Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Afetividade no Ambiente Escolar e Familiar Estudo de Caso Professoras Esp. Andressa Schiavone Pereira Aquaroni Vieira e Esp. Silvia Suzi Gonçalves 2 Unicesumar estudo de caso Olá! Vamos contar a história de João, uma criança de 8 anos que estuda em um colégio parti- cular. Poderíamos pensar que as dificuldades na aprendizagem, a falta de afetividade, rejeição e comportamentos agressivos não fazem parte da realidade dos colégios particulares, aten- dendo crianças de classe média e alta. Pelo contrário, os mais variados tipos de problemas detectados no ensino público também ocorrem na rede particular de ensino. Assim, proble- mas educacionais, afetivos, sociais e pessoais não escolhem classe social ou idade. João é um menino muito reservado, dificilmente aceita ser contrariado, com muitas difi- culdades de cumprir as regras escolares, refletindo no desenvolvimento cognitivo. Quando contrariado, apresenta atitudes agressivas com colegas, professores e até mesmo a família. Diante das situações que João apresenta, como a escola poderá contribuir para que ele consiga evoluir nas relações, com atitudes aceitáveis e evoluir nos aspectos peda- gógicos, sabendo que a família tem dificuldades para impor limites? Entretanto, antes de iniciarmos as discussões sobre as dificuldades de João, é essencial discorrer brevemente sobre a história de vida do protagonista de nossa história. João A formação da família é algo maravilhoso, não é? Ao menos deveria ser na família de João, o qual demostra atitudes que nos faz refletir. Independentemente das dificuldades e estrutura familiar a qual pertence, ele faz parte desta família. No decorrer do estudo, iremos compreen- der um pouco mais sobre a história desta criança. De repente, a notícia inesperada: Ana, filha única, está à espera de um bebê. Deveria ser uma grande notícia para os pais de Ana, o Seu Luiz e Dona Maria. Contudo, juntamente com a notícia, o princípio de novas preocupações. Por quê? Ana não foi criada com limites, sempre teve de tudo, seus pais proporcionaram uma vida financeira razoável. Eles traba- lhavam muito para agradar a filha, mas não proporcionaram o que ela mais necessitava: a atenção. Qual a preocupação? Ana estava envolvida com más companhias, não por engra- vidar, mas por ser usuária de drogas. A gravidade do problema e preocupação dos pais de Ana primeiramente foi tentar preservar a vida que estava por vir. Assim, convenceram Ana que deveria se cuidar para que o bebê nascesse com saúde. Não foi um período fácil, mas ela esteve presente na casa dos pais, lutando contra seu próprio vício. Unicesumar 3 estudo de caso Ao nascer, um lindo menino chamado João, nosso protagonista, iniciou sua jornada no mundo. Ele deveria ser a grande mudança de Ana, mas, infelizmente, ela teve muitas recaí- das nos primeiros anos da vida de João. Até que, certo dia, deixou a sua casa e envolveu-se com um traficante. A grande responsabilidade passou a ser dos avós, os quais deixaram o papel de avós para ter a responsabilidade de pais. A dificuldade dos avós em criar o neto, mais uma vez, tentando suprir a ausência, neste caso da mãe. Aos 4 anos, João iniciou sua trajetória escolar e demostrou-se muito reservado e arredio aos colegas e professores. Um ambiente novo, com muitas possibilidades de apresentar suas dificuldades, desejos e satisfações. Por não compreender que na escola não poderia realizar o que queria, apresentando as suas primeiras frustações. Ao ser contrariado, tinha ati- tudes agressivas, batendo chutando, derrubando e jogando objetos em qualquer direção. Ao perceber tais atitudes, os professores iniciaram um trabalho afetivo com João, tentan- do conquistá-lo, para que pudessem ajudá-lo com suas frustações, medos e dificuldades. Então, ainda na primeira semana de aula, os professores foram bem claros quanto às regras e o quanto era importante que respeitasse os colegas, os professores e a família. #Inicialmente, toda criança que não conhece um ambiente, irá testar as pessoas e tentar ex- plorar o local como forma de reconhecimento. # A equipe pedagógica conseguiu realizar reuniões com os avós para compreender um pouco mais das atitudes de João. Assim, os avós solicitaram apoio da escola neste processo, para que juntos conseguissem proporcionar um ambiente acolhedor e de desenvolvimento. Foi um ano muito difícil para João, os avós, os professores e a escola como um todo, pois foi um ano de adaptações. A escola e família tiveram que proporcionar momentos que garantis- sem que João se sentisse seguro nos ambientes em que mais convivia. Os avós passaram a impor limites, mas com muitas dificuldades, e muitas vezes demonstrando a exaustão por terem que conciliar trabalho e a educação do neto. #A imposição de limites, ser firme e seguro das decisões, faz com que a criança estabeleça maiores laços afetivos e se sinta amada e acolhida. # 4 Unicesumar estudo de caso Cada início de ano, João testava os novos professores; isso significa que poderia ver se encon- trava qualquer brecha, assim como toda criança que consegue perceber as “lacunas” deixadas pelo adulto, como forma de tentar fazer prevalecer suas vontades. Com o passar do tempo, as relações e desenvolvimento de João foram evoluindo, compreendendo sua função e as regras, mas ainda tendo recaídas quando o seu emocional estava abalado. #O ser humano apresenta mudança de comportamento de acordo com o emocional. Se está feliz, sorri e realiza as atividades com alegria, entusiasmo. Se está triste, muitas vezes recusa- -se a fazer, a comer, por exemplo, e assim por diante, como raiva, medo, ódio, alegria, etc.# Diante do relato, das dificuldades de João, dos comportamentos agressivos, da rejei- ção, falta de limites, como deve ser o trabalho realizado para que ele tenha progressos? Até que ponto a escola poderá interferir nas relações afetivas da criança? Qual é o papel da família e da escola? O contexto familiar interfere no rendimento e desen- volvimento da criança? É importante impor limites? E como a escola e família poderá criar relações afetivas? Qual a importância da afetividade no ambiente escolar e fa- miliar? REFLITA! Seja pesquisador, afetivo e criativo. (*Esta história é baseada em relatos reais, com nomes fictícios)
Compartilhar