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Karoline Braga da Silva Turma 1 Modulo II - ICT - Seminario Isenções (2)

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Nome : Karoline Braga da Silva
Seminário I
ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS E REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
Leitura básica
•	CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário: linguagem e método. 7ª ed. São Paulo: Noeses, 2018, Item 2.10 (“Exclusão” do crédito tributário), do Capítulo 2, da segunda parte[footnoteRef:1]. [1: Os textos indicados em vermelho não são disponibilizados.] 
•	CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 30 ed. São Paulo: Saraiva, 2019, Capítulo XV.
Leitura Complementar
•	BRITTO, Lucas Galvão. Revogação de Isenção, anterioridade e direito adquirido. Revista de Direito Tributário, n. 114.
•	CARVALHO, Paulo de Barros. Isenções tributárias do IPI, em face do princípio da não cumulatividade. Revista Dialética de Direito Tributário, n. 33.
•	LUNARDELLI, Pedro Guilherme Accorsi. Isenções tributárias. Capítulo IV e Capítulo V, itens v. 5 a v. 7.
•	MOREIRA, André Mendes. A não cumulatividade dos tributos. São Paulo: Noeses, 2018. Capítulo VII, Item 7.9. 
Questões
1. Que é isenção (vide anexo I)? 
R = Isenção é dispensa legal do pagamento do tributo instituída por força de lei, seja essa federal, estadual ou municipal. A isenção atua sobre a regra-matriz de incidência tributária, investindo contra um ou mais critérios de sua estrutura, mutilando-os, parcialmente. No caso em questão a referida dispensa não exime o contribuinte de realizar a entrega de ajuste anual, apenas afasta a obrigatoriedade do recolhimento do tributo sobre a diferença gerada pela variação da renda do mesmo. Neste instituto ocorre a concretização do fato gerador, porém a lei dispensa o pagamento do imposto, ocorrendo assim à exclusão do crédito tributário.
2. Elaborar quadro comparativo a respeito de: (i) isenção; (ii) imunidade; (iii) não incidência; (iv) anistia; e (v) remissão.
R = 
3. A expressão “crédito tributário” utilizado no art. 175 do CTN tem o mesmo conteúdo de significação para a isenção e para a anistia? Justificar. 
R = No caso da isenção ocorre a renúnicia do crédito de tributário por força de lei antes da ocorrencia do fato. Já no que diz respeito a anistia trata-se anulação da multa de maneira legal depois da ocorrência do fato. 
4. Tratando-se de isenção com prazo certo, ou de isenção por prazo indeterminado, responda: (i) equivalem, necessariamente, à isenção condicionada e à isenção incondicionada, respectivamente? 
R (i) = As condicionadas são aquelas que não alcançam todos os contribuintes sujeitos à determinada hipótese de tributação, mas somente aos que preencherem os requisitos estabelecidos na lei isentiva. Neste caso, o interessado deve postular junto à administração fazendária o reconhecimento desse direito, pois se trata de hipótese que depende da comprovação pelo interessado do preenchimento dos requisitos estabelecidos em lei para a fruição da isenção.
Isenções incondicionadas são as concedidas em caráter geral, sem o estabelecimento de contrapartidas a serem cumpridas pelos interessados na fruição dos benefícios proporcionados pela isenção. Alcança de modo indistinto todos os contribuintes que estavam sujeitos à tributação pela hipótese objeto da isenção.
Quais critérios são utilizados nessas classificações? 
R = x
Os critérios são os de nível de alcance de direto que o instituto tributário possui sobre o evento.
(ii) a revogação da isenção, que reinstitui a norma tributária no sistema, apenas restabelece sua eficácia ou requer a publicação de nova regra tributária no ordenamento? 
Neste último caso, deverá ser respeitado o princípio da anterioridade (nonagesimal / exercício)? Há direito adquirido (vide anexo II e III)? 
Neste último caso, deverá ser respeitado o princípio da anterioridade (nonagesimal / exercício)? Há direito adquirido (vide anexo II e III)?
R = Se tratando de revogação da isenção cabe segregar as isenções condicionais e incondicionais ainda que para ambas seja cabível a revogação. As isenções condicionadas não poderão ser revogadas enquanto não houver a implementação do tempo ou enquanto se observar a condição imposta para que a mesma ocorra.
No que diz respeito a isenção incondicionada, esta pode ser revogada a qualquer momento. Porém frente a isso nos cabe observar o princípio da anterioridade , pois em alusão a teoria de que a isenção é uma mera dispensa do pagamento de tributos, ou seja que mesma origina a obrigação tributária ou e que é apenas um favor legal a cobrança não poderá ocorrer no mesmo exercício financeiro da lei que revogou o benefício. 
Se entendermos portanto que a isenção é uma não-incidência, assim como a imunidade, a revogação da isenção implica na criação de novo tributo, eis que amplia a hipótese de incidência. Sendo, deve atender ao princípio da anterioridade.
No entanto para o STF o entendimento não é esse.
Após inúmeros julgados, o STF, adotando a doutrina de Rubens Gomes de Sousa, consolidou o entendimento que a cobrança do tributo outrora isenta pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro, de acordo com o princípio da anualidade. Essa pacificação restou na edição da Súmula 615, de 1984: "o princípio da anualidade não se aplica à revogação de isenção do ICM."
Sendo assim entende-se que o STF não entende a revogação de isenção como a majoração ou criação de tributo, e sim apenas como assim como o retorno de uma obrigação legal já existente.
Este entendimento alcançou foros de universalidade, tendo inclusive o STJ adotando-o incontinenti até os dias atuais.
5. Há distinção entre alíquota 0% e isenção? Os insumos isentos, não tributados e tributados à alíquota 0%, adquiridos no processo de industrialização, conferem direito ao crédito tributário? Por quê? Em caso afirmativo, qual critério deveria ser utilizado para determinar o crédito presumido de IPI? Se o produto for adquirido da ZFM, isso alteraria a resposta? Se sim, por quê? (Vide anexos IV, V, VI, VII, VIII e IX)
R = Sim, embora em ambos institutos ocorra o fato gerador, no caso da isenção para que esta ocorra terá de haver uma lei infraconstituicional que há institua, já no no que diz respeito a alíquota zero apenas um ato do poder executivo é o suficiente para realizar alterações das alíquotas para 0%. E ainda cabe ressaltar que nos dois institutos não ocorre a exclusão do crédito tributário. 
Acredito que em todas as hipóteses permite-se o aproveitamento de crédito, desde que o referido produto final fosse tributado na etapa posterior da cadeia, ou seja na saída do item resultante do processo de industrialização, pois fazendo alusão ao príncipio da não cumulatividade, não faria sentido suprimir o direito ao crédito uma vez que o referido príncipio garante a compensação compulsoria do crédito, onde o recolhimento do tributo é feito mediante o resultado da subtração do débito menos o crédito da entrada, e se o segundo não existisse os institutos aqui levantados caracterizariam um mero diferimento e não um benefício fiscal, situação a qual se enquadram, a isenção, não tributação e a alíquota zero. 
6.	Considerando o art. 155, §2º, II, alíneas “a” e “b” da CF, pergunta-se:
	a) Existe isenção parcial? Redução de base de cálculo pode ser considerada hipótese de isenção parcial? 
R = Sim e sim. A redução da base de cálculo de ICMS equivale à isenção parcial, o que acarreta a anulação proporcional de crédito relativo às operações anteriores, salvo disposição em lei estadual em sentido contrário. Obs: Redação da tese aprovada nos termos do item 2 da Ata da 12ª Sessão Administrativa do STF, realizada em 09/12/2015.
	b) É possível lei estadual que determine a exigência do estorno do crédito do ICMS, relativo à entrada de insumos, proporcional à parcela correspondente à redução da base de cálculo do imposto incidente na operação de saída da mercadoria, com fundamento no art. 155, § 2º, II, da CF/88? (Vide anexos X, XI e Parecer da Procuradoria-Geral da República no RE n. 635.688/RS RG, de 09/12/11).
R: Sim, pois conforme o trecho transcrito acima o que trará a previsão é justamente a legislação estadual.
7.	A concessão de benefício fiscal relativoà isenção do ICMS incidente sobre a aquisição de veículo automotor por deficiente físico demanda a aprovação por convênio, nos termos do art. 155, §2º, XII, g, da CF, regulamentado pela Lei Complementar 24/75? Caso considere a dispensa de convênio nesse caso, ela poderá ser justificada pela garantia fundamental, cuja concessão do benefício visa a assegurar? (Vide anexo XII e XIII). 
R: Acredito que sim, pois conforme a alínea g do Inciso XII do artigo 155 da CF de 88, para que haja concessão de benefício fiscal de isenção do ICMS demandará necessariamente a aprovação por lei complementar. Não havendo dessa maneira no que se falar em garantia de um direito sem que exista norma que o crie, que no caso, surge com a celebração dos convênios.
E ainda a LC 24/75 dispõe no seu caput do seu artigo 1º diz que as isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal.
8.	Determinado Estado institui isenção de ICMS, com fundamento em convênio CONFAZ, exclusivamente para operações realizadas pelo contribuinte atacadista de determinado produto. A legislação (i) expressamente veda que essa isenção seja utilizada por estabelecimentos industriais e varejistas e (ii) nada fala sobre a possibilidade de manutenção de crédito pelo atacadista. Qual o efeito prático desta isenção para a cadeia do ICMS? Essa isenção é constitucional? 
R= O efeito prático dessa isenção seria um benefício que acabará por se tornar um “maleficio”, uma vez que acabará por acarretar uma oneração isolada aos contribuintes atacadistas, uma vez que esses não terão direito ao crédito que lhes é conferido na aquisição das mercadorias, e estarão adquirindo-as com o valor do imposto embutido no custo de aquisição, por tanto apesar de não debitarem o imposto na saída, acabam apenas tendo um custo referente ao valor do ICMS na entrada. Ainda cabe lembrar que a falta de informação sobre a manutenção do crédito é um dos fatores que ocasionam a situação. 
 E ainda referente a constitucionalidade entendo que essa isenção fere o princípio da não cumulatividade do ICM S nos termos ao disposto no artigo 155, inciso I, alínea "b" e seu parágrafo 2º, inciso I, onde tem-se a definição clara do princípio da não cumulatividade: 
 "I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de ser viços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;" 
 
 Poderia o estabelecimento atacadista renunciar à isenção tributária e decidir tributar regularmente sua operação? Esse valor pago, em renúncia à isenção, seria tributo? Há relação entre essa isenção tributária e o princípio da legalidade estrita tributária? 
 Não poderia o atacadista renunciar a isenção, pois a norma proibitiva dos créditos está prevista na Constituição da República. Caso pago não configuraria o recolhimento de um tributo visto para isto, tem que haver a instituição da exigência por meio de lei. 
 Acredito que a relação da referida isenção com o princípio da legalidade estrita tributária, se dê por meio de uma possível renúncia fiscal gerada pela incoerência da norma em questão, uma vez que essa ainda que instituída por lei, acaba por gerar contrariedade aos princípios constitucionais e também a dinâmica do instituto da isenção. Cabe ressaltar também que nesse caso ainda que o contribuinte esteja legalmente impossibilitado de realizar a renúncia do suposto benefício, caso esse não a faça estaria sendo prejudicado pela falta de alinhamento com o que lhe garante fruição do lhe de direito, o crédito do imposto que por ela fora recolhido.

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