que as organizações querem, devem ter 22 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados requisitos, recomendações e qualificações, dentre eles o Coaching, para atuação dentro ou fora do país. Atualmente, já se tem o chamado “apagão de talentos”. O Brasil já vive em curto prazo a carência por mão de obra qualificada, problema que tende a se intensificar a longo prazo, sobre o fato de que faltam profissionais distintos para ocuparem os cargos demandados pelas organizações. Cabe salientar que a demanda pelo excesso de profissionais qualificados vai alterar ainda mais o papel dessas organizações. Tudo isso porque a exigência de competências, qualificações e experiências acima do necessário para algumas posições tem gerado dois principais desafios: verificar se o profissional tem potencial para o cargo a ser tomado, e o fato de que um profissional altamente qualificado para uma determinada função tem sua motivação rapidamente impactada, o que dificulta sua fixação na organização. Na praticidade, as organizações reveem as qualificações exigidas para determinadas funções e contratam profissionais de até mesmo com formação técnica, para um desenvolvimento mais prático atendendo às exigências da posição que deve desempenhar a função por mais tempo e cobrar menos por crescimento profissional, enquanto capacita-se para novas oportunidades. Por conseguinte, o apagão de talentos pode ser amenizado no curto prazo, mas deve ser o quanto antes repensado nas organizações. É importante destacar, que para um melhor aproveitamento dos talentos, a consolidação da cultura organizacional, via valores dos profissionais a serem encontrados, estejam de comum acordo com os valores da organização. Desse modo, a conscientização interna da alta estrutura hierárquica consegue ser expressa de maneira efetiva e eficaz na necessidade de contratação. É neste sentido, que o profissional de recursos humanos de uma organização é desafiado em agir com pró- atividade, repensando e inovando para encontrar o melhor “capital intelectual” neste mercado globalizado. As fontes podem estar diretamente ligadas ao processo seletivo como um processo de Coaching. Mas o que é Coaching? Vem do inglês e quer dizer “carruagem” aquele que conduz e transporta pessoas de um lugar para outro. A International Coaching Federation – ICF (2014) define Coaching como: “uma parceria continuada que estimula e apoia o cliente a produzir resultados gratificantes em sua vida pessoal e profissional. Através do processo de Coaching o cliente expande e aprofunda sua capacidade de aprender, aperfeiçoa seu desempenho e eleva sua qualidade de vida”. Em outras palavras, é a relação do Coach 23 O Coaching na Prática: Um Breve Relato Histórico Capítulo 1 – profissional graduado em Coaching e o Coachee – cliente/pessoa que recebe um processo de coaching. Na verdade, é uma parceria entre o Coach que busca maximizar o desempenho do Coachee elevando seu verdadeiro potencial, que muitas vezes está escondido! O coaching também pode apoiar uma equipe a atingir objetivos desejados, por meio de técnicas, ferramentas e metodologias internacionais cientificamente comprovadas, visando sempre facilitar o desempenho, aprendizado e autodesenvolvimento. A continuação é a chave do sucesso! Por quê? Porque a partir dos estudos de David McClelland nos anos 70, as organizações adotaram universalmente a fórmula do CHA - Conhecimento, Habilidade e Atitude - ou Saber, Fazer e Querer. Mas, com o tempo, os conceitos passam a ser aprimorados e, com isso, faz-se necessário acrescentar o VE – Valores e Entorno. Em uma sociedade que se diz digna, preocupada com o social e responsável com o futuro, não tem como não incluir uma lista de Valores na análise da qualidade dos resultados alcançados. De que adianta produzir sem sustentabilidade e competir sem ética? Um profissional competente, sem valores, deixa de ser competente! Já o Entorno é o ambiente onde a competência encontra as condições para ser exercida, de maneira que um profissional precisa da estratégia, de recursos e da equipe. Eis aí a grande responsabilidade das organizações: formar pessoas competentes e fornecer-lhes o cenário para que atuem! Essa visão ampliada de competência, sem dúvida, coloca ordem nas organizações mundiais e abre espaço para a construção de um futuro em que os resultados não caem do céu. Só assim poderemos dizer aos nossos netos: “Quem tem competência segue em frente”! E qual o futuro do perfil profissional que as organizações buscam no mundo globalizado? O objetivo é a expansão da personalidade do profissional, para que este tenha um maior leque de escolhas de comportamentos para cada situação, saindo da síndrome do “eu sou assim mesmo, só sei reagir assim” para “eu posso tudo porque o céu já não é mais o meu limite”. Assim, faz-se necessária uma reflexão contínua do potencial de cada pessoa para estar bem com a vida profissional e pessoal buscar insistidamente pelos requisitos do mercado E qual o futuro do perfil profissional que as organizações buscam no mundo globalizado? O objetivo é a expansão da personalidade do profissional, para que este tenha um maior leque de escolhas de comportamentos para cada situação. 24 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados mundial. Alinhar Profissionais Globais com Competência CHAVE + Processo de Coaching = Organizações Autossustentáveis! Fonte: Disponível em: <http://portal.senacrs.com.br/unidades_artigos. asp?Unidade=17&idArtigo=85>. Acesso em: 07 jul. 2015. Atividades de Estudos: 1) Sobre o artigo que você leu, como pode definir o que o mercado atual espera do futuro profissional? Como alinhar o Coaching com estes profissionais? O que dizer do mundo dotrabalho antes dos anos 80 para o Coaching? __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ 2) Por que as competências devem andar juntas com o Coaching dentro do perfil profissional esperado das organizações? __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ 3) Em sua opinião como as organizações atuais e novas, podem se tornar ainda mais autossustentáveis dentro de uma visão de cinquenta anos? __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ __________________________________________________ 25 O Coaching na Prática: Um Breve Relato Histórico Capítulo 1 Para saber mais sobre o que se está pensando no tema perfil, acesse o seguinte endereço: <http://maringa.odiario.com/ empregos/2015/06/programas-prepara-jovens-talentos-para-serem- lideres/1421008/>. Algumas Considerações Evidentemente que você deve ter percebido que as considerações sobre o tema coaching na prática são mais extensas do que foram apresentadas neste caderno, porém, você irá aprofundar o tema no decorrer dos capítulos. Neste capítulo foi possível você conhecer o coaching ao longo de sua existência, permitindo uma reflexão sobre a atuação e tratar o perfil profissional que as organizações buscam no mundo globalizado. No próximo capítulo veremos como as ferramentas do coaching prático servem e como poderá ser aplicado para dentro das organizações de modo seguro, eficiente e eficaz. Referências ARANHA, M. L. de A. Filosofando, Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1986. ARISTÓTELES. Metafísica. São Paulo: Loyola, 2002. CARLI, E.; MARQUES, J. R.. Coaching de Carreira - Construindo Profissionais de Sucesso. São Paulo: Ser Mais, 2012. GALLWEY, W. T. The Inner Game of Tennis. New York: Random House, 1974. ______. The Inner Game of Stress: Outsmart Life’s Challenges, Fulfill Your Potential, Enjoy Yourself. New York: Random House, 2009. HUSSERL, E. Ideas relativas a una fenomenología pura y a una filosofía fenomenológica. 4. ed. México: FCE/UNAM/IIF, 2013. 26 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados RAVIER, L. Arte y ciencia del Coaching: Su historia, filosofía y esencia. Buenos Aires: Dunken, 2005. WARBURTON, N. Uma Breve Historia da Filosofia. 2. ed. São Paulo: L&PM Editores, 2012. WHITMORE, J. K. Coaching for Performance: Growing People, Performance and Purpose. London: Nicholas Brealey Publishing, 2002. CAPÍTULO 2 As Ferramentas no Coaching Prático A partir da concepção do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: 3 Definir Coaching na prática. 3 Conhecer as ferramentas práticas de Coaching. 3 Demostrar como gerenciar a seleção de ferramentas práticas de Coaching. 3 Aplicar estrategicamente as ferramentas práticas de Coaching. 28 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados 29 As Ferramentas no Coaching Prático Capítulo 2 Contextualização Neste capítulo, vamos discorrer sobre como as ferramentas de Coaching acontecem na prática. Mostraremos suas definições no campo do Coaching, tipos, fatores e pilares do Coaching, e, por fim, as ferramentas eficazes utilizadas na prática dentro ou fora das organizações. Cabe salientar que o ideal é que o profissional em Coaching, o Coach, saiba utilizar da melhor forma as ferramentas em uma sessão de Coaching. Aqui, no capítulo 2, reafirmamos ainda mais que o Coaching é uma metodologia que, por meio da conversação com o profissional (Coach), auxilia o cliente (Coachee) a estabelecer metas e elaborar um plano de ações para conseguir atingi-las. A ferramenta utilizada é uma sequência de perguntas, e o Coaching faz a ponte entre o que o profissional é hoje e o que quer ser ou atingir em determinado prazo de tempo. Ao estudar, procure ler e pesquisar ainda mais procurando refletir sobre os conteúdos no próprio Coaching prático. Afinal, cada um de nós precisa cogitar sobre o que o Coaching pode fazer em nossas vidas no dia após dia. Particularidades das Ferramentas do Coaching na Prática Inicialmente, é necessário entender os campos de atuação do Coaching, alguns tipos de Coaching, o processo, as sessões e, por fim, os elementos necessários para uma boa sessão de Coaching prático. Os assuntos aqui propostos dão um panorama da causa e a importância de entender o Coaching, estendendo-se a todos os Coachees que se permitem revisar, refletir, corrigir e agir em busca do ideal de vida profissional e pessoal. A proposta das particularidades das ferramentas é exatamente estruturar o planejamento de vida dos Coachees, ampliando as possibilidades de ação, realização e correção, quando necessárias. Os Campos de Atuação do Coaching A base do Coaching vem da união de vários campos do conhecimento humano, cada qual com seus próprios modelos de abordagem e teorias frente à metodologia de Coaching. Em cada A base do Coaching vem da união de vários campos do conhecimento humano, cada qual com seus próprios modelos de abordagem e teorias frente à metodologia de Coaching. 30 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados campo há ferramentas que são utilizadas para facilitar o desenvolvimento da pessoa. Hawkins (2008), professor e pesquisador em Coaching do Reino Unido, informa em resumo, que podem ser citados alguns dos campos junto ao IBC (2013): Programação Neurolinguística – PNL; Neurociência (voltado ao neurocoaching); Teorias Comportamentais; Gestão de Mudança (Coaching Ontológico); Psicologia (voltada ao Desenvolvimento Humano); Potencialização Humana (voltada a Filosofia) e o Pensamento Sistêmico. a) Programação Neurolinguística - PNL: Utilizando a PNL como base, é possí- vel conduzir o indivíduo a buscar conhecimentos e técnicas que permitem uma nova visão sobre si mesmo, sobre sua vida pessoal e profissional (GABRIEL, 2015). Ajuda a aumentar as mensagens e pensamentos da mente que tem influência significativa, porque afetam a saúde e o bem-estar, e diminui as mensagens e pensamentos que não são. Entende como funciona em você e nos outros e elimina qualquer ação contrária (GALLWEY, 1974; SHAPIRO, 2014). b) Neurocoaching: Reúne as disciplinas biológicas que estudam o sistema nervoso (anatomia e a fisiologia do cérebro), correlacionando-as com disciplinas que explicam a cognição humana e seu comportamento (GABRIEL, 2015). Ensina cada pessoa a estar na onda cerebral ideal, pelos seus neurônios, percebendo variações muitas vezes não controladas, mensurando reações. É tomar consciência das coisas se queremos ou não mudá-las (IBC, 2013; ESCRIBANO; FOFFANI; CASTRO, 2015). c) Teorias Comportamentais: É uma abordagem integrativa fundada nas ciências comportamentais que mantém o foco no trabalho e na transferência de aprendizado, de forma a levar para a vida na prática por meio de mudanças comportamentais sustentáveis (GABRIEL, 2015). Constituída por ciências comportamentais (por Abraham Maslow, dentre outros), que trazem como foco as necessidades do ser humano de se desenvolver a cada dia baseado em princípios de liderança (STEPANSKI; COSTA, 2012). d) Coaching Ontológico: Vem da ontologia, que significa: conhecimento do ser. Atua fundamentalmente no domínio do “ser”, de forma a produzir mudanças no tipo de observador que ele é; sendo que as mudançasocorrem na pessoa e por ela mesma, as perspectivas aumentam e ela se torna uma observadora diferente, conseguindo realizar novas ações com capacidade de alcançar resultados que nunca alcançara antes (GABRIEL, 2015). 31 As Ferramentas no Coaching Prático Capítulo 2 e) Permite causar mudanças de foco, sabendo mapear sua vida como pessoa, realizando observações de como tudo funciona, produzindo resultados nunca antes almejados em seu crescimento pessoal (TORÁN, 2014). f) Desenvolvimento Humano: Segundo o psicólogo suíço Jean Piaget (1967), para um indivíduo formar sua identidade ele passa por diversas fases ao longo da vida. Tais fases proporcionam o desenvolvimento de habilidades físicas e intelectuais, dos aspectos intelectuais, entre outros. O indivíduo passa por sucessivas construções e vai se aperfeiçoando como pessoa. g) Filosófico: Busca priorizar a mudança comportamental do cliente por meio da percepção da realidade e dos fenômenos com base em diferentes olhares. A partir dessas várias visões, o indivíduo é levado a escolher a melhor estratégia para superar suas dificuldades e alcançar metas e objetivos (GABRIEL, 2015). h) Pensamento Sistêmico: Traz à tona a importância de se entender e lidar com pessoas e com equipes nas relações de trabalho. Tudo isso porque no começo do século passado houve mudança no modelo de pensamento, do linear (com perguntas que possuíam uma única resposta) para o sistêmico (com perguntas que possuíam várias respostas). Essa mudança de paradigma surgiu da necessidade de melhorar a capacidade de compreender o encadeamento das ações e dos elementos dentro de uma organização como um todo, treinando a habilidade de observar para gerar uma visão sistêmica que possibilite uma tomada de decisão mais assertiva (IBC, 2013; SENGE, 1998). Esses campos do conhecimento humano concordam de modo positivo com o Coaching no pensar presente e futuro, como um processo de transformações e mudanças que conduzem a pessoa para resultados extraordinários. Ao analisarmos os campos do conhecimento, é possível perceber que todos possuem o mesmo objetivo, ou seja, conduzir as pessoas a reverem seus comportamentos, objetivos, paradigmas, julgamentos, crenças e valores. É fato que nem todas as pessoas precisam de Coaching. Quem busca um Coach, busca atingir metas e objetivos, abrindo sua mente para novas possibilidades que antes pensava não conseguir. As ferramentas de Coaching são preciosas porque comprovam a verdadeira essência do Coaching, permitindo alcançar os resultados que o Coachee quiser (GOLDSMITH; SYONS; FREAS 2003; FLAHERTY, 2010; O’CONNOR, 1996). Esses campos do conhecimento humano concordam de modo positivo com o Coaching no pensar presente e futuro, como um processo de transformações e mudanças que conduzem a pessoa para resultados extraordinários. 32 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados Tipos de Coaching O Coaching é dividido em individual e corporativo. Veja na figura a seguir tal divisão com suas respectivas definições e identificações, voltadas para o processo de desenvolvimento personalizado e estratégico de pessoas. Figura 3 – Tipos de Coaching Fonte: Dutra (2010, p. 36). O Coaching individual trata do desenvolvimento da pessoa em si, ou seja, é o Coachee que se permite para uma transformação interna. É subdividido em: • Life Coaching: também chamado de Coaching de Vida, seu foco são assuntos relacionados tanto à vida pessoal, na qualidade de vida, relacionamentos, planejamento familiar, planejamento financeiro, como na vida profissional, abrangendo questões como o descobrimento do que gosta de fazer, onde deseja trabalhar, quanto se quer ganhar, quais os talentos que possui. • Executive Coaching: talvez seja o modelo mais conhecido, pois trabalha especificamente com questões voltadas à profissão, função, papel, atividade e responsabilidades, objetivando uma melhor performance do executivo dentro da organização. O Coaching individual trata do desenvolvimento da pessoa em si, ou seja, é o Coachee que se permite para uma transformação interna. 33 As Ferramentas no Coaching Prático Capítulo 2 O coaching executivo é um processo de desenvolvimento de líderes, vivencial e individualizado, que expande a capacidade do líder em alcançar metas organizacionais de curto e longo prazos. É conduzido através de interações de um a um, orientado a partir de dados que vêm de múltiplas perspectivas, e baseado na confiança e respeito mútuos. A organização, um executivo, e o Coach executivo trabalham em parceria para alcançarem o máximo impacto (The Executive Coaching Forum – TECF, 2015, p. 19). • Leadership Coaching: voltado para o desenvolvimento da competência Coach – Líder e vice-versa, gerando um novo estilo de liderança e gestão, desenvolvendo com mais eficiência seus liderados e obtendo melhores resultados com a sua equipe. • Coaching de Carreira: aborda a temática de decisão quanto aos rumos da carreira, trabalhando cenários possíveis e visão de futuro. • Coaching Pós-treinamento: contribui para a fixação do conteúdo do treinamento com o objetivo de dar suporte ao Coachee, aumentando a autoconfiança no seu processo de mudança. Assim, o Coachee se sente mais confortável para colocar em prática o conteúdo que foi aprendido em sala, minimizando limitações com o foco na ação e no resultado do dia a dia, proporcionando um aumento de performance. Já o Coaching corporativo ou organizacional se divide em dois: interno e externo. O interno refere-se àquela pessoa que trabalha dentro da empresa e o externo pode ser o gestor ou pode ser a equipe com a qual trabalha. O Coaching corporativo ou organizacional também é chamado de: • Team Coaching: objetiva desenvolver equipes de alta performance, aumentando sua produtividade por meio do desenvolvimento e melhoria de pontos que impactam diretamente no resultado, tais como: a) melhoria do processo de comunicação; b) compreensão e colaboração entre os integrantes da equipe; c) aumento da sinergia. O Coaching individual trabalha com o instinto da pessoa baseado na transformação de dentro para fora. Já o Coaching corporativo trabalha a empresa na mudança, isto é, de fora para dentro. O Coaching corporativo ou organizacional se divide em dois: interno e externo. O interno refere-se àquela pessoa que trabalha dentro da empresa e o externo pode ser o gestor ou pode ser a equipe com a qual trabalha. 34 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados Há ainda vários outros tipos de Coaching que cada profissional (certificado por uma instituição internacional) pode construir. Eis alguns: Coaching de Negócios; Coaching de Bem-estar; Coaching Empreendedor; Coaching Financeiro; Coaching de Relacionamentos; Coaching de Planejamento Empresarial; Coaching Holístico; Coaching Autossustentável, entre outros. As definições de cada tipo de Coaching observam uma parceria focada em metas, que utiliza processos de desenvolvimento comportamental e é realizado por meio de ações de aprimoramento de suas próprias habilidades para realização de desejos/objetivos. Nese processo, sem dúvida, é necessário aplicar ao Coachee ferramentas práticas que ele possa utilizar no seu dia a dia, divididas em sessões de Coaching, geralmente dez ou mais, em que a cada uma delas se aplica uma ou mais ferramentas. Para isso, faz-se necessário entender o que é importante para uma sessão de Coaching acontecer. Meta: Aqui definida para um período curto, de até um ano. Objetivo: Para período longo, acima de dois anos. Processo de Coaching No que se refere às etapas de um processo de Coaching, Araújo (1999, p. 34) identifica quatro delas: 1) Consiste na criação de uma relação de confiança e passo inicial é a autoconsciência para não exercer influência negativa sobre o Coachee e após é importante conheceras pessoas, como elas são, o que pensam e sentem em relação a si mesmas e aos outros e à organização que estão inseridas. É importante que o feedback seja frequente durante todo o processo, pois o Coach e o Coachee estarão juntos nas realizações e nas frustrações. As definições de cada tipo de Coaching observam uma parceria focada em metas, que utiliza processos de desenvolvimento comportamental e é realizado por meio de ações de aprimoramento de suas próprias habilidades para realização de desejos/objetivos. 35 As Ferramentas no Coaching Prático Capítulo 2 2) Diz respeito à criação de uma visão de futuro, do que o Coachee deseja realizar e o que ele quer. Neste momento o papel do Coach é estimular e apoiar o Coachee a sonhar e a sonhar, pois trará oportunidades de aprendizado, crescimento e resultados. Aqui o Coach também irá perceber se seu cliente já tem uma visão estruturada e projetos claros, saberá igualmente se seu objetivo é muito amplo, ou seja, se será necessário dividi-lo em pequenos projetos realizando-o por etapas. 3) Consiste na análise da bagagem de ambos, nas realizações e nas dificuldades. É importante que o Coach faça seu Coachee perceber os excessos de sua bagagem bem como ajudá-lo a valorizar seu potencial, seus talentos e sua dedicação. Nesta fase do processo de Coaching os valores e as crenças são revelados, com isso será mais fácil saber qual é o limite, os medos, as inseguranças e as ansiedades do cliente. 4) É o plano de ação, ou seja, o Coachee apresenta a visão de futuro, os resultados pretendidos, análise do que falta, as ações estratégicas, competências em uso, pessoas envolvidas, prazos e agenda de acompanhamento. O Coach verificará se seu Coachee está comprometido com cada item do seu plano de ação. Pode-se perceber que os quatro processos envolvem todas as partes, além de ser um ciclo que pode ser aplicado em qualquer área, não somente dentro de uma organização, mas também em projetos de vida pessoal e educacional. Sessão de Coaching Ao pensar em sessão de Coaching, deve-se considerar a combinação de três princípios, segundo Kimsey-House (2015, p.199): “plenitude, equilíbrio e processo”. Veja: Plenitude: quando é feita a exploração de valores, visão de futuro ou a autossabotagem, que impede o cliente de conquistar seus objetivos, o Coach está acionando a caixa de ferramentas da plenitude. Quando o Coach ajuda o cliente a olhar uma questão a partir de diferentes pontos de vista ou considerar planos e opções de ações, a caixa de ferramentas está fundamentada no equilíbrio. É quando o Coach cria um recipiente em torno do momento presente para mergulhar mais profundamente em uma questão, está lidando com a área do processo. Equilíbrio: As metas, áreas de foco e as questões de cada sessão são dadas pelo cliente. É ele quem decide a agenda de interesses do relacionamento como um todo e de cada sessão do Coaching. Essa é a responsabilidade dele. A do Coach é manter o empoderamento e o equilíbrio com o cliente. 36 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados Processo: ajudar o cliente a olhar para as questões que traz para o coaching em um contexto mais amplo. Para o Coach, é um perigo deixar-se seduzir pela vontade de entender as circunstâncias do problema, como se essa compreensão o torna-se mais equipado para ajudar o cliente. O Coach ouve o tom geral da força ou fraqueza e utiliza essa informação para fazer a próxima pergunta ou decidir qual habilidade aplicar a seguir. [...] Parte da missão do Coach é procurar aquilo que torna uma questão relevante para a vida do cliente (KIMSEY- HOUSE, 2015, p. 200-201). Sendo assim, pode-se perceber que o compromisso de uma sessão de Coaching é de ambos: Coach/Coachee, que se integram aos princípios como um todo, seguindo por um relacionamento duradouro. Uma boa sessão de Coaching, o atendimento com o máximo de dedicação, tanto do profissional Coach quanto do cliente Coachee, são imprescindíveis para a consecução dos objetivos. A figura Coach deve sempre estar disponível para ouvir e estimular o Coachee na realização pessoal e profissional, comprometido com o foco no processo e com os resultados esperados. O Coach está sempre focado no Coachee a fim de que se mantenha o Rapport entre ambos e durante toda a sessão o Coach gere estados emocionais positivos no Coachee para que este não se autossabote por ainda não ver seus resultados. Outro ponto é a comunicação, que deve ser clara e objetiva para consecução dos objetivos e das estratégias as quais serão desenvolvidas durante o processo. Para uma sessão ser considerada boa, tanto o Coach quanto o Coachee devem concluí-la com a sensação de que juntos alcançaram um progresso na caminhada. O Coach deve fazer uma supervisão sistêmica, ver o todo em 360 graus e se concentrar nas necessidades, tanto do Coachee individual quanto da organização. Também é necessário que “as partes interessadas”, seja Coachee, seja Coach, 37 As Ferramentas no Coaching Prático Capítulo 2 movam-se do “pensar a mudança” para “serem a mudança”, isto é, não somente pensar e sim agir, buscar uma solução do problema para assim chegar ao resultado esperado. Por conseguinte, deve realizar manutenções do processo de Coaching chamadas de “supervisão”, que também é uma fonte de aprendizagem organizacional (HAWKINS, 2008). Para uma seção de Coaching ser considerada boa tanto o Coach como o Coachee devem sair com a sensação de ter progredido. Por meio da percepção da felicidade do Coachee e por conseguir um diferencial na visão do Coachee, o Coach pode sentir-se realizado profissionalmente. Por se permitir ir além, vencer seus medos e suas resistências, o Coachee pode sair da seção com a sensação de leveza e felicidade, sentindo paz de espírito. Essa sensação de dever cumprido por parte do Coachee ou Coach representa que chegou o momento de rever o processo; de repensar a continuidade do Coaching; pois não é um processo mecânico, de execução de tarefas para alcance de metas que auxiliarão a alcançar os objetivos, mas sim é um processo de desenvolvimento pessoal e profissional, que lida com as emoções das pessoas, que cocria suas competências e potencialidades; logo, deve ser um processo prazeroso para os envolvidos, devido a sua natureza de proporcionar benefícios humanos. Cocriar: O termo em inglês “co-creation” significa no Coaching inovação de ideias ou criar em conjunto. Ele começou a ser usado no ano de 2004, instituído por Coimbatore Krishnarao Prahalad desde o lançamento de seu best-seller “O futuro da Competição”, o qual disseminou o conceito mundialmente. No decorrer do processo, o Coach acompanha indiretamente e transmite apoio, em certa medida, a fim de motivar o indivíduo, identificando e comemorando conquistas, bem como promovendo a constatação básica de que o Coachee pode, merece e consegue. Assim sendo, a sessão de Coaching deve ser prazerosa para os envolvidos, proporcionando ao Coachee a certeza de que aprendeu algo novo sobre si próprio. O Coach deve fazer uma supervisão sistêmica, ver o todo em 360 graus e se concentrar nas necessidades, tanto do Coachee individual quanto da organização. Para uma seção de Coaching ser considerada boa tanto o Coach como o Coachee devem sair com a sensação de ter progredido. 38 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados Elementos Necessários na Sessão de Coaching Os elementos necessários, segundo o IBC (2013), para uma boa sessão de coaching devem começar com: 1) Ambiente Seguro: A sessão acontece em um ambiente seguro e acolhedor. 2) Acolhimento: O Coach deve ser amigável e acolhedor - predispõe a pessoa Coachee a conversar com calma e com espontaneidade. 3) Confiança: Mostrar que respeita e acredita na capacidade da pessoa de resolver o problema e de desenvolver soluções. O Coach confiano seu Coachee, bem como o Coachee confia no seu Coach. 4) Confidencialidade: Os assuntos abordados na sessão serão mantidos na sessão, discutidos somente entre o Coach e o Coachee. 5) Acordo: Fazer um acordo sobre como conduzir o processo. De que maneira as sessões podem deixar o Coachee confortável, como podem ser significativas e produtivas para ele. 6) Comprometimento: O Coach deve estar sempre confiante, aberto a ouvir, tomar nota, conhecer o mundo do Coachee e comprometer-se na parceria para a conquista de suas metas e objetivos. 7) Perguntas Abertas: Fazer perguntas abertas para encorajar o Coachee a fazer sua própria análise e trazer uma visão mais abrangente. Podem surgir pontos novos e interessantes e, desse modo, pode-se aumentar a quantidade de temas a serem abordados por meio de ferramentas práticas. Quando apropriado, de forma a enriquecer as ideias nunca imaginadas pelo Coachee, o Coach pode fazer o uso das ferramentas baseadas em perguntas que o levem a ser ainda mais criativo e imaginativo. Kimsey-House (2015, p. 200) entende que: Definitivamente, é a arte que requer a escuta atenta e a capacidade de ‘dançar o momento’ com o que surgir na sessão. Não é uma técnica que pode ser ensinada em um manual do tipo: quando o cliente disser ‘A’, você responde ‘B’. Não funciona dessa maneira. Também não é bom pra você, como Coach, manter a atenção no conjunto de ferramentas, pensar em qual princípio aplicar, qual contexto do modelo, você está usando ou qual das habilidades selecionar entre as disponíveis. [...] De tempos em tempos, a desconexão acaba acontecendo mesmo com os melhores Coaches, mas é preciso se recuperar e retomar o contato mais profundo com o cliente. Definitivamente, é a arte que requer a escuta atenta e a capacidade de ‘dançar o momento’ com o que surgir na sessão. 39 As Ferramentas no Coaching Prático Capítulo 2 Nunca devemos esquecer que o acompanhamento (follow up) do Coach vai desde o início de cada sessão até o término das sessões com o Coachee. Alguns pontos são vitais no acompanhamento: a) a clareza na comunicação em definir a razão e o objetivo da conversa; b) o ponto de melhoria para descrever o problema de performance ou a área que precisa melhorar, definindo o impacto no Coachee, na sua família e no seu trabalho; c) escuta ativa para reconhecer ativamente os sentimentos do Coachee sobre o problema, as tarefas e a mensuração de metas/objetivos. Fatores para Gerenciar Melhor a Seleção de Ferramentas do Coaching Como já sabemos, o Coaching refere-se ao processo que oferece oportunidades de ajudar pessoas a encararem seus desafios em todos os níveis, permitindo aprender mais sobre si mesmo. Utilizar o processo de Coaching para desenvolver líderes, gestores, altos executivos e CEOs (diretor executivo), passou a ser uma prática recomendada e seguida desde pequenas e médias, até grandes empresas e multinacionais do país e do resto do mundo. Alguns fatores justificam o interesse pela utilização da metodologia Coaching, pois o aprendizado se dá de forma relativamente fácil, estando baseado em uma série de ferramentas que podem ser aplicadas de acordo com a realidade de cada Coachee e até mesmo ser mais bem adaptadas ao ambiente corporativo. Consequentemente, os resultados obtidos comprovam mudanças significativas tanto em nível pessoal quanto profissional nos envolvidos no processo de Coaching. É nesse sentido que Bello (2011) aponta cinco elementos importantes na relação Coach (profissional) e Coachee (cliente), os quais fazem com que ela seja extremamente bem-sucedida: 1) Confiança entre Coach e Coachee é essencial para o sucesso da relação de Coaching (certificar-se de que existe uma química entre ambos, um “casamento perfeito”); 2) O Coach evita palavras que indiquem sua opinião (envolve comprometimento); 40 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados 3) Não fazer juízos de valor, isto é, não ter preconceitos (nunca deve haver julgamento por parte do Coach); 4) Hipóteses de que o Coachee já tem as devidas respostas (Coachee precisa estar engajado em aprender, crescer e fazer tudo para que haja uma mudança verdadeira e profunda em seu comportamento); 5) Saber ouvir. Desse último elemento, cabe acrescentar que, de acordo com Bregman (2015), as pessoas precisam parar de falar tanto e saber ouvir mais. Este ouvir mais está relacionado ao Coachee em tentar se compreender, a se conectar com seus próprios desejos e perspectivas, adquirir a consciência de pessoa única no mundo e com interesses de alcançar resultado. Cabe salientar que o Coaching tem como foco o processo de acompanhar o desempenho do Coachee e não de avaliá-lo, isto é, um processo de desenvolvimento de competências, não de um treinamento técnico, com foco, ação, sentimento, evolução contínua e resultados. Em outras palavras, a metodologia Coaching trata a valorização do ser humano em um ser completo (ser integral) que se desenvolve por um triângulo: corpo (parte do trabalho como em uma organização), mente (razão de existir) e alma (porque estamos rodeados de pessoas). O Coach é comumente confundido com conselheiro, guru ou mentor. A diferença está no compromisso de apoiar os Coachees no alcance de metas, gerenciando seu precioso tempo e estresse, o que é fundamental no processo de Coaching para que saia de acordo com o que foi estruturado. Assim, são vários os motivos que explicam o interesse pela utilização das ferramentas do coaching atualmente. Pode-se destacar que a principal vantagem está no fato de contribuir para o amadurecimento de competências e a adaptação aos processos de transformação/mudança organizacional. Por parte do Coachee, ao se permitir aprender e se desenvolver, surgirão evidentes melhorias, mas é preciso que fiquem atentos para não retornarem aos padrões de comportamento anteriores. É por isso que as ferramentas disponibilizadas permitem reforçar os novos comportamentos aprendidos, contando com a colaboração de cada um (Coach – Coachee), a fim de garantir os resultados almejados e o alcance dos objetivos previstos. O Coach é comumente confundido com conselheiro, guru ou mentor. A diferença está no compromisso de apoiar os Coachees no alcance de metas. 41 As Ferramentas no Coaching Prático Capítulo 2 Pilares do Coaching Marques (2012) informa que são quatro os pilares do Coaching: a) o ser humano; b) as metodologias; c) as técnicas e ferramentas; d) as competências do profissional de Coaching. Veja: a) O Ser Humano: é o principal envolvido em um processo de Coaching. Logo, o Coach deve entender e se especializar continuamente em tudo que se refere a seres humanos e processos comportamentais de mudança. b) Metodologias: tem origem do grego e representa “conhecimento do caminho”, isso quer dizer que o processo de Coaching se baseia em experiências de sucesso já consagradas e isso permite o efetivo alcance dos objetivos propostos e o surgimento de novos métodos para solução de problemas. c) Técnicas e Ferramentas: suporte para potencializar os resultados dos clientes de forma efetiva e profissional, porque um bom Coach procura estar sempre atualizado através de treinamentos, leituras e trocas de experiências, para alcançar resultados com as tecnologias disponíveis. d) Competências: permite a diferenciação entre os diversos tipos de profissionais, pois muitos podem ter as mesmas técnicas e ferramentas, no entanto, as competências e experiências de vida proporcionam a diversificação e a diferenciação profissional entre os Coachees. A utilização dos quatro pilares do Coaching precisa estar baseada no que o Coaching tem como princípios: ausência de julgamento, foco no futuro, ação/tarefas, confidencialidade e ética. Baseado(a) na frase acima, busque mais informações fazendo um relatório de sua vida pessoal e profissional com conceitos e aplicações práticassobre: ausência de julgamento, foco no futuro, ação/tarefas, confidencialidade e ética, que nada mais são que pilares os quais gerenciam as ferramentas do Coaching desde planejar o tempo, a agenda diária, as prioridades e o foco que todos nós como pessoas precisamos possuir. A utilização dos quatro pilares do Coaching precisa estar baseada no que o Coaching tem como princípios: ausência de julgamento, foco no futuro, ação/tarefas, confidencialidade e ética. 42 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados Se você quiser saber mais sobre o Coaching, leia o texto de Afonso Souza, Consultor Sênior do Instituto MVC, O Coaching muda o estilo do Gerente, acessando o seguinte endereço eletrônico: <http:// www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?idc_cad=3dkkxmtku>. Busque por temas de filmes sobre Coaching no site da Exame em: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/12-filmes-que-valem- por-uma-sessao-de-coaching Ferramentas de Coaching Eficazes na Prática Organizacional Primeiramente, é importante estudar sobre a praticidade das ferramentas personalizadas para o Coachee. Vejamos: Rapport Conforme visto no Capítulo 1, é ouvir uma pessoa na sua essência. Pode-se dizer ainda que: O rapport é a criação de um relacionamento com os treinandos e entre eles. Sem isso, os treinandos poderiam ler sozinhos as apostilas. Simplificando, o rapport é a habilidade para influenciar, e a receptividade para ser influenciado, em muitos níveis diferentes (O’CONNOR, 1996, p. 132). Estabelecer uma relação de empatia e harmonia caracteriza espelhamento, ou seja, encontrar outra pessoa onde ela está, refletir o que ela sabe ou aceita como verdade, ou acompanhar partes de sua experiência ou fisiologia do momento. 43 As Ferramentas no Coaching Prático Capítulo 2 Figura 4 – Ferramenta Rapport Fonte: A autora. A construção do rapport é um dos fatores mais importantes para se estabelecer com os Coachees. Isso pode começar desde o primeiro e-mail que é enviado ou o primeiro telefonema que o Coach faz. Tem que ser acessível, fácil de falar, casual e confortável. O importante aqui é construir um relacionamento e conhecer um ao outro (Coach- Coachee e vice-versa) por meio da boa comunicação. Patrocínio Positivo É de extrema importância para o Coachee que ele saiba que o Coach está ao lado dele para ajudá-lo em seus problemas e na resolução deles. São afirmações poderosas e positivas que conduzem o Coachee para um estado mental positivo, criando-se receptividade e lhe proporcionando apoio. São alguns exemplos de afirmações que o Coach fala para o Coachee: “eu estou com você”; “eu entendo você”; “estamos juntos neste processo”; “parabéns, você está indo muito bem”, etc. A figura que segue mostra o caminho traçado pelo Coach para o Coachee sob o patrocínio positivo. Veja: Figura 5 – Patrocínio Positivo Fonte: A autora. É de extrema importância para o Coachee que ele saiba que o Coach está ao lado dele para ajudá-lo em seus problemas e na resolução deles. 44 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados Pela figura acima, percebe-se que o Coach quer o empoderamento do Coachee, que este último tem interesse na apreciação do potencial, na motivação e na capacidade humana, as quais, por fim, conduzem ao alcance da felicidade humana. Abaixo segue um exemplo de ferramenta de Coaching que pode ser aplicado ao Coachee sobre ele mesmo. Veja: Quadro 1 – Ferramenta de Coaching: Quem Sou Eu? Nome: Apelido: Idade: Estado civil: Composição familiar: Escolaridade: Trabalho: Um esporte: Um lazer: Uma qualidade: Um defeito: Uma alegria: Uma tristeza: Um sonho: Uma meta: Um objetivo: Um medo: Uma esperança: Uma beleza: Um nome: Um lugar diferente: Uma ideia: Um espaço determinado: Um desejo: Um número: Uma palavra: Sim ou não: Uma cor qualquer: Um livro: 45 As Ferramentas no Coaching Prático Capítulo 2 Uma medida: Um hábito: Uma certa soma de dinheiro: Uma virtude: Uma canção: Uma cidade: Um objeto que te identifique: Uma frase (de sua autoria): Uma música (que possa cantar): Fonte: Adaptado de Warburton (2012) e Aranha (1986). Assista o filme: Poder além da vida! Onde é possível refletir sobre esta importante ferramenta retratada nas três frases retiradas do próprio filme: • Onde você está? Aqui. • Que horas são? Agora. • Quem é você? Este Momento! Bom Filme! Missão e Visão Maneira de conhecer o Coachee, de orientá-lo para um Plano de Vida, quais seus valores, metas, desafios e aonde ele pretender chegar. Essa ferramenta ajuda a traçar melhor um plano para a resolução dos problemas e do próprio desenvolvimento do Coachee. Para o Coach, é o momento de uma análise retratada de toda a situação em que ele mesmo se encontra, e, a partir disso, verificar cada uma das ferramentas utilizadas com o Coachee. Em outras palavras, esta ferramenta de Coaching pode estar unificada à identidade do Coachee porque foi fundamentada em crenças e valores e, sendo assim, aplica- se à missão e à visão do que se espera diante da vida. Maneira de conhecer o Coachee, de orientá-lo para um Plano de Vida, quais seus valores, metas, desafios e aonde ele pretender chegar. 46 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados A missão de vida é aquilo que precisamos fazer para nos realizarmos como seres humanos integrais, vivendo, assim, uma vida completa e feliz. Visão é o que imaginamos para o futuro e que nos inspira a agir e a tornar nossos sonhos realidade, dá-nos direção e pode criar significado e propósito na vida. A missão e visão vem ao encontro da Teoria da Inteligência Multifocal, de Cury (2006), que usa questões que nos instigam a pensar. Veja: 1) O que você está fazendo aqui? 2) O que quer desta vida? 3) O que é importante para você? 4) Onde deseja estar daqui a dez anos? 5) Como vai fazer para chegar lá? 6) Você já procurou esquecer tudo ao seu redor e olhar para dentro de si? 7) Você já experimentou se permitir fascinar pela vida que pulsa em você? 8) Você tem consciência da grandeza de sua existência? 9) Você é grato por isso? A inteligência multifocal é, sem dúvida, uma teoria sobre o funcionamento da mente humana, o processamento de ideias e a construção dos próprios pensamentos. A seguir, veremos um exemplo de como utilizar a ferramenta Missão e Visão de Coaching. Observe: Quadro 2 – Ferramenta de Missão e Visão Pessoal no Coaching Passo 1 - Conhecendo as Características ou Talentos • Quais são seus cinco maiores talentos? • Quais são suas principais características? Passo 2 - Descrição dos Comportamentos que caracterizam os Talentos • Quais comportamentos demonstram ou caracterizam meus talentos? • Quais as ações que atestam esse meu talento? Passo 3 - Identificação dos cinco Principais Objetivos Pessoais A inteligência multifocal é, sem dúvida, uma teoria sobre o funcionamento da mente humana, o processamento de ideias e a construção dos próprios pensamentos. 47 As Ferramentas no Coaching Prático Capítulo 2 • Quais os seus objetivos pessoais para os próximos 12 meses? • Quais os seus objetivos profissionais para os próximos 12 meses? Passo 4 - Objetivo Financeiro a ser Atingido • Quais são suas metas financeiras para um ano? • Quais são seus objetivos financeiros para além de dois anos? Passo 5 - Características que Destacam o Talento • Quais são seus principais talentos? Passo 6 - Elaboração da Missão e Visão • O que você quer ser? (talentos) • Através de quê? (comportamento) • Onde você quer chegar ou alcançar? (objetivos geral e financeiro) Fonte: Adaptado de IBC (2013). A Missão é sempre orientadora e a Visão é sempre inspiradora. Exemplo de Missão: “Minha missão é desenvolver pessoas de maneira contínua, promovendo bem-estar e relações humanas saudáveis e duradouras”.Exemplo de Visão: “Ser um exemplo de integridade e humanidade, contribuindo para um mundo mais sustentável”. Cabe salientar que em todo o processo de Coaching há feedback e isso se aplica tanto para o Coach quanto, principalmente, para o Coachee, chamado autofeedback. Autofeedback: método de Coaching que proporciona um autoconhecimento sobre as qualidades e planos (expectativas, oportunidades aproveitadas ou não, fatores limitantes, anseios, entre outros), estimulando a autorreflexão para conseguir alcançar seus objetivos, seja para a vida profissional, seja para a pessoal, seja para a social. A Missão é sempre orientadora e a Visão é sempre inspiradora. 48 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados Se você quiser saber mais sobre a missão e a visão voltadas ao Coaching, acesse o seguinte endereço eletrônico: <http://www. blogdofabossi.com.br/2009/12/missao-de-vida-um-presente-pra-voce> e depois faça o download do arquivo: Missão de Vida, Legado, Valores e Visão de Futuro do Coach Executivo, de Marco Fabossi. Roda da Vida É a combinação de um círculo com quatro quadrantes, no qual cada quadrante é subdividido em mais três categorias, totalizando 12 categorias. Vejamos os quatro quadrantes e suas subdivisões: 1) Pessoal: saúde e disposição; desenvolvimento intelectual e equilíbrio emocional. 2) Profissional: realização e propósito; recursos financeiros e contribuição social. 3) Relacionamentos: família; desenvolvimento amoroso e vida social. 4) Qualidade de vida: criatividade, hobbies e diversão; plenitude e felicidade e espiritualidade. O propósito é pontuar em uma graduação de 0 a 10 (do momento presente que vai de 0 a 100%) para fazer reflexões permanentes sobre a atenção dispensada a cada uma das divisões, desenvolvendo um plano de ação para aprimorar aquelas que não estão satisfatórias. É interessante usar as perguntas que seguem para mensurar o grau de satisfação, pois são consideradas fundamentais para a absorção do equilíbrio pessoal. O IBC (2013) explica ainda mais sobre os questionamentos que devem ser feitos em cada uma das divisões, como se descreve a seguir. 1) Saúde e Disposição: Pratica alguma atividade física? Você costuma dormir profundamente? Sente que o seu sono foi restaurador? Como é seu grau de energia, vitalidade e motivação? Você sabe quais alimentos são e não são saudáveis para o seu corpo? 2) Desenvolvimento Intelectual: Costuma usar parte de seu tempo de folga com atividades de autoaperfeiçoamento as quais podem lhe proporcionar uma vida pessoal e profissional melhor? Costuma frequentar seminários, cursos 49 As Ferramentas no Coaching Prático Capítulo 2 e atividades culturais? Mantêm-se atualizado em sua área profissional e de interesse? Sente-se estimulado por novos desafios? 3) Equilíbrio Emocional: Você se sente equilibrado emocionalmente? 4) Realização e Propósito: Você está satisfeito com a sua atividade profissional? Se sente realizado? Tem perspectiva de progresso e desenvolvimento? 5) Recursos Financeiros: Esta área se refere a seu ganho monetário, dinheiro advindo de seu trabalho, ganhos financeiros, aluguéis, etc. Como está o seu equilíbrio financeiro? O seu padrão de vida é compatível com os seus ganhos? Você ganha mais dinheiro do que precisa para ter uma boa qualidade de vida? 6) Contribuição Social: Faz atividades externas que lhe dão prazer? Costuma viajar? E se for o seu caso, você procura ajudar outras pessoas ou participa de grupos comunitários, tipo ONGs, associações, etc.? Faz algum trabalho voluntário? 7) Família: Esta área se refere a sua família de origem e/ou a família que está construindo agora? Independentemente de eles estarem vivos ou não, como é(era) o seu relacionamento com os seus pais? Você conhece a história de vida deles? Você sente gratidão? A sua relação com eles é de harmonia e de respeito? E em relação a seus irmãos e parentes? Como é a sua relação com os seus filhos, se tem e se terá? 8) Desenvolvimento Amoroso: Existe harmonia no relacionamento com seu par? Você considera as ideias e opiniões de seu companheiro(a), mesmo sendo contrárias as suas? Qual a participação dele(a) em sua vida? Vocês conversam e compartilham situações, sentimentos e emoções regularmente? Vocês compartilham as suas vidas ou vivem vidas isoladas? 9) Vida Social: O seu círculo de amigos lhe energiza e nutre? Você os encontra ou fala com eles regularmente? Você costuma ir ao cinema, teatro ou parques? 10) Criatividade, Hobbies e Diversão: Você se considera uma pessoa criativa? Você tem hobbies? O que realmente lhe diverte? 11) Plenitude e Felicidade: O que deixa você feliz? Quais foram os três melhores momentos de felicidade em sua vida? 12) Espiritualidade: Você tem uma crença religiosa que serve de suporte ou acredita em uma sabedoria maior que rege a vida? Você se sente conectado a tudo e a todos? Você se considera um buscador ou uma pessoa espiritual ou religiosa? O quanto esta área tem nutrido a sua vida? 50 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados Segue um exemplo da ferramenta da roda da vida baseada no Coaching e na figura seguinte, um exemplo de roda da vida preenchida. Figura 6 – Ferramenta da Roda da Vida no Coaching Fonte: IBC (2013). Figura 7 – Exemplo de Roda da Vida de um Coachee Fonte: A autora. A Roda da Vida funciona como uma “fotografia” do momento atual da vida de uma pessoa. A área “mais fraca”, de menor pontuação, é aquela que precisa mais de atenção, a qual em situações de estresse, comuns na vida, está propensa a “estourar” por primeiro. 51 As Ferramentas no Coaching Prático Capítulo 2 Assista aos dois filmes e faça uma análise: O Rodeio da Vida e a Roda da Fortuna! Entenda um pouco mais sobre como funciona a roda da vida em uma pessoa. Roda de Competências A Roda das Competências contém dez subdivisões onde o Coach mensura as habilidades pessoais e profissionais do Coachee, pontuando entre 1 a 10. As dez subdivisões são aqui chamadas de indicadores, sendo: Desenvolvimento de Pessoas; Orientação para Resultados; Trabalho e Liderança de Equipes; Comunicação; Orientação para o Cliente; Iniciativa; Criatividade; Relacionamento Interpessoal; Inovação e Empreendedorismo. Esta ferramenta permite uma autoavaliação e, por consequência, a visualização das competências já desenvolvidas e também aquelas que deverão receber investimentos para se desenvolver nos Coachees. Dessa maneira, com o resultado desta ferramenta em mãos, torna-se possível a elaboração de um plano de ação, conforme os objetivos de cada Coachee em nível pessoal e organizacional. O Coach aplica esta ferramenta com o objetivo de levar o Coachee a descoberta pessoal de qualidades e pontos de desenvolvimento que surgem da sua própria reflexão e conscientização. Foi Claude Flück (2011) quem desenvolveu A Roda das Competências (La Roue des Compétences) onde são identificadas: as competências técnicas (conhecimento e a arte, métodos e ferramentas, incluindo as regras e procedimentos, e o know-how relacionado à experiência); competências organizacionais (auto-organização, organização coletiva para a gestão de projetos e a organização do trabalho dos colaboradores pelos gestores); relacionais/ sociais (própria capacidade de falar e escrever da pessoa, habilidade de interação interpessoal e habilidades gerenciais com equipes de trabalho) e de adaptação (habilidade de adaptação às situações, adaptação para evolução do problema e habilidade de autoadaptação). A figura que segue representa a Roda das Competências, determinada por Flück (2011), e, na figura seguinte, a ferramenta da Roda das Competências, aplicada ao Coaching. 52 Coaching na Prática: Ferramentas para Obtenção de Resultados Figura 8 - Roda das Competências de Claude Flück Fonte: Adaptado de Flück (2011). Figura 9 - Ferramenta da Roda das Competências no
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