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Resenha Critica do Artigo sobre Coaching

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Resenha Critica do Artigo:
Weintraub, Joseph R. e Hunt, James M. 4 Motivos pelos quais os gerentes devem dedicar mais tempo ao coaching. Reimpressão H023NQ. Publicado em HBR.ORG.Havard Business Review, 2015
A IMPORTÂNCIA DO COACHING
Karin Priscila Braga Knauft Monteiro (Unesa – CF)
Introdução
O artigo escrito por Joseph R. Weintraub e James M. Hunt, intitulado “4 motivos pelos quais os gerentes devem dedicar mais tempo ao coaching” discorre acerca de quatro motivos para gerentes fazerem uso do coaching, apesentando exemplos reais e a forma de aplicá-los com eficácia no campo profissional, afim de obter resultados positivos frente à equipe que o gestor está liderando. Além disso, os autores apresentam, também, quatro medidas para gerentes que optam por utilizar o coaching em seu ambiente de trabalho. 
Resenha
Os autores iniciam com um breve comparativo baseado em suas investigações juntos à diversos gerentes, destacando que os que não usam o coaching não são necessariamente maus gerentes, mas negligenciam uma ferramenta eficaz no desenvolvimento de talentos, ao passo que os que usam o coaching e distinguem dos outros por sua mentalidade, pois acreditam no valor do coaching, tornando-o um elemento natural do seu conjunto de ferramentas gerenciais. Ou seja, não são profissionais de coaching, mas são profissionais que, além de suas funções, reservam espaço para o coaching, sobretudo pelos quatro motivos listados pelos autores.
O primeiro motivo é porque o gestor considera o coaching uma ferramenta essencial para alcançar as metas da empresa. Se por um lado estão competindo por talentos, operando em um mercado altamente turbulento, tentando reter líderes em desenvolvimento ou desejem incentivar seus subordinados, por outro lado sabem que é difícil encontrar e recrutar pessoas extremamente talentosas, e que uma organização não pode obter sucesso apenas às custas dessas pessoas, mas também de pessoas experientes. Portanto, não é apenas bom ter o coaching, é imprescindível, tanto para consolidar as habilidades quanto para lidar com as mudanças de realidades do mercado. O segundo motivo mostra que os profissionais que usam o coaching gostam de ajudar as pessoas a se desenvolver. Partem do pressuposto que as pessoas que trabalham com eles não chegam prontas para realizar o trabalho, mas que precisarão aprender e desenvolver-se para desempenhar seu papel e adaptar-se às mudanças de circunstancias. Daí a importância do coaching, pois o gerente - considerando esse esforço mais uma tarefa de sua função, adapta seu estilo às necessidades e ao estilo de cada pessoa em particular. Assim, eles acreditam que as pessoas com o potencial mais elevado, que podem dar a maior contribuição para uma empresa, precisarão de uma ajuda para concretizar suas ambições mais elevadas. O terceiro motivo é que eles são curiosos. Fazem muitas perguntas e sabem como fazê-las- é uma característica natural, são genuinamente interessados em todos os aspectos, inclusive no que é preciso melhorar. Isso facilita o diálogo de coaching, pois o aprendiz compartilha livremente suas percepções e dúvidas, seus erros e acertos e juntos eles refletem sobre o que está acontecendo. Por último, eles estão interessados em criar conexões. O gerente que usa o coaching se coloca no lugar do outro, o que permite construir o entendimento daquilo que cada funcionário precisa e ajuste seu estilo de acordo. Este relacionamento de confiança e conectado, ajuda o gerente a avaliar melhor que abordagem adotar, sem preocupações demasiadas com hierarquia. Essa mentalidade de que ninguém está acima de ninguém é viável de ser alcançada, mas para isso é necessário saber se ela é convincente o suficiente para motivar uma mentalidade de coaching. Pra isso, o gerente precisa se perguntar se sua equipe possui o talento de que precisa para competir, se não, porque? É porque fez uma contratação ruim ou as pessoas não estão tendo um desempenho compatível com o potencial esperado? Ou é uma coisa ou outra. E no segundo caso, é sua função ajuda-las a chegar onde precisam ir.
Com isso, os autores indicam algumas premissas para quem deseja começar a praticar o coaching. Uma das primeiras medidas é encontrar alguém na empresa que seja bom nessa atividade pedir que ela lhe fale sobre o assunto, ouvindo e aprendendo. A segunda medida é entender, antes de começar a praticar o coaching, que vai precisar desenvolver uma cultura de confiança e um relacionamento sólido com as pessoas que vai orientar- as pessoas tem que se sentir ligadas a você de alguma forma. Em terceiro é importante aprender alguns princípios básicos do coaching gerencial que ajudarão a desenvolver sua própria perícia como coach. Uma das principais lições para os gerentes é que o coaching nem sempre significa dar as respostas para as pessoas, tem mais a ver com ter uma conversa e fazer perguntas abertas e bem formuladas que permitam que as pessoas reflitam sobre o que estão fazendo e como poderão executar as tarefas de modo diferente no futuro para melhorar o desempenho. E, finalmente, a mentalidade deve estar centrada nas pessoas que se está orientando, pois o coaching tem a ver com elas e não com você.
Conclusão
Neste artigo, notamos que os quatro motivos estão diretamente ligados à pessoas, mas não se pode esquecer que a base de atuação é a empresa, a organização e os resultados a se obter. Portanto, vale ressaltar um ponto que merece reflexão, antes de se começar a praticar o coaching. No primeiro motivo diz:” (...) o gestor considera o coaching uma ferramenta essencial para alcançar as metas da empresa”. Só que as empresas operam com curto, médio e longo prazo em suas metas e, provavelmente, em resultados a curto prazo, o coaching não apresente os resultados esperados, já que este é um processo de construção diária entre o coaching e seus subordinados, conforme elencado nos outros três motivos. Nesse sentido, pode-se considerar que: “(...) algumas organizações adotam métodos que facilitam o papel dos Líderes dentro da empresa, transformando-os em coaches, levando essa prática para dentro da organização, fazendo que o líder seja como um promotor de aprendizagem dentro do ambiente de trabalho.”, conforme Lidiane da Silva Lima propõe em seu artigo “O papel do Coaching na Organização”. Desta forma, o uso do coaching deve preparar a equipe para todas as situações, inclusive as de curto prazo, de forma eficiente.
Entretanto, considerando o dinamismo dos setores econômicos e suas instabilidades; considerando que o mercado de trabalho, apesar de estar cada vez mais competitivo, ainda apresenta muita dificuldade em apresentar profissionais talentosos e já prontos; e, considerando que novas práticas e estratégias surgem a cada dia a fim de acompanhar as mudanças e alcançar resultados, é inegável a contribuição positiva do uso do coaching por gerentes para consolidar as expectativas. Ao resumir a importância do coaching, Lidiane da Silva Lima, em seu artigo, diz:” Num ambiente competitivo, as empresas precisam a cada dia, desenvolver meios que facilitem e ao mesmo tempo torne seus profissionais capazes de resolver problemas e lidar com situações difíceis. Mas na maior parte dos casos a pessoa não consegue verificar quais são suas necessidades, o que precisa fazer para mudar, e com isso se torna desestimulada para qualquer mudança. Nesse momento surge o coach, uma técnica, onde o coach se torna um facilitador do conhecimento, que faz com que a pessoa consiga desenvolver habilidades, que antes nunca foram imaginadas, identificando talentos e habilidades (...)”. Essa definição vai de encontro ao que Joseph R. Weintraub e James M. Hunt colocam em seu artigo ao elencarem os quatro motivos, pois o coaching reduz a competição dentro de uma organização e abre espaço para a colaboração, fazendo com que os subordinados cooperem entre si de modo a trazerem soluções práticas, compromisso e resultados eficazes frente ao problemas detectados. Os quatro motivos apresentam, ainda, um perfil de comportamento que facilita vislumbrar ouso do coaching, seja compreendendo a atuação do coach, seja entendendo os estímulos propostos aos coachees, uma vez que existe entre eles uma relação de confiança e de partilha. 
Enfim, é um artigo que de forma didática e dinâmica alcança seu objetivo, demonstrando que o uso do coaching serve para todos os setores e cujos resultados excelentes em desempenho, comprometimento e eficácia se evidenciam na formação de equipes colaborativas e competentes. 
https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/papel-do-coaching-na-organizacao/
2 de dezembro de 2015

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