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Rio de Janeiro DIREITO DO TRABALHO I Professor: José Carlos Leite Trabalho Temporário, Terceirização e Cooperativa Direito do Trabalho I – Aula VII Tipos de Terceirização Após a Lei 13.429/2017, a Lei nº 6.019/74 passou a regular tanto o trabalho temporário como a terceirização de serviços em geral. Logo, autoriza dois tipos de terceirização de serviços: 1ª – Terceirização do trabalho temporário; 2ª – Terceirização em geral. O primeiro tipo é praticado pela empresa de trabalho temporário, como já estava previsto na Lei 6.019/74, e o segundo, pela primeira vez regulado em lei, pela empresa de prestação de serviços. Trabalho Temporário REGULAMENTAÇÃO: Lei 6.019/74 (com as alterações legislativas pela Lei 13.429/17) CONCEITO: Trabalho temporário é o prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na atividade econômica da contratante. EMPRESA DE TRABALHO TEMPORÁRIO Pela Lei 13.429, empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente. A empresa de trabalho temporário só pode ser pessoa jurídica e cuja atuação pode ocorrer nas relações urbanas e rurais de trabalho, contudo, é a responsável pela qualificação, remuneração e assistência ao trabalhador temporário. EMPRESA CONTRATANTE NO TRABALHO TEMPORÁRIO É a pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada que celebra contrato de prestação de trabalho temporário com a empresa prestadora de serviços temporários (art. 5º, Lei 6.019/74). TRABALHADOR TEMPORÁRIO Trabalhador temporário é o contratado por empresa de trabalho temporário, para prestação de serviço destinado a atender à necessidade transitória de substituição de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO Contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviços será por escrito, devendo ficar à disposição da autoridade fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de serviços. Os seus requisitos são: (a) qualificação das partes; (b) motivo justificador da demanda de trabalho temporário; (c) prazo da prestação de serviços; (d) valor da prestação de serviços; (e) disposição sobre a segurança e à saúde do trabalhador, independentemente do local de realização do trabalho (art. 9º, caput, I a V). Considera-se complementar a “demanda de serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal” (art. 2º, § 2º). OBRIGAÇÕES DA TOMADORA: Seguro contra acidente de trabalho; Comunicar à empresa de trabalho temporário a ocorrência de todo acidente cuja vítima seja um assalariado à sua disposição, considerando-se local de trabalho, para efeito da legislação específica, tanto aquele onde se efetua a prestação do trabalho, quando a sede da empresa de trabalho temporário. Extensão aos trabalhadores temporários ao atendimento (médico, ambulatorial e de refeição) destinado aos seus empregados, existente nas dependências da empresa ou no local por ela designado. RESPONSABILIDADES DA TOMADORA Não poderá exceder ao prazo de 180 dias. Poderá ser prorrogado por 90 dias. O trabalhador temporário somente poderá ser colocado à disposição da mesma tomadora, em novo contrato temporário, após o decurso de 90 dias do término do contrato anterior. A empresa tomadora é responsável pelos débitos trabalhistas dos trabalhadores temporários, sendo que a sua responsabilidade é subsidiária (art. 10, § 7º, com a redação dada pela Lei 13.429). No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a contratante é responsável solidária pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, da remuneração e indenização do período em que o trabalhador esteve à sua disposição. PRAZO DO CONTRATO DE TRABALHO DIREITOS DO TRABALHADOR TEMPORÁRIO (1) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente calculado à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário-mínimo regional; (2) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas com acréscimo de 50%; (3) férias proporcionais e abono; (4) repouso semanal remunerado, de preferência aos domingos; (5) adicional por trabalho noturno; (6) Fundo de Garantia do Tempo de Serviço; (7) seguro contra acidente de trabalho; (8) proteção previdenciária ; (9) décimo-terceiro salário; • Terceirização é a relação trilateral formada entre trabalhador, intermediador de mão de obra e o tomador de serviços, caracterizada pela não coincidência do empregador real com o formal. Conceito • Intermediador (empregador aparente/formal) • Tomador (empregador real ou natural) • Terceirização É a forma de organização estrutural que permite a uma empresa transferir a outra suas atividades, proporcionando maior disponibilidade de recursos, reduzindo a estrutura operacional, diminuindo os custos, economizando recursos e desburocratizando a administração. Lei 13.429 de 31 de março de 2017 Terceirização A empresa prestadora de serviço disponibiliza trabalhadores qualificados em áreas de atividades empresariais necessitadas por seus clientes tomadores. Esquema: Trabalhador Prestador de serviços (empregador aparente) Tomador dos serviços (empregador real) Contrato civil de prestação de serviços Energia de trabalho Contrato de trabalho Fundamentos A globalização e a crise econômica mundial tornaram o mercado interno mais frágil, exigindo maior produtividade por menores custos para melhor competir com o mercado externo. A terceirização é apenas uma das formas que os empresários buscam para amenizar seus gastos, reinvestindo no negócio ou aumentando seus lucros. Daí por que dos anos 90 para cá a locação de serviços ou terceirização tem cada vez mais se intensificado. Características NEGATIVAS - Precarização do emprego - Ganham em média 25 % a menos - Trabalham em média 2 horas a mais POSITIVAS - Evita o desemprego - Mais empregos formais - Qualificação profissional Terceirização é exceção! A subcontratação de empregados contraria a finalidade do direito do trabalho, seus princípios e sua função social e, por isso, constitui-se em exceção, onde a relação de emprego se forma diretamente com o tomador dos serviços, isto é, com o empregador natural (relação bilateral). Ademais, a relação bilateral é regra de todos os contratos, sendo a terceirização uma, exceção e, como tal, deve ser interpretada de forma restritiva. Exemplo: (terceirização de atividade especializada): • Determinada indústria metalúrgica (Empresa A) fornece refeição para seus empregados e, para isso, necessita, que sejam produzidas as refeições diariamente. Tendo em vista que a preparação de refeição, não faz parte da atividade principal da empresa, esta metalúrgica terceiriza tal atividade para uma empresa especializada (empresa B) em preparar refeições industriais, mediante contrato privado. Atenção! Empresa B atua de forma autônoma no desenvolvimento de sua atividade, não sofrendo qualquer interferência da Empresa A. Regulamentação da Terceirização A legislação brasileira não proibia nem regulava os procedimentos para terceirização, onde encontrava-se, muitas vezes, práticas de abuso do direito. • Não existia na área trabalhista nenhuma norma que regulasse de forma ampla a questão da terceirização. Poisa legislação brasileira não proibia nem regulava as formas de exteriorização de mão de obra. Regulamentação da Terceirização Com a retração do mercado, o Judiciário não encontrou outra saída a não ser a de corroborar com a nova tendência, ampliando as hipóteses de terceirização, o que pôde ser observado pelo cancelamento da Súmula nº 256 do TST e consequente edição da Súmula nº 331 do TST, que teve início no ano de 1993, e cujo entendimento jurídico consiste na prestação de um serviço que é oferecido de uma empresa para outra Súmula nº 256 – CONTRATAÇÃO DE PRETAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE Salvo os casos de trabalho temporário e de serviços de vigilância, previstos nas leis nº 6.019/74, e 7.102/83, é ilegal a contratação de trabalhadores por empresa interposta, formando-se o vínculo empregatício diretamente com o tomador dos serviços. Res. 121/2003, DJ 19,20 e 21.11.2003 Súmula 331/TST I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei 6.019/1974) . II - A contratação irregular de trabalhador, através de empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (CF/88, art. 37, III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei 7.102, de 20/06/83) , de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. V - Os entes integrantes da administração pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item iv, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei 8.666, de 1/06/1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral.» https://www.legjur.com/sumula/busca?tri=tst&num=331 https://www.legjur.com/sumula/busca?tri=tst&num=331 https://www.legjur.com/sumula/busca?tri=tst&num=331 https://www.legjur.com/legislacao/htm/lei_00060191974 https://www.legjur.com/legislacao/art/cf8800000001988-37 https://www.legjur.com/legislacao/htm/lei_00071021983 https://www.legjur.com/legislacao/htm/lei_00071021983 https://www.legjur.com/legislacao/htm/lei_00086661993 https://www.legjur.com/legislacao/htm/lei_00086661993 Vigilantes – 7.102/83 • As atividades de vigilância patrimonial, pública, privada, podem, de forma geral ser terceirizadas por força desta lei. • Vigilante é profissional qualificado e treinado para a função que desempenha. Integrante de categoria profissional diferenciada. A subcontratação de um vigilante, via de regra, é obrigatória, salvo no caso do art. 2º, II e do art. 10, §4º, da Lei nº 7.102/83. Daí por que o vínculo de emprego não se forma com o tomador de serviço Terceirizado na Administração Pública • A CF de 88 no art. 37, II exigiu prévia aprovação em concurso público para investidura em cargo ou emprego público, mas possibilitou algumas hipóteses de terceirização por parte do ente público. A contratação de trabalhadores terceirizados, mesmo irregular e contrária à lei, não acarreta formação de vínculo com o tomador público. Vide súmula 331 inciso II e súmula 363 do TST Quando uma empresa vence a licitação e, por fim, é contratada pela Administração Pública, significa que preencheu todos os requisitos, condições e ultrapassou os obstáculos legais contidos nos editais e na lei. Assim, não houve culpa na escolha do contratado ou na contratação em si, pois decorrem de lei. Portanto, o único argumento plausível para responsabilizar a Administração Pública nas subcontratações regulares de serviço é a falta de fiscalização, exigida não só pela Lei 8.666/93 como também pela teoria do empregador formal e do real. Súmula 331: Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei 8.666, de 21/6/1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. Responsabilidade Subsidiaria da Administração Pública O trabalhador terceirizado • Receberá remuneração ajustada com o seu empregador (empresa interposta), bem como seu labor será no horário determinado por esta. • Por isso, é complexo se falar em equiparação salarial entre trabalhadores terceirizados, já que não possuem mesmo empregador aparente. Por exemplo: se os empregados da empresa tomadora de serviços tiverem um carga horária de 6h por dia, nada impede que os trabalhadores terceirizados trabalhem na mesma função durante 8 horas. Direitos dos trabalhadores terceirizados Os terceirizados têm direito ao FGTS, INSS, décimo terceiro, férias, vale transporte, descanso semanal remunerado e aos reajustes de salário acertados pelo sindicato de cada categoria. Quem é contratado pela empresa terceirizada nem sempre tem os mesmo direitos da empresa contratante, como assistência médica, odontológica e alguns outros direitos que a CLT não prevê • Antes de proceder à terceirização a empresa tomadora deve selecionar muito bem qual empresa lhe prestará serviços, a qual deverá ter notória experiência e capacidade de honrar seus compromissos. • Após selecionada uma empresa idônea, a empresa tomadora deverá elaborar um detalhado contrato de prestação de serviços, no qual conste claramente a licitude da terceirização praticada, bem como cláusulas de salvaguarda dos interesses da empresa tomadora de serviços, com retenção dos valores em caso de prejuízo para a empresa tomadora de serviços pela inobservância da lei trabalhista. • Mesmo durante a execução do contrato de prestação de serviço, a empresa tomadora deverá gerenciar mensalmente o cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias atribuídas à empresa contratada, que deverá prestar contas periodicamente quanto ao cumprimento de suas obrigações legais. • Caso a empresa prestadora se recuse a realizar tal comprovação a empresa tomadora poderá, nos termos do contrato, reter o pagamento da fatura devida à empresa prestadora, até a sua regularização, se assim for pactuado. LEI Nº 13.429, DE 31 DE MARÇO DE 2017. Art. 1o Os arts. 1o, 2o, 4o, 5o, 6o, 9o, 10, o parágrafo único do art. 11 e o art. 12 da Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 1º As relações de trabalho na empresa de trabalho temporário, na empresa de prestação de serviços e nas respectivas tomadoras de serviço e contratante regem-se por esta Lei.” (NR) “Art. 2º Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. § 1o É proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição de trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em lei. § 2o Considera-se complementara demanda de serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal.” (NR) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm “Art. 9º O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviços será por escrito, ficará à disposição da autoridade fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de serviços e conterá: I - qualificação das partes; II - motivo justificador da demanda de trabalho temporário; III - prazo da prestação de serviços; IV - valor da prestação de serviços; V - disposições sobre a segurança e a saúde do trabalhador, independentemente do local de realização do trabalho. § 1o É responsabilidade da empresa contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou em local por ela designado. § 2o A contratante estenderá ao trabalhador da empresa de trabalho temporário o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado. § 3o O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços.” (NR) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm “Art. 10. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário. § 1o O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não. § 2o O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no § 1o deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram. Prestadora de Serviço Art. 2o A Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 4o- A, 4o-B, 5o-A, 5o-B, 19-A, 19-B e 19-C: “Art. 4º-A. Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de direito privado destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos. § 1o A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços. § 2o Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante.” http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm “Art. 5º-A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços determinados e específicos. § 1o É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas daquelas que foram objeto do contrato com a empresa prestadora de serviços. § 2o Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações físicas da empresa contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes. § 3o É responsabilidade da contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou local previamente convencionado em contrato. § 4o A contratante poderá estender ao trabalhador da empresa de prestação de serviços o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado. § 5o A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.” “Art. 19-B. O disposto nesta Lei não se aplica às empresas de vigilância e transporte de valores, permanecendo as respectivas relações de trabalho reguladas por legislação especial, e subsidiariamente pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943.” http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm São associações de pessoas com algum interesse em comum, que se unem para prestar serviços entre si, a fim de ter vantagens também comuns a todo o grupo. Ou seja, ao invés de competirem entre si em alguma atividade econômica, as pessoas unem-se em vista de um objetivo comum, de forma democrática, compartilhando os resultados na medida da colaboração de cada um. Cooperativa de Trabalho Lei 12.690/12 Art. 2º Considera-se Cooperativa de Trabalho a sociedade constituída por trabalhadores para o exercício de suas atividades laborativas ou profissionais com proveito comum, autonomia e autogestão para obterem melhor qualificação, renda, situação socioeconômica e condições gerais de trabalho. Princípios e valores das Cooperativa de Trabalho : I - adesão voluntária e livre; II - gestão democrática; III - participação econômica dos membros; IV - autonomia e independência; V - educação, formação e informação; VI - intercooperação; VII - interesse pela comunidade; VIII - preservação dos direitos sociais, do valor social do trabalho e da livre iniciativa; IX - não precarização do trabalho; X - respeito às decisões das assembleias; XI - participação na gestão em todos os níveis de decisão de acordo com o previsto em lei e no Estatuto Social. Trabalhador Cooperado É aquele que adere a uma cooperativa, não sendo considerado empregado, de acordo com o art. 442 § único da CLT e Lei 12.690/12. Divisão: • Cooperativa de Produção • Cooperativa de Serviço Art. 4º A Cooperativa de Trabalho pode ser: I - de produção, quando constituída por sócios que contribuem com trabalho para a produção em comum de bens e a cooperativa detém, a qualquer título, os meios de produção; e II - de serviço, quando constituída por sócios para a prestação de serviços especializados a terceiros, sem a presença dos pressupostos da relação de emprego. • Cooperativas de serviço • Cooperativas de produção É integrada por uma categoria específica (ex.: cooperativa de costureiras, cooperativa de catadores, etc.), com objetivo de conseguirem melhores condições de trabalho (espaço, insumos, formação, etc.) e valores superiores de contratação dos seus serviços. Pode ser formada por trabalhadores de categorias diversas, mas todos envolvidos na produção de um determinado tipo de bem; produzindo, beneficiando, industrializando, embalando e comercializando o produto escolhido (ex.: cooperativa de produção de leite, coop. de produção de móveis de madeira, etc.). O cooperado assemelha-se ao trabalhador autônomo, sua relação com a cooperativa e os tomadores ocorre de forma espontânea, eventual e sem subordinação. Os artigos 5º e 18 da Lei 12.690/12 proibiram as cooperativas de terceirizarem empregados ou de fraudarem direitos trabalhistas. Cooperado x Autônomo Art. 5º A Cooperativa de Trabalho não pode ser utilizada para intermediação de mão de obra subordinada. Art. 18. A constituição ou utilização de Cooperativa de Trabalho para fraudar deliberadamente a legislação trabalhista, previdenciária e o disposto nesta Lei acarretará aos responsáveis as sanções penais, cíveis e administrativas cabíveis, sem prejuízo da ação judicial visando à dissolução da Cooperativa. Direitos I - retiradas não inferiores ao piso da categoria profissional e, na ausência deste, não inferiores ao salário mínimo, calculadas de forma proporcional às horas trabalhadas ou às atividades desenvolvidas; II - duração do trabalho normal não superior a 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais, exceto quando a atividade, por sua natureza, demandar a prestação de trabalho por meio de plantões ou escalas, facultada a compensação de horários; III - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; IV - repouso anual remunerado; V - retirada para o trabalho noturno superior à do diurno; VI - adicional sobre a retirada para as atividades insalubres ou perigosas; VII - seguro de acidente de trabalho. As cooperativas que fraudarem as leis trabalhistas e previdenciárias serão consideradas responsáveis, sendo aplicadas sanções penais, cíveis e administrativas, com a dissolução do grupo. A fiscalização das atividades fica a cargo do Ministério do Trabalho e Emprego. Por meio da Relação Anual de Informações das Cooperativas de Trabalho (RAICT), as cooperativas deverão informar ao governo federal, uma vez por ano, dados estatísticos e de informação sobre a atuação e a participação dos sócios. O Programa Nacional de Fomento às Cooperativas de Trabalho (Pronacoop) visa apoiar a produção, o plano de desenvolvimento, o fortalecimento financeiro, a qualificação de recursos humanos e comercialização dos projetos das cooperativas, que contam com linhas de crédito com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do orçamento da União. Regulamentação Funcionamentodas Cooperativas de Trabalho A Cooperativa de Trabalho não poderá ser impedida de participar de procedimentos de licitação pública que tenham por escopo os mesmos serviços, operações e atividades previstas em seu objeto social, art.10, §2º. É vedado à Cooperativa de Trabalho distribuir verbas de qualquer natureza entre os sócios, exceto a retirada devida em razão do exercício de sua atividade como sócio ou retribuição por conta de reembolso de despesas comprovadamente realizadas em proveito da Cooperativa, Art. 13. Cooperativas excluídas do âmbito desta Lei: I - as cooperativas de assistência à saúde na forma da legislação de saúde suplementar; II - as cooperativas que atuam no setor de transporte regulamentado pelo poder público e que detenham, por si ou por seus sócios, a qualquer título, os meios de trabalho; III - as cooperativas de profissionais liberais cujos sócios exerçam as atividades em seus próprios estabelecimentos; e IV - as cooperativas de médicos cujos honorários sejam pagos por procedimento. A Cooperativa de Trabalho poderá ser constituída com número mínimo de 7 (sete) sócios.
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