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4 1 FORUM RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

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TAREFA 4.1
FORUM
No que concerne à responsabilidade do Estado por ATOS OMISSIVOS, como o Supremo Tribunal vem se posicionando a respeito do assunto? Colacione pelo menos 2 jurisprudências demonstrando a divergência.
A doutrina divide-se em dois posicionamentos referente a responsabilidade do Estado, a primeira corrente entende que toda responsabilidade do Estado é objetiva, tendo ocorrido em decorrência de uma ação ou omissão do Estado, esta parcela da doutrina defende a supremacia constitucional, pois tem como base o artigo 37, § 6º, da Constituição Federal.
Partilham deste entendimento: Hely Lopes Meirelles, Celso Ribeiro Bastos, Yussef Said Cahali, entre outros doutrinadores.
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
De acordo com essa corrente temos as seguintes decisões:
EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. AGRESSÃO. INDENIZAÇÃO. APELAÇÃO NÃO PROVIDA. I) A responsabilidade do Estado por omissão também é objetiva, conforme recente jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. II) Tendo a agressão sofrida pelo cidadão sido causada por responsabilidade exclusiva de terceiro, não tendo o Estado produzido a situação da qual o dano depende, não há falar-se em responsabilidade estatal, tendo em vista a excludente de responsabilidade em comento, que afasta o nexo de causalidade entre a omissão estatal e o dano causado ao administrado.
O art. 37, § 6º, da Constituição da República, assim dispõe:   "Art. 37. (...)
   (...)
§  6º. As  pessoas jurídicas de direito  público e as  de  direito privado  prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa."
Note­se que o legislador constituinte consagrou a teoria da responsabilidade objetiva, também denominada de teoria do risco administrativo, em que a obrigação de indenizar prescinde da comprovação dos elementos subjetivos dolo ou culpa...Desse modo, a  princípio,  o Estado, as concessionárias e  permissionárias  de  serviço público respondem pelos atos de seus agentes, na medida em que a vítima demonstre a extensão do  dano e  o nexo causal entre a conduta do agente e o  dano  sofrido. Tal responsabilidade decorre, portanto, de dois requisitos, relativos ao dano (comprovação e nexo causal), e não relativos à conduta, ou mesmo à intenção do agente.   Nesse sentido é a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:.."A   teoria   do   risco   administrativo,   consagrada   em   sucessivos   documentos constitucionais   brasileiros   desde   a Carta   Política   de   1946,   confere   fundamento doutrinário à  responsabilidade civil objetiva do Poder Público pelos danos a que  os agentes   públicos   houverem   dado  causa,   por   ação   ou  por  omissão. Essa   concepção teórica, que informa  o  princípio constitucional  da  responsabilidade civil  objetiva do 
Poder Público,  faz emergir, da mera ocorrência de ato lesivo causado à vítima pelo Estado,   o   dever   de   indenizá­la   pelo   dano   pessoal   e/ou   patrimonial   sofrido, independentemente de caracterização de culpa dos agentes estatais ou de demonstração de falta do serviço público." 
...Cármen   Lúcia   Antunes   Rocha   sustenta   que   a responsabilidade estatal   é   sempre objetiva,   independentemente   de   ter   sido   causada   por   ação   ou   omissão estatal: "essa responsabilidade é objetiva e cobre todo o campo de ação estatal, podendo ser decorrente   de   ação   ou omissão,   determinada   pela   prática   de   ato   ilícito   ou  lícito   e originária de comportamento culposo (lato sensu) ou não do autor direto e material do dano."
APELAÇÃO CÍVEL N° 1.0024.09.451927-9/001 - COMARCA DE BELO HORIZONTE - APELANTE(S): BRUNA FELIX BRUM - APELADO(A)(S): ESTADO MINAS GERAIS - RELATOR: EXMO. SR. DES. BITENCOURT MARCONDES
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO: § 6º DO ART. 37 DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. AGENTE PÚBLICO. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. O Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento da RE n. 327.904, Relator o Ministro Carlos Britto, DJ de 8.9.06, fixou entendimento no sentido de que 'somente as pessoas jurídicas de direito público, ou as pessoas jurídicas de direito privado que prestem serviços públicos, é que poderão responder, objetivamente, pela reparação de danos a terceiros. Isto por ato ou omissão dos respectivos agentes, agindo estes na qualidade de agentes públicos, e não como pessoas comuns’. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento (RE 470.996-AgR, Rel. Min. Eros Graus, Segunda Turma, Dje 11.9.2009).
Já a segunda corrente entende que em se tratando de omissão do Estado a responsabilidade será sempre subjetiva, pois é baseada no artigo 15 do antigo Código Civil já revogado. 
Esta corrente é a adotada pelo Superior Tribunal de Justiça e a defendida pelo poder público, e tem como seguidores: Celso Antônio Bandeira de Mello, Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Diogenes Gasparini, Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo, José dos Santos Carvalho Filho, dentre outros.
Art. 15. As pessoas jurídicas de direito público são civilmente responsáveis por atos dos seus representantes que nessa qualidade causem danos a terceiros, procedendo de modo contrário ao direito ou faltando a dever prescrito por lei, salvo o direito regressivo contra os causadores do dano.
Assim em concordância com a corrente majoritária temos as seguintes decisões:
CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO ESTADO. OMISSÃO. FALTA DE CONSERVAÇÃO DE VIA PÚBLICA. DANOS MATERIAIS E MORAIS. QUEDA EM BUEIRO ABERTO. ART. 37, § 6º, CF/88. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. 1. Em sede de recurso extraordinário não é permitido inovar com argumentos não abordados pelo acórdão recorrido. Ausência do necessário prequestionamento (Súmula STF 282). 2. Incidência da Súmula STF 279 para alterar conclusão do Tribunal de origem, que se limitou a aferir a responsabilidade subjetiva do município por ato omissivo específico, nos termos da teoria do faute du service. 3. Agravo regimental improvido. (STF - AI: 727483 RJ , Relator: Min. ELLEN GRACIE, Data de Julgamento: 19/10/2010, Segunda Turma, Data de Publicação: DJe-222 DIVULG 18-11-2010 PUBLIC 19-11-2010 EMENT VOL-02434-03 PP-00458).
AÇÃO INDENIZATÓRIA. DANO MORAL. REDUÇÃO DO VALOR FIXADO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ NA HIPÓTESE. PRECEDENTES. ESTABELECIMENTO ESCOLAR. ALUNO. FALECIMENTO. MENOR ATINGIDA POR BALA PERDIDA. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO ESTADO. OMISSÃO. DEVER DE VIGILÂNCIA. NEXO CAUSAL PRESENTE. I - Incide, na hipótese, o óbice sumular 7/STJ no tocante ao pedido de revisão do valor fixado pela instância ordinária a título de danos morais: 200.000,00 (duzentos mil reais) relativo ao falecimento da menor atingida por bala perdida no pátio da escola, pois, na hipótese, o mesmo não se caracteriza como ínfimo ou excessivo a possibilitar a intervenção deste eg. STJ. Precedentes: REsp n.º 681.482/MG, Rel. p/ acórdão Min. LUIZ FUX, DJ de 30/05/2005; EDcl no REsp nº 537.687/MA, Rel. Min. JORGE SCARTEZZINI, DJ de 18/09/2006; AgRg no Ag nº 727.357/RJ, Rel. Min. DENISE ARRUDA, DJ de 11/05/2006. II - O nexo causal, in casu, se verifica porque o município tem o dever de guarda e vigilância, sendo responsável pelo estabelecimento escolar que, por sua vez, deve velar por seus alunos: "..o Poder Público, ao receber o menor estudante em qualquer dos estabelecimentos da rede oficial de ensino, assume o grave compromisso de velar pela preservação de sua integridade física..." (RE nº 109.615-2/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 02/08/96). III - Presentes os pressupostos da responsabilidade subjetiva do Estado. Precedente análogo: REsp nº 819789/RS, Rel. Min. FRANCISCOFALCÃO, DJ de 25/05/2006. IV - Recurso parcialmente conhecido e, nessa parte, improvido. (STJ - REsp: 893441 RJ 2006/0221875-6, Relator: Ministro FRANCISCO FALCÃO, Data de Julgamento: 12/12/2006, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJ 08/03/2007 p. 182).
CIVIL E CONSTITUCIONAL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. DANOS MORAIS E MATERIAIS. DETENTO FERIDO DENTRO DA UNIDADE CARCERÁRIA. FALECIMENTO EM DECORRÊNCIA DOS FERIMENTOS. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO ESTADO. OMISSÃO. INOCORRÊNCIA DE JULGAMENTO EXTRA PETITA. REEXAME NECESSÁRIO PARCIALMENTE PROVIDO PARA ADEQUAR O QUANTUM INDENIZATÓRIO. DEMAIS RECURSOS PREJUDICADOS. 1. A integridade física e moral dos presos constitui garantia de índole constitucional que deve ser assegurada pelo Estado. 2. O ingresso de arma no interior de unidade prisional configura ato ilícito decorrente de conduta desidiosa e omissa por parte da autoridade carcerária, cujo dano dela decorrente enseja a responsabilidade subjetiva do Estado. 3. O dano moral, na espécie, decorre da presunção de repugnância do fato e do sentimento de indignação próprio dos parentes do detento falecido. 4. A indenização por dano material requerida deve ser estipulada com escopo no art. 948, II, do Código Civil. 5. Reexame necessário parcialmente provido, prejudicados o apelo e o recurso adesivo. (TJ-PE - AC: 138413 PE 04001506, Relator: Ricardo de Oliveira Paes Barreto, Data de Julgamento: 20/08/2009, 8ª Câmara Cível, Data de Publicação: 172).
Vejamos as diferenças entre a responsabilidade subjetiva e a objetiva:
1 – Responsabilidade subjetiva: presente sempre o pressuposto culpa ou dolo. Portanto, para sua caracterização devem coexistir os seguintes elementos: a conduta, o dano, a culpa e o nexo de causalidade entre a conduta e o dano.
2 – Responsabilidade objetiva: não há a necessidade da prova da culpa, bastando a existência do dano, da conduta e do nexo causal entre o prejuízo sofrido e a ação do agente. A responsabilidade está calcada no risco assumido pelo lesante, em razão de sua atividade.
Esta divergência ainda encontra-se em estudo, posto que não foi definido um único posicionamento em relação a questão da Responsabilidade do Estado por omissão de seus agentes. Mas contudo o Superior Tribunal de Justiça adota a responsabilidade subjetiva do estado em casos de omissão do agente público.

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