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Os Instrumentos Humanos da Realização Social do Direito

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Os Instrumentos Humanos da Realização Social do Direito
Função Social Do Poder Judiciário; Estrutura e infraestrutura do Judiciário ; A criação do Conselho Nacional de Justiça – CNJ; As funções essenciais a realização da justiça; A Magistratura ; Sistemas seletivos adotados para o recrutamento de juízes; Sistema adotado no Brasil; As Garantias Constitucionais dos Magistrados; O Ministério Público; A Defensoria Pública; A Advocacia; Efetividade do direito, democratização dos tribunais e acesso à justiça; Democratização dos tribunais e acesso à justiça; A deficiência da produção jurídico-normativa ; Sociologia das profissões jurídicas.
1
objetivos
Compreender o papel dos magistrados, sua formação profissional e as razões sociais para as suas garantias constitucionais;
Identificar a função social e a atuação dos membros do MP, da Defensoria Pública e da Advocacia;
Conhecer os novos perfis destes profissionais;
Conhecer o funcionamento do Conselho Nacional de Justiça dentro da lógica da sociologia das profissões;
Compreender o processo de judicialização da política.
2
A Função Social Do Poder Judiciário.
A função do Poder Judiciário é garantir os direitos individuais, coletivos e sociais e resolver conflitos entre cidadãos, entidades e Estado. Para isso, tem autonomia administrativa e financeira garantidas pela Constituição Federal.
http://www.brasil.gov.br/governo/2009/11/conheca-os-orgaos-que-formam-o-poder-judiciario
3
O que é função jurisdicional?
É ao mesmo tempo poder, função e atividade, sendo um poder, na medida em que a jurisdição é a capacidade de decidir imperativamente e de impor suas decisões. Também é uma função, porque promove a pacificação dos conflitos de interesses entre os jurisdicionados, mediante o direito e através do processo.
a jurisdição é o complexo de atos jurídicos praticados pelo juiz no processo, exercendo o poder que lhe é conferido por lei e cumprindo suas funções.
4
Fatores que atrapalham diretamente a função social do Judiciário:
a incerteza do direito – 
um sentimento de desconfiança da opinião pública;
2. a lentidão – 
fuga da justiça estatal e tendência a buscar novas formas substitutivas da própria justiça, consideradas mais vantajosas do ponto de vista da celeridade da solução e de menor formalismo processual.
3. alto custo do funcionamento da máquina judiciária- 
a falta de realização ou a realização tardia, muitas vezes ineficaz,
5
Fatores diretamente relacionados com a função social do Judiciário:
A questão judiciária passou a ser tema urgente da nação. O tema foi arrancado do restrito círculo dos magistrados, promotores e advogados.
Não mais se trata de discutir e resolver o conflito entre esses atores. Não mais se trata do espaço de cada um nesse poder da república. O tema chegou à rua. A cidadania quer resultados.
6
Fatores diretamente relacionados com a função social do Judiciário:
A nação quer e precisa de um sistema judiciário que responda a três exigências:
acessibilidade a todos;
previsibilidade de suas decisões;
e decisões em tempo social e economicamente tolerável.
7
crise na Justiça Brasileira
Questões ligadas à gestão administrativa do Poder Judiciário, do cartório ou dos casos que por lá tramitam passou a fazer parte do dia-a-dia das discussões e urge uma solução para o problema da pouca eficiência do Judiciário Brasileiro.
Os problemas que comprometem a função social desse Poder, começam a partir de como está estruturado e como vem funcionando o Poder Judiciário, por isso é importante conhecer esta estrutura e seu funcionamento.
8
Estrutura e infraestrutura do Judiciário
O Judiciário está dividido em dois grandes grupos: federal e estadual.
O Poder Judiciário Federal é o competente para apreciar todas as causas em que houver interesse da União ou de seus desdobramentos administrativos (autarquias e empresas públicas) como autora, ré ou simples interessada (arts. 106 e 109 CF/88). Dele fazem parte os tribunais federais, eleitorais, trabalhistas e militares.
O Judiciário Estadual, a ele compete apreciar todas as demandas envolvendo conflito de interesse entre particulares, bem como as causas em que há interesse dos próprios Estados, Municípios e seus desmembramentos administrativos – art. 126, CF/88.
9
10
Estrutura e infraestrutura do Judiciário
O Superior Tribunal de Justiça- sua competência é a de zelar pela supremacia das leis federais e promover a uniformização de sua interpretação;
Qualquer decisão dos Tribunais Estaduais ou Federais em que haja violação de lei federal poderá ser reexaminada pelo STJ, por meio de recurso especial.
Supremo Tribunal Federal – órgão máximo do Judiciário, abaixo do qual se encontram todos os demais e que tem por competência atuar em hipóteses especiais, previstas pela Constituição (art. 102).
11
Estrutura e infraestrutura do Judiciário
O STF pode reexaminar decisões de qualquer dos órgãos do Judiciário (estadual, federal ou especial). Ele dá a palavra final e sua decisão é imutável (art. 102, §2º, CF/88). 
O STF como guardião da Constituição, declara a inconstitucionalidade das leis sempre que violem os princípios constitucionais. 
Tem ainda por função atuar como moderador dos demais poderes, sendo o fiel da balança, função eminentemente política.
12
Estrutura e infraestrutura do Judiciário
A sociedade busca a figura do “juiz-resolutor” de conflitos, ou seja, mais ativo e participativo no cenário jurídico processual, que se preocupe com a importância do diálogo com e entre as partes e com a tomada de decisões orientadas pelo conjunto dos princípios constitucionais norteadores do ordenamento jurídico e dotadas de real efetividade. 
Porém a efetividade da atividade desempenhada pelos magistrados possui nuances que extrapolam as paredes do poder Judiciário e se colocam num plano muito mais complexo, pois está condicionado à análise de um sem-número de variáveis que estão para além à dinâmica exclusivamente processual.
13
Estrutura e infraestrutura do Judiciário
Um bom exemplo é o caso das medidas sócio-educativas de meio aberto impostas aos adolescentes infratores que dependem, para a sua satisfatória execução, da intervenção obrigatória da administração municipal e de convênios com um conjunto de entidades parceiras que tenham aderido à proposta pedagógica do Estatuto da Criança e do Adolescente.
As penas privativas de liberdade, que para que tenham êxito – com reflexo na diminuição dos índices de criminalidade e reincidência – requerem a constituição de parcerias com instituições variadas que viabilizem, por exemplo, a prestação de serviços à comunidade imposta pelo juízo.
14
A criação do Conselho Nacional de Justiça – CNJ
Um grande avanço para a justiça foi a criação do Conselho Nacional de Justiça, em 31 de dezembro de 2004, apesar de sua instalação ter sido realizada somente em 14 de junho de 2008.
Com previsão constitucional (art. 103-B), o CNJ tem se revelado um marco na busca da eficiência do Poder Judiciário Nacional.
15
O CNJ é composto por 15 Conselheiros, que deverão ser aprovados pelo Senado e nomeados pelo Presidente da República.
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A criação do Conselho Nacional de Justiça – CNJ
A competência do CNJ, que abarca: 
zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura
cuidar pela observância do art. 37, da CF ( que trata da administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência) e apreciar a legalidade dos atos administrativos cometidos por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que sejam adotadas as medidas necessárias ao cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;
17
A criação do Conselho Nacional de Justiça – CNJ
A competência do CNJ, que abarca:
c) Receber e conhecer das reclamações contra qualquerdos membros ou órgãos do Poder Judiciário, até mesmo contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro, que atuem por delegação do poder público ou oficializados de Contas da União.
d) Representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade;
18
A criação do Conselho Nacional de Justiça – CNJ
A competência do CNJ, que abarca:
d) representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade;
e) rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano;
f) elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;
g) elaborar relatório anual, indicando as providências que julgar serem necessárias, a propósito da situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho.
19
A criação do Conselho Nacional de Justiça – CNJ
Os trabalhos já desenvolvidos pelo CNJ abrangem temas como nepotismo, teto salarial, corrupção e lentidão. Além desses temas, foram enfatizados o desenvolvimento da informatização, a virtualização dos autos, o fortalecimento da criação do sistema de estatísticas judiciais e a mobilização em favor da conciliação de conflitos.
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AS FUNÇÕES ESSENCIAIS A REALIZAÇÃO DA JUSTIÇA.
A magistratura é elemento essencial no Estado Democrático de Direito. Sendo certo que não pode haver democracia sem uma magistratura consciente de seu papel social.
desempenha a relevante função de garantir o respeito aos direitos fundamentais do cidadão
Ao longo da história, da civilização ocidental, os primeiros “juízes” ocupavam a posição de mediadores, tentando aproximar os interesses das partes, até mesmo propondo sugestões – que poderiam, ou não, serem aceitas pelas partes conflitantes.
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Sistemas seletivos adotados para o recrutamento de juízes:
No Brasil, até a Constituição de 1934, não havia qualquer menção à realização de concurso público para o ingresso nos cargos da Magistratura.
a) Sistema eletivo – o magistrado é escolhido por votação, ou seja através do voto da população, como ocorrer com os representantes do legislativo e do executivo. Era adotado em Roma e no Brasil Colônia. Ainda é utilizado nos EUA e na Suíça.
A magistratura norte-americana é exercida por mandatos, cuja duração varia de Estado para Estado. Na Geórgia, o mandato de juiz é de seis anos e devem preencher os seguintes requisitos: ter sete anos de prática anteriores à sua eleição e ter, no mínimo, vinte e cinco anos de idade.
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Sistemas seletivos adotados para o recrutamento de juízes:
é mais democrático ( o povo elege); mais rápido ( no mesmo dia todos os juízes são eleitos) e mais econômico ( as despesas correm por conta dos candidatos) e há um controle sobre o desempenho do juiz por parte da população, já que ela o elegeu e poderá não reelege-lo, dependendo de sua atuação . 
Os critérios políticos podem interferir na escolha e nem sempre os melhores são eleitos.
VANTAGENS
DESVANTAGENS
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Sistemas seletivos adotados para o recrutamento de juízes:
b) Sistema da nomeação – o magistrado é indicado pelo Chefe do Executivo, mediante proposta do Poder Legislativo ou do Judiciário. É o sistema da Inglaterra. O magistrado é escolhido por livre nomeação do Executivo, dependendo da aprovação do Judiciário, ou a escolha é do próprio Judiciário, ou então, como na França e na Itália, a escolha se dá por um órgão especial de composição mista, incluindo advogados. Também é utilizado no Brasil para o preenchimento de 1/5 das vagas nos Tribunais de Justiça dos estados – escolha do governador – e nos Tribunais Superiores (STJ e STF) – escolha do presidente da república.
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Sistemas seletivos adotados para o recrutamento de juízes:
rapidez e economia
é antidemocrático, pois não dá oportunidades iguais a todos, somente a quem tem conhecimento; quem nomeia o juiz passa a ter influência política sobre ele.
VANTAGENS
DESVANTAGENS
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Sistemas seletivos adotados para o recrutamento de juízes:
c) Sistema do Concurso Público – o ingresso na magistratura se dá por concurso público de provas e títulos, com os melhores classificados preenchendo as vagas existentes. É obrigatória a presença de um membro da OAB na Banca Examinadora do Concurso.
VANTAGENS
VANTAGENS
mais democrático, pois oferece oportunidades iguais a todos; pressupõe que só os melhores passem; evita o protecionismo; garante a independência do magistrado.
mais oneroso (exige uma comissão de alto nível para realizar o concurso) e é mais demorado.
26
Sistema adotado no Brasil:
Sistema misto – concurso público de provas e títulos para os magistrados de 1ª instância. 
Para os tribunais superiores é nomeação pelo Presidente da República após aprovação pelo Senado Federal. 
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AS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DOS MAGISTRADOS:
No caso do Judiciário, cabe a ele não somente a aplicação da norma jurídica, mas também, excepcionalmente, legislar e administrar. 
Por outro lado, para que os juízes possam desempenhar seu papel constitucional da prestação jurisdicional, sem a preocupação com qualquer tipo de pressão interna ou externa, necessário se faz a existência de algumas garantias que estão dispostas no artigo 95, da Constituição Federal.
Na verdade, as garantias da magistratura, nada mais são do que um meio legal de assegurar o livre desempenho do juiz.
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AS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DOS MAGISTRADOS:
De maneira sintética, aqui estão elas:
I. Garantias institucionais – são a repercussão das funções atípicas. Servem para proteger a magistratura contra a pressão dos outros órgãos. 
São elas: autonomia orgânico-administrativa e autonomia financeira.
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AS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DOS MAGISTRADOS:
II. Garantias funcionais – dizem respeito aos próprios membros da magistratura, dando segurança às decisões. São elas:
a) Vitaliciedade – o juiz, em princípio, não pode perder o cargo, a não ser por decisão judicial. É adquirida após 2 anos de exercício – art. 93, VIII; 95, I e par. único.
Objetivo – dar ao juiz segurança e tranquilidade para que possa julgar sem sofrer qualquer pressão quanto ao seu cargo.
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AS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DOS MAGISTRADOS:
II. Garantias funcionais –
b) Inamovibilidade – o magistrado não pode ser transferido do lugar onde exerce as suas funções; nem é obrigado a aceitar promoção que implique em transferência, a não ser pelo interesse público e pelo voto de 2/3 dos membros de seu tribunal.
Objetivo – garantir o exercício da função de julgar sem a possível pressão de uma transferência compulsória.
c) Irredutibilidade de Vencimentos – com a CF/88 o vencimento dos magistrados passou a ser irredutível.
Objetivo – segurança financeira. 
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O MINISTÉRIO PÚBLICO
A partir da elaboração da CF/88 – art.127. O MP foi elevado a capítulo especial: Das Funções Essenciais à Justiça. 
Trata-se de uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
O MP possui independência e autonomia funcional e administrativa. Sendo seus princípios institucionais: unidade, indivisibilidade e independência funcional.
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O MINISTÉRIO PÚBLICO
Funções do MP: de acordo com o art. 129, CF/88.
a) defensor da sociedade fiscal da lei (custus legis);
b) proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e dos interesses
difusos e coletivos, promovendo o inquérito civil e a ação civil pública;
c) propor ação de inconstitucionalidade;
d) controle externo da atividade policial;
e) defesa dos direitos humanos.
 Sistema de escolha: Concurso público de provas e títulos, sendo que o procurador-geral é escolhido pelo Chefe do Executivo.
33
A DEFENSORIA PÚBLICA
Trata-se de uma instituição que, ao lado da Advocacia, da Advocacia Pública e do Ministério Público, éessencial à jurisdição.
 Atribuições:
a) orientação jurídica e defesa, em todos os graus, aos necessitados, ou seja, aqueles que comprovarem insuficiência de recursos;
b) concede isenção ao preparo de pareceres e consultoria.
A Gratuidade: é estendida também à requisição dos serviços cartoriários extrajudiciais, segundo entendimento pacífico jurisprudencial e doutrinário. Sua finalidade é a de garantir o acesso à justiça aos necessitados.
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A DEFENSORIA PÚBLICA
A jurisprudência tem aos poucos, estendido o benefício da assistência judiciária a pessoas jurídicas, que também gozam da prezunção de pobreza, prevista no art. 4º, § 1º da lei 1060/50, caso não tenham condições de arcar as custas do processo e honorários sem prejuízo próprio.
 Sistema de escolha – concurso público de provas e títulos OBS.: apesar de sua previsão constitucional, poucos são os Estados que possuem um corpo de Defensores Públicos, com destaque ao Rio de Janeiro que possui essa instituição desde 1982.
35
A ADVOCACIA
A advocacia é uma das atividades consideradas essenciais para a administração da justiça. Daí a importância do advogado na sociedade, na medida em que o advogado possui a capacidade de postular os interesses das pessoas em juízo ou fora dele e também de prestar assessoria e consultoria.
Surge nesse meio o papel do advogado como negociador, aquele capaz de solucionar conflitos de uma forma mais célere, antes mesmo de se formar um litígio. 
36
EFETIVIDADE DO DIREITO, DEMOCRATIZAÇÃO
DOS TRIBUNAIS E ACESSO À JUSTIÇA.
Ainda que se tenha em conta que função social do Direito é o controle social, prevenindo e compondo conflitos, há de se admitir que a pura e simples criação do Direito por si só não garante sua obediência.
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FENÔMENO SOCIOLÓGICO
O que leva o indivíduo a se submeter ao ordenamento jurídico e com isso dar efetividade do Direito?
CONTRATUALISMO: Para os contratualistas, a efetividade se daria a partir de um pacto ou contrato social (hipotético ou não) que seria o impulso criador do Direito, pelo qual os seres humanos concordaram em abrir mão de parcela de sua autonomia (liberdade original do estado de natureza) para viver harmoniosamente em sociedade, incumbindo essa parte de sua liberdade e seu controle a um ente superior e preparado para exercer esse controle social: o Estado.
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FENÔMENO SOCIOLÓGICO
O que leva o indivíduo a se submeter ao ordenamento jurídico e com isso dar efetividade do Direito?
Pensadores como Durkheim e Jean Carbonnier, defendem que somente a coação é capaz de fazer com que as normas emanadas do Estado sejam devidamente respeitadas pelo povo. Assim, os indivíduos se submeteriam às normas por receio do aparelho repressor do Estado, trata-se da corrente clássica.
.Porém, os meios coativos do Estado conseguem, máximo, impor a norma, mas não que ela seja acatada por todos e com isso tenha o Direito efetividade.
39
FENÔMENO SOCIOLÓGICO
Um outro sociólogo que busca analisar a questão da efetividade do Direito é o alemão Niklas Luhmann, para quem o Direito se torna legítimo e efetivo, por meio da utilização do procedimento, que formalmente iguala a todos os sujeitos, fornecendo a eles as mesmas possibilidades de se submeter às formas de resolução de conflitos normatizadas pelo Estado.
Porém, ele esquece dos aspectos materiais envolvidos nos conflitos de interesses, a saber, as desigualdades materiais e sociais que existem em todas as sociedades e, em particular, naquelas como a nossa em que milhões se encontram à margem do acesso ao mínimo.
40
DEMOCRATIZAÇÃO DOS TRIBUNAIS E ACESSO À JUSTIÇA
O Professor e Jurista Diogo de Figueiredo Moreira Neto, aponta o problema da democratização do judiciário em três causas:
Causas Estruturais:
Sistema judiciário complexo e obsoleto
Inexistência de uma Corte Constitucional
Morosidade e deficiência espacial
Deficiência de controles: falta de cumprimento de prazos, de assiduidade e de residência dos titulares nas respectivas comarcas.
41
DEMOCRATIZAÇÃO DOS TRIBUNAIS E ACESSO À JUSTIÇA
Causas Estruturais:
Controle do Judiciário: necessidade de um sistema nacional de controle que superasse o corporativismo sem expor o Judiciário à politização.
Número insuficiente de juízes: a proporção em 2004 era de um juiz por 25.000 habitantes. Essa proporção em países desenvolvidos é de um juiz por 5.000 habitantes. Necessidade de incentivo para atrair as legítimas vocações para preencher o impressionante número de cargos vacantes na 1ª Instância.
42
DEMOCRATIZAÇÃO DOS TRIBUNAIS E ACESSO À JUSTIÇA
2. Causas Funcionais:
Impropriedade das leis;
Complicação procedimental: predominância do hermetismo, processualística sobre valorizada, excesso de meandros técnicos e sistema irracional de recursos;
Deficiência no sistema de provocação: descaso do Poder Público na motivação, seleção e aperfeiçoamento dos membros das funções essenciais à Justiça, notadamente nas defensorias públicas;
43
DEMOCRATIZAÇÃO DOS TRIBUNAIS E ACESSO À JUSTIÇA
3. Causas Individuais:
a) Deterioração da formação acadêmica do bacharel: proliferação de faculdades sem bom nível científico. Currículos deficientes nas matérias de Direito Público. Reprovação em massa nos exames de ordem;
b) Carência na formação específica dos magistrados: seleção para a carreira através de concursos para ingresso nas Escolas da Magistratura. Promoções condicionadas a cursos de reciclagem ou titulação em pós-graduação;
44
DEMOCRATIZAÇÃO DOS TRIBUNAIS E ACESSO À JUSTIÇA
O Jurista Carlos Aureliano Motta de Souza, aponta as causas da crise do Judiciário:
CAUSAS
OPERACIONAIS
ampliação do campo temático da Constituição, com a consequente ampliação do leque de proteção ao cidadão, o encorajou a buscar o Judiciário em defesa de seus direitos, aumentando o número de processos em trâmite.
45
DEMOCRATIZAÇÃO DOS TRIBUNAIS E ACESSO À JUSTIÇA
O Jurista Carlos Aureliano Motta de Souza, aponta as causas da crise do Judiciário:
CAUSAS
ESTRUTURAIS
A notória deficiência no número de juízes no Brasil, em relação à sua população, aponta para a necessidade de dez vezes mais juízes para que o país estivesse dentro da média dos países de primeiro mundo. Além disso, a eliminação da idade mínima para recrutamento de magistrados possibilitou a nomeação de juiz de vinte e dois anos de idade, inexperiente, facilmente seduzível pela argumentação ágil, envolvente, laboriosa e aqlgumas vezes falaciosa de advogados experientes.
46
DEMOCRATIZAÇÃO DOS TRIBUNAIS E ACESSO À JUSTIÇA
O Jurista Carlos Aureliano Motta de Souza, aponta as causas da crise do Judiciário:
CAUSAS
CONJUNTURAIS
Dizem respeito ao aumento da população, à necessidade que
o direito tem de acompanhar as fronteiras das modernas tecnologias e à feroz capacidade legislativa do Estado, criando leis e normas com força de lei com tal velocidade que se torna difícil, impossível quase, dirimir todos os conflitos decorrentes dessa fúria lefigerante, mesmo para um Judiciário bem equipado, atento e com número razoável de juízes.
47
DEMOCRATIZAÇÃO DOS TRIBUNAIS E ACESSO À JUSTIÇA
O Jurista Carlos Aureliano Motta de Souza, aponta as causas da crise do Judiciário:
CAUSAS
ORGÂNICAS
Referem-se ao processo praticado no Brasil e à necessidade urgente de sua visão.
48
A DEFICIÊNCIA DA PRODUÇÃO JURÍDICO-NORMATIVA
O professor J. Bernardo Cabral aponta que a deficiência dos textos legislativos, urge uma solução que envolva uma reflexão profunda do parlamento nacional, instituindo um mecanismo de controle de qualidade da norma jurídica produzida no Legislativo Federal, de forma a impedir a inovação imperfeita, assistemática e e causídica do direito brasileiro.
49
A DEFICIÊNCIA DA PRODUÇÃO JURÍDICO-NORMATIVA
Cita o juiz Fernando da Costa Tourinho Neto, para ilustrar a crise no Judiciário:
“As causas são várias, a começar pelo atuar letárgico de certa parte dos juízes parece até doença. Existe o vírus da preguicite? A falta de juízes é também razão para a lentidão paquidérmica do Judiciário.A pletora de leis é outro fator:
o Governo, perdido, a editar medidas provisórias cada vez mais. O Legislativo, a elaborar uma profusão de leis. Leis casuísticas, feitas ao capricho do momento. Leis sem sentido, confusas. Um emaranhado, um cipoal de leis mal preparadas, mal discutidas”. (1995, .186).”
50
A DEFICIÊNCIA DA PRODUÇÃO JURÍDICO-NORMATIVA
E mesmo que lentamente, algumas mudanças vem sendo operadas, à exemplo:
a) A criação do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, em dezembro de 2004.
b) A Resolução nº 75 do Conselho Nacional de Justiça estabeleceu novos critérios de avaliação para o ingresso na Magistratura, inserindo em seu rol de disciplinas obrigatórias, além das tradicionais, matérias de cunho subjetivista e sociológico. São as seguintes disciplinas ligadas à formação humanística:
 Sociologia do Direito, Psicologia Jurídica, Ética e Estatuto Jurídico.
c) O Novo Código de Processo Civil abre portas para uma Justiça mais ágil e descomplicada, pois entre outras novidades, elimina recursos que hoje dilatam a duração dos processos e impõe custos advocatícios adicionais na fase recursal para desestimular aventuras judiciais e litigância de má-fé.
51
SOCIOLOGIA DAS PROFISSÕES JURÍDICAS
O professor André Santos (2012), em seu artigo intitulado: Uma introdução à Sociologia das profissões jurídicas revela que as primeiras preocupações acadêmicas com as profissões jurídicas aconteceram já na segunda metade do século XIX.
PREOCUPAÇÕES:
a) A qualidade do ensino jurídico;
b) A consolidação das profissões jurídicas no mercado de trabalho como um campo de atuação intelectualmente fecundo e economicamente próspero:
c) A ética dos profissionais da área jurídica.
52
SOCIOLOGIA DAS PROFISSÕES JURÍDICAS
A partir de finais do século XIX e início do XX, seguindo uma linha funcionalista de análise, autores como Blackwell (1895), Platt (1903) e Andrews (1908), além de outros, vão iniciar seus estudos em torna da questão se as profissões jurídicas estariam ou não se tornando profissões meramente de mercado, voltadas estritamente ao lucro, e assim, se distanciando daquilo que constituía seu fim, a luta pela realização do direito, deixando de lado o aspecto vocacional da profissão.
Uma reflexão dos limites entre profissão e negócio no mundo do direito foi muito realizado ao longo de todo o século XX, seguindo a tendência também encontrada entre os sociólogos funcionalistas de confundir o ser com o dever ser, de apresentar uma análise moral das profissões jurídicas.
53
SOCIOLOGIA DAS PROFISSÕES JURÍDICAS
Nas análises sociológicas de viés funcionalista, a profissão jurídica é frequentemente idealizada como uma profissão nobre, mas, na prática, é descoberta como um nicho de atuação para ganhar dinheiro, bastante dinheiro.
As profissões jurídicas são percebidas como uma espécie de missão a ser cumprida na sociedade: os profissionais do direito seriam verdadeiros guerreiros a lutar pelo direito posto como única e suficiente maneira de resolução de conflitos e defender os valores (da sociedade liberal burguesa), que são a base o direito moderno e a razão de ser das profissões jurídicas.
54
SOCIOLOGIA DAS PROFISSÕES JURÍDICAS
As pesquisas realizadas pelos professores Mauro Cappelletti, Bryant Garth(1988), no projeto ambicioso denominado Acesso à Justiça, entre outros, colaboraram para reconduzir as profissões jurídicas no centro do debate com uma abordagem mais sociológica
E no caso das profissões jurídicas, a sociologia das profissões jurídicas está se construindo como uma área de conhecimento sociológico específico, dando ênfase ao mundo do direito em suas análises.
Em particular, alguns desses autores têm interesse de pesquisa no papel das mulheres nas profissões jurídicas, discutindo a feminização destas profissões.
55
56
Série 1	
Categoria 1	Categoria 2	Categoria 3	Categoria 4	4.3	2.5	3.5	4.5	Série 2	
Categoria 1	Categoria 2	Categoria 3	Categoria 4	2.4	4.4000000000000004	1.8	2.8	Série 3	
Categoria 1	Categoria 2	Categoria 3	Categoria 4	2	2	3	5	
Primeiro marcador aqui
Segundo marcador aqui
Terceiro marcador aqui
	Classe	Grupo A	Grupo B
	Classe 1	82	95
	Classe 2	76	88
	Classe 3	84	90
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Dois layouts de conteúdo com SmartArt
Primeiro marcador aqui
Segundo marcador aqui
Terceiro marcador aqui
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Tarefa 1
Grupo A
Grupo B
Grupo C
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Adicionar título de slide – 4
61
Adicionar título de slide – 5
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