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AULA 03 DIREITO EMPRESARIAL

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DIREITO EMPRESARIAL APLICADO I 
Aula 3 
 
 
 
 
Professora Maria Lucia de Azevedo 
 
Email: advmalus@yahoo.com.br 
Introdução ao estudo do Direito Empresarial 
 
1. Do empresário e suas obrigações profissionais. 
2. O conceito de empresário individual 
3. As consequências do exercício da atividade 
empresarial de forma individual em relação ao 
patrimônio 
4. Os pressupostos para o exercício da atividade 
empresarial. 
5. As obrigações profissionais do empresário 
6. Registro, Escrituração e a Contabilidade 
7. As diferenças entre o Empresário Individual, a EIRELI 
e o Microempreendedor Individual (MEI) 
1. DO EMPRESÁRIO E SUAS OBRIGAÇÕES 
PROFISSIONAIS. 
A empresa é uma atividade e, como tal, deve ter um sujeito 
que a exerça, o titular da atividade (o empresário). Este é quem 
exerce profissionalmente atividade econômica organizada 
para a produção ou a circulação de bens ou de serviços 
(conceito do Código Civil de 2002, artigo 966 – no mesmo 
sentido do artigo 2.082 do Código Civil italiano). 
O empresário é o sujeito de direito, ele possui 
personalidade. Pode ele tanto ser uma pessoa física, na 
condição de empresário individual, quanto uma pessoa 
jurídica, na condição de sociedade empresária, de 
modo que as sociedades empresárias não são 
empresas, como afirmado na linguagem corrente, mas 
empresários. 
A configuração do sujeito exercente da empresa 
pressupõe uma série de requisitos cumulativos. 
REQUISITOS PARA SER EMPRESÁRIO 
a) a economicidade; 
 
b) a organização; 
 
c) a profissionalidade; 
 
d) a assunção do risco; 
 
e)o direcionamento ao mercado. 
A ECONOMICIDADE 
O empresário, enquanto sujeito de direitos que 
exerce a empresa, desenvolve sempre atividades 
econômicas, entendidas aqui como a atividade 
voltada para a produção de novas riquezas. Estas 
podem advir da criação de novos bens, ou mesmo 
do aumento do valor dos bens existentes. Tal 
concepção não significa que a atividade não possa 
gerar prejuízos, mas que abstratamente não se dirige 
a isto, ela é desenvolvida ao menos para evitar os 
prejuízos. Nas palavras do próprio Galgano, “o 
capital investido na atividade produtiva deve, pelo 
menos, reproduzir-se ao final do ciclo produtivo”. 
A ORGANIZAÇÃO 
Não basta o exercício de uma atividade econômica para a 
qualificação de uma pessoa como empresário, é essencial 
também que este seja o responsável pela organização dos fatores 
da produção para o bom exercício da atividade. E essa 
organização deve ser de fundamental importância, assumindo 
prevalência sobre a atividade pessoal do sujeito. A organização 
pode ser do trabalho alheio, de bens e de um e outro juntos. 
Normalmente a organização não significa a presença de 
habilidades técnicas ligadas à atividade-fim, mas sim uma 
qualidade de iniciativa, de decisão, capacidade de escolha de 
homens e bens, intuição, entre outros dados. Essa organização 
pode se limitar à escolha de pessoas que, por uma determinada 
remuneração, coordenam, organizam e dirigem a atividade, isto 
é, a organização a cargo do empresário pode significar 
simplesmente a escolha de pessoas para efetivamente organizar 
os fatores da produção. Ainda assim, temos uma organização 
essencial na atividade, para diferenciar o empresário dos 
trabalhadores autônomos e das sociedades simples. 
A PROFISSIONALIDADE 
Só é empresário quem exerce a empresa de 
modo profissional. Tal expressão não deve ser 
entendida com os contornos que assume na 
linguagem corrente, porquanto não se refere 
a uma condição pessoal, mas à estabilidade e 
habitualidade da atividade exercida. Não se 
exige o caráter continuado, mas apenas uma 
habitualidade, tanto que atividades de 
temporada (ex.: hospedagem) também 
podem caracterizar uma empresa, mesmo em 
face das interrupções impostas pela natureza 
da atividade. 
A ASSUNÇÃO DO RISCO 
Nas atividades econômicas em geral, todos assumem 
riscos o investidor, o empregado e o empresário, por 
sua vez, assume o risco total da empresa. Não há uma 
prévia definição dos riscos, eles são incertos e 
ilimitados. Ademais, o risco da atividade não é 
garantido por ninguém. Se houver uma crise no ramo 
de atuação do empresário, e este tiver prejuízo pela 
falta de demanda, ele não terá a quem recorrer. A 
remuneração do empresário está sujeita a elementos 
imponderáveis que podem fugir das previsões deste e, 
nessa situação, o risco é dele, não há a quem recorrer. 
O DIRECIONAMENTO AO MERCADO 
É essencial na caracterização de um empresário que 
sua atividade seja voltada à satisfação de 
necessidades alheias. O empresário deve 
desenvolver atividade de produção ou circulação de 
bens ou serviços para o mercado, e não para si 
próprio. Assim, não é empresário o agricultor que 
cultive as lavouras para sua subsistência. Já o 
agricultor que cultiva suas lavouras para vender os 
produtos rurais a terceiros se caracterizaria como um 
empresário, porquanto sua atividade está dirigida 
para o mercado e não para a satisfação das suas 
próprias necessidades. 
2. O CONCEITO DE EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 
O empresário individual é a pessoa física que exerce a 
empresa em seu próprio nome, assumindo todo o risco da 
atividade. É a própria pessoa física que será o titular da 
atividade. Ainda que lhe seja atribuído um CNPJ próprio, 
distinto do seu CPF, não há distinção entre a pessoa física em 
si e o empresário individual. Como no Brasil ainda não temos 
instrumentos de limitação dos riscos da atividade exercida 
pelo empresário individual, todo o patrimônio deste se vincula 
pelo exercício da atividade. 
O Código Civil de 2002, em seu artigo 978, já prevê uma certa 
distinção patrimonial, permitindo que imóveis ligados ao 
exercício da empresa sejam alienados sem a outorga 
conjugal. 
Todavia, essa é a única regra que se apresenta nesse sentido, 
não havendo ainda instrumentos de destaque patrimonial 
para o exercício da atividade pelo empresário individual. 
O Enunciado 5 da I Jornada de Direito Comercial afirma que 
“Quanto às obrigações decorrentes de sua atividade, o 
empresário individual tipificado no artigo 966 do Código Civil 
responderá primeiramente com os bens vinculados à exploração 
de sua atividade econômica, nos termos do artigo 1.024 do 
Código Civil”. Tal enunciado, embora represente uma importante 
opinião doutrinária, a nosso ver, não é compatível com a 
legislação pátria sobre o empresário individual, na medida em que 
este não constitui uma pessoa jurídica para o exercício da 
empresa. Ademais, na ausência de dispositivo específico, não se 
pode ter uma separação patrimonial, ainda que apenas para um 
benefício de ordem, pois quando a lei quis estipular tal separação 
o fez expressamente, como no caso do artigo 974, § 2 o do CC. 
Além disso, o artigo 1.024 do CC é claro ao se referir a sociedades, 
não podendo ter sua aplicação estendida aos empresários 
individuais. 
DO ENUNCIADO DA JORNADA JURÍDICA 
3. AS CONSEQUÊNCIAS DO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL DE 
FORMA INDIVIDUAL EM RELAÇÃO AO PATRIMÔNIO 
(EMPRESÁRIO INDIVIDUAL) 
Patrimônio Pessoal 
Leasing 
Conta Corrente 
Empregado 
Credores 
Responsabilidade Direta , 
Pessoal e Ilimitada 
Sócio “B” 
Leasing 
Conta Corrente 
Empregado 
Credores 
Responsabilidade Subsidiária 
Sócio “A” 
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL E SÓCIO 
4. PRESSUPOSTOS PARA REGULAR EXERCÍCIO DA 
ATIVIDADE EMPRESARIAL 
 
Art. 972 Código Civil. 
“Podem exercer a atividade de empresário os que 
estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não 
forem legalmenteimpedidos.” 
PRESSUPOSTOS REGULAR ATIVIDADE DE EMPRESÁRIO 
INDIVIDUAL 
Capacidade Civil 
 
Sem Impedimento Legal 
Artigo 972 do Código Civil 
PRESSUPOSTOS REGULAR ATIVIDADE DE 
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 
 CAPACIDADE CIVIL 
 
Art. 5º Código Civil 
“A menoridade cessa aos dezoito anos 
completos, quando a pessoa fica 
habilitada à prática de todos os atos da 
vida civil.” 
Atenção: Emancipação 
CAPACIDADE CIVIL 
Artigo 5º Código Civil Parágrafo único 
Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na 
falta do outro, mediante instrumento público, 
independentemente de homologação judicial, ou 
por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor 
tiver dezesseis anos completos; 
II – pelo casamento ; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino 
superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou 
pela existência de relação de emprego, desde 
que, em função deles, o menor com dezesseis anos 
completos tenha economia própria. 
Esse é o incapaz 
Antes , porém, atenção para grande diferença !!! 
 Empresário Sócio 
Certa vez um aluno me perguntou... 
O menor pode ser 
sóciode uma sociedade ? 
 
CAPACIDADE CIVIL 
Capacidade Civil : menor sócio da sociedade 
Sócio 
Não assumir função 
de administrador da 
sociedade 
Capital Integralizado 
Representante Legal 
Sócio 
 “Menor” 
Sociedade 
DESDE 
QUE 
Lei 12.399 01/abril/2011 
ARTIGO 974 CC (...) 
§ 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas 
Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de 
sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de 
forma conjunta, os seguintes pressupostos: 
Lei 12.399 01/abril/2011 
 
CAPACIDADE CIVIL : menor sócio da sociedade 
Lei 12.399 01/abril/2011 
Capacidade Civil : menor sócio da sociedade 
I – o sócio incapaz não pode exercer 
 a administração da sociedade; 
 
II – o capital social deve ser totalmente integralizado; 
 
III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o 
absolutamente incapaz deve ser representado por seus 
representantes legais. 
CAPACIDADE CIVIL 
Cuidado ! 
Uma Questão 
Importante.... 
Atenção para Nomenclatura ! 
Constituir 
Continuar 
Empresário 
Individual 
Menor 
Herança 
 Incapaz 
Superveniente 
CAPACIDADE CIVIL: NOMENCLATURA 
Quais seriam os impedimentos 
legais para a constituição de um 
empreendimento empresarial 
por um empresário individual ? 
IMPEDIMENTOS LEGAIS 
Prometo ... Até que a morte os separem !!! 
IMPEDIMENTOS LEGAIS 
É possível sociedade 
entre marido e mulher ? 
 
IMPEDIMENTOS LEGAIS 
OUTROS IMPEDIMENTO LEGAL 
Estrangeiro 
 L. 6.815/80 
Servidor Público 
L.8.112/90 
Falido L. 11.101/05 
5. AS OBRIGAÇÕES PROFISSIONAIS DO EMPRESÁRIO 
O exercício da empresa desempenha papel 
fundamental na economia moderna, tendo em vista os 
inúmeros interesses envolvidos, a saber, dos 
trabalhadores, do fisco e da própria comunidade. Logo, 
o empresário, enquanto sujeito exercente da empresa, 
deve estar submetido a deveres e responsabilidades 
peculiares, que denominamos regime empresarial. Esse 
regime empresarial não é meramente teórico, na 
medida em que os empresários, sejam pessoas físicas ou 
jurídicas, estão sujeitos a um regime próprio de 
obrigações, quais sejam, o registro das empresas (arts. 
1.150 a 1.154 do Código Civil de 2002), a escrituração 
contábil (arts. 1.179 a 1.195 do Código Civil de 2002) e a 
elaboração de demonstrações financeiras periódicas. 
6. OBRIGAÇÕES PROFISSIONAIS DO EMPRESÁRIO 
OBRIGAÇÕES 
PROFISSIONAIS 
DO 
EMPRESÁRIO 
Registro 
Escrituração 
Contabilidade 
Uma das obrigações impostas pelo regime jurídico empresarial 
é o registro no órgão competente dos atos determinados pela 
lei. Tal registro tem por finalidade dar publicidade aos atos. 
Não se trata de condição de eficácia, mas apenas de 
publicidade dos atos, daí dizer que o registro tem natureza 
eminentemente declaratória e apenas excepcionalmente 
constitutiva. Todos os empresários são obrigados a se registrar, 
se não o fizerem serão empresários irregulares. Mesmo o 
pequeno empresário, a nosso ver, tem a obrigação de se 
registrar, na medida em que o art. 970 do CC fala apenas em 
“tratamento favorecido, diferenciado e simplificado” para o 
pequeno empresário. Em sentido contrário, Fabio Ulhoa 
Coelho entende que o pequeno empresário estaria 
dispensado. A disciplina do registro das empresas é dada pela 
Lei 8.934/94, que fala no registro de empresas mercantis e 
atividades afins, que já acolhia parcialmente a teoria da 
empresa. 
O REGISTRO 
REGISTRO DO EMPRESÁRIO 
Artigo 967 Código Civil 
Lei 8.934/94 
REGISTRO DO EMPRESÁRIO 
Art. 967 Código Civil 
“É obrigatória a inscrição do empresário 
no Registro Público de Empresas Mercantis 
da respectiva sede, antes do início de sua 
atividade.” 
LEI 8.934/94 
DREI - Dep.Reg.Emp. 
e Intrgração 
 
 
JUNTA COMERCIAL 
ÓRGÃO RESP. EM 
CUMPRIR AS ORDENS 
DO Dep.Reg.Emp. 
e Intrgração. 
DREI 
Natureza Jurídica do Registro: Regra – Declaratória 
EX:QD UM JUIZ DECLARA A PATERNIDADE O FILHO JÁ ERA FILHO 
Órgãos do sistema O sistema de registro das empresas era dividido entre o 
Departamento Nacional do Registro do Comércio (DNRC) e as juntas 
comerciais, expressão mantida pela atual legislação (art. 1.150 do Código 
Civil). Com o advento do Decreto 8.001/2013 o DNRC foi extinto e foi 
substituído pelo Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI). O 
DREI é um órgão federal, que integra a estrutura da Secretaria da Micro e 
Pequena Empresa da Presidência da República, cuja competência é 
normativa, e de supervisão e controle do registro de empresas. A execução 
das atribuições do registro de empresas é feita pelas juntas comerciais, 
entidades de âmbito estadual, que podem ser simples órgãos dos Estados 
ou pessoas jurídicas, não havendo um critério. No Distrito Federal a junta 
comercial é subordinada administrativa à Secretaria da Micro e Pequena 
Empresa da Presidência da República. A matéria comercial é de 
competência legislativa da União federal. Entretanto, a organização do 
serviço das juntas comerciais é da competência dos Estados. Diante de tal 
diferenciação, surge a indagação sobre qual a justiça competente para 
apreciar os questionamentos judiciais que envolvam as juntas. O STJ 
entende que nas questões relativas à matéria comercial em si, o foro 
competente é a Justiça Federal, uma vez que as juntas comerciais efetuam 
o registro do comércio por delegação federal. 5 Entretanto, no que tange às 
questões do funcionamento interno da junta e a sua administração, a 
competência será da justiça comum estadual, 6 ressalvado o caso do DF 
em que a junta comercial é um órgão federal. 
Art. 971 CC. O empresário rural , cuja 
atividade rural constitua sua principal 
profissão, pode, observadas as formalidades 
de que tratam o art. 968 e seus parágrafos 
requerer a inscrição no Registro Público de 
Empresas Mercantis da respectiva sede, caso 
em que, depois de inscrito ficará equiparado 
, para todos os efeitos, ao empresário sujeito 
a registro. 
REGISTRO DO EMPRESÁRIO 
Exceção: Natureza Jurídica Empresário Rural – Constitutiva 
Escrituração 
Artigo 1.179cc 
Contabilidade 
1.184§2ºcc 
OBRIGAÇÕES PROFISSIONAIS DO EMPRESÁRIO 
Dias 13 e 14/julho/1709Livro - Diário 
DA ESCRITURAÇÃO 
A lei impõe como obrigação comum a todos os 
empresários, ressalvado o pequeno empresário (o art. 
1.179, § 2 o, do Código Civil dispensa o pequeno 
empresário da escrituração), a manutenção de uma 
escrituração contábil dos negócios de que participam. 
Tal escrituração tem por funções: organizar os 
negócios, servir de prova da atividade para terceiros e 
especificamente para o fisco. Os livros atendem tanto 
ao interesse do empresário no sentido da organização 
das suas atividades, quanto ao interesse público no 
sentido da fiscalização dessas atividades. As demais 
pessoas jurídicas de direito privado estão, a princípio, 
dispensadas de tal escrituração. 
Art. 1.179 Código Civil. 
O empresário e a sociedade empresária são 
obrigados a seguir um sistema de contabilidade, 
mecanizado ou não, com base na escrituração 
uniforme de seus livros, em correspondência com a 
documentação respectiva, e a levantar anualmente 
o balanço patrimonial e o de resultado econômico. 
ESCRITURAÇÃO 
HISTÓRICO: Estava no artigo 11 do Cód. Comercial 1850 e 
Dec.Lei 468/1969, hoje é disciplinada pelo Cód. Civil. 
Art. 2º IN 107 DNRC 
São instrumentos de escrituração dos 
empresários e das sociedades empresárias: 
I -livros, em papel; 
II- conjunto de fichas avulsas (art.1.180 – 
CC/2002); 
III- conjunto de fichas ou folhas contínuas 
(art.1.180 – CC/2002); 
IV- livros em microfichas geradas através de 
microfilmagem de saída direta do computador 
(COM); 
V- livros digitais. 
Instrução Normativa 107 DNRC 
ESCRITURAÇÃO 
LIVROS 
DO 
EMPRESÁRIO 
Obrigatórios 
Livros 
Comuns 
Facultativos 
ESPÉCIES DE LIVROS 
Livros 
Específicos 
LIVROS 
FACULTATIVO
DO 
EMPRESÁRIO 
ART. 1.179§ 1º CC 
 Salvo o disposto 
no art. 1.180, o 
número e a 
espécie de livros 
ficam a critério 
dos interessados. 
EXEMPLOS: 
Livro Caixa 
Livro Razão 
Livro de Conta 
Corrente 
Livro de 
Inventários e 
Balanços. 
Livros Facultativos 
Livro Obrigatório: ARTIGO 1.180 CC – LIVRO - DIÁRIO 
DIÁRIO 
REGULAR 
ARTIGO 1.181 CC 
EXTRINSECO 
FORA DO LIVRO 
FÉ PÚBLICA 
(verdade 
implícita) 
Art. 1.183. A escrituração será feita 
em idioma e moeda corrente 
nacionais e em forma contábil, por 
ordem cronológica de dia, mês e 
ano, sem intervalos em branco, nem 
entrelinhas, borrões, rasuras, 
emendas ou transportes para as 
margens. 
ARTIGO 1.183 CC 
INTRINSECO 
DENTRO DO 
LIVRO 
Art. 1.181. Salvo disposição especial 
de lei, os livros obrigatórios e, se for 
o caso, as fichas, antes de postos em 
uso, devem ser autenticados no 
Registro Público de Empresas 
Mercantis. 
 
LIVRO OBRIGATÓRIO COMUM: DIÁRIO 
DIÁRIO : CARACTERÍSTICAS. 
LIVRO: 
DIÁRIO 
Sigiloso art. 1.191 
Força 
Probante 
Facultativo 
ME , EPP , MEI 
LIVROS 
OBRIGATÓRIOS 
ESPECIAIS 
São livros 
obrigatórios 
por 
determinação 
de lei especial 
Livro de 
Registro de 
Duplicata. 
Artigo 19 
L.5474/68 
Livros Obrigatórios Especiais 
Lei das 
Sociedades por 
Ações – Artigo 
100 L.6404/76 
Art. 1184 § 2º CC 
Serão lançados no Diário o balanço 
patrimonial e o de resultado 
econômico, devendo ambos ser 
assinados por técnico em Ciências 
Contábeis legalmente habilitado e 
pelo empresário ou sociedade 
empresária. 
CONTABILIDADE 
CERTA VEZ UM ALUNO ME PERGUNTOU... 
O QUE SIGNIFICA BALANÇO 
PATRIMONIAL E BALANÇO DE 
RESULTADO ECONÔMICO? 
BALANÇOS: 
PATRIMONIAL 
E DE 
RESULTADO 
ECONÔMICO 
Art. 1.188 CC. O balanço 
patrimonial deverá exprimir, com 
fidelidade e clareza, a situação real 
da empresa e, atendidas as 
peculiaridades desta, bem como as 
disposições das leis especiais, 
indicará, distintamente, o ativo e o 
passivo. 
CONTABILIDADE 
 
Art. 1.189. O balanço de resultado 
econômico, ou demonstração da 
conta de lucros e perdas, 
acompanhará o balanço patrimonial e 
dele constarão crédito e débito, na 
forma da lei especial. 
 
7. AS DIFERENÇAS ENTRE O EMPRESÁRIO 
INDIVIDUAL, A EIRELI E O 
MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) 
 
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL – Pessoa física art.966 do 
CC/02 
EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA - 
EIRELI Lei Federal nº /11 de 12 julho de 2011MEI 
MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) A Lei 
Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições 
especiais para que o trabalhador conhecido como 
informal possa se tornar um MEI legalizado. Entre as 
vantagens oferecidas por essa lei está o Registro no 
Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que 
facilita a abertura de Conta Bancária, o Pedido de 
Empréstimos e a Emissão de Notas Fiscais. 
CASO CONCRETO: Bernardo pretende exercer a atividade de comércio de 
produtos alimentícios orgânicos. Para o exercício da referida atividade, 
Bernardo dispõe de R$ 80.000,00 de capital social, e precisa do auxílio de 2 
colaboradores. Além disso, estima um faturamento mensal de R$ 10.000,00. 
Diante desse cenário, Bernardo consulta você sobre a possibilidade de 
exercer tal atividade como Microempreendedor Individual ou até mesmo 
constituindo uma EIRELI, questionando quais as características de cada 
uma das modalidades. 
 
QUESTÃO OBJETIVA: (OAB 2011.2 – FGV) Em relação à incapacidade e 
proibição para o exercício da empresa, assinale a alternativa correta. 
A) Caso a pessoa proibida de exercer a atividade de empresário praticar 
tal atividade, deverá responder pelas obrigações contraídas, podendo 
até ser declarada falida. 
B) Aquele que tenha impedimento legal para ser empresário está 
impedido de ser sócio ou acionista de uma sociedade empresária; 
C) Entre as pessoas impedidas de exercer a empresa está o incapaz, que 
não poderá exercer tal atividade. 
D) Por se tratar de matéria de ordem pública e considerando que a 
continuação da empresa interessa a toda a sociedade, quer em razão 
da arrecadação de impostos, quer em razão da geração de empregos, 
caso a pessoa proibida de exercer a atividade empresarial o faça, 
poderá requerer a recuperação judicial. 
FIM... 
 
ATÉ A PRÓXIMA AULA 
 
BOA SEMANA A TODOS