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(e-book) Natação para Bebês

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NATAÇÃO 
PARA BEBÊS
Caio Graco Simoni da Silva
Tertuliano, I.W.
Apolinário,M.R.
Oliveira, T.A.
NATAÇÃO 
PARA BEBÊS
Caio Graco Simoni da Silva
1. INTRODUÇÃO
Sabe-se que a prática de nadar, seja para bebês ou
crianças, é tão antiga quanto atividades naturais como correr,
pular e brincar. Assim como os Polinésios que desde os
primeiros dias de vida inseriam e circundavam seus bebês
dentro da água já em outros séculos, hoje em dia, cada vez
mais essa prática torna-se sobressalente em clubes e
academias. Isso tem levado a muitas dúvidas e críticas quanto
a condutas e planos de aula. Antigamente as práticas não
estavam estabelecidas por aspectos fisiológicos e sim de
acordo com o ambiente, no caso dos polinésios, inserirem
seus filhos na água na mais tenra idade estaria ligado à
preocupação de suas mães com a possibilidade de
afogamento e com o aspecto cultural do país.
Natação para Bebês 3
As primeiras pesquisas realizadas sobre o ambiente
aquático foram descritas por Watson (1919) e, posteriormente,
por McGraw (1939). Estes autores procuravam explicações para
o comportamento motor aquático em bebês e crianças. Watson
defendia que essa aquisição seria condicionada pelo ambiente,
enquanto McGraw atribuía essa aquisição a maturação do
organismo. Watson só encontrou movimentos desorganizados
do bebê na água, segundo este autor os bebês se debatiam na
água sem demonstrar qualquer comportamento adaptativo no
meio líquido. McGraw, por outro lado, registrou padrões de
coordenação motora aquática bem-definidos, mostrando que
os bebês conseguiram se deslocar mostrando um padrão de
movimento de braços bem coordenados com os de pernas e
tronco. Vale ressaltar que esses resultados estavam associados
à forma com que cada bebê foi levado a interagir no meio
aquático. Watson introduziu os bebês em decúbito dorsal, uma
posição incômoda para inúmeros bebês, enquanto que McGraw
os introduziu em decúbito ventral. Apesar desses resultados,
ainda predomina a visão de que a aquisição da habilidade
nadar é exclusivamente dependente do ambiente externo.
Vários estudos foram feitos no âmbito do comportamento
motor de bebês sem a preocupação das alterações fisiológicas,
portanto, é preciso uma investigação mais clara destas
alterações que ainda não são conhecidas e/ou estudadas no
meio aquático, principalmente quando se trata de recém-
nascidos. Tais considerações, mais atuais, são importantes no
sentido de controlar riscos, bem como a efetividade dos
exercícios propostos.
Natação para Bebês 4
É de grande importância, no primeiro trimestre, as
relações mãe e filho e obviamente no psiquismo infantil,
ajustes como a rotina alimentar e do sono. Neste período,
portanto, a presença dos pais durante as aulas é de suma
importância. Outra vantagem de se iniciar a prática na mais
tenra idade reside no progresso do tônus muscular,
principalmente da região cervical, possibilitando uma melhor
sustentação da cabeça. A não adaptação ainda a posição
ereta, leva o bebê a aceitar de forma mais natural as posições
horizontais, dorsais e ventrais, e assim inserir e estimular essas
posições dentro do programa aquático é de grande relevância.
A presença de alguns reflexos, ainda que em fase de extinção,
coloca esta etapa de desenvolvimento como a mais propícia
para a aprendizagem, assim como o resgate de memória da
sua vida fetal (intra-uterina), pode ser responsável pelo bem-
estar do bebê na água. Estudos na área de exercícios para
bebês são escassos, mais ainda em idade precoce como o
proposto por este trabalho. Nos estudos de Soares, Silva,
Costa e Cunha (1999) foi analisada a alteração da freqüência
cardíaca em bebês de um ano de vida em “situação estranha”.
Esta “situação estranha” é definida como um procedimento
laboratorial onde o bebê é submetido a oito fatores
seqüenciais e fixos.
Natação para Bebês 5
O procedimento dura vinte minutos iniciando com a
entrada em um contexto, contato com uma pessoa estranha,
duas separações da figura de vínculo. Esta é caracterizada como
uma situação crescente de estresse. Neste trabalho os autores
estudaram a reação dos bebês diante do estresse e para medir
tal estresse foi avaliada a variação da freqüência cardíaca,
usando, portanto um parâmetro fisiológico. Ainda segundo
estes autores a variação da freqüência cardíaca pode ser uma
medida de avaliação exógena como variações ambientais,
mudança de postura e efeitos mecânicos da respiração, que
ocorre na natação. E, naturalmente fatores endógenos como
alterações nos estímulos de baroceptores e alteração da
resistência vascular periférica.
Neste contexto poder-se-ia supor que para alguns
bebês a situação de entrar em contato com a piscina poderia
ser causador de estresse.
A pressão arterial em recém-nascidos é um ótimo indicador da
função cardiovascular, sendo importante sua correta
mensuração (RIBEIRO, GARCIA & FIORI, 2007).
Portanto, é importante para o profissional dessa área
tão específica entender e estudar todos esses processos que
envolvem a segurança e o bem estar do bebê durante as aulas.
Recentes estudos (SILVA ET. al, 2011) controlaram por meio de
avaliações as alterações dos fatores funcionais através de
indicadores como: pressão arterial, freqüência cardíaca,
freqüência respiratória e a temperatura corporal.
Natação para Bebês 6
2. CONDUTAS DO PROFESSOR DURANTE AS 
AULAS DE BEBÊ:
Saber formas de segurar esse bebê e oferecer ao seu corpo
uma maior participação, passando assim maior segurança
para os pais;
Apresentar um tom de voz que dê segurança;
Ter um olhar seguro, atento, afetivo;
Valorizar os “pequenos”,mas, “grandes” ganhos;
Saber estimular e diferenciar ritmos diferentes de cada bebê;
Utilizar adequadamente os materiais de acordo com a faixa
etária;
Ter conhecimento profundo de primeiros socorros;
Fazer uma programação que condiz com o educando e atenda
as necessidades dos pais;
Não comparar um bebê com outros bebês, avaliação
individual;
Informar os pais sobre toda mudança do projeto quando o
mesmo for modificado
Natação para Bebês 7
NATHANIELSZ, P.W. A vida do bebê no útero. Rio de Janeiro. 
Editora: Ediouro, 2002.
3. BEBÊ, QUEM É VOCÊ?
O nascimento
Por mais de nove meses o bebê foi carregado e
envolto dentro de um outro corpo. Um lugar quente, úmido,
onde o bebê dava cambalhota, era estimulado por sons de
diversos timbres (sons da voz, estômago e coração), tanto
interna como externamente. Agora é hora de sair, mesmo fora
cabe a aos pais criarem uma base para seu crescimento físico
e psicológico. Segundo Nathanielsz (2002, p. 200), os
cientistas descobriram que:
Biologicamente, o nascimento não é apenas um
início ou um fim, é apenas um pouco de referência do
desenvolvimento ao longo do caminho.
Enquanto ainda estava no útero, seu bebê começou a
aprender muitas das coisas que pensamos pertencer à vida
fora do útero, como: respirar, degustar, aprender, e escutar.
Você está transmitindo informações sobre o dia e a noite
enquanto o seu bebê ainda está no útero, para que ele possa
começar a entrar em sincronia com um ciclo de 24 horas logo
após o nascimento.
A amamentação dá continuidade ao programa de
desenvolvimento que começou no útero.
O seu estresse continua a afetar o desenvolvimento do bebê.
Seu exercício nos meses após o parto pode continuar a ajudar
o bebê a se desenvolver.
Natação para Bebês 8
Antropólogos descrevem que, de certo modo, nós
seres-humanos, nascemos todos prematuros, mesmo depois
de enormes 9 meses dentro do útero. Na maioria dos animais
selvagens, recém-nascidos, podem levantarem-se e moverem-
se após 1 minuto do seu nascimento. Nós humanos ainda não,
os bebês precisam de meses ou até anos para locomoverem-
se em busca de alimento. Um dos motivos segundo
Nathanielsz (2002), para esse desenvolvimento tão lento é
que somos criaturas com cérebros muito grandes. O cérebro
dobra o seu tamanho após o nascimento, sendo assim, não
passaríamos pelo canal de nascimento.
Portanto, mesmo após o nascimento, o bebê
continua a se desenvolver de diversas maneiras. Durante a
amamentaçãoestá ligação aumenta ainda mais, o corpo da
mãe continua a ser fonte direta de nutrição e elo emocional
com o bebê. O que a mãe ingere está diretamente ligado com
o desenvolvimento do bebê ao longo de sua vida.
Natação para Bebês 9
Pesquisadores descobriram que:
O ambiente do bebê após o nascimento influencia a
qualidade das conexões neurais no cérebro em crescimento.
A quantidade e qualidade do leite materno estão diretamente
relacionadas com a alimentação e o nível de estresse da mãe.
Os anticorpos do leite materno mudam o sistema imunológico
do bebê.
Tocar, falar e brincar com o seu filho podem
realmente alterar o desenvolvimento neural e melhorar o
crescimento do cérebro.
Quando uma mãe continua a se exercitar após dar a
luz, isto tende a ajudar o desenvolvimento físico e psicológico
da criança.
Fatores que promovem o crescimento estão
presentes no leite materno.
A proporção de crescimento correta após o
nascimento é tão importante quanto a proporção do
crescimento antes do nascimento, para determinara saúde no
curso da vida do bebê. Bebês que crescem muito rápido ou
muito lentamente após o nascimento têm maior
probabilidade de ter problemas de saúde futuramente.
Natação para Bebês 10
Para uma programação mais saudável, Nathanielsz
(2002, p. 202), recomenda:
Amamentar seu filho pelo menos nos três primeiros meses.
Reduzir estresse na sua vida diária.
Exercitar-se. O exercício ajuda tanto a você quanto ao bebê.
Curta o seu bebê! Brincar, abraçar, tocar e falar com o seu
bebê criam a base física e mental sobre a qual ele vai construir
sua futura segurança e felicidade.
Após o nascimento os estímulos ambientais, são
muito maiores que os de dentro do útero, temos que
transformar esses estímulos em aprendizado. Num primeiro
momento esses estímulos podem ser gerados através dos
estímulos reflexos existentes nos bebês. Esses movimentos
reflexos são evidentes em todos os bebês em maior ou menor
grau, dependendo de suas idades e estruturas neurológicas.
São reações involuntárias do corpo, as várias formas de
estímulos externos, a maioria desses reflexos são subcorticais
(são controlados pelo centro cerebrais inferiores), também
são responsáveis por numerosos processos involuntários de
conservação da vida como a respiração”. (GALLAHUE &
OZMUN, 2005).
Natação para Bebês 11
4. "CONFISSÕES DE UM BEBÊ"
Natação para Bebês 12
10 Mês – Completo hoje 30 dias de idade e confesso que já
estou farto de ver caretas e ouvir "bilu-bilu" o dia inteiro na
minha cara. Por que será que os adultos não falam direito,
fazem uma voz esquisita e fanhosa, sabendo que não entendo
nada do que dizem - Muito menos falando assim!!
Natação para Bebês 13
20 Mês – Coisa que chateia é quando as visitas dizem que sou
a cara do pai. Antes eu não ligava, mas agora já vi a cara do
pai, acho um desaforo!
Natação para Bebês 14
40 Mês – A vovó tem mania de ficar me balançando no colo e
pensa que eu durmo por causa disso. Mas não é não! É que
fico tontinho e desmaio. Outro negócio que me enche é
quando a mamãe insiste em tirar a minha chupeta e o papai
diz que é melhor do que botar o dedo na boca. O que me
incomoda não é nem a falta de chupeta nem do dedo, é a
discussão na minha frente.
Natação para Bebês 15
60 Mês – Não gosto de pediatra porque vive receitando um
monte de remédios e sopinhas horrorosas. Só não gosto
daqueles ferrinhos que ele traz na malinha, mas toda vez que
seguro um pra brincar, ele tira da minha mão e enfia em
minha garganta.
E por falar em Médico – aqui em casa todos
acreditam nos livros que ensinam "como cuidar de bebê", mas
nunca nenhum médico me perguntou do que realmente gosto
e do que não gosto, pois quando eles escreveram seus livros
eu nem tinha nascido! Seguir estatística é nisso dá: quem
entra pelo cano sou eu...
Natação para Bebês 16
80 Mês – As pessoas grandes ensinam os bebês a falar errado
porque acham que é mais engraçadinho. Ficam dizendo
"Mamã", "Papá", mas o certo é Mamãe e Papai. Depois eu sei
o que acontece: de tanto a gente falar errado eles acabam
mandando a gente pra escola para aprender a falar direito.
Natação para Bebês 17
100 Mês – Não gosto de visitas. Entram no meu quarto para
ver se estou dormindo e ficam falando baixinho que estou
acordado. Depois vem outro e diz que estou dormindo, depois
vem mais um e diz que estou acordado. Ninguém se manca,
pois com todo mundo cochichando eu não consigo dormir!
Natação para Bebês 18
120 Mês – A maior emoção da minha vida foi quando consegui
ficar de bruços. Agora já estou engatinhando e ouço dizer que
logo começarei a andar. Eles não perdem por esperar: Assim
que eu começar a andar, SAIO DE CASA.
Natação para Bebês 19
5. FASES DOS REFLEXOS
Os movimentos reflexos são manifestados em todos
os bebês em maior ou menor grau, vai depender de sua idade
e estrutura neurológica, esses movimentos são reações
involuntárias que o corpo do bebê responde através de algum
estimulo externo, a maioria desses reflexos são controlados
pelos centros cerebrais inferiores que são os subcorticais,
responsável também pelos variados processos involuntário
(SILVA, apud GALLAHUE, 2007).
Após o nascimento o bebê organiza seus
comportamentos com uma precisão cada vez melhor, seus
reflexos fazem com que ele tenha uma rápida resposta,
através de como ele será estimulado aguçando suas
habilidades motoras progressivamente. Os reflexos que são
coordenados entre si farão com que o bebê tenha
oportunidade de se adaptar ao meio, Damasceno (1994).
Natação para Bebês 20
De acordo com Cirigliano apud Damasceno (1994,
pag. 31), “da equipe reflexa com que nasce munido o bebê,
alguns elementos facilitam a aprendizagem da natação e
seguramente também, de outras habilidades”. O que ocorre
sobre as respostas reflexas é avaliar o que está sendo
estimulado, pois isso irá facilitar o processo de aprendizagem,
mesmo que os reflexos sejam negativo. Os reflexos negativos
são aqueles que modificam as posições do corpo do bebê
impedindo que ele adquira uma posição de equilíbrio que
facilitar a sua flutuação. Segue abaixo a sequência dos reflexos
que os bebês adquirem durante seu crescimento.
Reflexo mecânico altera de forma ineficaz a mecânica
respiratória útil na água, isso faz com que aja de forma
negativa e provoca sensações que incomodam o bebê,
especialmente quando trazem insegurança. Segundo
Damasceno (1994) na aula de natação o bebê apresenta
vários padrões de reflexos devido aos estímulos apresentados
pelo professor de Educação física.
Natação para Bebês 21
O Reflexo de Moro acompanha o bebê do nascimento até os
quatro meses, ele é estimulado através de qualquer
acontecimento de surpresa onde ocorra um barulho muito
forte, ou que de repente algo se aproxime do bebê, ou seja,
deixar de suspender a cabeça do bebê onde o mesmo
encontra-se deitado. O bebê reagirá estendendo os braços e
pernas como fosse agarrar em alguma coisa. Na água a esse
reflexo aparece quando o bebê é colocado em decúbito dorsal
executado em exercícios de flutuação, esse exercício é o mais
indicado pedagogicamente, pois os outros estímulos podem
acarretar uma insegurança trazendo um incontrolável choro,
fazendo com que a aula seja interrompida.
Natação para Bebês 22
O Reflexo de Busca começa no nascimento e vai até os quatro
meses podendo ser prorrogado até os 6 meses, esse reflexo é
estimulado através de um simples toque em um dos lados na
face do bebê. O bebê responderá com uma pequena
inclinação para o lado que está sendo tocado. Na aula de
natação podemos estimular de modo que sejam feitas
pequenas correções da cabeça quando o mesmo estiver em
decúbito dorsal, isso faz com que a ele tenha uma responda
mais aguçada, principalmente na hora em que o bebê vai se
alimentar.
Natação para Bebês 23
Reflexo Palpebral tem início no nascimento até os dois anos,
ele pode ser estimulado através de objetos que encoste nos
cílios, acontecendo isso ele responderá contraindo o músculo
orbicular das pálpebras para se defender, na água esse
estimulo faz com que o bebê aprendaa abrir e fechar os olhos
quando forem mergulhar.
Natação para Bebês 24
Reflexo Tonico Cervical começa a partir do nascimento até a
criança começar a sustentar sua cabeça, ele é estimulado
através da musculatura do pescoço, o bebê responderá com a
extensão dos membros para onde a rosto está sendo
orientado, podendo ser trabalhado na água para facilitar as
manobras sem mergulhar o bebê.
Reflexo de Precipício acontece a partir dos três meses onde o
bebê começa a perceber a profundidade do local e evita se
aproximar, durante a aula de natação sentado na borda da
piscina determinar que o bebê projete o corpo para trás,
assim fará com que bebê perca o equilíbrio, esse exercício fará
com que ele evite mergulhar sozinho.
Reflexo Gerônimo acontece dos cinco aos nove meses,
podendo estimular os espaços físicos, que os atrai sem utilizar
qualquer tipo de objetos. Durante a aula podemos utilizar o
exercício do mergulho, que exige uma atenção redobrada,
evitando qualquer tipo de acidente.
Natação para Bebês 25
Reflexo de Reptação ou propulsão é a partir dos nove meses,
podendo chegar até a ação voluntária, esse reflexo pode ser
estimulado em um lugar firme, quando o bebe estiver em
decúbito ventral o professor colocará sua mão contra a planta
do pé, o bebê terá uma extensão sucessiva e com sincronismo
dos membros inferiores, estimulando o engatinhar, ou
propulsão de pernas dentro da água.
Natação para Bebês 26
Reflexo do Bloqueio da Glote acompanha o bebê do
nascimento aos doze meses, podendo ser prolongado nos
bebês que desmamam tardiamente. Podendo ser estimulado
através de qualquer agente físico que entra em contato com o
rosto do bebê, isso ocasiona o bloqueio da glote durante
alguns segundos, o bebê estando em apnéia podemos
executar uma imersão.
Reflexo de Para-Quedas, esse reflexo acontece entre o sexto e
o sétimo mês até os dois anos, pode ser estimulado
projetando o bebê contra a superfície da água como se eles
fossem cair de cabeça, com isso a reação que o bebê terá é
estender os membros superiores protegendo a face de uma
possível queda. Na aula de natação ele protegerá a entrada da
cabeça na água ajudando a propulsão do mergulho.
Natação para Bebês 27
Segundo Campos apud Damasceno (1994) as
dificuldades apresentadas irão desaparecer se o professor
considerar que suas atividades envolvem sempre as alterações
no comportamento nos bebês que serão estimulados, elas
não poderão ser programadas e avaliadas com um objetivo, se
não forem aplicadas corretamente as técnicas de modificações
desse comportamento. Essas alterações no comportamento
são baseadas no condicionamento e serão aplicadas no
transcorrer de sua primeira infância, a partir dos movimentos
reflexos como também dos movimentos voluntários.
Esse feedback não será totalmente apropriado para
o domínio dos movimentos, pois, esse campo de ação reflexa,
significa um ato ou reação a um evento que acontece ao
estimulo dado.
Contudo é interessante expor que os movimentos
reflexos são reações adquiridas provocadas por agentes que
são previamente neutros e que atuam como uma maneira
eficaz a partir de estímulos específicos, que poderão
estabelecer algum tipo de vínculo quando existir a capacidade
neuromotora para que o estimulo deseje ser condicionado.
Natação para Bebês 28
6. HABILIDADE DE NADAR E BANHO
A habilidade nadar significa deslocar-se no meio
líquido por impulsão própria em auto-sustentação (SILVA,
2011). Partindo dessa definição, outro ponto para destaque
em relação à natação para bebês, é a questão de quando
começar, ou por que ensinar a nadar tão cedo e quais
benefícios seriam conquistados com essa prática.
Entende-se que após as vacinas (Poliomielite,
Difteria, Coqueluche, Tétano) o bebê torna-se mais rico em
anticorpos, proporcionando uma melhor defesa para o seu
organismo. Além disso, os seguintes cuidados com o ambiente
devem ser seguidos: a) o tratamento da piscina deve ser à
base de sal (Acquamaid®) e não o uso de cloro em piscinas
fechadas (BERNARD, CARBONNELLE, BURBURE, MICHEL E
NICKMILDER, 2006), este cuidado diminui a irritação da pele
do bebê e mesmo da mãe, dessa forma os mesmos não
ficariam em contato com o cloro da piscina. Segundo os
estudos de LAGERKVIST, B.J.; BERNARD,A.; BLOMBERG,A.;
BERGSTROM, E.; FORSBERG, B.; HOLMSTROM, K.; KARP, K.;
LUNDSTROM, N.; SEGERSTEDT,B.; SVENSSON, M.; NORDBERG,
G. (2004), crianças submetidas a ambientes de piscina fechada
e tratada com cloro apresentam alterações no epitélio
pulmonar enquanto aquelas que frequentaram piscinas
tratadas com ozônio não apresentaram alteração significante.
Além disso, BERNARD, A.; CARBONNELLE, S.; BURBURE,
C.;MICHEL, O.; NICKMILDER, M. Há ainda a possibilidade do
bebê engolir água e se esta água não tiver cloro será melhor.
Acredita-se que estes sejam os empecilhos que os médicos
temem e desencorajam esta prática
Natação para Bebês 29
Nesse sentido, se realmente não houver uma piscina
exclusiva para tal, não seria indicado colocar os bebês após o
nascimento (dois meses) dentro da água. b) Com relação ao
local, é indicado de preferência um lugar pequeno, acolhedor,
que o bebê e a mãe sintam-se bem, seguros e protegidos. Se
possível uma piscina exclusiva para prática com bebês, com
pequenas dimensões para não assustá-lo, restrito ao professor
e aos pais, evitando deixar entrar no recinto outras pessoas
para tirar foto, chamá-lo, tirar a sua atenção durante a
seqüência da aula.
Se houver materiais, guardá-los e utilizá-los na hora
certa, pois os mesmos, devido a suas cores formatos e
texturas, acabariam também dispersando a atenção dos
bebês. c) A temperatura da água deve atender as
necessidades fisiológicas e metabólicas do bebê. A
temperatura corpórea interna do bebê nos primeiros dois
meses varia de 35 oC à 37,8 ºC, e segundo Parys (1967), seria
recomendado uma temperatura na piscina entre 30oC à 32oC.
Essa temperatura poderia variar de acordo com a temperatura
do dia, e de acordo com a programação, dessa forma o
aparelho termorregulador estaria sendo estimulado também.
Estas considerações são importantes para o início das
atividades com bebês a partir dos dois meses de vida.
Natação para Bebês 30
O Banho
Uma das mais importantes dicas do profissional
aquático é questão de instruir aos pais sobre os primeiros
banhos do bebê. A magia da água fará com que desapareçam
num piscar de olhos qualquer tipo de tensão existente ainda
na criança, desde que os pais façam um ambiente correto e
prazeroso. Primeiramente deixá-la flutuar, nada atrapalhando
o contato da água com o corpo do bebê. (LEBOYER, 1995, pag.
102)
Natação para Bebês 31
Para fazer o bebê entrar na água, segure-o pela axila, a
banheira ou recipiente com água quente, variando entre 29 a
34 graus, encostar o dorso da sua mão antes de entrar com o
bebê na água. Uma vez dentro, sinta o ambiente externo, não
pode estar muito em desequilíbrio com o ambiente aquático,
se possível um aquecedor próxima a banheira seria
interessante. Uma vez dentro da água não é necessário
segurar o bebê, deixe a água fazer o seu papel (Força de
Empuxo), esse modo de sustentar o bebê é fundamental. O
pescoço do bebê repousa no seu punho esquerdo, sua mão
esquerda deve estar aberta, o dedo médio desliza na axila do
bebê, isso seria um bom posicionamento para o bebê não
escorregar. Mãos relaxadas, a cabeça em contato com a água,
se possível, todo o pavilhão auricular submerso (sem oscilação
da cabeça). Caso queira colocar a sua outra mão por baixo do
bebê, sem problemas, mas não recomendamos, ele tem que
começar a sentir essas diferenças de pressões que a água
exerce sobre o seu corpo. É essencial que as duas mãos
estejam relaxadas, o bebê tem que sentir segurança e ao
mesmo tempo conforto de estar ali. Muitos pais se
atrapalham nessa hora, prejudicando o bom andamento da
adaptação ao meio líquido da criança.
Uma vez explicado aos pais o profissional deve estar atento
também em ajustar os tipos de empunhadura durante as aulas
e os reflexos existentes nesse primeiro estágio da vida.
Natação paraBebês 32
Estaremos citando durante as nossas argumentações
a idade inicial de dois meses para o contato na piscina,
portanto, o banho será de suma importância para o
desenvolvimento aquático do seu filho. Esse contato ou
retorno do bebê no meio líquido de forma sistematizada serão
importantes para o seu desenvolvimento afetivo, motor e
cognitivo. Logicamente que conhecemos alguns relatos e
bebês com idades muito antes dessa citada acima que tiveram
sucesso no meio líquido, mas pensamos que são casos
isolados e voltamos a reforçar, precisamos de piscinas próprias
para atender esses casos com idades mais recentes.
O educador que for trabalhar com bebês deve optar
por um método mais lúdico, não o lúdico sem referências, mas
o lúdico direcionado, acrescentar propostas não mecanicistas,
se possível com brinquedos cantados (musicalidade) durante
as aulas. O ato de ensinar e as propostas devem ser o mais
espontâneas possíveis, tanto para os pais, como para o bebê.
O método utilizado pelos educadores do movimento deve ser
programado com antecedência, evitando o “inventar” de
propostas durante as aulas, fazer com que o bebê manipule a
água em diferentes posições de decúbito, giros, e imersões
seria recomendado nesse período de aquisição de
habilidades. Lembrem-se: os bebês não são réplicas dos
adultos, por isso, tente respeitar as fases dos lactentes, cada
bebê terá uma resposta diferente apesar de alguns terem as
mesmas idades.
Natação para Bebês 33
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