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U N O PA R A D M IN ISTRA Ç Ã O FIN A N C EIRA Administração fi nanceira Ivana A. Ribeiro Canata Administração Financeira Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Canata, Ivana A. Ribeiro ISBN 978-85-8482-584-4 1. Administração financeira. I. Título. CDD 658.15 Londrina : Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017. 68 p. C212a Administração financeira / Ivana A. Ribeiro Canata. – © 2017 por Editora e Distribuidora Educacional S.A. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e Distribuidora Educacional S.A. 2017 Editora e Distribuidora Educacional S.A. Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza CEP: 86041-100 — Londrina — PR e-mail: editora.educacional@kroton.com.br Homepage: http://www.kroton.com.br/ Sumário Tema 1 | Considerar: Administração Financeira: Conceitos Tema 2 | Avaliação: (Tempo e Risco) O Valor do Dinheiro no Tempo Tema 3 | Avaliação: Tempo e Risco Tema 4 | Política de Investimentos - Orçamento de Capital 7 17 33 47 Convite à leitura Conteúdo Nessa aula você estudará: • Conceito de finanças. • O Administrador como Agente. • Risco versus Lucro. • Habilidades Especiais de Administração Financeira. Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Qual é a importância das organizações para a sociedade? • Qual é a finalidade da Administração? • Qual é a importância de se estabelecer a visão, a missão e os valores de uma organização? Tema 1 Considerar: Administração Financeira: Conceitos. O que é Administração Financeira? A administração financeira tem como objetivo a maximização do valor para o acionista, através das decisões de: investimento, financiamento e utilização de lucro. Para Gropelli & Nikbakht (2012, p. 3), [...] finanças são a aplicação de uma série de princípios econômicos e financeiros para maximizar a riqueza ou o valor total de um negócio. Mas especificamente, ao usar o valor presente líquido (fluxo de caixa futuro, descontando o valor presente menos os custos originais) para medir a rentabilidade, uma empresa maximiza a riqueza investindo em projetos. Primeiramente, as finanças poderiam abranger as áreas da ciência social aplicada e subdividi-la em três amplos segmentos: mercado financeiro, finanças corporativas e finanças pessoais, de acordo com o diagrama abaixo. Figura 1.1 Os segmentos das finanças Fonte: Assaf Neto & Lima (2011). Finanças Finanças corporativasMercado financeiro Finanças pessoais POR DENTRO DO TEMA Considerar: Administração Financeira: Conceitos. T1 8 O segmento de mercado financeiro analisa os desempenhos dos mercados, seus diversos títulos e valores mobiliários negociados e as instituições financeiras que operam nesse segmento. Quanto às finanças corporativas estuda os métodos e as tomadas de decisões nas organizações. Um assunto recente, finanças pessoais, começa a ser muito importante através do estudo dos investimentos e financiamentos das pessoas físicas juntamente com á área do mercado financeiro (ASSAF NETO & LIMA, 2011). Sendo assim, os estudiosos na área financeira afirmam que nem sempre foi assim, conforme linha do tempo abaixo. Ano 1970- Eficácias do capital de giro. Ano 1980/90- Interpretação dos balanços e DREs. A partir de 2000 até os dias de hoje - Orçamentos eficazes nos recursos escassos e investimentos ativos em menor grau de risco e maior retorno. Figura 1.2 - Linha do tempo sobre a área de finanças Fonte: Alexandre Assaf Neto (2011) De acordo com Gropelli & Nikbakht (2012, p. 5), A área de finanças é em parte ciência e em parte arte. A análise financeira fornece os meios de tomar decisões de investimentos flexíveis e corretas no momento apropriado e mais vantajoso. Quando os administradores financeiros são bem-sucedidos, ajudam a melhorar o valor das ações da empresa. Por isso, o gestor financeiro moderno deverá ter uma visão dos vários departamentos da empresa, destacando suas oportunidades, tanto internas como externas. Deverá ter a competência de interpretar os dados e informações e entender comportamentos e ações futuros. A incerteza e o risco são aspectos que devem ser considerados no processo de decisão sobre investimentos. Markowitz apresentou no The Jornal of The Fianance, em 1952, o artigo Considerar: Administração Financeira: Conceitos. T1 9 Portfolio Selection, o qual difundiu a noção que um investidor deve formar um portfólio com base em seu retorno esperado e na variância dos retornos (risco), de modo a maximizar o primeiro e minimizar o segundo. Com a sugestão em elevar o retorno da empresa para certo nível de risco, ou reduzir o seu risco para um determinado retorno. Para que o investidor possa reduzir o seu risco deverá diversificar a carteira de ações em ativos de diferentes empresas, de forma que os retornos e os riscos se equilibrem pela variância positiva. De acordo com Gropelli & Nikbakht (2012, p. 11) “o objetivo da maximização do lucro pode conflitar com o da maximização da riqueza”. Sendo assim, elevar ao máximo a riqueza provocará apreensão quanto ao risco. Essa finalidade não será conseguida se a empresa tomar a política de maximização do lucro. Para entender as habilidades especiais de administração financeira os gestores precisarão analisar os princípios básicos da economia para melhor tomada de decisão. Gropelli & Nikbakht (2012, p. 13) dizem que: [...] a teoria econômica postula a busca da melhor alocação de recursos na economia. Para esse fim, os administradores financeiros são os responsáveis pelo encontro das melhores e mais baratas fontes de fundos e pelo investimento desses fundos na melhor e mais eficiente combinação de ativos. Atualmente os compradores sabem que podem fazer boas compras de um produto ou serviço quando a demanda cair. Por exemplo, comprar chocolates após o Dia da Páscoa. Sendo assim, o gestor bem-sucedido saberá como reagir no momento das mudanças em relação à oferta, demanda e preço, desde a compra da matéria- prima de um produto até o recebimento da sua venda. Os gestores financeiros no Brasil deverão ter certeza de suas decisões em investir ou não, aumentar o capital avaliando a tendência futura das taxas de juros, a meta da inflação, o comportamento do mercado financeiro com as mudanças nas atividades comerciais e industriais e no mercado externo. A globalização tem feito muitos executivos enfrentarem novos desafios na tomada de decisão, sendo o que poderão buscar por meio das culturas de vários países estrangeiros com abertura de subsidiárias instaladas para proteção dos valores de ativos, bem como em alerta com ganhos contra o risco na taxa de câmbio e com as tendências econômicas e financeiras. Considerar: Administração Financeira: Conceitos. T1 10 As metas do planejamento financeiro para obtenção de melhores resultados devem ser flexíveis com estratégias para monitorar os planos existentes, preocupando-se com métodos mais eficazes na determinação de quanto captar reduzindo os riscos financeiros dos recursos da empresa. De acordo com Assaf Neto & Lima (2011, p. 15), “gerenciar esses recursos de forma a manter a saúde financeira da empresa e lograr ainda alcançar suas metas estabelecidas e criar valor aos seus proprietários”. Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites • Acesse o site Associação Nacional do Executivo em Finanças, Administração e Contabilidade. Disponível em: <http://www.anefac.com.br/Pages/Visualizar. aspx?tema=8&id=6499>. Acesso em 02.jan.2014. • Leia o artigo Estratégias de Internacionalização de Empresas de Caio Alexandre Morelatto Sakagami. A leitura desse artigo permitiráentender os fatores que contribuem para o aumento da internacionalização das empresas brasileiras. Disponível em: <http://www.ibefsp.com.br/artigos/estrategias-de- internacionalizacao-de-empresas/>. Acesso em:02/01/2014. Vídeos • Entrevista de Ricardo Amorim sobre a palestra Oportunidade em investimentos na Expomoney em São Paulo (11/2012). Disponível em: <http://ricamconsultoria.com.br/news/entrevistas/palestra_ sobre_investimentos>. Acesso em 02/01/2014. ACOMPANHE NA WEB Considerar: Administração Financeira: Conceitos. T1 11 Instruções: Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido. Questão 1 Na crise financeira de 2008 nos Estados Unidos, a forma de pensar historicamente para fundamentar as finanças foi que a crise começou com a “bolha” no mercado de ações e mercado imobiliário, e também no mercado de commodities. Pesquise e explique o que seria o termo ‘bolhas’ dentro do mercado financeiro Questão 2 O termo Finanças é uma relação entre a sociedade e a negociação de mercado, sendo o pilar da sociedade onde as transações acontecem, pelo menos em larga escala como a alocação de recursos através do espaço e tempo. A partir, dessa análise, a gestão financeira volta-se a incentivar as pessoas a fazerem coisas produtivas para a obtenção de retorno financeiro com planejamento, controle e administração. Dessa forma, NÃO é correto afirmar que: No plano financeiro são ratificadas as obrigações de ampliação da empresa e a assimilação de casuais desajustamentos futuros. No controle financeiro, além de toda a função da empresa ainda são analisadas anomalias que surjam entre os orçamentos previstos e realizados. A gestão de ativos tem como finalidade conseguir a melhor estrutura, em termos de risco e retorno, para resultar em um gerenciamento competente de seus valores. A gestão de passivo está integrada à administração da liquidez e capital de giro, onde o fluxo de caixa é o resultado das diferenças entre entrada e saída de dinheiro de caixa. O arrolamento de fundos de provedores de capital, abrangendo, principalmente, o gerenciamento dos comprometimentos financeiros e a conciliação do passivo, resultando na estrutura adequada em termos de liquidez. AGORA É A SUA VEZ Considerar: Administração Financeira: Conceitos. T1 12 Questão 3 A XYZ é uma empresa de médio porte no setor de cosméticos que enfrenta dificuldades na tomada de decisão sobre finanças e necessita saber como criar valor para sua empresa. O gestor financeiro poderá: a) Analisar todas as escolhas possíveis e receber todas as informações necessárias para a tomada de decisões. b) Procurar as alternativas excelentes dentro das probabilidades da conjuntura envolvida antes de tomar uma decisão. c) Evitar sustentar as normas constituídas pela empresa para tomada de decisão e exclusivamente redefinir os processos quando lida com a dificuldade. d) Buscar a improbabilidade e impedir regras uniformizadas para tomar decisões. e) Tomar decisões a partir do valor que um ativo poderá ser negociado, em determinado momento, no mercado pelas forças de oferta e demanda de compradores e vendedores. Questão 4 Além das diversas características dentro da área financeira de uma empresa, o administrador financeiro possui algumas características dentro da área financeira de uma empresa, principalmente, a de captar e aplicar recursos financeiros com a menor taxa de juros de mercado. Sendo assim, qual a importância do administrador financeiro e quais os desafios a serem enfrentado pelo gestor financeiro no cotidiano empresarial a fim de zelar pela continuidade da empresa? Questão 5 Complete as lacunas: Risco ou _____________ do futuro, causam _____________ no valor do ______________. O risco aumentará com o passar do tempo, por isso os gestores financeiros deverão ___________ o risco, para a _________ do dinheiro Questão 6 Como executivo principal da BioVita, Inserir C (Certo) ou E (Errado): ( ) A Administração Financeira é uma área desafiadora e compensadora para geração de valor e riqueza. ( ) Os administradores financeiros têm a responsabilidade de planejar o futuro crescimento e direção de uma empresa, o que poderá não afetar a sociedade na Considerar: Administração Financeira: Conceitos. T1 13 qual está inserida. ( ) As empresas aumentam a competitividade globalmente para ampliar os lucros, diminuindo o potencial de crescimento e perder com a troca da tecnologia. ( ) Globalização significa desenvolver planos para proteger ativos da deterioração em valor, como proteger contra riscos estrangeiros. Questão 7 As regulamentações do governo enfrentadas pelas empresas são, às vezes, complexas, fazendo com que os administradores financeiros sejam obrigados a realizar certas concessões que poderão deixar de atingir a meta da empresa. Sabendo disso, explique e cite um exemplo de como as obrigações para com a sociedade podem interferir nos lucros empresariais. Questão 8 De acordo com Gropelli & Nikbakht (2012, p. 19), “o que funciona no mercado interno pode não funcionar em países estrangeiros”. Como os administradores financeiros enfrentam esses desafios para a tomada de decisão? Questão 9 Dentro da área Contábil existe um departamento para elaborar os demonstrativos financeiros, bem como a posição financeira da empresa para que obtenham informações sobre índices de lucratividades. Existe também o Demonstrativo do Fluxo de Caixa (DFC) que apresentará como o caixa fora gerado. Com essas informações, como a contabilidade poderá ser tão importante na tomada de decisão de um administrador financeiro? Questão 10 A finalidade das decisões do administrador financeiro representa a combinação dos aspectos teórico, técnico e crítico para refletir os interesses da sociedade. Nesse contexto, quais os benefícios e obrigações dos gestores financeiros para com a empresa? Neste primeiro tema, você aprendeu sobre os conceitos e objetivos da Administração Financeira, discutiu sobre a imagem e globalização da empresa e verificou as habilidades necessárias para um administrador financeiro zelar pela continuidade da empresa. FINALIZANDO Considerar: Administração Financeira: Conceitos. T1 14 Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! Considerar: Administração Financeira: Conceitos. T1 15 REFERÊNCIAS GLOSSÁRIO ASSAF, Alexandre Neto; LIMA, Fabiano Gusti. Curso de Administração Financeira. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2011. GROPELLI, A. A; NIKBAKHT, Ehsan. Administração Financeira: Programa Livro- Texto. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2012. MARKOWITZ, Hewry. Portfolio seleciont. The Journal of Finance, v. 7, p. 77-91, 1952. MODIGLIANI, E; MILLER, M. H. The cost of capital. Tradução Revista Economia Americana, p. 261-297, jun. 1958. Custo de oportunidade: é o retorno da melhor alternativa disponível no mercado em investimento que foi rejeitada pela decisão de aplicar os recursos em outra. Criar valor: obter ganho dos investimentos superior ao custo do financiamento. Mercado Financeiro: local onde ocorre a compra e venda de dinheiro e papéis de empresas, com a seguinte segmentação: mercado monetário, mercado de crédito, mercado cambial e mercado de capitais, onde os juros será a moeda de troca. Portfólio ou carteira: é um conjunto de bens financeiros, como ações, títulos de renda fixa, de propriedade de um investido, com objetivo de reduzir o risco. Valor de mercado: expressa o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, em determinado momento, no mercado. T1 16 Considerar: Administração Financeira: Conceitos. Tema 2 Avaliação (Tempo e Risco) O Valor do Dinheiro no Tempo Para Gropelli & Nikbakht (2012, p. 53) . [...] o velho ditado que diz “mais vale um pássaro na mão doque dois voando” adquire uma grande importância quando aplicado às finanças. Em termos monetários, ele significa que o dinheiro em caixa hoje vale mais do que no futuro. Existe três importantes razões básicas de o dinheiro valer mais agora do que no futuro são: a inflação, o risco e a liquidez. Segundo Assaf Neto & Lima (2011, p. 73), “a inflação é um fenômeno presente em praticamente todas as economias, provocando desequilíbrios estruturais motivados pela erosão do poder aquisitivo da moeda”. O grande problema inflacionário será localizado na maneira desproporcional de como opera sobre a economia e seus atuantes (empresas, poupadores, consumidores), causando a desigualdade na distribuição de renda. Riscos ou incertezas poderão ser determinados como a probabilidade de acontecimento de prejuízos resultantes da flutuação nos valores de mercado de maneiras ativas e passivas captadas pelas instituições financeiras que compõem o aglomerado financeiro. O risco de mercado incluirá os riscos das operações sujeita a variação cambial, taxa de juros, preços das ações e dos preços das commodities. Liquidez financeira poderá ser considerada como a melhor forma de garantir capital de giro seguro em uma empresa. Nem sempre bons lucros dirão que uma empresa atuará de forma sustentável, as gerações de caixa sólida serão a melhor POR DENTRO DO TEMA T2 18 Avaliação: (Tempo e Risco) O Valor do Dinheiro no Tempo forma de garantir um bom faturamento. Valor Futuro e Juro Composto Qualquer investimento deverá proporcionar um aumento de valor ao longo do tempo, o qual poderá ser denominado, valor futuro. Para isso, necessitará de cálculo financeiro na solução de diversas tomadas de decisões, como comprar a vista ou a prazo, alugar ou comprar, captação e aplicação de recursos. De acordo com, Assaf Neto & Lima (2011, p. 77), [...] os juros são chamados de compostos quando incidem sobre o saldo acumulado (montante) ocorrendo, dessa forma, juros sobre juros periodicamente. No regime de juros compostos, o juro gerado em determinada data é adicionado ao principal e serve de base para o cálculo de juros do período posterior. Exemplo (ASSAF NETO & LIMA, 2011) Admita que uma pessoa tenha aplicado R$ 100.000,00 a uma taxa composta de 2% a.m. em 3 meses. Utilizando da seguinte fórmula usualmente adotada em calculadoras e planilhas financeiras eletrônicas: PV = valor presente (capital ou principal) FV = valor futuro (montante) Têm-se os seguintes resultados ao final de cada período (mês). Final do 1º mês: a aplicação de R$ 100.00,00 (R$ 100.000,00 + 2.000), ou: FV = 100.000 x (1 + 0,02) FV = R$ 102.000,00 Final do 2º mês: o montante do primeiro mês de R$ 102.000,00, eleva-se para R$ 104.040,00; R$ 4.000,00 representam juros produzidos pelo principal de R$ 100.000,00 no bimestre (R$ 2.000,00 em cada mês), e R$ 40,00 são oriundos dos juros ganhos no mesmo período anterior, ou seja, no primeiro mês (2% x R$ 2.000,00). T2 19Avaliação: (Tempo e Risco) O Valor do Dinheiro no Tempo No critério de capitalização composta (ou exponencial) verifica-se a incidência dos juros não somente sobre o principal, mas também sobre os valores dos juros acumulados de outros períodos. De outra maneira, o montante pode ser obtido pela multiplicação do capital inicial aplicado pelo fator de crescimento composto dos juros, ou seja: FV = PV x (1 + i)n FV = valor futuro; PV = valor presente; i=taxa de juros; n = tempo FV = 100.000,00 x (1 + 0,02)3 FV = 100.000 x (1,02)3 FV = R$ 106.120,80 Generalizando o cálculo, tem-se: FV = PV(1 + i)n ou PV = FV (1+i)n Calculadoras financeiras Calculadora HP12C ou planilhas eletrônicas: A seguir serão apresentados os principais comandos da calculadora financeira HP12C usados na solução de problemas financeiros: N I PV PMT FV CHS Onde: N = prazo da operação. I = taxa de juros por período. No programa de cálculo HP12C, a taxa deverá ser inserida na forma percentual e não deverá ser dividida por 100. PV = valor presente. PMT = pagamento de montante temporário, que são pagamentos iguais e periódicos (fluxos de caixa) ou as prestações. FV = valor futuro. T2 20 Avaliação: (Tempo e Risco) O Valor do Dinheiro no Tempo CHS = troca de sinal (Change Sign). Tecla usada para mudar o sinal de um número. Por exemplo, se desejar inserir o número negativo igual a -10, deverá pressionar: 10CHS. Exemplos com fórmulas matemáticas e calculadora financeira: 1. Se uma pessoa deseja obter R$ 200.000,00 em um ano, quanto deverá aplicar hoje num fundo que rende 3% a.t.? Em outras palavras, qual o valor presente dessa aplicação? Solução: Dados: FV = R$ 200.000,00 n = 1 ano (quatro trimestres, pois a taxa está trimestral) i = 3% a.t. FV = PV (1+i)n 200.000,00 = PV (1,03)4 PV = 200.000 (1,03)4 PV = R$ 177.697,41 Calculadora financeira HP12C: Comandos Significado f REG Limpa os registradores de armazenamento 200000 CHS FV Introduz o valor futuro como número negativo 3 i Informa a taxa de juro 4 n Introduz o prazo PV Calcula o valor presente = R$ 177.697,41 Exemplo para Determinar a Taxa (I) Determine a taxa mensal de juros de uma aplicação de R$ 120.000,00 que gera um montante de R$ 130.439,50 ao final de um semestre. Solução: T2 21Avaliação: (Tempo e Risco) O Valor do Dinheiro no Tempo Dados PV = R$ 200.000,00 FV = R$ 130.439,50 n = 6 meses (1 semestre) FV = PV (1+i)n 130.439,50 = 200.000 (1 + i)6 (1+i)6 = 130.439,50 / 120.000,00 (1+i)6 = 1,086996 1+i= 6√1,086996 = (1,086996)1/6 1+i = 1,014 I = 0,014 x 100 = 1,4% a.m Calculadora Financeira HP: Taxa Equivalente e Taxa Efetiva Segundo Assaf Neto & Lima (2011, p. 123), “taxas equivalentes são taxas de juros que geram montantes idênticos (equivalentes) quando capitalizadas sobre um mesmo capital e prazo”. Por exemplo, 2% a.m., 6,12% a.t. e 12,62% a.s. são admitidas como taxas equivalentes, pois, capitalizando qualquer capital produzem o mesmo valor futuro ao final de um mesmo período. Assim, para um capital de R$ 100,00, tem-se os seguintes montantes ao final de um ano: Comandos Significado f REG Limpa os registradores de armazenamento 200000 CHS PV Introduz o valor futuro como número negativo 130439,50 FV Introduz o valor futuro 6 n Introduz o prazo I Calcula a taxa de juros = 1,4% a.m. T2 22 Avaliação: (Tempo e Risco) O Valor do Dinheiro no Tempo FV = 100,00 x (1,02)12 = R$ 126,82 FV = 100,00 x (1,0612)4 = R$ 126,82 FV = 100,00 x (1,1262)2 = R$ 126,82 Em outras palavras, o resultado mostra que é indiferente a um investidor aplicar um mesmo capital as taxas mencionadas. A taxa de juro equivalente refere-se a certo intervalo de tempo que poderá ser obtida por meio da seguinte expressão: i e = (1 + i/100) prazo que eu quero/prazo que eu tenho – 1 em que: i e = taxa de juros equivalente relativa a uma parte de determinado intervalo de tempo. i = taxa de juros efetiva de todo o período prazo que eu quero = prazo pelo qual se desejo obter a taxa prazo que eu tenho = prazo dado na taxa. Exemplo: Quais taxas de juros mensal e trimestral equivalentes a 21%a.a.? Dados: a) Taxa de juros equivalente mensal i = 21% a.a. prazo que eu tenho = 1 ano (12 meses) prazo que eu quero = 1 mês i e = (1 + 21/100) 1/12 – 1 i e = 1,0160 – 1 = 0,0160 ou 1,6% a.m. Calculadora HP 12C: T2 23Avaliação: (Tempo e Risco) O Valor do Dinheiro no Tempo Comandos Significado f REG Limpa os registradores de armazenamento 0,21 ENTER ITaxa de juros dividida por 100 1 + Soma-se 1 a taxa unitária 12 1/x yx Calcula-se o inverso de 12 e calcula-se (1,21)1/12 1 – 100 x Taxa equivalente mensal Valor Presente de Fluxos de Caixa Variáveis (GROPELLI & NIKBAKHT, 2012) – Supondo que uma empresa espera receber os seguintes montantes anuais variáveis de dinheiro durante os próximos quatro anos: O valor presente desse fluxo de caixa misto é simplesmente a soma dos valores dos quatro fluxosde caixa individuais. Se a taxa de desconto for de 10%, então, o valor presente de caixa misto será de R$ 3.642,43. VP = FC/(1+i)n ANO FLUXO CAIXA TAXA DESCONTO VALOR PRESENTE 1 1.000 (1+0,10) 909,10 2 1.200 (1+0,10)2 991,68 3 1.500 (1+0,10)3 1.126,95 4 900 (1+0,10)4 614,70 Valor presente fluxo de caixa de 4 anos = R$ 3.642,43 ANO FLUXO DE CAIXA (R$) 1 1.000 2 1.200 3 1.500 4 900 T2 24 Avaliação: (Tempo e Risco) O Valor do Dinheiro no Tempo Valor Presente de Perpetuidades Segundo Gropelli & Nikbakht (2012, p. 63), [...] uma perpetuidade é uma anuidade para sempre. Em outros tempos uma perpetuidade é uma dada quantia de dinheiro que será paga ou recebida a intervalor regulares de tempo, permanentemente. Os dividendos preferenciais ou os benefícios oriundos de um fundo de ações educacionais podem ser vistos como exemplos de perpetuidades. O valor presente de uma perpetuidade é a soma dos valores presentes de infinitos pagamentos ou recebimentos. VPp = D 1 + D 2 + D 3 + ... + D ∞ (1+R) (1+R)2 (1+R)3 (1+R)∞ Em que: VP = valor presente de uma perpetuidade D = valor do pagamento regular R = fator de desconto ∞ = infinitos períodos Os matemáticos provaram que para achar a resposta para essa equação compacta, será preciso calcular o valor presente de uma anuidade: VP p = D R Por exemplo: Qual o valor presente de uma perpetuidade de R$ 2,00 descontada a 8%? VP p = R$ 2,00/0,08 = R$ 25,00 T2 25Avaliação: (Tempo e Risco) O Valor do Dinheiro no Tempo Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites • Acesse o site Portal da Contabilidade. Lá você encontra informações sobre como administrar seus próprios gastos Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/educacao- financeira/cuide-do-seu-dinheiro>. Acesso em 02/01/2014. • Leia o artigo Os problemas da área de Finanças de Jeremy Hope. Este artigo permitirá conhecer os problemas enfrentados pela empresa em não concentrar as suas metas na área de finanças. Disponível em: <http://hsm.com.br/artigos/os-problemas-da-area-de- financas>. Acesso em:02/01/2014. Vídeos: • Assista ao vídeo: Como funciona o Mercado Financeiro – Portal Brasil. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/videos/200911/saiba-o-que-e- mercado-financeiro>. Acesso em:02/01/2014. ACOMPANHE NA WEB Instruções: Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido. AGORA É A SUA VEZ T2 26 Avaliação: (Tempo e Risco) O Valor do Dinheiro no Tempo Questão 1 30 razões que levam uma empresa a fechar as portas Provavelmente nunca ninguém lhe falou as principais falhas que você, micro ou pequeno empresário, pode estar cometendo na gestão financeira da sua empresa. Aproveite este artigo, o qual foi sugerido por um aluno e empresário. “Eu já montei e tive de fechar cinco empresas, depois dessa cruel experiência decidi voltar para a sala de aula”. Este foi o desabafo que um dos alunos do curso de Planejamento e Gestão Financeira fez no primeiro dia de aula. A resistência para sair da rotina de trabalho, originada quase sempre pelo conforto, é grande, mas chega uma hora que não tem outra saída. Foi o caso deste empresário, que depois dessa triste experiência, que aconteceu entre os 33 e 58 anos de idade, decidiu buscar conhecimento e se atualizar. Leia o artigo completo de Frederico Amory Os problemas da área financeira. Disponível em: <http://hsm.com.br/editorias/gestao-e-lideranca/30-razoes-que- levam-uma-empresa-fechar-portas>. Acesso em: 02 jan. 2014 Após a leitura do artigo e de acordo com o aprendizado diante da leitura obrigatória, pesquise quais os objetivos da Administração Financeira para uma gestão eficiente e eficaz e as funções do gestor financeiro. Questão 2: No final de um ano, Paulo deverá efetuar um pagamento de R$ 800,00, referente ao valor de um empréstimo contraído hoje, mais os juros devidos, correspondentes a uma taxa de 3,5% a.m. Qual o valor emprestado? a) R$ 828,00 b) R$ 803,36 c) R$ 529,42 d) R$ 442,00 e) R$ 772,00 Questão 3: Considerando em verdadeiro ou falso as seguintes afirmações, pode-se admitir que a alternativa que responde corretamente a sequência é: I. ( ) Para abranger o desenvolvimento das taxas de juros, deve-se envolver o prazo a que se menciona à taxa e o prazo de capitalização dos juros. II. ( ) Por ser uma taxa tipicamente de juros simples, o maior componente dos juros T2 27Avaliação: (Tempo e Risco) O Valor do Dinheiro no Tempo praticados no sistema financeiro não é referenciada na taxa linear (proporcional). III. ( ) O uso da taxa proporcional requere uma taxa efetiva mais elevada que a taxa implicitamente afirmada para a operação. IV. ( ) Se o prazo de uma operação combinar com a periodicidade em que os juros são capitalizados, a taxa assumida é menor que a taxa efetiva. V. ( ) Como o prazo a que se menciona a taxa de uma operação combinar exatamente com o prazo com que os juros são capitalizados, temos a chamada taxa nominal de juros. a) I-V; II-F; III-V; IV-F ; V-V. b) I-F; II-V; III-V; IV-V; V-F. c) I-V; II-V; III-F; IV-F; V-F. d) I-V; II-F; III-F; IV-F; V-V. e) I-F; II-F; III-V; IV-V; V-V. Questão 4: Preencha corretamente as lacunas: Dada uma taxa efetiva anual capitalizada mensalmente, a sua correspondente taxa anual é uma taxa __________________ mensal da sua taxa efetiva anualizada ________________________. A opção correta é: a) Equivalente; exponencialmente. b) Equivalente; linearmente. c) Proporcional; exponencialmente. d) Proporcional; linearmente. e) Linear; linearmente. Questão 5: Dentro da eficácia nas decisões financeiras, a administração financeira gira em torno do planejamento financeiro, controle financeiro, administração de ativos e administração de passivos. Assim NÃO é correto afirmar: a) No planejamento financeiro, são evidenciadas as necessidades de expansão da T2 28 Avaliação: (Tempo e Risco) O Valor do Dinheiro no Tempo empresa e a identificação de eventuais desajustes futuros. b) No controle financeiro é avaliado todo o desempenho da empresa e feitas também análises de desvios que venham a ocorrer entre os resultados previstos e realizados. c) A administração de ativos tem como objetivo obter a melhor estrutura, em termos de risco e retorno, dos investimentos empresariais, e proceder a um gerenciamento eficiente de seus valores. d) A administração de passivo está associada à gestão da liquidez e capital de giro, onde são avaliadas eventuais defasagens entre entrada e saída de dinheiro de caixa. e) O levantamento de fundos de provedores de capital, envolvendo principalmente o gerenciamento das obrigações financeiras e a composição do passivo, identificando a estrutura em termos de liquidez, redução de custos e risco financeiro, é característica da administração de passivo Questão 6: A empresa HD Theater, produtora de laticínios, possui uma duplicata no valor de R$ 20.000,00, que deverá vencer daqui 90 dias. Sabendo disso, o administrador financeiro solicita ao seu banco o desconto da duplicata na data de hoje com uma taxa de 3,5% a.m. Quanto a empresa receberá do banco? Questão 7: Qual o prazo de um financiamento de R$ 55.000,00 que poderá ser liquidado por meio de um único pagamento com a taxa de juros compostos de 15% a.m.? Questão 8: Qual a taxa de juros sobre o montante de R$ 13.200,00, sabendo que o valor futuro é R$ 35.112,26, sendo o seu período de sete meses? Questão 9: O valor presente de uma aplicação será de R$ 4.000,00, por 10 meses e a empresa negociou com seu banco uma taxa de 2% a.m. Qual o valor dos juros? Questão 10: A empresa JJ tem uma debênture com valor de R$ 100.000,00 e com valor líquido liberado de R$ 91.600,00, com uma taxa de desconto de 5% a.m.Sabendo que o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) foi de 1% a.m., determinar o prazo e a taxa de desconto efetiva exponencial. FV = 100.000,00; PV = 91.600; d= 5% a.m.; IOF = 1% a.m; n= ?; de= ? T2 29Avaliação: (Tempo e Risco) O Valor do Dinheiro no Tempo Neste segundo tema, você aprendeu sobre como calcular o valor do dinheiro no tempo com a inclusão de fórmulas matemáticas e cálculos com calculadora financeira. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO T2 30 Avaliação: (Tempo e Risco) O Valor do Dinheiro no Tempo T2 31Avaliação: (Tempo e Risco) O Valor do Dinheiro no Tempo REFERÊNCIAS GLOSSÁRIO ASSAF, Alexandre Neto & LIMA, Fabiano Guasti. Curso de Administração Financeira. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2011. GROPELLI, A. A. & NIKBAKHT, Ehsan. Administração Financeira: Programa Livro Texto, PLT – Edição Customizada – São Paulo: Saraiva – 2012. Commodities: produtos primários (exemplo: café, açúcar, soja, trigo, petróleo, ouro, diversos minérios), cujo preço é determinado pela demanda e oferta global. Fluxo de Caixa: medida de liquidez de uma empresa, que consiste na renda liquida mais os dispêndios que não representaram saída de caixa (como a depreciação). Risco: grau de incerteza associado ao resultado de um investimento. Taxa de desconto: taxa exigida de retorno que uma empresa deve atingir para justificar seus investimentos. Volatilidade: grau de variação de uma série de cifras que ocorre em torno da média ou do valor esperado. Quanto maior a volatilidade dos retornos, maior será o risco T2 32 Avaliação: (Tempo e Risco) O Valor do Dinheiro no Tempo Tema 3 Avaliação: tempo e risco Relação entre Risco e Retorno Com o gradativo desenvolvimento e complexidade das organizações, ao longo dos séculO risco poderá ser percebido pela habilidade de se mensurar o nível de insegurança de uma decisão mediante a ciência das possibilidades integradas à ocorrência de determinados retornos ou valores. De acordo com os autores Gropelli & Nikbakht (2012, p. 87): Para isso, alguns investimentos pagam um alto retorno, e outros um baixo retorno. Por exemplo, a caderneta de poupança é mais seguro que qualquer aposta de um jogo, a poupança renderá um baixo juro e é garantida pelo governo federal; caso alguém aposte em algum outro tipo de jogo, poderá ganhar muito ou perder tudo, por não saber o resultado. Então, a relação entre risco e retono sobre o seu investimento deverá ser adequada ao risco que quiser correr. Risco será o nível de desconfiança a um investimento. Quanto maior a volatilidade do retorno maior será seu risco. Na administração financeira, o risco será medido pelo grau de volatilidade integrado ao retorno esperado. Segundo os autores Gropelli & Nikbakht (2012, p. 89), POR DENTRO DO TEMA [...] risco e retorno são a base sobre a qual se tomam decisões racionais e inteligentes sobre investimentos. De modo geral, risco é uma medida da volatilidade ou incerteza dos retornos, e retornos são receitas esperadas ou fluxos de caixa previstos de qualquer investimento. T3 34 Avaliação: Tempo e Risco O prazo é um outro fator que aumentará o risco. Uma vez que o dinheiro perde valor com o tempo, os poupadores deverão ser compensados ao assumirem riscos na aplicação de um investimento. Exemplo: Risco e retorno (GROPELLI & NIKBAKHT, 2012) Suponha que uma pessoa possua $ 10.000 em caixa. Se emprestar ou investir $ 1.000, ela desiste da segurança do caixa por um retorno no futuro incerto e pode pedir um retorno de $ 100 para emprestar esses $ 1.000 iniciais. O retorno equivalente é de 10%. ($ 100/$ 1.000). Caso solicitem mais $ 1.000 emprestados, o investidor exigirá um retorno de $ 110 para superar a crescente relutância em desistir da segurança de manter um caixa e assumir outro risco no futuro. A taxa de retorno sobre a aplicação adicional de $1.000 é de 11% ($110/$1.000). O retorno total sobre dois investimentos será de 10,5% ($210/$2.000). É preciso esclarecer aos investidores que a chave de todas as decisões de avaliação e de orçamento de capital será como analisar o risco e o retorno, pois, geralmente, quanto maior o risco, maior o retorno esperado e vice-versa. E quanto mais tempo o dinheiro estiver aplicado sob o risco, maior será o retorno esperado. Como mensurar o retorno? Na teoria da Matemática, os retornos esperados de uma ação serão utilizados como aproximação para avaliação de um projeto de investimento, podendo ser da seguinte forma: Retorno esperado = Dividendo + valorização do capital = D t + (P 1 – P (t-1) ) Valor da ação no período (t-1) P (t-1) Em que: D t = dividendos do ano corrente P t = preço da ação do ano corrente Volatilidade é quantidade de flutuações que ocorre com uma série de números ao se desviarem de uma média representativa. Por exemplo, a média da série 1, 2, 3 é 2, e a média da série 1, 3, 5 é 3. A segunda série de números é considerado mais volátil que a primeira. Quanto maior a volatilidade, maior o nível de risco. T3 35Avaliação: Tempo e Risco P t-1 = preço da ação no ano anterior t = período de tempo Essa fórmula servirá para calcular os retornos esperados de uma série de retornos de dividendos e o ganho de capital da ação. Exemplo: Calcular a taxa de retorno de uma ação sendo que o dividendo (D t ) é igual a R$ 2,00, o preço da ação anterior (P t – 1) era de R$ 20,00, e o preço atual (P t ) de R$ 22,00. Taxa de retorno = R$ 2,00 / R$20,00 + (R$ 22,00 – R$ 20,00)/R$ 20,00 Taxa de retorno = 20% O risco será definido como o desvio dos resultados esperados em relação a uma média ou valor esperado. Para isso poderá ocorrer uma perda ou um ganho com o investimento de uma ação ou um projeto. De acordo com Gropelli & Nikbakht (2012, p. 103), “a maneira mais simples de analisar o risco é dividindo-o em dois componentes: o nível de risco e o risco do prazo”. Para isso, as decisões de investimentos serão baseadas no cálculo do valor presente dos fluxos de caixas gerados pelo investimento. O nível de risco poderá ser apontado pela comparação de um risco de um projeto A para com o projeto B. Existem empresas que possuem baixo nível de risco, e outras, alto nível, devido à volatilidade dos retornos desenvolverem um baixo risco, enquanto, os retornos de alto risco estarão flexíveis à elevada volatilidades. O risco do prazo será uma função do prazo, sendo que, quanto maior o tempo que o investimento ficar aplicado, maiores serão os riscos envolvidos. Risco Total = taxa livre de risco + Prêmio pelo risco Sendo: Taxa livre de risco = taxa de juros paga aos investimentos seguros pelo retorno prometido. Prêmio livre de risco = parte da taxa de retorno (para cima) requerida de um investimento, cobrada a partir da taxa livre de risco. T3 36 Avaliação: Tempo e Risco Para medir o risco de um projeto deverá ser calculada a volatilidade dos seus retornos esperados. A seguir, o exemplo da tabela 3.1 mostra que os retornos da Cia X serão mais voláteis que os da Cia Y. Os investidores sentem-se mais confiantes ao avaliar o resultado obtido na Cia Y do que o obtido na Cia X. A análise de risco será sempre importantíssima para verificar como os investidores avaliam os retornos dos investimentos. Por exemplo, avaliação de duas empresas (X e Y) – a empresa X (baixo risco) e a Y (alto risco). Ambas gerarão retornos de R$ 2,00 e R$ 2,50 por ação ao final dos próximos dois anos. A empresa X possui uma taxa de desconto de 15% e a outra, de alto risco, uma taxa de 25%. Os valores presentes descontados das duas empresas são: VP x = 2,00/(1,15)1 + 2,50/(1,15)2 = R$ 3,63 VP y = 2,00/(1,25)1 + 2,50/(1,25)2 = R$ 3,20 Caso os outros fatores forem iguais, os investidores avaliarão que os lucros da empresa X são mais atrativos que os da empresa Y. A tabela 3.1 mostraa mensuração para títulos governamentais com diferentes prazos de resgate. A classificação de níveis de risco avaliará os méritos relativos dos ativos. O estudo dos retornos indicará que os preços dos títulos de curto prazo são menos voláteis que os de longo prazo. Como medir o risco e o retorno com o modelo de Precificação de Ativos Financeiros (CAPM) O Modelo de Precificação de Ativos Financeiros (CAPM – Capital Asset Princing Prazo de resgate Taxa livre de risco ($) Prêmio pelo risco (%) Risco Total (%) Letras do tesouro 90 dias 5 0 5 Notas do governo 1 ano 5 2 7 Obrigações do tesouro 20 anos 5 4 9 Títulos das empresas 20 anos 5 5 10 Fonte: Gropelli & Nikbakht (2012) Tabela 3.1 - Como o risco se altera com os prazos T3 37Avaliação: Tempo e Risco Model) é um modelo que relaciona os riscos não diversificáveis com previstos aos retornos esperados de um projeto. O CAPM poderá ser aplicado para avaliar os méritos de risco/retorno de investimentos e ativos nas organizações, dividindo-os em duas partes: risco diversificável e risco não diversificável. Com isso, a volatilidade do mercado fornecerá um denominador comum para avaliar os graus de risco dos ativos ou títulos individuais. O grau de risco será a descoberta do grau de sensibilidade dos retornos de uma ação aos de retorno de mercado. Dessa maneira, empregará um índice comum, ou seja, o mercado. Exemplo: Como determinar a sensibilidade de uma ação ao mercado. Um investidor calcula que a volatilidade dos retornos do mercado (σm) foi, em média, de 5% ao ano durante os últimos dez anos. Quando a volatilidade dos retornos (σs) dessas ações foi calculada, o investidor encontrou os desvios-padrão da ação X igual a 10%, da ação Y igual a 5% e da ação Z igual a 3%. Usando o mercado como denominador comum, compare esses desvios-padrão com o mercado e determine a sensibilidade dessas ações com o mercado, utilizando a fórmula: Sensibilidade = Volatilidade dos retornos da ação = σ s Volatilidade dos retornos do mercado σ m Ação X = 0,10 = 2,00 0,05 Ação Y = 0,05 = 1,00 0,05 Ação Z = 0,03 = 0,60 0,05 Interpretando da fórmula: a ação X é mais sensível (por isso, mais arriscada) que o mercado, a ação Y tem a mesma sensibilidade (tão arriscada quanto o mercado) e ação Z é menos sensível (menos arriscada) que o mercado. O CAPM representa um enfoque mais sofisticado que o exemplo aritmético, mas com consideração semelhante. T3 38 Avaliação: Tempo e Risco Coeficiente Beta (β) A figura a seguir poderão ser calculadas matematicamente com as três linhas representadas pela relação entre os retornos da ação e os retornos de mercado, essa inclinação ou declividade de cada linha será chamada de Beta (β), medida da sensibilidade ou risco de uma ação (R s ) em comparação ao retorno médio do mercado (R m ). Estatisticamente, a equação, conhecida como linha característica, que correspondente a essa relação será: R s = a + βR m + e Sendo: β = coeficiente beta (inclinação) R m = retorno médio de mercado R s = retorno da ação Ação A β = 2 % R e to rn o s d as a çõ e s % Retornos médios do mercado (K m )0 Retornos positivos Retornos negativos Ação B β = 1 Ação C β = 0,6 K 1 2 I I I 0,6 I Figura 3.2 Usando CAPM para cálculo beta das ações individuais Fonte: Gropelli & Nikbakht (2012) T3 39Avaliação: Tempo e Risco a = constante e = erro Exemplo: Admite-se que os retornos mensais da ação X estão correlacionadas aos retornos mensais de um indicador de mercado como o índice composto da Moddy’s (agência de risco). A equação-padrão e as linhas características da três ações X, Y e Z serão as seguintes (CAPM considerada a e e = 0), beta (2,0, 1,0, 0,6) e o Retorno de mercado de 10%. Calcule os retornos esperados. R x = 0 + 2,0 (R m ) + 0 = 20% R y = 0 + 1,0 (R m ) + 0 = 10% R z = 0 = 0,6 (R m ) + 0 = 6% Quando não se possui a linha característica para calcular o beta, esse valor do risco poderá ser calculado pela seguinte fórmula: Beta = σ a _ P a,m σ m Determinados os desvios-padrão das ações X, Y e Z e os de mercado, conforme abaixo, o coeficiente de correlação (P a,m ), o beta, poderá ser calculado, sabendo que o coeficiente de correlação seja 1,0. σ x = 0,10; σ y = 0,05; σ z = 0,03; σ m = 0,05 Então, o beta de cada ação será: β da ação X = 0,10/0,05 * 1,0 = 2,0 β da ação Y = 0,05/0,05 * 1,0 = 1,0 β da ação Z = 0,03/0,05 * 1,0 = 0,6 Quanto menor o coeficiente de correlação, menor o risco não diversificável ou beta. Relembrando que o CAPM compara ou correlaciona os retornos da ação individual aos retornos de mercado. O mercado é um padrão ou denominador comum para a obtenção do que é conhecido como risco não diversificável ou T3 40 Avaliação: Tempo e Risco risco sistemático. A medida de sensibilidade de uma ação será beta (β). Caso: • β = 1,0 = títulos com riscos moderados ao mercado • β < 1,0 = títulos com menor risco ao mercado • β > 1,0 = títulos com maior risco ao mercado Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites • Leia o artigo Agência de classificação de risco rebaixa rating de 8 bancos brasileiros publicado no jornal Estadão Disponível em: <http://estadao.br.msn.com/economia/ag%C3%AAncia-de- classifica%C3%A7%C3%A3o-de-risco-rebaixa-rating-de-8-bancos-brasileiros>. Acesso em 02/01/2014. Vídeos • Assista ao vídeo Análise Econômica – Jornal “O Estadão” sobre – “Economia, dois anos depois”. Comentarista do Jornal José Paulo Kupter Disponível em: <http://tv.estadao.com.br/videos,ECONOMIA-DOIS-ANOS-%20 DEPOIS,188511,254,0.htm>. Acesso em 02/01/2014. ACOMPANHE NA WEB T3 41Avaliação: Tempo e Risco Instruções: Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido. Questão 1 Determine a TIR (Taxa Interna de Retorno) de um investimento que tem o fluxo de caixa projetado conforme abaixo: a) 23,75% a.a. b) 21,65% a.a. c) 16,65% a.a. d) 16,75% a.a. e) 21,75% a.a. Questão 2: A média aritmética simples, compreendida como média de x, é a soma de valores das informações divididos pela quantidade de informações. Calcule a rentabilidade do Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo), sabendo que em 2009 foi de 27,7%, em 2010 de 32,9% e em 2011 de 30%. Qual a sua média dos últimos 3 anos? a) 30% b) 29,9% AGORA É A SUA VEZ PERÍODOS ENTRADAS DE CAIXA SAÍDAS DE CAIXA 0 (100) 1 40 2 50 3 60 T3 42 Avaliação: Tempo e Risco c) 30,20% d) 30,50% e) 29,20% Questão 3: Uma ação apresenta um beta igual a 2,0; retorno de mercado de 6,5% e o retorno mínimo exigido pelos investidores é de 15%. Qual será o retorno esperado pelos investidores dessa ação? a) 24,5% b) 23,5% c) 15% d) 25% e) 21,5% Questão 4: O risco de uma carteira depende: a) Da soma dos riscos individuais de cada título. b) Da variância dos retornos dos ativos que a compõem. c) Do risco e da correlação de cada elemento que a compõem, e de sua participação no investimento total. d) Do risco individual de cada ativo e da sua participação na carteira. e) Da correlação de cada ativo da carteira e do risco não diversificável do portfólio. Questão 5: Complete as lacunas abaixo com os termos inseridos no quadro: Discreta Objetiva Contínua Subjetiva Uma probabilidade é definida como _______ quando se adquire uma experiência passada sobre a qual não resta dúvida de que se repetirá. A probabilidade _____ decorre de eventos novos, sobre os quais não se tem nenhuma experiência prévia relevante. Uma variável é entendida como ______ quando assume número de valores finito, T3 43Avaliação: Tempo e Risco sendo, de maneira inversa, considerada ________ na hipótese de assumir um conjunto infinito devalores. A ordem correta que completa todas as três sentenças é: a) Subjetiva; objetiva; discreta; contínua. b) Subjetiva; discreta, contínua; objetiva. c) Objetiva; contínua; discreta; subjetiva. d) Objetiva; subjetiva; contínua; discreta. e) Objetiva; subjetiva; discreta; contínua. Questão 6: O CMPC (Custo Médio Ponderado de Capital) de qualquer empresa poderá ser interpretado como: a) Custo médio ponderado de capital das obrigações de longo prazo. b) Custo médio ponderado de capital das obrigações de curto prazo. c) Custo médio ponderado entre capital próprio e capital de terceiros existentes na estrutura de ativos e passivos da empresa. d) Custo médio ponderado de capital do patrimônio líquido da empresa. e) Custo médio ponderado de capital do ativo da empresa. Questão 7: Uma empresa identificou o custo de cada origem de capital que irá financiar um novo projeto de investimento: A empresa está avaliando um projeto de investimento que possui como taxa interna de retorno (TIR) 10% a.a. Diante dessas condições, pode-se concluir que: a) O projeto não deve ser aceito, pois a TIR é menor que o CMPC da empresa. b) O projeto não deve ser aceito, pois a TIR é maior que o CMPC da empresa. c) O projeto deve ser aceito, pois a TIR é menor que o CMPC da empresa. Fonte de Capital Proporção Custo anual Dividas de longo prazo 40% 10% Capital Próprio 60% 14% T3 44 Avaliação: Tempo e Risco d) O projeto não deve ser aceito, pois a TIR é maior que o CMPC da empresa. e) Impossível tomar a decisão uma vez que a TIR é exatamente igual ao CMPC. Questão 8: O risco total deveria ser reduzido (pelo menos teoricamento) quando um gestor financeiro toma a decisão de adicionar novos ativos na carteira. O que aconteceria se você incluísse na sua carteira de investimentos um novo ativo que apresentasse um comportamento de retornos, ao longo do tempo, idêntico ao comportamento de sua carteira? Será que haveria redução de risco nesses casos? Questão 9: A globalização da economia, conceito chave dos anos 1990, forçou as empresas a adotarem estratégias mais apuradas para lidar com finanças corporativas. No conflito entre risco e retorno, as empresas adotaram alguns instrumentos estratégicos mais sofisticados, como os que envolvem derivativos, opções e hedges. Por que existe a necessidade na gestão do risco de levar em consideração esses instrumentos financeiros? Questão 10: Uma empresa está estimando o custo de capital próprio de um investimento a partir da taxa de mercado (SELIC). A taxa de retorno livre de risco está fixada em 7,5% e o prêmio pelo risco de mercado está estimado em 7%. O Coeficiente Beta do projeto é de 1,30. Determine o custo de capital próprio a ser considerado no projeto de investimento. Admita que esse projeto represente 25% do total dos investimentos da empresa. O beta da empresa é de 0,90. Sendo aceito esse projeto, calcule o novo beta da empresa e seu custo de capital próprio. Neste tema, você aprendeu sobre conceitos e objetivos da Administração Financeira com a finalidade de esclarecimento de conceitos e discussão sobre a imagem e globalização da empresa Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO T3 45Avaliação: Tempo e Risco REFERÊNCIAS GLOSSÁRIO ASSAF, Alexandre Neto; LIMA, Fabiano Gusti. Curso de Administração Financeira. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2011. GROPELLI, A. A; Nikbakht, Ehsan. Administração Financeira: Programa do livro- texto PLT. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2012. MARKOWITZ, Hewry. Portfolio seleciont. The Journal of Finance, v. 7, p. 77-91, 1952. MODIGLIANI, E; MILLER, M.H. The cost of capital. Tradução Revista Economia Americana, p. 261-297, jun. 1958 Ações: títulos de propriedade representativos de uma pequena parte do capital de uma empresa. Coeficiente de Variação: cálculo para divisão do desvio-padrão de um ativo pelo valor esperado. Dividendos: parcela em espécie na distribuição de lucros de uma empresa. Retorno Esperado: é o que o investidor espera de um investimento ou negócio em determinado período de tempo, sendo uma expectativa, pois poderá ser maior ou menor do que o esperado. Títulos: são papéis representativos de um ativo financeiro, que podem ser representações de um contrato de dívida ou de propriedade. T3 46 Avaliação: Tempo e Risco Tema 4 Política de Investimentos – Orçamento de Capital Política de Investimentos – Orçamento de Capital O gestor financeiro deverá estar apto para decidir se um investimento ou um novo projeto empreendedor será escolhido ou não, entre duas ou mais opções, por meio de um conjunto de processos de avaliação, comparação e seleção de projetos. Assim, esse conjunto de procedimentos será chamado de orçamento de capital. Vários autores determinam que o orçamento de capital seja uma ferramenta gerencial necessária para tomada de decisão no sentido de apurar os resultados e atratividade das aplicações de capital. De acordo com Gropelli & Nikbakht (2012, p. 113): Sendo assim, o capital é um recurso limitado, seja na forma de capital de terceiros (a curto ou longo prazo) e ou de capital próprio (ações) ou lucros acumulados; ao se encontrar com fontes limitadas de capital, a decisão da gestão financeira determinará se o projeto de investimento deverá ser aceito ou não economicamente. Caso existir mais de um projeto, o gestor deverá identificar qual contribuirá para o lucro e a criação de valor para a empresa; assim, será à base do orçamento de capital. POR DENTRO DO TEMA o Banco Central exige que cada banco, mediante depósitos compulsórios, mantenha parte de seus depósitos a vista como reservas. A existência de recursos limitados para emprestar tornam seletivas as instituições financeiras ao concederem empréstimos a seus clientes. T4 48 Política de Investimentos - Orçamento de Capital Determinando os Custos Iniciais Na decisão do gestor financeiro se um projeto deverá ser aceito ou não, o primeiro passo fundamental é o cálculo do custo inicial. “O custo inicial, ou custo do investimento inicial, segundo Gropelli & Nikbakht (2012, p. 123): Para isso, os gestores precisam responder as seguintes perguntas: • Qual é o preço de compra dos novos equipamentos, máquinas, serviços, entre outros? • Quais são as despesas adicionais (custos de embalagens, de inspeção, de logística)? • Qual a receita da venda da máquina/equipamento existente, caso necessitar ser substituída? • Qual é a despesas com impostos sobre a venda da máquina/equipamento existente? Exemplo (Gropelli & Nikbakht, 2012): • Determinando os custos iniciais. • A Companhia XZY está planejando a compra de nova maquinaria por R$ 200.000,00. Esta será depreciada durante cinco anos. Como consequência XYZ venderá seu maquinário atual por R$ 50.000,00. A maquinaria atual foi adquirida por R$ 100.000,00, há três anos. A companhia deve pagar R$ 4.000,00 pela entrega e R$ 9.000,00 pela instalação da nova maquinaria. Como analista financeiro, determine o custo inicial do projeto. Suponha uma alíquota de 34% de imposto de renda. O Capital Circulante Líquido (CCL) não varia. De acordo com a tabela 4.1, o total das despesas iniciais é de R$ 220.140,00, em [...] é simplesmente o custo real para iniciar um investimento. Uma vez que os administradores saibam quanto custa a ativação de um projeto, eles podem comparar o investimento inicial com os benefícios futuros e julgar se o projeto merece ser implementado. T4 49Política de Investimentos - Orçamento de Capital que: R$ 200.000,00 da aquisição da maquinaria nova, R$ 4.000,00 da disposição e liberação, R$ 9.000,00 da instalação e R$ 7.140,00 de imposto de renda sobre o lucro pela venda da máquina atual. Como determinar o fluxo de caixa incremental O fluxo de caixa incremental é o fluxo de caixa adicional que uma empresa irá receber acima do fluxo de caixa atual, após o projeto ser aprovado.Exemplo (GROPELLI & NIKBAKHT, 2012) Suponha que o fluxo de caixa da empresa seja R$ 100,00. Se o fluxo de caixa aumentar para R$ 150,00 após o inicio do novo projeto, o fluxo de caixa incremental é R$ 50,00. Portanto, somente R$ 50,00 serão considerados como fluxo de caixa relevante incremental de um novo projeto para cada ano. Exemplo: Os lucros líquidos e depreciação, respectivamente prevista para a Companhia ABC nos próximos três anos são: 1º ano 2º ano 3º ano - R$ 100.000,00 - R$ 150.000,00 - R$ 200.000,00 - R$ 30.000,00 - R$ 40.000,00 - R$ 45.000,00 Tabela 4.1 Companhia XYZ - Cálculo do custo inicial da compra de maquinaria nova DESPESAS INICIAIS VALOR (R$) RECEITA INICIAL VALOR (R$) Preço do novo item 200.000,00 Receita de venda da maquinaria existente 50.000,00 Despesas adicionais de empacotamento e entrega - de instalação - de inspeção - outras 4.000,00 9.000,00 0,00 0,00 Crédito de imposto sobre a venda com prejuízo da maquina atual 0,00 Imposto sobre a venda com lucro da maquina atual 7.140,00 Receita total 50.000,00 Despesas totais 220.140,00 Despesa total 220.140,00 Custo Inicial 170.140,00 T4 50 Política de Investimentos - Orçamento de Capital Para iniciar um novo projeto, os lucros líquidos, as despesas anuais e uma alíquota de imposto de renda de 40%, respectivamente para os próximos três anos, serão: SOLUÇÃO: a) Subtrair os lucros líquidos previstos, ano a ano, o resultado serão os lucros líquidos adicionais anuais: b) Como a depreciação anual aumenta as economias de imposto de renda, também aumentará anualmente. Subtrair despesas anuais de depreciação após o projeto e quantias anuais de depreciação e após: Economias de imposto de renda anuais: (40% x depreciação incremental) c) Determinar o fluxo de caixa incremental anual somando ao lucro líquido incremental anual a economia anual propiciada pela depreciação. Resultará no fluxo de caixa incremental: 1º ano 2º ano 3º ano - R$ 120.000,00 - R$ 165.000,00 - R$ 230.000,00 - R$ 45.000,00 - R$ 62.000,00 - R$ 66.000,00 1º ano 2º ano 3º ano 120.000,00 165.000,00 230.000,00 (100.000,00) (150.000,00) (200.000,00) 20.000,00 15.000,00 30.000,00 1º ano 2º ano 3º ano 20.000 + 6.000 = 26.000,00 15.000 + 8.800 = 23.800,00 30.000 + 8.400 = 38.400,00 1º ano 2º ano 3º ano 45.000 – 30.000 = 15.000 15.000 x 0,40 = 6.000,00 62.000 – 40.000 = 22.000 22.000 x 0,40 = 8.800,00 66.000 – 45.000 = 21.000 21.000 x 0,40 = 8.400,00 T4 51Política de Investimentos - Orçamento de Capital Métodos de análise de investimentos (sem risco) A organização poderá ser determinada no aspecto financeiro como um conjunto de projetos de investimentos em diferentes momentos de execução, em que o objetivo para a gestão financeira na avaliação de investimentos será de maximizar a criação de valor da empresa, gerando, assim, a riqueza liquida aos acionistas. Os métodos quantitativos de análise econômica de investimentos podem ser classificados em dois grandes grupos: - os que não levam em consideração o valor do dinheiro no tempo; e - e os que consideram a variação por meio do fluxo de caixa descontado. Para as decisões de longo prazo, será importante a atenção para métodos que compõem o segundo grupo, na qual encontra-se a taxa interna de retorno (TIR ou IRR) e o valor presente líquido (VPL ou NPV). Exemplo: Payback O período de payback consiste no tempo necessário para o retorno gerado pela entrada de caixa gerada pelo investimento inicial. Metodologia para cálculo do payback descontado O método do período de payback descontado significa trazer todos os fluxos de caixa ao mesmo momento de tempo (a valor presente), sabendo o conceito do valor do dinheiro no tempo. Conhecendo que a taxa mínima de aceitação (ou atratividade) do projeto seja de 20% ao ano, calcular o valor presente de cada um dos fluxos de caixa, da seguinte maneira: 1º ano 2º ano 3º ano 45.000 – 30.000 = 15.000 15.000 x 0,40 = 6.000,00 62.000 – 40.000 = 22.000 22.000 x 0,40 = 8.800,00 66.000 – 45.000 = 21.000 21.000 x 0,40 = 8.400,00 Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Fluxo de Caixa ($ 145,00) $ 71,00 $ 74,00 $ 80,00 $ 50,00 Períodos R$ (mil) Valor Presente (R$ milhões) Ano 0 (145,00) (145,00) Ano 1 71,00 PV = 71,00 / (1+0,20)1 = 59,17 T4 52 Política de Investimentos - Orçamento de Capital Dessa maneira, o payback descontado é calculado de acordo com os fluxos de caixa descontados a uma taxa mínima de atratividade de: 20% ao ano. Observa-se que após o término do segundo ano, ainda faltam R$ 34,44 para que o fluxo de caixa da empresa zerar o investimento feito. Sabendo que o fluxo de caixa do ano seguinte é superior para se chegar ao payback do projeto, analisamos que o período do payback acontecerá entre o segundo e terceiro ano, assim, é possível calcular no ano 3: Ano 3 – Resultado do ano 2 / FC Descontado Ano 3 = 34,44 / 46,30 = 0,74 Então, o período de payback descontado será de 2,74 anos, ou 2 anos e 9 meses aproximadamente (0,74 x 12 meses). Critério de Decisão Para a decisão em aceitar ou rejeitar determinado investimento, o período payback deverá ser conferido com o padrão-limite instituído pela empresa. Por exemplo, ao definir em três anos o tempo máximo de efetivação de caixa de seus investimentos, a empresa deverá aceitar o projeto de acordo com a metodologia do payback, sendo que atenderá o objetivo estabelecido. Alertando que em período de maior incerteza da economia ou observações à Períodos R$ (mil) Valor Presente (R$ milhões) Ano 2 74,00 PV = 74,00 / (1+0,20)2 = 51,39 Ano 3 80,00 PV = 80,00 / (1+0,20)3 = 46,30 Ano 4 50,00 PV = 50,00 / (1+0,20)4 = 24,11 Investimento R$ (145,00) ANO 0 Resultado dos anos (R$) FLUXO DE CAIXA DESCONTADO (R$) RESULTADO (R$) Ano 1 (145,00) 59,17 (85,83) Ano 2 (85,83) 51,39 (34,44) Ano 3 (34,44) 46,30 11,86 Ano 4 11,86 24,11 35,97 T4 53Política de Investimentos - Orçamento de Capital liquidez monetária, o limite-padrão definido pela empresa reduz-se em geral. Mas será imprescindível a utilização de outros métodos de avaliação de investimentos, impedindo que a decisão de investir seja fundamentada somente no período de payback. Valor Presente Líquido (VPL ou NPV) O valor presente líquido (VPL ou NPV) será resultado pela diferença entre o valor presente dos líquidos de caixa e o valor presente do investimento (desembolso de caixa). Costuma-se adotar a seguinte expressão de cálculo do VPL (ASSAF NETO & LIMA, 2011) VPL = ∑ FC (1+K)t FC = fluxo de caixa futuros K = taxa de desconto ou taxa mínima de atratividade t = tempo Critério de decisão com o VPL: VPL > R$ 0 = projeto criará valor econômico. Aumentará a riqueza dos acionistas. VPL < R$ 0 = projeto destruirá valor econômico. Reduzirá a riqueza dos acionistas. VPL = R$ 0 = projeto não criará valor econômico. Remunerará o custo de oportunidade. Não alterará a riqueza dos acionistas. Considerar o exemplo abaixo desenvolvido anteriormente (fluxo de caixa incremental): Períodos R$ (mil) Valor Presente (R$ milhões) Ano 2 74,00 PV = 74,00 / (1+0,20)2 = 51,39 Ano 3 80,00 PV = 80,00 / (1+0,20)3 = 46,30 Ano 4 50,00 PV = 50,00 / (1+0,20)4 = 24,11 0 71 1 80 3 74 2 50 4 (anos) (145) T4 54 Política de Investimentos - Orçamento de Capital Admitindo que a empresa tenha como meta a taxa de retorno exigida em 20% a.a., calcular o valor presente líquido (VPL): VPL = 71 / (1+0,20)1 + 74 / (1+0,20)2 + 80 / (1+0,20)3 + 50 / (1+0,20)4 - 145 VPL = (59,17 + 51,39 + 46,30 + 24,11) – 145 = VPL = R$ 35,96 O VPL refletirá quanto o projeto acrescentará de valor econômico. O VPL será a geração de riqueza do projeto. Utilizando a calculadora HP 12C: Comandos Significado f REG Limpeza dos registradores 145 CHS g CFo Fluxo de caixa inicial 71 g CFj Fluxo de caixa no ano 1 74 g CFj Fluxo de caixa no ano 2 80 g CFj Fluxo de caixa no ano 3 50 g CFj Fluxo de caixa no ano 4 20i Taxa de desconto de 20% f NPV NPV para taxa de desconto = R$ 35,96 Fonte: Assaf Neto (2012) Taxa Interna de Retorno (TIR ou IRR) O método de taxa interna de retorno será representada conforme considerado no exemplo anterior, a taxa de desconto que iguala, em determinado período de tempo, as entradas e saídas previstas de caixa. Para cálculo da TIR, a base será o conhecimento dos montantes dos gastos de capital e dos fluxos de caixa líquidos incrementais determinados pela decisão. No exemplo anterior, o investimento requer um desembolso de caixa no momento inicial, e o cálculo da TIR será desenvolvido da seguinte maneira: Investimento = FC / (1+K)t Tabela 4.2 Recursos da Calculadora HP 12 C T4 55Política de Investimentos - Orçamento de Capital 145 = 71 / (1+K)1 + 74 / (1+K)2 + 80 / (1+K)3 + 50 / (1+K)4 K (TIR) = 33,09% a.a. Utilizando a Calculadora HP 12C: A taxa interna de retorno calculada é de 33,09% a.a. Isso significa que ao descontar vários fluxos de caixa com essa taxa, o resultado será exatamente ao montante de investimento (R$ 145,00), demonstrando a rentabilidade do projeto. Comandos Significado f REG Limpeza dos registradores 145 CHS g CFo Fluxo de caixa inicial 71 g CFj Fluxo de caixa no ano 1 74 g CFj Fluxo de caixa no ano 2 80 g CFj Fluxo de caixa no ano 3 50 g CFj Fluxo de caixa no ano 4 f IRR IRR do projeto = 33,09%a.a. Tabela 4.3 Recurso Calculadora HP 12 C Fonte: Assaf Neto (2012) Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites • Leia o artigo CDB Direto Apresenta A Melhor Rentabilidade Em Novembro. Este artigo permitirá conhecer os sobre taxas de retorno entre as aplicações mais utilizadas nas instituições financeiras. Disponível em: <http://www.investimentosenoticias.com.br/financas-pessoais/ investimentos/cdb-direto-apresenta-a-melhor-rentabilidade-em-novembro.html>. Acesso em 02/01/2014. ACOMPANHE NA WEB T4 56 Política de Investimentos - Orçamento de Capital Vídeos: • Brasil continua sendo uma ótima alternativa aos investidores do site Investimentos e Notícias. I. Disponível em: <http://www.investimentosenoticias.com.br/tv/entrevistas/ viewvideo/1155/entrevistas-in-tv/brasil-continua-sendo-uma-otima-alternativa- para-investidores.html>. Acesso em 02/01/2014. II. Divulgações econômicas internas fazem mercados divergirem do site Investimentos e Notícias. III. Disponível em: <http://www.investimentosenoticias.com.br/tv/boletim-in-tv/ viewvideo/1303/boletim-in-tv/divulgacoes-economicas-internas-fazem-mercados- divergirem-30112012l>. Acesso em 02/01/2014. Instruções: Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido. Questão 1 Custos ocultos nas compras com o cartão de crédito 03 DE DEZEMBRO DE 2012 – PROFESSOR REGINALDO GONÇALVES. Os cartões de crédito nunca foram tão popularizados como hoje, mas existem armadilhas que poderão prejudicar consumidores em suas compras, principalmente nas efetuadas de maneira parcelada e, mais ainda, nas operações de reparcelamento com as administradoras. Estas, como fator de estímulo do hábito de consumo, seja na modalidade de débito ou de crédito, buscam a massificação de clientes, concedendo facilidades no crédito rotativo ou nas vendas parceladas, em parcerias com o varejo. Não existem milagres! As vendas nas lojas apresentam o valor à vista sendo igual se parcelado em 10 vezes. Contudo, as lojas, sejam de fábrica ou não, acabam AGORA É A SUA VEZ T4 57Política de Investimentos - Orçamento de Capital embutindo a expectativa de juros nas suas vendas, prevendo no caso de desconto receber o valor como se a vista fosse. Indiretamente, portanto, o consumidor acaba comprando a mercadoria com os juros embutidos. As empresas administradoras de cartões recebem a comissão pela venda do lojista e muitas vezes um valor pela locação da máquina que gerará a aprovação do crédito. Além disso, a administradora de cartões receberá a anuidade do cliente e, se houver reparcelamento das parcelas que já foram efetuadas, com o pagamento da parcela mínima, cobrarão os juros mais altos da história, ou seja, taxas que ultrapassam a 200% ao ano. Estas, em comparação com a Selic, hoje fixada em 7,25%, ficam muito distantes da realidade. Os maiores juros são observados nos cartões de afinidades das lojas, que muitas vezes é mais caro do que os dos bancos, em virtude da liberdade na concessão e emissão dos cartões. Para escapar dessa situação, cabe ao consumidor, como interessado, negociar taxas mais atrativas e não entrar no crédito rotativo e nem no pagamento dos valores mínimos das faturas. Essa prática leva ao endividamento crescente. Posteriormente, devido ao descontrole financeiro desencadeado pelo problema, tende a ser cada vez maior a parcela da renda mensal comprometida com o serviço dessa dívida, podendo até mesmo afetar a qualidade da vida da pessoa ou da família. Os juros pagos por esses financiamentos têm demonstrado serem nocivos a toda a sociedade. Muitas vezes, é melhor pegar um financiamento consignado, no caso de aposentados ou pensionistas do INSS ou servidores públicos, ou um crédito pessoal no banco, para quitar a dívida com o cartão. Em ambas as modalidades os juros são bem menores. Trabalhar utilizando o cartão de crédito é benéfico somente para quem tem controle de sua situação financeira. Caso contrário, a melhor alternativa é ficar com o cartão de débito assumindo apenas compromissos limitados ao saldo em conta corrente”. Após a leitura do artigo e de acordo com o aprendizado diante da leitura obrigatória, elaborar uma resenha apontando os objetivos de um orçamento de capital. Questão 2: Dos processos de avaliação econômica de investimentos abaixo, assinale a alternativa que NÃO é feita por fluxo de caixa descontado: a) Valor presente líquido. b) Taxa interna de retorno. c) Payback simples. d) Custo equivalente anual. T4 58 Política de Investimentos - Orçamento de Capital d) Taxa interna de retorno modificada Questão 3: De acordo com os projetos elaborados abaixo, assinale a alternativa incorreta, sabendo que o custo de oportunidade é de 10% a.a. O projeto que apresenta maior período de payback descontado é o projeto Z. a) O projeto que apresenta maior IRR é o projeto Y. b) O projeto que apresenta menor NPV é o projeto Z. c) O projeto K tem um retorno maior que o projeto Y. d) O projeto que apresenta maior NPV é o projeto X. Questão 4: O critério aceitar ou rejeitar dos métodos de avaliação de investimentos valor presente líquido (VPL) e taxa interna de retorno (TIR), para custo de oportunidade de 1%, precisará adotar a orientação: VPL > 0, a TIR < i%. VPL > 0, a TIR = i%. VPL = 0, a TIR > i%. VPL > 0, a TIR > i%. VPL < 0, a TIR = i%. Questão 5: A Cia Contábil S/A avaliará dois projetos X e Y. Esses proporcionarão, anualmente, fluxos de caixa líquidos após o imposto de renda de R$ 500,00; R$ 400,00, R$ 300,00 e R$ 100,00 para o projeto X e R$ 100,00, R$ 300,00, R$ 400,00 e R$ 600,00 para o projeto Y, no período de 4 anos. Caso a taxa de descontos (TMA) for de 10% a.a. e o investimento inicial de R$ 1.000,00, você, como gestor financeiro, Projeto X Y Z W K Ano 0 ($) (100,00) (100,00) (100,00) (100,00) (100,00) Ano 1 ($) - 30,00 25,00 50,00 40,00 Ano 2 ($) - 40,00 30,00 40,00 40,00 Ano 3 ($) 100,00 50,00 35,00 30,00 40,00 Ano 4 ($) 100,00 60,00 40,00 20,00 40,00 T4 59Política de Investimentos - Orçamento de Capital aprovaria qual projeto? Questão 6: Considerando os dados do Projeto X da questão anterior, o valor do VPL com 10% a.a. é positivo. Adote uma segunda taxa (mais elevada), como 20% a.a. Verifique a maior taxa que gerará menor valor de VPL. Questão 7: A empresa Finanças & Cia apresentará o projeto de investimento, sendo: - investimento inicial – R$ 800.000,00 - taxa mínima atratividade (TMA) – 20% a.a. - Estimativa defluxo de caixa anual em 5 anos: - 1º ano – R$ 200.000,00 - 2º ano – R$ 300.000,00 - 3º ano – R$ 300.000,00 - 4º ano – R$ 300.000,00 - 5º ano – R$ 350.000,00 Calcule o valor presente líquido (VPL). Questão 8: A empresa X contratará um analista financeiro para aprovação de projeto de investimento, com critério TIR, com as seguintes características: Investimento: valor - R$ 500.000,00; estimativa de fluxos de caixa anuais, respectivamente, R$ 100.000,00; R$ 200.000,00; R$ 200.000,00; R$ 200.000,00 e R$ 300.000,00 com uma TMA de 20% a.a. Qual a taxa interna de retorno (TIR) no período de 5 anos? Questão 9: Demonstre por meio de tabela uma comparação entre, VPL, TIR e payback os cálculos das questões número 7 e 8. Questão 10: Considere dois projetos concorrentes de quatro anos: Projeto X – investimento inicial de R$ 300 mil, retorno nos três primeiros anos de T4 60 Política de Investimentos - Orçamento de Capital R$ 100 mil e, no quarto ano, de R$ 50 mil. Projeto Y – investimento inicial de R$ 300 mil, retorno nos dois primeiros anos de R$ 120 mil e, nos dois anos seguintes, de R$ 60 mil. Qual deverá ser aceito pelo método da TIR? Neste tema você aprendeu sobre como utilizar métodos de avaliação em projetos de investimentos, com os cálculos do valor presente líquido, taxa interna de retorno e payback descontado para decisão em aceitar ou rejeitar um investimento Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO T4 61Política de Investimentos - Orçamento de Capital REFERÊNCIAS GLOSSÁRIO ASSAF, Alexandre Neto & LIMA, Fabiano Guasti. Curso de Administração Financeira. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2011. GROPELLI, A.A. & NIKBAKHT, Ehsan. Administração Financeira: Programa Livro Texto, PLT. Edição Customizada. São Paulo: Saraiva, 2012. Capital de Giro: são recursos próprios ou de terceiros utilizados pela empresa e giro dos negócios. Custo de oportunidade: são fluxos de caixa que poderiam ser gerados na melhor utilização alternativa de um ativo que a empresa possui. Liquidez: capacidade de comprar ou vender um investimento com facilidade convertendo-o em dinheiro, especialmente em relação a compromissos de curto prazo. Projeto: configura uma proposta de investimento em ativo s que podem ser financeiros ou produtivos (ativos reais). Recursos de Terceiros: são recursos levantados normalmente junto aos bancos comerciais em diversas operações e/ou clientes e fornecedores do Passivo Circulante e Exigível Longo Prazo.. ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES U N O PA R A D M IN ISTRA Ç Ã O FIN A N C EIRA Administração fi nanceira
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