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AS NECESSIDADES ESPECIAIS NO ESPAÇO ESCOLAR - JULIANA

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AS NECESSIDADES ESPECIAIS NO ESPAÇO ESCOLAR: A INCLUSÃO É UMA PRÁTICA?
SANTOS, Juliana Gomes dos[footnoteRef:1] [1: Graduada em Pedagogia pela UNOPAR. Acadêmica do Curso de Pós-graduação em Educação Especial do Instituto Rhema.] 
PROCHET, Ricardo[footnoteRef:2] [2: Graduado e pós-graduado pela UFGV – RJ. Docente na Pós-Graduação do Instituto Rhema.
] 
Resumo: O presente artigo tem por objetivo trazer à reflexão sobre a Educação Inclusiva no ensino regular, se caracteriza, como uma pesquisa bibliográfica, apresentando a base teórica sobre a temática pesquisada. Identifica o caminho percorrido pela educação especial; os conceitos de Inclusão; analisar o papel do professor frente à Inclusão. Justifica-se a presente pesquisa a importância da Inclusão dos alunos com necessidades especiais no ensino regular. Faz-se necessário que a Inclusão se estabeleça nas escolas para se valerem às leis, para que a Inclusão aconteça de forma satisfatória, pois a escola e o educador devem estar capacitados para atender as necessidades especiais desses alunos. Palavras-chave: Inclusão, Educação, Especial.
Palavras-Chave: Inclusão. Educação. Especial. 
SUMMARY: This article aims to bring to the reflection on Inclusive Education in regular education, is characterized, as a bibliographical research, presenting the theoretical basis on the researched topic. Identifies the path taken by special education; the concepts of Inclusion; to analyze the role of the teacher in relation to Inclusion. The present research justifies the importance of Inclusion of students with special needs in regular education. It is necessary that Inclusion be established in schools to use the laws, so that Inclusion happens in a satisfactory way, because the school and the educator must be able to meet the special needs of these students. Key words: Inclusion, Education, Special.
Keywords: Inclusion. Education. Special. 
1 INTRODUÇÃO 
A educação tem se voltado para a Educação Inclusiva, e tem proposto que os alunos com necessidades educativas especiais, devem ter acesso às escolas regulares, essas instituições visam estabelecer os meios para construir uma sociedade inclusiva a fim de combater as atitudes discriminatórias no ambiente escolar e atingir a educação para todos, o que se torna um desafio para as crianças com necessidades educacionais especiais nesse processo de aprendizagem. 
Justifica-se a escolha desse tema, para fazermos uma reflexão o que vem a ser a Inclusão dos alunos com necessidades educativas no ensino regular, assim com também entender como acontece a Inclusão. Essa pesquisa propicia fazer uma análise e reflexão a respeito das políticas de inclusão, ressaltando os paradigmas conceituais e princípios que vem sendo progressivamente defendidos em documentos nacionais. Mas como vem sendo feito a inclusão? Cabe aqui refletir sobre algumas bases teóricas que possibilitam fazermos uma análise sobre a temática levantada, pois dessa forma estaremos contribuindo para o conhecimento dos futuros profissionais da área. 
A pesquisa, objetiva também analisar também como é o papel do professor diante desse desafio. O papel da escola é preparar o aluno para que possa viver com a diversidade, valorizando cada educando com suas diferenças. Como metodologia, será utilizada a pesquisa bibliográfica, com base teórica de alguns autores. A pesquisa se organiza em três momentos que se transformam em três capítulos. O primeiro momento recorre o tema sobre a Educação Especial. O segundo momento diz respeito à Inclusão. Por fim no terceiro momento trazemos para a discussão o papel do professor e da escola na Inclusão dos alunos com necessidades educativas no ensino regular. 
Para falar sobre inclusão escolar é necessário fazermos uma reflexão sobre o sentido que se está atribuindo à educação, além de relatar as concepções dos principais autores que discutem a temática, compreendendo a complexidade e amplitude que envolve essa temática. Como podemos observar a ideias de uma sociedade inclusiva visa reconhecer e valorizar a diversidade. A Inclusão nas escolas acontece em processo lento, além das escolas enfrentarem dificuldades e desafios, pois é necessário que a instituição esteja preparada com a estrutura adequada a esse aluno, assim como também oferecer um atendimento especializado. 
2 A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL 
Em 1990, o Brasil participou da Conferência Mundial sobre Educação para Todos, em Jomtien – Tailândia –, e coube ao país, como signatário da Declaração Mundial sobre Educação para Todos, a responsabilidade de assegurar a universalização do direito à Educação. Desse compromisso decorreu a elaboração do Plano Decenal de Educação para Todos, concluído em 1993, que tinha como objetivo assegurar, até o final de sua vigência, a todos os brasileiros “conteúdos mínimos de aprendizagem que atendam necessidades elementares da vida” (BRASIL, 1993, p. 13). 
At.58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente, na rede regular de ensino, para o educando portadores de necessidades especiais. Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educando com necessidades especiais: I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas necessidades; II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educando nas classes comuns; IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora (BRASIL, 2005, p.18).
A Declaração de Salamanca, fruto da “Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: acesso e qualidade”, ocorrida na Espanha, em 1994, ressalta que: 
A experiência, sobretudo nos países em via de desenvolvimento, indica que o alto custo das escolas especiais supõe, na prática que só uma pequena minoria de alunos [...] se beneficia dessas instituições... [...] Em muitos países em desenvolvimento, calcula-se em menos de um por cento o número de atendimentos de alunos com necessidades educativas especiais. A experiência [...] indica que as escolas integradoras, destinadas a todas as crianças da comunidade, têm mais êxito na hora de obter o apoio da comunidade e de encontrar formas inovadoras e criativas de utilizar os limitados recursos disponíveis (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p. 24-25). 
A educação para todos, sem exceção e com igualdade de condições para o acesso e permanência na escola possui as normas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; Novas concepções de necessidades educacionais especiais e a s diretrizes para a ação a nível nacional: política e organização, fatores escolares, recrutamento e treino do pessoal docente, serviços externos de apoio, áreas prioritárias, perspectivas comunitárias, recursos necessários, e as diretrizes de ação a nível regional e internacional (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p. 15).
 
A Educação Especial como modalidade de educação escolar significa um tipo de educação que se dá na escola. Pode até parecer banal descrever isto, porém, é preciso lembrar que antes da Lei 9394 de 20 de dezembro de 1996 não existia esse tipo de atendimento. Uma educação de qualidade para todos precisa oferecer um ensino de qualidade para os educandos, além de se adequar as necessidades dos alunos especiais, valorizando as diferenças, resgatando os valores culturais e o respeito do aprender e construir, conforme definea Declaração de Salamanca: 
[...] as crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas devem se adequar [...] elas constituem os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p.8-9).
Dessa forma, como relata Mantoan (1997), para crianças acometidas por necessidades especiais, aprender pode ser uma tarefa particularmente dolorosa, não só pelas dificuldades muitas vezes relacionadas ao aprendizado em si, mas também pelo modo como a família, à escola e o professor o auxiliam nesse processo, haja vista suas dificuldades de socialização, entretanto esse é um direito da criança e do adolescente, presente inclusive no Estatuto da Criança e do Adolescente.
3 NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS 
A educação precisa questionar alguns paradigmas para compreender a Inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais. Sendo assim, entende-se que: 
A educação inclusiva tem sido conceituada como um processo de educar conjuntamente de maneira incondicional, nas classes do ensino regular, alunos ditos normais com alunos deficientes ou não, que apresentam necessidades educativas especiais. A inclusão beneficia a todos, uma vez que sadios sentimentos de respeito à diferença, de cooperação e de solidariedade podem se desenvolver (BRASIL, 1999, p.38). 
Assim, dentre os alunos com necessidades educativas especiais, segundo REIS (1999, p. 35) são decorrentes de deficiência a seguinte caracterização: 1.1- Atraso de desenvolvimento global: Quando se verifique em relação à idade, um atraso na maturação e aquisição das capacidades básicas no Domínio Psicomotor, expressão oral, intelectual, emocional/relacional, quando a criança tem abaixo de 06 anos. 1.2- Deficiência mental: - Quando se verifique um funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da média. Devem excluir-se desta categoria cujo atraso mental seja devido a incapacidades visuais, auditivas e motoras. 
1.3- Deficiência visual: Quando se verifica um déficit de visão que ainda que corrigido, afeta a aprendizagem. 
1.4- Deficiência auditiva: Quando se verifica uma incapacidade total ou parcial e processar a informação linguística através da audição. 
1.5- Deficiência motor: Quando se verifica um problema grave na motricidade provocado por lesões congênitas, doenças e outras causas traumáticas ou infecciosas. 
1.6- Problemas de comunicação: Refere-se a problemas de comunicação que afetam a aprendizagem de criança/aluno. 
1.7- Multideficiências: Quando a criança/aluno apresenta sobre forma associada, mais do que um tipo de deficiência. 
1.8- Doença crônica: Quando a criança/aluno apresenta problemas crônicos e/ou graves de saúde que afetam significativamente a sua aprendizagem.
Entretanto, o autor revela que não são decorrentes de deficiência: 
2.1- Distúrbio funcional: - Quando a criança/aluno apresenta um dos seguintes quadros: a) Imaturidade/desadaptação- Quando o aluno apresenta dificuldades significativas em comportar-se e/ou relacionar-se de acordo com o esperado para a sua idade cronológica, refletindo-se na sua aprendizagem. b) Hiperatividade - 
Quando a criança/aluno apresenta uma atividade motora exagerada, baixos níveis de concentração e atenção nas tarefas (especialmente as escolares), alto nível de impulsividade. c) Alteração de conduta - Quando o aluno apresenta comportamentos sistemáticos de agressividade e/ou de inadaptação às normas sociais. d) Alteração da personalidade - Quando o aluno apresenta alterações graves no seu comportamento, implicando, por vezes, uma perda da sua noção de identidade e do real. 2.2- Dificuldades específicas de aprendizagem: Quando se verificam problemas em um ou mais dos processos básicos implicados na compreensão ou utilização da linguagem falada ou escrita, resultando em incapacidades na compreensão auditiva, pensamento, fala, leitura, escrita, cálculo matemático e nos aspectos da aprendizagem escolar geral. Incluem-se nesta categoria os casos de alunos com problemas de percepção disfunção cerebrais mínimos, dislexia e afasia. Esta categoria só se refere a aluno acima dos 6 anos de idade. 
2.3- Sobredotação: é considerada (o) criança/aluno sobredotada (o) ou talentosa (o), quando manifesta uma capacidade intelectual superior à média, apresentando desempenho com elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: aptidão acadêmica específica; pensamento criador ou produtivo; talento especial para artes visuais, dramática e musica; capacidade psicomotora; elevado nível motivacional; Capacidade de Liderança (REIS, 1999). 
Segundo Reis (1999), o aluno portador de necessidades especiais é um indivíduo que apresenta dificuldades de aprendizagem correspondentes à idade, maturidade e desenvolvimento físico, que gera insucessos no processo de sistematização dos conteúdos. 
Mantoan (1997) afirma que para distinguir as causas das necessidades educativas especiais, precisa-se averiguar qual a natureza da necessidade, isto é, se esta é esporádica ou se é permanente, ou ainda se são ligeiras, médias ou profundas. O direito à igualdade de ensino é oportunidades para todos, luta que implica a obrigatoriedade de o Estado garantir gratuitamente unidades de ensino para todos os educando com necessidades educativas especiais. É primordial que todas as ações que apontem para a Inclusão do aluno com necessidades especiais no ensino regular, sejam bem planejadas e estruturadas, para que os direitos do mesmo sejam respeitados.
4 A ESCOLA FRENTE ÀS DIFICULDADES DA CRIANÇA COM NECESSIDADES ESPECIAIS
Ao se levar em conta o desenvolvimento humano, compreendemos que a escola sempre apresentou um papel muito importante, uma vez que desde os tempos mais primórdios ela sempre esteve envolvida na educação e formação de crianças e jovens. Em pleno século XXI, sabe-se que a escola regular ainda possui uma forte influência do modelo tradicional de ensino, e embora ela seja objeto de constantes discussões, ainda há muito o que melhorar dentro desse espaço. Contudo, um dos mais importantes passos para o sucesso escolar da criança, deve-se, muitas vezes, ao envolvimento da família junto a esse processo, proporcionando à criança a sensação de segurança para aprender (SOIFER, 1983). 
Para que uma criança aprenda é necessário especial empenho por parte do professor e da escola, que precisam desenvolver métodos que sejam aptos para auxiliar a criança nesse processo. Contudo, nem sempre as escolas se atem a isso, o que acaba desfavorecendo a diversidade contida na sala de aula, devido ao tradicionalismo no modo de ensinar (SILVEIRA; WAGNER, 2012).
 Para Soifer (1983) a base de todo processo de aprendizagem é a relação professor-aluno e esta deve ser constituída como relação de troca de conteúdos, de conhecimentos e de afeto. Nesse sentido, muitas vezes o professor é o primeiro a identificar comportamentos diferentes em relação à criança, ou seja, o modo particular dela se revelar ao mundo que os pais ainda não tenham percebido. 
Ensinar é marcar um encontro com o outro e inclusão escolar provoca, basicamente, uma mudança de atitude diante do outro, esse que não é mais um indivíduo qualquer, com o qual topamos simplesmente na nossa existência e/ou com o qual convivemos um certo tempo de nossas vidas. Mas alguém que é essencial para nossa constituição como pessoa e como profissional e que nos mostra os nossos limites e nos faz ir além (FREIRE, 1999 p. 69). 
Assim, tantoa família quanto a escola podem ser grandes propulsores ou inibidores do desenvolvimento e conhecimento do aluno. Em ambos os casos, é importante que se faça um diagnóstico de como essas reações podem afetar a vida escolar da criança, preocupando-se com o fato de que seu direito em aprender esteja resguardado (GOMEZ, 1992). Assim, na Declaração de Salamanca, o conceito de inclusão se apresenta como um desafio para a educação: 
Para promover uma Educação Inclusiva, o sistema educacional deve assumir que as “diferenças” humanas são normais e que a aprendizagem deve se adaptar às necessidades das crianças ao invés de se adaptar a criança a assunções preconcebidas a respeito do ritmo e da natureza do processo de aprendizagem (BRASIL, 1994, p. 4)
Nesse sentido, faz-se necessário que a escola busque incluir o aluno com necessidades especiais em suas metodologias de ensino, visando proporcionar a ele o conhecimento por meio de técnicas específicas, ou seja, planejadas de acordo com suas dificuldades e habilidades, seja de modo mais oral, escrito ou lúdico. Cabe destacar também a importância da criança não ser rotulada, mas conhecida individualmente, pois cada caso pode apresentar aspectos diferentes. Assim, não buscar padronizá-lo e igualá-lo ao ambiente é um excelente caminho para seu avanço, não só enquanto aluno, mas especialmente enquanto ser humano (CARVALHO, 1998).
Uma escola inclusiva não prepara para a vida. Ela é a própria vida que flui devendo possibilitar, do ponto de vista político, ético e estético, o desenvolvimento da sensibilidade e da capacidade crítica e construtiva dos alunos - cidadãos que nela estão, em qualquer das etapas do fluxo escolar ou modalidade de atendimento educacional oferecida. Para tanto, precisa ser prazerosa, adaptando-se as necessidades de cada aluno, promovendo a integração dos aprendizes entre si com a cultura e demais objetos do conhecimento, oferecendo ensino aprendizagem de boa qualidade para todos, com todos para a vida (CARVALHO, 1998, p. 35).
5 CONCLUSÃO
Cabe ressaltar que as reflexões e os discursos sobre inclusão mostram que a sociedade caminha de forma lenta, mudando os conceitos gradativamente, com os conceitos dos teóricos analisados verificou-se que a Inclusão é um desafio para a escola e para os educadores. 
A Inclusão escolar ainda é um desafio, pois a s escolas precisam ainda adaptar as estruturas para atender as necessidades dos alunos especiais. A escola é o espaço educacional que deve ser usufruído por todos. A Inclusão não significa apenas o aluno estar inserido na escola, mas entender que o aluno tem possibilidades de aprender das mais variadas formas, e com diferentes ritmos. Através da Inclusão é possível fazermos uma reflexão sobre o mundo em que vivemos; aprender com diferentes ideias, opiniões e níveis de compreensão que enriquecem o processo de aprendizagem, sempre procurando reconhecer valorizar as diferenças. 
Cabe ressaltar que ainda a Inclusão acontece num processo lento, observando que o sistema educacional ainda não está estruturado para um serviço educacional especializado, os alunos com necessidades educativas especiais ainda necessitam de um ambiente escolar com estrutura adaptados e com profissionais especializados, principalmente no sistema público de ensino. Com isso podemos concluir que a Inclusão é um movimento amplo, levando em conta não apenas os alunos com necessidades educativas especiais, mas considerando também às diferenças individuais, direitos e deveres dos cidadãos. 
É importante pesquisar e discutir sobre o assunto, visto que os professores se conscientizem do seu papel no ensino de qualidade e eficaz. Para que a Inclusão seja feita de forma positiva, o governo deve adaptar as estruturas das instituições para receber esses alunos, com materiais didáticos direcionados para o ensino de aprendizagem, proporcionar formação profissional e meios físicos para que a Inclusão possa ser real.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL. LDB; Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei Nº. 9.394 de 20 de dezembro de 1993. 
________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 2005. 
________. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Fundamental. Secretaria de Educação Especial. Parâmetros Curriculares Nacionais/ Adaptações Curriculares. Brasília: MEC, 1999. 
CARVALHO, R. E. Temas em educação especial. Rio de Janeiro: WVA, 1998. 
CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS. 1994. Salamanca, Espanha. Declaração de Salamanca e linhas de ação sobre necessidades especiais. Brasília: Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – Corde. 1994. 
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. São Paulo. Editora Paz e Terra, 1999. 
GOMEZ, A. P. O pensamento prático do professor: a formação do professor como profissional reflexivo. In: NÓVOA, A. (org). Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992. 
MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar de deficientes mentais: que formação para professores? In: MANTOAN, Maria Teresa Egler.(org.) A integração de pessoas com deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon; SENAC, 1997. 
________. Caminhos pedagógicos da inclusão . São Paulo: Memnon Edições Científicas, 2002. 
NÓVOA, A. Formação de professores e trabalho pedagógico. Lisboa: Educa, 1992. 
REIS, R. A. Por uma escola diferente. Presença Pedagógica, v.5, n.30, p.74 – 79, nov/dez.1999.
SILVEIRA, L. M. O. B.; WAGNER, A. A interação família-escola diante dos problemas de comportamento da criança: estudos de caso. Psicologia da educação, vol. 35, n. 03, p. 95-119, 2012. 
SOIFER, R. Psicodinamismos da família com crianças. Petrópolis: Editora Vozes, 1983.

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