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Casos concretos de adm I

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Casos concretos de adm I
1)É correto afirmar que o Direito Administrativo é fruto de construções jurisprudenciais? Discorra a respeito, identificando na Constituição de 1988 os artigos que refletem o pensamento dos principais articuladores da Revolução Francesa de 1789.
R: Sim, os principais institutos do direito administrativo nasceram a partir de opiniões de caráter consultivo emanadas pelo conselho do Estado Francês na ocasião. Os artigos da Constituição Federal de 88 que refletem o pensamento de filósofos articuladores da revolução francesa são: o art. 1°, parágrafo 1° e traduz a ideia que Rousseau em relação ao Estado democrático de direito, e art. 2° que prevê a tripartição das funções de Estado de Montesquieu.
2) O prefeito do município ?P", conhecido como João do ?P?, determinou que, em todas as placas de inauguração das novas vias municipais pavimentadas em seu mandato na localidade denominada ?E?, fosse colocada a seguinte homenagem: ?À minha querida e amada comunidade ?E?, um presente especial e exclusivo do João do ?P?, o único que sempre agiu em favor de nosso povo!?O Ministério Público estadual intimou o Prefeito a fim de esclarecer a questão. Na qualidade de procurador do município, você é consultado pelo Prefeito, que insiste em manter a situação. Indique o princípio da Administração Pública que foi violado e por que motivo.
R: O principio violado é o da impessoalidade, uma vez que a administração pública tem o dever de tratar a todos igualmente, sem qualquer discriminação, seja benéfica ou negativa. Dessa forma, não se admite favoritismos e nem perseguições. Ademais, o ART 37, §1° da CF, veda que o gestor público utilize a publicidade com dinheiro público para promoção pessoal dele ou de qualquer outro agente administrativo.
 3) José está inscrito em concurso público para o cargo de assistente administrativo da Administração Pública direta do Estado de Roraima. Após a realização das provas, ele foi aprovado para a fase final do certame, que previa, além da apresentação de documentos, exames médicos e psicológicos. A lista dos candidatos aprovados e o prazo para a apresentação dos documentos pessoais e para a realização dos exames médicos e psicológicos foram publicados no Diário Oficial do Poder Executivo do Estado de Roraima após 1 (um) ano da realização das provas; assim como foram veiculados através do site da Internet da Administração Pública direta do Estado, tal como previsto no respectivo edital do concurso. Entretanto, José reside em município localizado no interior do Estado de Roraima, onde não circula o Diário Oficial e que, por questões geográficas, não é provido de Internet. Por tais razões, José perde os prazos para o cumprimento da apresentação de documentos e dos exames médicos e psicológicos e só toma conhecimento da situação quando resolve entrar em contato telefônico com a secretaria do concurso. Insatisfeito, José procura um advogado para ingressar com um Mandado de Segurança contra a ausência de intimação específica e pessoal quando de sua aprovação e dos prazos pertinentes à fase final do concurso. Na qualidade de advogado de José, indique os argumentos jurídicos a serem utilizados nessa ação judicial.
R: A administração pública tem que intimar o candidato pessoalmente, ainda que não esteja previsto no edital, visto que é desarrazoada a exigência de que José ou qualquer outro candidato efetue leitura diária do diário oficial do estado, por prazo superior a um ano, ainda mais quando o mesmo reside em município sem circulação do diário oficial e sem acesso a internet. Sendo assim, a administração pública violou os princípios da publicidade e da razoabilidade.
4) O Prefeito de uma Cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro editou decreto promovendo uma ampla reformulação administrativa, na qual foram previstas a criação, a extinção e a fusão de órgãos da administração direta e de autarquias municipais. Alegou o governo municipal que, além de atender ao interesse público, a reformulação administrativa inseria-se na competência do Poder Executivo para, no exercício do poder regulamentar, dispor sobre a estruturação, as atribuições e o funcionamento da administração local. Em face dessa situação, responda, de forma fundamentada, se é considerada legítima a iniciativa do chefe do Poder Executivo municipal de, mediante decreto, promover as mudanças pretendidas.
R: O chefe do executivo não utilizou o decreto regulamentar no caso em tela conforme afirmou. Esse decreto prestasse apenas para explicitar o teor das leis e permitir a sua aplicação, o que não ocorreu, já que o que se pretendia era uma reformulação administrativa. O Prefeito lançou mão foi de um decreto autônomo, porém extrapolou os limites constitucionais visto que o ART 48, XI da CF, dispõe que só a lei pode criar ou extinguir órgão público, bem como o ART 84, VI, a, da CF, vedar expressamente o decreto autônomo que implicar na criação ou extinção de órgãos públicos. 
5) O Governador do Estado X, após a aprovação da Assembleia Legislativa, nomeou o renomado cardiologista João das Neves, ex-presidente do Conselho Federal de Medicina e seu amigo de longa data, para uma das diretorias da Agência Reguladora de Transportes Públicos Concedidos de seu Estado. Ocorre que, alguns meses depois da nomeação, João das Neves e o Governador tiveram um grave desentendimento acerca da conveniência e oportunidade da edição de determinada norma expedida pela agência. Alegando a total perda de confiança no dirigente João das Neves e, após o aval da Assembleia Legislativa, o governador exonerou-o do referido cargo. Considerando a narrativa fática acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e apresentando a fundamentação legal pertinente ao caso. A) À luz do Poder Discricionário e do regime jurídico aplicável às Agências Reguladoras, foi juridicamente correta a nomeação de João das Neves para ocupar o referido cargo? B) Foi correta a decisão do governador em exonerar João das Neves, com aval da Assembleia Legislativa, em razão da quebra de confiança?
R: A - A decisão de nomear João das neves para ocupar o cargo de dirigente não foi correta, visto que de acordo com a legislação a ocupação deste cargo depende de formação universitária e elevada experiência na área regulada pela agência, o que não aconteceu no caso em tela, visto que João tinha notória experiência na área de saúde que nada tem a ver com a área de transporte regulada pela agência reguladora. ( ART, 5 da lei 9986/2000).
R: B- Não foi correta a exoneração de João, pois apesar de ser cargo comissionado de livre nomeação e exoneração, os dirigentes das agências reguladoras não podem ser exonerado livremente por gozarem de estabilidade prevista em lei, em virtude do mandato fixo peculiar do cargo. ( Art 9° da lei 9986/2000) 
6) Os municípios ?X?, ?Y? e ?Z?, necessitando estabelecer uma efetiva fiscalização sanitária das atividades desenvolvidas por particulares em uma feira de produtos agrícolas realizada na interseção territorial dos referidos entes, resolvem celebrar um consórcio público, com a criação de uma associação pública. A referida associação, de modo a atuar com eficiência no seu mister, resolve delegar à Empresa ABCD a instalação e operação de sistema de câmeras e monitoramento da entrada e saída dos produtos. Diante da situação acima apresentada, responda aos itens a seguir. A) Pode a associação pública aplicar multas e demais sanções pelo descumprimento das normas sanitárias estabelecidas pelo referidos entes ?X?, ?Y? e ?Z??B) É possível que a referida associação pública realize a delegação prevista para a empresa ABCD?
R: A- A resposta ao item A é afirmativa, pois a associação pública criada por meio de consórcio público, conforme Art. 1º, § 1º, da Lei n. 11.107/2005 c/c Art. 41 do Código Civil, possui personalidade jurídica de direito público e, portanto, admite que lhe seja outorgado o Poder de Polícia.
B - A resposta ao item B também é afirmativa, vez que estariam sendo delegados apenas os atos materiais dopoder de polícia, sendo certo ainda que o Art. 4º, XI, c, da Lei n. 11.107/2005, admite a autorização da delegação dos serviços do consórcio.
Segunda pesposta: Resposta: Sim, pois a associação Pública possui personalidade jurídica de direito público  Portanto, possui poder de polícia.
B) É possível que a referida associação pública realize a delegação prevista para a empresa ABCD?
7) Caio, Tício e Mévio são servidores públicos federais exemplares, concursados do Ministério dos Transportes há quase dez anos. Certo dia, eles pediram a três colegas de repartição que cobrissem suas ausências, uma vez que sairiam mais cedo do expediente para assistir a uma apresentação de balé. No dia seguinte, eles foram severamente repreendidos pelo superior imediato, o chefe da seção em que trabalhavam. Nada obstante, nenhuma consequência adveio a Caio e Tício, ao passo que Mévio, que não mantinha boa relação com seu chefe, foi demitido do serviço público, por meio de ato administrativo que apresentou, como fundamentos, reiterada ausência injustificada do servidor, incapacidade para o regular exercício de suas funções e o episódio da ida ao balé. Seis meses após a decisão punitiva, Mévio o procura para, como advogado, ingressar com medida judicial capaz de demonstrar que, em verdade, nunca faltou ao serviço e que o ato de demissão foi injusto. Seu cliente lhe informou, ainda, que testemunhas podem comprovar que o seu chefe o perseguia há tempos, que a obtenção da folha de frequência demonstrará que nunca faltou ao serviço e que sua avaliação funcional sempre foi excelente. Como advogado, considerando o uso de todas as provas mencionadas pelo cliente, indique a peça processual adequada para amparar a pretensão de seu cliente e os fundamentos adequados.
R: No mérito, deve ser demonstrada a possibilidade de análise do ato administrativo pelo Judiciário, para controle de legalidade, e que o motivo alegado no ato de demissão é falso, em violação à teoria dos motivos determinantes. Ainda no mérito, devemos indicar o art. 41, § 1º, da Constituição Federal, uma vez que Mévio foi demitido do Serviço Público sem a abertura de regular processo administrativo. Por fim, cabe indicar que não foi assegurado a Mévio o contraditório e a ampla defesa, violando o devido processo legal. Além disso, o ato representa violação aos princípios da isonomia, uma vez que Mévio foi o único dos três servidores penalizados pela ida ao balé, e da impessoalidade, pois Mévio foi alvo de perseguição por seu chefe. Nessa parte da causa de pedir, deverá ser mencionada a lesão patrimonial, pelo não recebimento dos vencimentos no período em que se coloca arbitramente fora dos quadros da Administração por demissão ilegal.
A teoria dos fatos determinantes afirma que o motivo apresentado como fundamento fático da conduta vincula a validade do ato administrativo. Assim, havendo comprovação de que o alegado pressuposto de fato é falso ou inexistente, o ato torna-se nulo.
8) A Lei n. XX, de março de 2004, instituiu, para os servidores da autarquia federal ABCD, o adicional de conhecimento e qualificação, um acréscimo remuneratório a ser pago ao servidor que, comprovadamente, realizar curso de aperfeiçoamento profissional. Com esse incentivo, diversos servidores passaram a se inscrever em cursos e seminários e a ter deferido o pagamento do referido adicional, mediante apresentação dos respectivos certificados. Sobre a hipótese, responda aos itens a seguir. 
A) A Administração efetuou, desde janeiro de 2006, enquadramento equivocado dos diplomas e certificados apresentados por seus servidores, pagando-lhes, por essa razão, um valor superior ao que lhes seria efetivamente devido. Poderá a Administração, em 2015, rever aqueles atos, reduzindo o valor do adicional pago aos servidores? 
R: Não, pois a Administração Pública tem o prazo decadencial de cinco anos, contados da data em que foi praticado o ato administrativo, para anulá-la, salvo comprovada má-fé.
B) Francisco da Silva, servidor da autarquia, vem percebendo, há seis anos o referido adicional, com base em um curso que, deliberadamente, não concluiu (fato que passou despercebido pela comissão de avaliação responsável, levada a erro por uma declaração falsa assinada pelo servidor). A Administração, percebendo o erro, poderá cobrar do servidor a devolução de todas as parcelas pagas de forma errada.
R: Sim, uma vez que restou evidente a má-fé do servidor que não concluiu o curso e, mesmo assim, apresentou declaração falsa para receber o adicional. Desta forma ele não está protegido pela fluência do prazo decadencial. 
9) A lei federal nº 1.234 estabeleceu novas diretrizes para o ensino médio no país, determinando a inclusão de Direito Constitucional como disciplina obrigatória. Para regulamentar a aplicação da lei, o Presidente da República editou o Decreto nº 101 que, a fim de atender à nova exigência legal, impõe às escolas públicas e particulares, a instituição de aulas de Direito Constitucional, de Direito Administrativo e de Noções de Defesa do Consumidor, no mínimo, de uma hora semanal por disciplina, com professores diferentes para cada uma. Com base na hipótese apresentada, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. 
A) Considerando o poder regulamentar, conferido à Administração Pública, de editar atos normativos gerais para complementar os comandos legislativos e permitir sua aplicação, é válido o Decreto nº 101, expedido pelo Chefe do Poder Executivo? 
R: Não, pois o poder regulamentar tem caráter complementar à lei afim de permitir sua aplicação, não podendo criar obrigação nova, não prevista em lei.
 B) O ato expedido pelo Chefe do Poder Executivo está sujeito a controle pelo Poder Legislativo?
R: Sim, pois a constituição atribui ao congresso nacional a competência para sustar os atos normativos do poder executivo que exorbitem o poder regulamentar.
10) João, comerciante experimentado, fundado na livre iniciativa, resolve pedir à administração do município ?Y? que lhe outorgue o competente ato para instalação de uma banca de jornal na calçada de uma rua. Considerando a situação narrada, indaga-se:
A) Pode o Município ?Y? se negar a outorgar o ato, alegando que considera desnecessária a referida instalação? Fundamente. 
R: Sim, tendo em vista que a autorização é ato discricionário e a sua aprovação é baseada na conveniência e oportunidade do administrador. 
B) Pode o Município ?Y?, após a outorga, rever o ato e o revogar? Neste caso é devida indenização a João? Fundamente. 
R: Sim, o Município pode revogar a autorização a qualquer tempo, tendo em vista a precariedade do ato, não sendo devida qualquer indenização em razão dessa característica. 
 C) Caso o ato de outorga previsse prazo para a duração da utilização do espaço público, seria devida indenização se o Poder Público resolvesse cancelar o ato de outorga antes do prazo? Fundamente.
R: Sim, a fixação de prazo certo, implica em desnaturação do caráter precário do vinculo, ensejando no particular a legítima expectativa de que sua exploração irá vigorar pelo prazo determinado pela própria Administração Pública, e havendo a revogação antes do esgotamento do prazo, ensejará a indenização pelos danos comprovados. 
11) O Município M, em sérias dificuldades financeiras, pretende alienar alguns dos bens integrantes do seu patrimônio. Em recente avaliação, foi identificado que o Centro Administrativo do Município, que concentra todas as secretarias da Administração Municipal em uma área valorizada da cidade, seria o imóvel com maior potencial financeiro para venda. Com base no caso apresentado, responda aos itens a seguir. 
A) É necessária licitação para a alienação do Centro Administrativo, caso se pretenda fazê-lo para o Estado X, que tem interesse no imóvel? 
R: Conforme previsão constante do Art. 17, I, "e", da Lei  nº 8.666/1993, é dispensada a licitação para a venda de um bem imóvel a outro órgão ou entidade da administração pública de qualquer esfera de governo. Portanto, não é necessária a licitação. 
B) Caso o Município pretenda alugarum novo edifício, em uma área menos valorizada, é necessária prévia licitação?
R: É possível a locação com dispensa de licitação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia, conforme previsão expressa do Art. 24, X, da Lei nº 8.666/1993.
 12) O Estado X está realizando obras de duplicação de uma estrada. Para tanto, foi necessária a interdição de uma das faixas da pista, deixando apenas uma faixa livre para o trânsito de veículos. Apesar das placas sinalizando a interdição e dos letreiros luminosos instalados, Fulano de Tal, dirigindo em velocidade superior à permitida, distraiu-se em uma curva e colidiu com algumas máquinas instaladas na faixa interditada, causando danos ao seu veículo. A partir do caso proposto, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. 
A) Em nosso ordenamento, é admissível a responsabilidade civil do Estado por ato lícito? 
R: sim, é admissível a responsabilidade civil do Estado por ato lícito. Podendo responder tanto subjetivamente, quando há necessidade de comprovação do ato, dano, e culpa ou dolo do agente público causador do dano, nas situações em que o estado atua em igualdade com o particular, como pode responder objetivamente baseando- se no artigo 37§ 6° CRFB c/c artigo 43 do CC, onde apenas a necessidade de comprovação do ato. 
B) Considerando o caso acima descrito, está configurada a responsabilidade objetiva do Estado X?
R: não, tendo em vista que a configuração da responsabilidade objetiva requer a presença de um ato lícito ou ilícito do dano e do nexo de causalidade entre o ato e o dano, a culpa nesse caso é somente da própria conduta vítima dando ao estado a exclusão da responsabilidade objetiva, pois rompe o nexo de causalidade.
13) No Governo Federal, a Casa Civil realizou pregão e, ao final, elaborou registro de preços para a contratação de serviço de manutenção dos computadores e impressoras, consolidando a ata de registro de preços (com validade de seis meses) em 02.10.2010. A própria Casa Civil será o órgão gestor do sistema de registro de preços, sendo todos os ministérios órgãos participantes. Em 07.02.2011, o Ministério ?X? pretendeu realizar contratação de serviço de manutenção dos seus computadores no âmbito deste registro de preços, prevendo duração contratual de 1 (um) ano. Nesta situação, indicando o fundamento legal, responda aos itens a seguir.
A) É válida a elaboração de uma ata prevendo preço para a prestação de serviços e que permita futuras contratações sem novas licitações? 
R: Sim, tendo em vista que a forma do registro d e preço na modalidade do pregão poderá se regulamentada por meio de expedição de decreto, de modo que atenda as necessidades de cada região, conforme dispõe o artigo 15 da lei n º 8 .666 /93.
B) Um deputado integrante da oposição, constatando que os preços constantes da ata são 20% superiores aos praticados pelas três maiores empresas do setor, poderá impugnar a ata? 
R: Sim. Segundo consta no art. 15, § 6º, da Lei nº 8.666/93, qualquer cidadão é parte legítima para impugnar preço constante do quadro geral em razão de incompatibilidade desse com o preço vigente no mercado. A administração somente não é obrigada, a contratar os produtos da ata de registro de preço art. 15, § 4º, da Lei nº 8.666/93 como também pode rever os preços em decorrência de redução daqueles praticados no mercado ou de fato que eleve o custo dos serviços ou bens registrados art. 17 do Decreto 7.982/13.
C) O Ministério ?X? pode realizar a contratação pelo prazo desejado?
R: não, segundo o artigo 12 § 4° do decreto 7.982/13, o contrato decorrente do Sistema de Registro de Preços deverá ser assinado no prazo de validade da ata de registro de preços, no caso em questão ultrapassa a duração possível da ata gerida pela Casa Civil, consolidada em 02.10.10, com validade de seis meses, e só válida até o período máximo de um ano Art. 15, § 3º, inciso III, da Lei nº 8.666/93.
14) A Secretaria de Saúde do Município de Muriaé-MG realizou procedimento licitatório na modalidade de concorrência, do tipo menor preço, para aquisição de insumos. Ao final do julgamento das propostas, observou-se que a microempresa Alfa havia apresentado preço 8% (oito por cento) superior em relação à proposta mais bem classificada, apresentada pela empresa Gama. Diante desse cenário, a Pasta da Saúde concedeu à microempresa Alfa a oportunidade de oferecer proposta de preço inferior àquela trazida pela empresa Gama. Valendo-se disso, assim o fez a microempresa Alfa, sendo em favor desta adjudicado o objeto do certame. Inconformada, a empresa Gama interpôs recurso, alegando, em síntese, a violação do princípio da isonomia, previsto no Art. 37, XXI, da Constituição da República e no Art. 3º, da Lei n° 8.666/1993. Na qualidade de Assessor Jurídico da Secretaria de Saúde do Município de Muriaé-Mg, utilizando-se de fundamentação e argumentos jurídicos, responda aos itens a seguir.
A) É juridicamente correto oferecer tal benefício para a microempresa Alfa?
R: sim é correto, conforme o Art. 44, § 1º, da Lei Complementar nº123/2006 presume como empate as hipóteses e, que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte forem iguais ou 10% (dez por cento) superiores a melhor proposta. É o denominado (empate ficto ou presumido). 
B) Houve violação ao princípio da isonomia?
R: não houve violação ao princípio da isonomia, pois a própria Constituição estabelece a necessidade de tratamento diferenciado às microempresas e às empresas de pequeno porte, conforme mostra genericamente em seu artigo 5° CRFB
15) No curso de obra pública de ampliação da malha rodoviária, adequadamente licitada pela Administração Pública, verifica-se situação superveniente e excepcional, na qual se constata a necessidade de realização de desvio de percurso, que representa aumento quantitativo da obra. Diante do caso exposto, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente, responda aos itens a seguir.
A) É possível que a Administração Pública exija o cumprimento do contrato pelo particular com a elaboração de termo aditivo, mesmo contra a sua vontade? 
R: O particular é obrigado a aceitar a alteração contratual unilateralmente pela Administração no limite de 25%, uma vez que não se trata de reforma de edifício ou equipamento, em que a alteração permitida é de até 50%. Trata-se da prerrogativa da mutabilidade dos contratos administrativos, legalmente disciplinada no art. 65, da Lei nº 8.666/93, que representa uma das possibilidades de alteração unilateral do contrato pelo Poder Público.
B) Em havendo concordância entre o particular, vencedor da licitação, e a Administração Pública, há limite para o aumento quantitativo do objeto do contrato?
R: sim, possui. Tratando- se de alteração consensual, somente não se aplicam os limites previstos no art.  65, § 1º, da Lei nº 8.666/93 no caso de supressão, conforme o § 2°, II, da referida Lei.
16) O Estado ABCD contratou a sociedade empresária X para os serviços de limpeza e manutenção predial do Centro Administrativo Integrado, sede do Governo e de todas as Secretarias do Estado. Pelo contrato, a empresa fornece não apenas a mão de obra, mas também todo o material necessário, como, por exemplo, os produtos químicos de limpeza. O Estado deixou, nos últimos 4 (quatro) meses, de efetuar o pagamento, o que, inclusive, levou a empresa a inadimplir parte de suas obrigações comerciais. Com base no caso apresentado, responda aos itens a seguir.
A) A empresa é obrigada a manter a prestação dos serviços enquanto a Administração restar inadimplente?
R: não, segundo artigo 78, xv da lei n° 8666/1993, atraso superior a noventa dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra.Assegurando ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação.
B) Caso, em razão da situação acima descrita, a empresa tenha deixado de efetuar o pagamento aos seus fornecedores pelos produtos químicos adquiridos para a limpeza do Centro Administrativo, poderão esses fornecedores responsabilizar o Estado ABCD, subsidiariamente, pelas dívidas da empresa contratada?
R: não, inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não se transfere à Administração Pública a responsabilidade, seguindo o artigo 71 § 1° da lei 8.666/1993.
Casos concretos adm II
1) Maria, jovem integrante da alta sociedade paulistana, apesar de não trabalhar, reside há dois anos em um dos bairros nobres da capital paulista, visto que recebe do Estado de São Paulo pressionamento mensal decorrente da morte de seu pai, ex-servidor público. Ocorre que, após voltar de viagem ao exterior, foi surpreendida com a suspensão do pagamento da referida pensão, em razão de determinação judicial. Em razão disso, deixou de pagar a conta de luz de sua casa por dois meses consecutivos o que acarretou, após a prévia notificação pela concessionária prestadora do serviço público, o corte do fornecimento de luz em sua residência. Considerando a narrativa fática acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
A) À luz dos princípios da continuidade e do equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão de serviço público, é lícito o corte de luz realizado pela concessionária? 
R: a continuidade do serviço público (Art. 6º, § 1º, da Lei n. 8.987/95) consiste na exigência de que o serviço seja prestado de forma permanente, sem qualquer interrupção, visando assegurar estabilidade para os usuários por meio de sua manutenção de forma ininterrupta, o Art. 22 do CDC também exige que o serviço seja prestado de forma contínua. Contudo, não se pode esquecer que a remuneração do serviço público, prestado pela concessionária, advém como regra geral, da tarifa paga pelo usuário, tarifa esta que é parte essencial da manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, garantido constitucionalmente pelo Art. 37, XXI da CRFB/88. Mas o Art. 6º, § 3º, II, da Lei n. 8.987/95 expressamente previu que a interrupção do serviço, após prévio aviso, quando houver inadimplemento do usuário, não caracteriza descontinuidade do serviço, pois a continuidade da prestação do serviço facultativo pressupõe o cumprimento de deveres por parte do usuário, notadamente o pagamento da tarifa.
B) O Código de Defesa do Consumidor pode ser aplicado irrestritamente à relação entre usuários e prestadores de serviços públicos?
R: não se aplica, somente de forma subsidiária, por sua imprecisão na definição de serviços essenciais resta por sucumbir a lei de serviços públicos, por sua especialidade conforme o STJ, onde pela aplicação do critério da especialidade, haja vista que a Lei 8987/95 busca disciplinar relação especial de consumo entre usuário de serviço público. 
2) O Estado W resolve criar um hospital de referência no tratamento de doenças de pele. Sem dispor dos recursos necessários para a construção e a manutenção do ?Hospital da Pele?, pretende adotar o modelo de parceria público-privada. O edital de licitação prevê que haverá a seleção dos particulares mediante licitação na modalidade de pregão presencial, em que será vencedor aquele que oferecer o menor valor da contraprestação a ser paga pela Administração estadual. Está previsto também, no instrumento convocatório, que a Administração deverá, obrigatoriamente, deter 51% das ações ordinárias da sociedade de propósito específico a ser criada para implantar e gerir o objeto da parceria. Esta cláusula do edital foi impugnada pela sociedade empresária XYZ, que pretende participar do certame. Diante disso, responda, justificadamente, aos itens a seguir.
A) A modalidade e o tipo de licitação escolhidos pelo Estado W são juridicamente adequados? 
R: Com relação à modalidade, esta não é adequada visto que a lei 11.079/04 prevê que a licitação deverá ocorrer na modalidade concorrência (artigo 10).
Com relação ao tipo de licitação, ou seja, o critério de julgamento, está correto, pois a lei não define vincula critério específico para julgamento, conforme se lê no artigo 12, II, a, da lei 11.079 de 2.004.
B) A impugnação ao edital feita pela sociedade empresária XYZ procede?
R: Sim, procede. O artigo 9º, § 4º da lei 11.079/04 veda expressamente que a administração pública seja titular de maioria de capital votante em sociedade criada especificamente para implantar e gerir objeto da parceria público privada.
3) Recentemente, 3 (três) entidades privadas sem fins lucrativos do Município ABCD, que atuam na defesa, preservação e conservação do meio-ambiente foram qualificadas pelo Ministério da Justiça como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. Buscando obter ajuda financeira do Poder Público para financiar parte de seus projetos, as 3 (três) entidades apresentaram requerimento à autoridade competente, expressando seu desejo de firmar um termo de parceria.Com base na narrativa fática, responda às indagações abaixo, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
A) O poder público deverá realizar procedimento licitatório (Lei n. 8666/93) para definir com qual entidade privada irá formalizar termo de parceria?
R: Não há a necessidade de procedimento formal licitatório, visto que o termo de parceria não possui natureza jurídica de contrato administrativo. O que há no termo de parceria é, senão, vontade de realização de objetivos comuns, conforme se lê no art. 2ª, § único da lei 8.666.
No entanto, em que pese ser dispensada a realização de licitação, a lei prevê expressamente que o poder público deverá realizar procedimento seletivo simplificado, de modo que sejam observados os princípios constitucionais da administração pública contida no art. 37 da Constituição Federal.
B) Após a celebração do termo de parceria, caso a entidade privada necessite contratar pessoal para a execução de seus projetos, faz-se necessária a realização de concurso público?
R: Não há necessidade, visto que as OSCIP’s não integram a administração pública direta ou indireta, não havendo que se falar em necessidade de realização de concurso público, com fundamento no art. 37, II da Constituição Federal. A organização civil poderá escolher seus empregados, que serão contratados sob o regime celetista.
4) Uma determinada microempresa de gêneros alimentícios explora seu estabelecimento comercial, por meio de contrato de locação não residencial, fixado pelo prazo de 10 (dez) anos, com término em abril de 2011. Entretanto, em maio do ano de 2009, a referida empresa recebe uma notificação do Poder Público municipal com a ordem de que deveria desocupar o imóvel no prazo de 3 (três) meses a partir do recebimento da citada notificação, sob pena de imissão na posse a ser realizada pelo Poder Público do município. Após o término do prazo concedido, agentes públicos municipais compareceram ao imóvel e avisaram que a imissão na posse pelo Poder Público iria ocorrer em uma semana. Desesperado com a situação, o presidente da sociedade empresária resolve entrar em contato imediato com o proprietário do imóvel, um fazendeiro da região, que lhe informa que já recebeu o valor da indenização por parte do Município, por meio de acordo administrativo celebrado um mês após o decreto expropriatório editado pelo Senhor Prefeito. Indignado, o presidente da sociedade resolve ajuizar uma ação judicial em face do Município, com o objetivo de manter a vigência do contrato até o prazo de seu término, estipulado no respectivo contrato de locação comercial, ou seja, abril de 2011; e, de forma subsidiária, uma indenização pelos danos que lhe foram causados. A partir da narrativa fática descrita acima, responda aos itens a seguir, utilizando os argumentosjurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
A) É juridicamente correta a pretensão do locatário (microempresa) de impor ao Poder Público a manutenção da vigência do contrato de locação até o seu termo final?
R: Não, visto que a desapropriação é modo originário de aquisição de propriedade, ou seja, o poder público, que expropriou o imóvel o terá como se novo fosse, sem quaisquer ônus que eventualmente o atingiam. Assim, o contrato de locação celebrado é extinto com a desapropriação, liberando o imóvel que qualquer ônus, seja real ou pessoal.
B) Levando-se em consideração o acordo administrativo realizado com o proprietário do imóvel, é juridicamente correta a pretensão do locatário (microempresa) em requerer ao Poder Público municipal indenização pelos danos causados?
R: O proprietário sofreu a perda de sua propriedade, ao passo que a microempresa sofreu a interrupção de sua atividade em razão da desapropriação, resultando, desse modo, em prejuízos distintos. O proprietário será indenizado, na forma do art. 5º, XXIV da Constituição Federal. Com relação à microempresa, que detém o fundo de comércio, esta também será indenizada visto que sua atividade comercial foi interrompida em razão da desapropriação, com consequente interrupção do negócio desenvolvido e perda também do estabelecimento comercial.
 5) O Prefeito do Município XYZ desapropriou um sítio particular para instalação de um novo centro de atendimento médico de emergência. Entretanto, antes do início das obras, o Estado ABC anunciou que o Município XYZ receberá um novo Hospital Estadual de Atendimento Médico Emergencial. Responda, fundamentadamente, aos itens a seguir.
A) O Município pode desistir da construção do centro de atendimento médico e destinar a área desapropriada à construção de uma escola?
R: Poderá sim, pois após a desapropriação o poder público deve dar ao bem desapropriado finalidade pública, mesmo que o ente público tenha finalidade inicial, que era a construção de um centro de atendimento médico de emergência e depois mudado o projeto de um hospital Estadual, não se considera ilícito o ato. Exposto isso, a tredestinação ocorreu em sua forma lícita, sendo admitida.
B) Com o anúncio feito pelo Estado, o antigo proprietário do sítio desapropriado pode requerer o retorno da área à sua propriedade, mediante devolução do valor da indenização?
R: Não pode. Como já referido na resposta anterior, a tredestinação ocorrida foi a lícita, mantendo-se, assim, a afetação pública no bem desapropriado, não havendo que se falar em direito de retrocessão, visto que a finalidade pública está sendo buscada.
6) O Estado “Y”, mediante decreto, declarou como de utilidade pública, para fins de instituição de servidão administrativa, em favor da concessionária de serviço público “W”, imóveis rurais necessários à construção de dutos subterrâneos para passagem de fios de transmissão de energia. A concessionária “W”, de forma extrajudicial, conseguiu fazer acordo com diversos proprietários das áreas declaradas de utilidade pública, dentre eles, Caio, pagando o valor da indenização pela instituição da servidão por meio de contrato privado. Entretanto, após o pagamento da indenização a Caio, este não permitiu a entrada da concessionária “W” no imóvel para construção do duto subterrâneo, descumprindo o contrato firmado, o que levou a concessionária “W” a ingressar judicialmente com ação de instituição de servidão administrativa em face de Caio. Levando em consideração a hipótese apresentada, responda, de forma justificada, aos itens a seguir. 
A) É possível a instituição de servidão administrativa pela via judicial? 
R: Segundo o instituto da servidão, o artigo 40, do decreto Lei n° 3.365/41, ás servidões se aplicam as regras de desapropriação, possibilitando a entrada por via judicial.
B) Um concessionário de serviço público pode declarar um bem como de utilidade pública e executar os atos materiais necessários à instituição da servidão?
R: Não se pode declarar um bem como de utilidade pública, mas conforme artigo 3° do Decreto Lei n° 3.365/41 c/c com o artigo 29, inciso VIII, da referida Lei n° 8.987/95 podem executar, promover a instituição de servidão administrativa os concessionários públicos. 
7) As empresas “Frangão”, “Quero Frango” e “Frangonne”, que, juntas, detêm dois terços da produção nacional de aves para consumo, realizam um acordo para reduzir em 25% a comercialização de aves de festa (aves maiores, consumidas especialmente no Natal), de modo a elevar o seu preço pela diminuição da oferta (incrementando o lucro), bem como reduzir os estoques de frango comum, cujo consumo havia caído sensivelmente naquele ano. Às vésperas do Natal de 2009, as empresas são autuadas pelo órgão competente, pela prática de infração da ordem econômica. Em suas defesas, as três alegam que a Constituição consagra a liberdade econômica, de modo que elas poderiam produzir na quantidade que desejassem e se desejassem, não sendo obrigadas a manter um padrão mínimo de produção. Seis meses depois, os autos são remetidos ao julgador administrativo, que, diante do excessivo número de processos pendentes, somente consegue proferir a sua decisão em outubro de 2013. Em alegações finais, as empresas apontam a prescrição ocorrida. Sobre a situação dada, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir. 
A) A conduta das três empresas é lícita?
R: As três empresas não tiveram uma conduta lícita, já que o sistema brasileiro de defesa da concorrência prevê varias condutas como ato de infração da ordem econômica, independente de culpa ou não. Basta o objetivo for produzir aumento arbitrário do aumento de seus lucros, conforme artigo 36, § 3°, I da Lei n° 12.529/2011 mostra, acordar, combinar, manipular ou ajustar com concorrente, sob qualquer forma, os preços de bens e serviços ofertados individualmente ou a produção ou a comercialização de uma quantidade restrita ou limitada de bens, configura como infração da ordem econômica.
B) É procedente o argumento da prescrição?
R: A legislação do sistema brasileiro de defesa da concorrência prevê e estabelece no seu artigo 46, § 3° da Lei 12.529/2011, prescrição em procedimento administrativo que esteja paralisado por mais de três anos pendentes de julgamentos ou despachos, reconhecendo arquivamento de ofício ou mediante requerimento da parte interessada sem prejuízos, responsabilizando funcionalmente a decorrência da paralisação. 
8) A Administração de certo estado da federação abre concurso para preenchimento de 100 (cem) cargos de professores, conforme constante do Edital. Após as provas e as impugnações, vindo todos os incidentes a ser resolvidos, dá-se a classificação final, com sua homologação. Trinta dias após a referida homologação, a Administração nomeia os 10 (dez) primeiros aprovados, e contrata, temporariamente, 90 (noventa) candidatos aprovados. Teriam os noventa candidatos aprovados, em observância à ordem classificatória, direito subjetiva à nomeação?
R: sim, desde que se respeitando os requisitos para abertura de um concurso público, em 1° necessidade de aberturas de vagas, logo em seguida: disponibilidade financeira para remuneração dos novos concursados. Segundo a súmula n° 15 STF, o candidato aprovado teria apenas expectativa de direito a nomeação do cargo, mas isso vem sendo modificado desde o ano de 2008 onde o STJ e reafirmado pelo STF, mostrando que havendo subjetividade o candidato aprovado que esteja dentro do número de vagas indicadas no edital e estando dentro do prazo de validade do concurso, tem direito a nomeação do cargo.
9) O Presidente da República, inconformado com o número de servidores públicos na área da saúde que responde a processo administrativo disciplinar, resolve colocar tais servidores em disponibilidade e, para tanto, edita decreto extinguindo os respectivos cargos. Considerando a hipótese apresentada, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso, responda aos itens a seguir.
A) A extinção de cargos públicos,por meio de decreto, está juridicamente correta? Justifique. 
R: Segundo o artigo 48, inciso X da CRFB, juntamente com o artigo 84 inciso VI, b da CRFB, a extinção de funções e cargos públicos somente através de lei aprovada pelo congresso nacional e após o veto do Presidente da República. Porém havendo cargo vago, seria possível através de decreto conforme artigos referenciados.
B) É juridicamente correta a decisão do Presidente da República de colocar os servidores em disponibilidade? 
R: Segundo o artigo 41§§ 2° e 3° da CRFB, juntamente com os artigos 28,31 e 37 da Lei n° 8.112/90, mostra que não tem por finalidade sancionar o servidor público, a extinção foi por desvio de finalidade. Desse modo verificamos uma inconstitucionalidade, no ato executado pelo chefe do executivo.
C) Durante a disponibilidade, os servidores públicos percebem remuneração?
R: Sim, como se verifica no artigo 41 § 3° da CRFB, juntamente com artigo 30 da Lei nº 8.112/90, o servidor público que é posto em disponibilidade tem direito a remuneração proporcional ao tempo de serviço até que ele seja aproveitado em cargo de atribuição e remuneração compatível com seu cargo anterior.
10) O Governador do Estado “N”, verificando que muitos dos Secretários de seu Estado pediram exoneração por conta da baixa remuneração, expede decreto, criando gratificação por tempo de serviço para os Secretários, de modo que, a cada ano no cargo, o Secretário receberia mais 2%.Dois anos depois, o Ministério Público, por meio de ação própria, aponta a nulidade do Decreto e postula a redução da remuneração aos patamares anteriores. Diante deste caso, responda aos itens a seguir.
A) É juridicamente válida a criação da gratificação? 
R: Não, conforme os artigos 37 inciso X e 39 § 4°, somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica a remuneração dos servidores e o subsídio, mostra que os secretários estaduais terão remuneração fixados exclusivamente por subsídios em parcela única e vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie.
B) À luz do princípio da irredutibilidade dos vencimentos, é juridicamente possível a redução do total pago aos Secretários de Estado, como requerido pelo Ministério Público?
R: Sim, uma vez que a irredutibilidade não garante a percepção de remuneração concedida em desacordo com as normas constitucionais. Não há direito adquirido contra regra constitucional ou legal.
11)João, servidor público federal, ocupante do cargo de agente administrativo, foi aprovado em concurso público para emprego de técnico de informática, em sociedade de economia mista do Estado X. Além disso, João recebeu um convite de emprego para prestar serviços de manutenção de computadores na empresa de Alfredo. Com base no exposto, responda, fundamentadamente, aos itens a seguir.
A) É possível a cumulação do cargo técnico na Administração Federal com o emprego em sociedade de economia mista estadual? E com o emprego na iniciativa privada? 
R: Segundo artigo 37, inciso XVII da CRFB, juntamente com artigo 118 § 1° da Lei 8.112/90 não é possível à cumulação de cargo público, com emprego na sociedade de economia mista estadual. Porém, não a vedação constitucional ou legal quanto atividade remunerada junto á iniciativa privada desde que não haja incompatibilidade de horário que possa prejudicar o seu serviço público.
B) Caso João se aposente do cargo que ocupa na Administração Pública federal, poderá cumular a remuneração do emprego na empresa de Alfredo com os proventos de aposentadoria decorrentes do cargo de agente administrativo?
R: Pode haver cumulação de proventos, conforme artigo 37 § 10 da CRFB, a vedação é somente para proventos de aposentadorias decorrentes do artigo 40, ou dos artigos 42 e 142 da CRFB.
12) Luiz foi secretário de assistência social do Estado “X” durante cinco anos e acaba de ser cientificado de que o Ministério Público Estadual ajuizou, contra ele, uma ação de improbidade administrativa por ter celebrado contrato, indevidamente rotulado de convênio, sem a observância do devido procedimento licitatório. Luiz argumenta que não houve, de sua parte, má-fé ou intenção de fraudar o procedimento licitatório. Além disso, comprova que adotou todas as medidas de cautela que poderiam ser razoavelmente exigidas de um administrador público antes de celebrar o ajuste. Por fim, informa que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) competente teria aprovado as contas que prestou na qualidade de ordenador de despesas, não identificando qualquer dano ao erário. Considerando a hipótese apresentada, responda, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso, aos itens a seguir.
A) O argumento de Luiz, ao pretender afastar a improbidade administrativa sob o fundamento de que não teria agido com a intenção de fraudar o procedimento licitatório, deve prevalecer?
R: Para que o agente seja qualificado na improbidade administrativa, necessita de elemento subjetivo dolo segundo artigos 9 e 11 ou pelo menos culpa conforme artigo 10, todos da Lei 8.429/92. No caso em si Luiz não teve dolo, não constatando assim a improbidade administrativa.
B) O argumento de Luiz, ao pretender descaracterizar o ato de improbidade administrativa invocando a aprovação de suas contas pelo TCE, deve prevalecer?
R: conforme o artigo 21 inciso 21 da Lei 8.429/92, não tem caráter vinculante, a aprovação ou rejeição emitida por um órgão de controle interno ou pelo tribunal de contas, sendo assim não deve prevalecer o argumento de Luiz.
13) Maria é filha da servidora pública federal Josefina, aposentada por invalidez em janeiro de 2013. Depois de uma briga com sua genitora, formula denúncia ao órgão federal competente, afirmando que sua mãe, na verdade, está apta para o exercício das funções inerentes ao seu cargo, o que se comprova mediante a verificação de que ela exerce semelhantes funções em um escritório privado desde fevereiro de 2013, quando se recuperou plenamente da doença. Depois de aberto o processo administrativo para fins de verificação de eventual erro na perícia médica e apuração da possibilidade de reversão ao serviço público ativo, o feito é encaminhado novamente ao mesmo médico, que retifica o laudo anterior, opinando pela possibilidade de a servidora ser mantida no serviço ativo, e remete o feito à autoridade superior para decisão. Antes da decisão final, Maria, já reconciliada com Josefina, formula pleito de desistência do processo administrativo, informando que, na verdade, contara inverdades sobre sua mãe e que esta é incapaz para o trabalho, tanto no serviço público quanto na iniciativa privada, juntando laudos médicos diversos, inclusive dos hospitais públicos em que sua mãe foi atendida. Diante de decisão fundamentada que determina o prosseguimento do processo, mesmo com a desistência da requerente, Maria interpõe recurso, argumentando que o processo não pode prosseguir diante da contrariedade da requerente e apontando a nulidade do processo pela participação do mesmo médico responsável pela primeira perícia. Com base no caso apresentado, responda, justificadamente, aos itens a seguir.
A) Foi regular o prosseguimento do processo após a desistência formulada por Maria?
R: Conforme a Lei n° 9.784/99 a desistência ou renúncia do interessado como indica o caso concreto, não prejudica a continuidade do processo, se a administração considerar que o interesse público assim exige, como mostra no artigo 51 § 2° da referida Lei.
C) Uma vez que a decisão se baseou no laudo do citado profissional, é procedente o argumento da nulidade do processo pela participação do médico em questão?
R: Segundo encontra-se no artigo 18 inciso II da Lei 9.784/99, que havendo hipótese de impedimento do servidor, é cabível o argumento de nulidade do processo administrativo, caso venha o servidor ou autoridade participar como perito.
14) Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota que lhe fora atribuída em uma disciplinado curso de graduação, abordou a professora Maria Souza, servidora pública federal, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota. Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu desarmar e derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da professora. Ao mesmo tempo, a professora foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Na esfera criminal, a professora foi absolvida, vez que restou provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão nomeada entendeu que a professora já tomara ciência da instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores. Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à pena de demissão. O PAD foi encaminhado à autoridade competente para a decisão final, que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à servidora, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal. Em 10/04/2015, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções, e, em 10/09/2015, procurou seu escritório para tomar as medidas judiciais cabíveis, informando, ainda, que, desde o afastamento, está com sérias dificuldades financeiras, que a impedem, inclusive, de suportar os custos do ajuizamento de uma demanda.
Como advogado (a), indique a peça processual adequada para amparar a pretensão de sua cliente, analisando todos os aspectos jurídicos apresentados?
R: Petição inicial de Rito Ordinário, como se passaram mais de 120 dias do ato impugnado, conforme artigo 23 da Lei 12.016/09 não cabe mandado de segurança. O polo passivo da demanda é a autarquia federal e o polo ativo é Maria, a petição será direcionada ao Juiz Federal da Secção Judiciária competente.
No mérito sera levantada a questão da violação do contraditório e ampla defesa e anulação do processo administrativo, segundo artigo 143 da Lei 8.112/90 e o artigo 5° inciso LV da CRFB, apreciando a absolvição sumária na esfera penal em questão da lesão patrimonial sofrida pelo não recebimento de seus vencimentos, onde vincula o conteúdo da decisão administrativa.
15) Determinada Sociedade de Economia Mista federal, exploradora de atividade econômica, é objeto de controle pelo Tribunal de Contas da União, o qual verifica, em tomada de contas especial, que há editais de licitação da estatal que contêm critérios de julgamento inadequados. Sobre o caso, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente, responda aos itens a seguir.
A) Uma sociedade de economia mista que explora atividade econômica pode ser submetida ao controle do Tribunal de Contas?
R: Conforme disposto no artigo 71 inciso II da CRFB, é possível o controle pelo tribunal de contas da união, se tratando de de sociedade instituída pelo poder público.
B) O Tribunal de Contas pode determinar a aplicação de critérios que entenda mais adequados, para o julgamento de licitações?
R: Não, estaria violando segundo artigo 2° da CRFB a separação dos poderes, a recepção do caso em si somente seria possível em questão se houve irregularidade na licitação nos termos de jurisprud~encia do STF.
16) José, cidadão brasileiro que exercia o cargo de deputado estadual, foi condenado, em caráter definitivo, por improbidade administrativa, em julho de 2013. Com a condenação, os direitos políticos de José foram suspensos por cinco anos, embora ele tenha sempre afirmado ser inocente. Em outubro de 2013, ele ajuíza ação popular pleiteando a anulação da venda de uma série de imóveis públicos promovida pelo Governador, seu principal desafeto político, a quem culpa pelas denúncias que levaram à sua condenação. Segundo o relato da inicial, a venda ocorreu abaixo do preço de mercado. Diante de tal situação, responda fundamentadamente:
A) José é parte legítima para a propositura da ação? 
R: Não, pois nos artigos 15 inciso V c/c 37 § 4° da CRFB prevê a suspensão dos direitos políticos no caso de condenação por improbidade administrativa, nesse caso o requisito é de legitimidade ativa.
B) Eventuais compradores dos imóveis, na condição de particulares, podem ser afetados pela decisão da ação popular e, por isto, também devem figurar no polo passivo?
R: Sim, dado o artigo 6° da Lei n° 4.717/65, incluindo os beneficiários do ato lesivo no polo passivo na ação popular.
Casos concretos d civil IV
1) Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado
R: O art. 805 do NCPC consagra o princípio da execução menos onerosa ao executado: “Quando por vários meios o credor puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o devedor”. A opção pelo meio menos gravosa pressupõe que os diversos meios considerados sejam igualmente eficazes. Assim, havendo vários meios executivos aptos à tutela adequada e efetiva do direito de crédito, escolhe-se a via menos onerosa ao executado. Portanto o pleito deve ser deferido.
Objetiva reposta 
Daniel pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos diversos, desde que seja competente o juízo e haja identidade na forma do processo.
2) No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1°grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado acima, distinga os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, e, num segundo momento, indique os caminhos processuais adequados para que o exequente, na prática, possa receber seu crédito.
R: trata-se de fraude à execução, pois já havia um processo em curso e antes da prolação da sentença pelo magistrado, o réu vendeu seu imóvel com claro objetivo de frustrar a possível execução que ainda viria. A diferença entre fraude á execução e a fraude contra credores são; a primeira é uma manobra que fere tanto o credor quanto a atividade jurisdicional, a segunda é uma manobra que fere tão somente o direito material, pois o devedor esta insolvente.
Objetiva resposta
d) O Ministério Público, nos casos previstos em lei.
3) Adalberto ajuizou uma ação em face da Seguradora Porto Bello pleiteando o recebimento do seguro de vida realizado pelo seu tio Marcondes. Alega na inicial que a seguradora, de forma injustificada, se negou a pagar a indenização sob o argumento de que o segurado agiu de má-fé ao não informar que realizara uma cirurgia de coração 10 anos antes da assinatura do contrato. Após a instrução o juiz julgou procedente o pedido para condenar a Seguradora a pagar a respectiva indenização em valor a ser apurado em fase de liquidação. Diante do caso concreto indaga-se: 
a) Qual é a modalidade de liquidação de sentença mais adequada ao caso concreto? É possível modificar a sentença em fase de liquidação?
b) R: Em tese caberia arbitramento, para que em tese um terceiro expert no assunto indicasse o valor indenizatório, contudo, em havendo necessidade de novas provas, caberia liquidação pelo procedimento comum, com a produçãode provas supervenientes a sentença. Não tem como ser feita a mudança, salvo pelo artigo 966 CPC.
c) Como deverão proceder as partes caso discordem do valor apurado na liquidação?
R: Se as partes não concordarem com o valor fixado na sentença de liquidação cumprirá a elas ingressar com agravo de instrumento, artigo 1015, PU, CPC. 
Objetiva resposta
a) O crédito de auxiliar de justiça, quando à custa, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; 
4) Juca Cipó ingressa em juízo com ação de cobrança em desfavor de Sinhozinho Malta, que, citado pelo correio, quedou-se inerte, vindo, em consequência, o pedido autoral a ser julgado procedente, com a condenação do réu ao pagamento de R$80.000,00 (oitenta mil reais). Iniciado por Juca Cipó o cumprimento de sentença, após asegurança do juízo, Sinhozinho Malta oferece impugnação, na qual alega a nulidade de sua citação na fase cognitiva. O juiz, então, acata a impugnação de Sinhozinho Malta. Qual seria o recurso cabível contra esta decisão judicial?
R: Caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias na liquidação, no cumprimento de sentença, na execução e no inventário são atacadas via agravo de instrumento, nos termos do art. 1.015, parágrafo único, do NCPC.
Objetiva resposta
b) impossibilidade jurídica do pedido
5) Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, apresenta o Executado petição avulsa, intitulando-a como Objeção de Não Executividade (também conhecida como Exceção de Pré-Executividade), denunciando a nulidade do título. Deve tal pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? Se admissível a referida peça, teria a apresentação da mesma efeito suspensivo?
R: É possível a execução de pré-executividade, é uma defesa que pode ser proposta a qualquer momento, natureza de incidente processual, pôr se tratar de matéria de ordem pública, matéria que pode ser vista pelo juiz a qualquer tempo. A execução de pré-executividade não possui efeito suspensivo, assim como não tem previsão legal.
Objetiva resposta
c) De 15 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação;
6) Determinado credor instaurou processo de execução, lastreado em título executivo extrajudicial, em face de um incapaz, que se encontra regularmente representado nos autos. A penhora recaiu sobre um determinado bem e não foram oferecidos embargos à execução. Como o exequente não manifestou interesse na adjudicação, o magistrado determinou a expropriação por alienação em leilão judicial. No segundo leilão, o bem constricto recebeu um lance equivalente a 75% do valor da avaliação, o que gerou a assinatura no auto de arrematação. Imediatamente, o executado peticionou ao juízo, postulando o reconhecimento da ineficácia da arrematação, uma vez que o bem foi expropriado por preço vil. Já o credor, por sua vez, ponderou que, de acordo com o art.891, parágrafo único, do CPC, a arrematação teria sido perfeitamente válida. Indaga-se: como deve decidir o magistrado?
R: No caso deve se observar que há um incapaz, consoante Art.896 c/c Art.891 CPC/15, devendo ser um lance de pelo menos 80% do valor avaliado.
Resposta 2 A decisão do magistrado deve orientar-se pela invalidação, uma vez que não foi atingido preço mínimo exigido no art. 896, cpc/15. Quando se tratar de executado incapaz executado, o lance mínimo, deve alcançar pelo menos 80% do valor da avaliação, caso contrário o juiz deve confiar a guarda e a administração do depositário idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a um ano.
Objetiva resposta
d) Os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, inclusive os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; nos termos do Art.833
7) Após a vigência do CPC, Rodolfo promove execução em face de Matheus e Lucas, objetivando o recebimento de determinada quantia. A citação de ambos foi realizada regularmente e não foram localizados bens passíveis de penhora. Diante desta situação, o magistrado suspendeu o processo pelo prazo de um ano. Findo este período e, também tendo sido ultrapassado o prazo prescricional da obrigação, os executados peticionam ao juízo requerendo o desarquivamento do processo e a pronúncia da prescrição intercorrente. Devidamente intimado, o exequente se posiciona em sentido contrário, ao argumento de que esta suspensão deveria permanecer sine die, ou seja, indefinidamente, até que sejam localizados bens passíveis de constrição judicial. Como deverá se posicionar o magistrado quanto ao tema?
R: No caso em tela, o exame tendo sido ultrapassado o prazo prescricional  poderia o juiz extinguir a execução em razão de ocorrência da referida prescrição intercorrente, aquela que se opera mesmo na fluência do procedimento jurisdicional, nos casos de inércia do titular do direito no termos dos artigos 921, §, 2o cominado com artigo 924, V do CPC. Trata-se de uma sentença com resolução de mérito de acordo com o art 487, II do CPC.
Objetiva resposta
b) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando o exequente renunciar ao crédito;
8) Em determinado processo, o magistrado fixou astreintes diárias para compelir o devedor a cumprir obrigação de entrega de coisa, o que não ocorreu no prazo estabelecido. Levando em consideração que o valor acumulado das astreintes está próximo de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) e que o conteúdo econômico discutido no processo é de no máximo R$ 20.000,00 (Vinte Mil Reais), a parte ré peticiona requerendo a redução do valor retroativamente. Ocorre que a exequente, por seu turno, sustenta que este montante de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) já integra o seu patrimônio. Vindo os autos conclusos para decisão, o magistrado percebe, na ambiência de seu gabinete, que o CPC fornece um tratamento inconclusivo quanto ao tema astreintes. Em determinada norma, por exemplo, autoriza que o magistrado possa alterar ou mesmo excluir o valor das multas, mas apenas para aquelas vincendas (art. 537, par. 1º), o que contraria entendimento jurisprudencial. Por outro lado, em outro momento, deixa o tema um tanto vago (art. 806, par. 1º), nada dispondo se a revisão do valor pode ser realizada em caráter retroativo. Indaga-se: 
Como decidir? O valor das astreintes poderia ser reduzido ex tunc? E, para os casos de fixação desta multa, não seria melhor simplesmente o magistrado fixar multa de incidência única, em valor mais substancial, para que a mesma realmente possa funcionar como fator coercitivo?
R: O juiz pode diminuir a multa, efeito ex tunc, retroativo. Art. 806/621;
537/461 §6º. Multa única depende do caso. Deve, no entanto o Juiz não forçar uma multa. Superior ao valor do bem por não ser conveniente.
Objetiva resposta
A) Impugnação
9) Maurício promove execução por título extrajudicial em face da Fazenda Pública, para cumprimento de obrigação de fazer, observando o disposto entre o art. 815 e art. 821 do CPC. Esta, ao ser citada, aduz em sua defesa que háerror in procedendo, eis que tem a prerrogativa de ser executada por modelo próprio estatuído no art. 910 do NCPC. A quem assiste razão?
R: O pagamento se dará por PRECATÓRIO quando o valor for alto. Sendo o valor baixo se dará por RPV. Não pode haver penhora, por se tratar de ente público. Obs.: O procedimento é igual na obrigação de dar/fazer, já no pagamento de coisa certa o procedimento é diferente entre parte e ESTADO.
Objetiva resposta
B) Embargos a execução
Dica: casos pequenos.
Matéria: princípios da execução; liquidação; defesa do devedor; obrigação; entrega
de coisa; obrigação de fazer por título judicial e extrajudicial.
Não cai penhora
10) Geisa, servidora pública estadual, promove demanda em face da Fazenda Pública que se encontra vinculada, pleiteando o pagamento de determinada importância em dinheiro, que lhe foi indevidamente descontada em sua remuneração. A demanda se processa regularmente, tendo sido proferida sentença favorável condenando a ré ao pagamento. Na etapa de cumprimentoe, diante da demora na executada em liquidar a sua obrigação sujeita a pagamento por meio de precatório, a exequente peticiona ao juízo requerendo que seja aplicada a multa de 10%, prevista no art. 523, parágrafo 1º, do CPC. Este pleito deve ser deferido?
R: Não será deferido. Tendo em vista o prazo para fazenda pública ser mais moroso dentro do processo, como o direito ter sido respeitado com o cumprimento da lei especifica que lhe proferiu sentença, e arguiu lhe titulo precatório, tendo em vista a fazenda pública, ter seus bens impenhoráveis e o titulo especifico para seu pagamento. Quanto ao valor de 10% o CPC proíbe expressamente nos casos em que a Fazenda Pública estiver sendo executada art. 534, § 2°.
Objetiva resposta
C) Impossibilidade jurídica do pedido
11) O CPC prevê que, na execução por título extrajudicial por dívida alimentar, é possível oficiar o empregador do executado para que o mesmo efetue o desconto em folha de pagamento, o que coincide com o modelo do CPC-73. Contudo, o mesmo inova ao prever que o descumprimento pelo empregador gera a prática de crime de desobediência (art. 912, par. 1º). Ocorre que a lei de alimentos já possui tipo penal específico para esta situação (art. 22, parágrafo único, Lei 5.478/68), não tendo o mesmo sido revogado pelo CPC/2015, ao contrário de diversas outras normas (art. 1.072). Qual tipo penal deve prevalecer?
R: Vai prevalece a norma específica, que é a Lei 5.478/68 – Lei de Alimentos, a figura prevista no art. 22 da respectiva lei, a referida lei por ser específica na matéria há de prevalece. Não houve a revogação da Lei de Alimentos pelo art. 1.072 do NCPC, apenas os arts. 16 a 18, a tutela que se pretende no caso é civil e não penal.
Objetiva resposta
e) mandado de imissão
12) Determinada entidade de classe impetrou mandado de segurança coletivo em defesa de interesses de seus membros, o qual foi denegado pelo órgão competente, havendo tal decisão transitado em julgado. É cabível a posterior propositura de ação, pelo procedimento comum, individualmente, por qualquer dos membros da entidade, para pedir o reconhecimento do direito que alega e compreendido no pedido formulado no anterior mandado segurança coletivo?
R: Sim, é possível a propositura de ação de rito comum individualmente por qualquer dos membros da entidade. A propositura do Mandado de Segurança Coletivo não impede a propositura de ação individual uma vez que nem todos os requisitos da litispendência restam-se caracterizados. Os fundamentos da ação coletiva podem ser diferentes e não se repetirem na individual, além das partes que também são diferentes.
Objetiva resposta
A) A arguição incidental de constitucionalidade só pode ser admitida com fundamento do pedido, nunca como objeto da ação principal.
13) Associação de Consumidores do Estado do Paraná ingressou com uma ação coletiva em face do Hipermercado Novo Horizonte, na Comarca do referido estado, visando obter tutela específica no sentido de determinar a abstenção do mercado de comercializar leite da marca Vaca boa, fora do prazo de validade e com alto índice de formol, cumulado com pleito indenizatório por danos morais e materiais decorrentes para os consumidores que adquiriram o referido produto. O juiz deferiu tutela específica, nos termos do art.84§3º do Código de Defesa do Consumidor, para determinar a abstenção do réu em comercializar o produto e condenou o réu a indenizar os consumidores prejudicados pelos danos materiais e imateriais sofridos, cujo quantum será apurado em sede de liquidação de sentença. Diante do caso discuta as seguintes indagações:
A) Considerando que o Hipermercado possui diversas filiais em todo Brasil, os consumidores do Estado do Rio de Janeiro e Minas Gerais poderão promover a liquidação da referida sentença genérica? Qual modalidade de liquidação de sentença poderá ser utilizada neste caso? Qual o juízo competente para promoção da execução do julgado para os consumidores de Minas Gerais e do Rio de Janeiro?
R: sim, pois se trata de um direito difuso, tendo legitimidade aos prejudicados diretos ou indiretos do dano causado independentemente do local de onde sejam. Poderão os consumidores do rio de janeiro e de minas, PROMOVER A LIQUIDAÇAO E A EXECUÇÃO DE SENTENÇA EM SEUS RESPECTIVOS ESTADOS.
A LIQUIDAÇÃO NO PROCESSO COLETIVO SERA DEFINIDA DE ACORDO COM A NECESSIDADE DO CASO CONCRETO, PODENDO SER POR ARBITRAMENTO OU PELO PROCEDIMENTO COMUM.
A COMPETÊNCIA PARA EXECUÇÃO DA TUTELA COLETIVA É CONCORRENTE, PODENDO SER NO JUIZO SENTENCIAL (PARANÁ) OU NO JUIZO DA LIQUIDAÇAO QUE É EM REGRA É O DOMICILIO DO DEVEDOR. 
Objetiva resposta
a) Direitos difusos, por se tratar de direitos transindividuais e ligados a um número indeterminado de pessoas;
14) O Juizado Especial Cível decidiu ação, recorrendo o vencido, tendo a turma Recursal própria mantido à sentença, que rejeitou arguição de incompetência absoluta daquele Órgão Julgador, em razão do valor em discussão superior ao atribuído, legalmente, à competência dos Juizados Especiais. Contra essa decisão da Turma impetrou o interessado Mandado de Segurança, perante o Tribunal de Justiça, repisando a alegação de incompetência absoluta vinda o órgão da Justiça comum a denegar a ordem, afirmando a incompetência do Tribunal de Justiça para rever decisões prolatadas por Juizados Especiais e respectivas Turmas Recursais. Pergunta-se: 1) Qual o recurso cabível contra a decisão do Tribunal de Justiça? 2) O que deve decidir o órgão competente para apreciar esse recurso? Justificar as respostas.
R: 1- O recurso cabível vem a ser o Recurso Ordinário, nos termos do Art.1027, II, a CPC 15, devendo o órgão competente para julgar este recurso, no caso o STJ, atuar como Tribunais de segundo grau de jurisdição, não aplicando-se as restrições imanentes ao exercício de sua competência recursal extraordinária, sendo possível a apreciação por este Tribunal Superior em relação ao reexame de provas e apreciação de normas de ordem pública.
 2- Devendo o órgão dizer que cabe a impetração de MS de ato da Turma Recursal.
Objetiva resposta
B) Estes embargos possuem efeito interruptivo quanto ao prazo para a interposição de ulterior recurso inominado, conforme Art. 1065 CPC/15 c/c Art.50 da Lei 9.099/95.
15) Consumidor promove demanda em face da EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e da empresa Rodsoft Informática, perante um Juizado Especial Federal. Argumenta, em sua petição inicial, que comprou um determinado produto no site da segunda, para que o mesmo fosse entregue pela primeira em seu endereço residencial, o que não ocorreu em razão de extravio. Também aduz que não foi ressarcido, o que justificaria a instauração do presente processo em face de ambas, objetivando o recebimento de danos materiais e morais. Ocorre que a empresa Rodsoft já encerrou suas atividades, embora tenha ficado evidente nos autos que a mesma vinha sendo utilizada por seus sócios para a prática de diversos ilícitos civis. Diante desta situação, o autor pleiteia que, no Juizado Especial Federal, seja autorizada a desconsideração da personalidade jurídica. Ocorre que este requerimento foi indeferido pelo magistrado, ao argumento de que o CPC trata deste incidente como uma modalidade de intervenção de terceiros (art. 132 ? art. 137), o que é vedado no sistema dos Juizados Especiais (art. 10, Lei nº 9.099/95). Esta decisão foi objeto de posterior mandado de segurança impetrado perante a Turma Recursal Federal, com o intuito de reformá-la. Indaga-se: os magistrados lotados no órgão revisor, analisando as normas constantes no CPC, deverão conceder ou negar a segurança? Por quais fundamentos?
R: Deverão conceder, pois o CPC aplica o incidente de desconsideração da personalidade jurídica em qualquer tipo de processo inclusive nos de competência dos juizados especiais (art. 1.062 do CPC). Estando o processo na instancia recursal, atribuição originaria é do relator, embora de sua decisão caiba recurso de agravo interno para o colegiado (art. 136, parágrafo único, CPC).
Objetiva resposta
f) Estesembargos deverão ser interpostos no prazo de cinco dias, pois não há prerrogativa de prazo em dobro para a Fazenda Pública no sistema dos juizados especiais.
Empresarial Aplicado II
1) Fernando emitiu um título de crédito em favor de Renata, o qual circulou através de diversos endossos até o atual portador. Após o prazo de vencimento, o portador decidiu executar um dos endossantes, tendo em vista que o título não foi pago pelo devedor original. Todavia, ao ser executado, o endossante alegou em sua defesa que não poderia ser executado, haja vista que recebeu o título de um menor, o qual não teria capacidade civil, e o que tornaria nula a cadeia de endossos. Diante dessa situação hipotética, pergunta-se:
a) Tem fundamento a defesa apresentada pelo endossante? 
R: As obrigações são autônomas, dessa forma não merece ser apreciada a defesa apresentada. Sendo as obrigações autônomas e independentes, ao assinar o título o endossante vincula sua obrigação de pagar como garantidor.
 b) Qual o princípio que pode ser aplicado no caso em tela?
 R: conforme mostra os artigos 7 e 17 da Lei 57663/66 as obrigações são autônomas independentemente da situação.
Resposta objetiva
d) O aval corresponde a um tipo de fiança, tendo em vista que possui as mesmas características.
2) Fernando Lopes emite uma letra de câmbio em face de Luan e a favor de Eduarda, que a endossa em branco para Rebeca, a qual endossa em preto para Maria que, por sua vez, também endossa em preto para João. Este endossa em branco e repassa o título para Dora, que repassa o título por tradição para Eunice, e assim vai por Emerson e Vitor. Por fim, Vitor transmite o título para Miro, através de endosso em preto. Diante disso: 
a) Determine quais os obrigados pelo pagamento do referido título. 
R: 
b) Especifique o principal efeito do endosso realizado por Vitor.
3) (VIII Exame Unificado da OAB – 2ª Fase – Empresarial – Prático-Profissional – 2012) Pedro emite nota promissória para o beneficiário João, com o aval de Bianca. Antes do vencimento, João endossa a respectiva nota promissória para Caio. Na data de vencimento, Caio cobra o título de Pedro, mas esse não realiza o pagamento, sob a alegação de que sua assinatura foi falsificada. Após realizar o protesto da nota promissória, Caio procura um advogado com as seguintes indagações:
A) Tendo em vista que a obrigação de Pedro é nula, o aval dado por Bianca é válido? 
R: Conforme mostra os artigos 7 e 17 da Lei 57663/66 as obrigações são autônomas independentemente da situação não versando vinculo pessoal nesse caso, sendo formal com o título de crédito ou mesmo como avalista. O aval deve ser dado no verso ou anverso do título de crédito, como se refere o artigo 898 CC.
 
B) Contra qual (is) devedor (es) cambiário(s) Caio poderia cobrar sua nota promissória?
 R: Poderá cobrar do avalista, que assumirá a obrigação como devedor principal do crédito, Art. 15. O endossante, salvo cláusula em contrário, é garante tanto da aceitação como do pagamento da letra. O endossante pode proibir um novo endosso, e, neste caso, não garante o pagamento às pessoas a quem a letra for posteriormente endossado (LUG).
4) (OAB – XIV Exme – Prático-Profissional – 2ª Fase – 2014) Uma letra de câmbio foi sacada por Celso Ramos com cláusula “sem despesas” e vencimento no dia 11.09.2013. O tomador, Antônio Olinto, transferiu a cambial por endosso para Pedro Afonso no dia 03.09.2013. O título recebeu três avais, todos antes do vencimento, sendo dois em branco e superpostos, e um aval em preto em favor de Antônio Olinto. A letra de câmbio foi aceita e o endossatário apresentou o título para pagamento ao aceitante no dia 12.09.2013. Diante da recusa, o portador, no mesmo dia, apresentou o título a protesto por falta de pagamento, que foi lavrado no dia 18.09.2013. Com base nas informações contidas no texto e na legislação cambial, responda aos seguintes itens.
A) Quem é o avalizado nos avais em branco prestados na letra de câmbio? São avais simultâneos ou sucessivos? Justifique. 
R:
B) Nas condições descritas no enunciado, indique e justifique quem poderá ser demandado em eventual ação cambial proposta pelo endossatário?
R:
Resposta objetiva
5) (OAB – XIV Exme – Prático-Profissional – 2ª Fase – 2014) Uma letra de câmbio foi sacada por Celso Ramos com cláusula “sem despesas” e vencimento no dia 11.09.2013. O tomador, Antônio Olinto, transferiu a cambial por endosso para Pedro Afonso no dia 03.09.2013. O título recebeu três avais, todos antes do vencimento, sendo dois em branco e superpostos, e um aval em preto em favor de Antônio Olinto. A letra de câmbio foi aceita e o endossatário apresentou o título para pagamento ao aceitante no dia 12.09.2013. Diante da recusa, o portador, no mesmo dia, apresentou o título a protesto por falta de pagamento, que foi lavrado no dia 18.09.2013. Com base nas informações contidas no texto e na legislação cambial, responda aos seguintes itens.
A) Quem é o avalizado nos avais em branco prestados na letra de câmbio? São avais simultâneos ou sucessivos? Justifique. 
R: O avalizado nos avais em branco é o sacador, o aval é escrito na própria letra ou numa folha anexa. Na falta de indicação do avalizado estender-se-á ser pelo sacado, segundo artigo 31 última alínea do decreto n° 57.663/66 LUG.
C) Nas condições descritas no enunciado, indique e justifique quem poderá ser demandado em eventual ação cambial proposta pelo endossatário?
R: conforme artigo 20 do decreto n° 2044/98 e artigo 53 do decreto 57663/66 LUG somente poderá ser demandada contra o ace itante , visto que se encontra o título em atraso, para o prazo de apresentação.
Resposta objetiva:
6) Maria e Bernardo são casados e possuem conta corrente no Banco Brasileiro S.A. Para efetuar o pagamento de um tratamento dentário da esposa, Bernardo emite um cheque no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) em favor do dentista Alberto. Sendo assim, o dentista depositou o cheque e foi surpreendido pela devolução do cheque por falta de fundos. Tendo em vista que não conseguiu o pagamento do cheque, Alberto promoveu execução em face de Maria, tendo em vista que foi a usuária do tratamento dentário. Analisando caso concreto, responda as seguintes questões:
a) Tendo em vista que a conta corrente é conjunta, será procedente a execução em face de Maria? 
R: Não será possível a cobrança em face da Maria, pois ocorreria violação ao princípio da literalidade, pois o cheque foi emitido apenas pelo Bernardo.
b) Quais os requisitos legais que devem conter num cheque?
R: No artigo 1° da Lei 7.357/88 encontram-se os requisitos legais que devem conter o cheque, como indicação do pagador, lugar de pagamento, data e lugar de emissão e principalmente assinatura do emitente ou do mandatário com poderes especiais.
7) (TJRJ – XLIV Concurso – Magistratura – 2ª fase – adaptada) A Representações de Papéis Ltda., com sede nesta cidade, é notificada por B Celulose S/A, dando conta da extinção do contrato firmado entre as partes, em maio de 2017, que vigorava por prazo indeterminado. Na oportunidade, foi esclarecido que a partir do recebimento da referida notificação, novos negócios em nome da notificante, não poderiam ser realizados, pois esta passaria a operar diretamente com os clientes os respectivos pedidos. Inconformada, A propõe ação em face de B, onde sustenta que fez grandes investimentos no interesse desta última, não deu causa à extinção do contrato, cujos negócios dele oriundos representavam 80% do seu faturamento, não tendo sido observado o prazo legal para que a notificação pudesse surtir o efeito pretendido. Além disso, a cessação abrupta da atividade desenvolvida acarretara danos materiais e morais que pretendia ver indenizados. Esclareça qual a disciplina legal a ser adotada, bem como explique as peculiaridades do contrato e o alegado direito à indenização.
R: Conforme artigo 710 e 721 do CC e pela Lei n° 4886/65, trata-se de um contrato de agência e distribuição regulamentada, por esse motivo o prazo para notificações são

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