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RINITE 
ATRÓFICA 
DOS SUÍNOS
PATOLOGIAS DO 
SISTEMA RESPIRATÓRIO
RESUMO
A Rinite Atrófica (RA) é uma doença infecto contagiosa do
trato respiratório superior, de evolução progressiva e crônica,
caracterizada por atrofia dos cornetos nasais, desvio do septo
nasal e deformidade focinho. Tem grande impacto econômico,
devido a redução no ganho de peso e piora a conversão alimentar.
Ela está disseminada por todas as áreas de produção de suínos no
Brasil. Trata-se de uma enfermidade insidiosa, que não produz
sinais clínicos evidentes e nem mortalidade.
São reconhecidas duas formas de RA, a Rinite Atrófica não
Progressiva (RANP) e a Rinite Atrófica Progressiva (RAP). Os
agentes primários dessa infecção, considerada uma doença
multifatorial, são Bordetella bronchiseptica e a Pasteurella
multocida.
Fig 1. Coloração de Gram de Bordetella bronchiseptica em dois Fig 2. Pasteurella multocida cultivada em ágar sangue.
graus diferentes de ampliação.
 É uma doença de alta transmissibilidade e enzoótica em certas
regiões. Compromete animais na faixa de três a oito semanas de
idade.
 As doenças respiratórias dos suínos nas fases de crescimento e
terminação representadas pela RA e pneumonias, são
frequentes nas criações confinadas em todo o mundo.
TRANSMISSÃO
 A transmissão primária da RA
ocorre por contato, de suíno
para suíno ou através de
aerossóis (via aerógena).
 Porcas, cronicamente
infectadas, transmitem a
doença às suas leitegadas,
por contato nasal, durante o
período de amamentação.
 Os leitões infectados se constituem em fonte ativa de infecção para
outros suínos susceptíveis e disseminam a infecção nos reagrupamentos
realizados no desmame e no início do crescimento.
 Os leitões infectados, nas primeiras semanas de vida, desenvolvem
lesões severas e tornam-se disseminadores da infecção.
 Outros possíveis transmissores da RA são gatos, ratos e coelhos.
 Os leitões podem se infectar em idade precoce ainda na maternidade ou
creche, e as lesões geralmente são progressivas e com pouca
possibilidade de resolução.
 Já as lesões de cornetos encontradas ao abate são representativas da
ocorrência da doença em qualquer idade.
TRANSMISSÃO
Embora a RA seja considerada uma doença multifatorial, a
Bordetella bronchiseptica, a Pasteurella multocida tipo D e, mais
raramente a tipo A, produtoras de toxinas dermonecróticas, são
incriminadas como agentes primários.
PATOGENIA
B. Bronchiseptica e/ou P. multocida se instalam na musoca
nasal produzem toxinas dermonecróticas que atacam o
sistema respiratório superior, causando até perda parcial dos
ossos das conchas nasais muitas vezes essas lesões
predispõem a outros problemas respiratórios (ex: pneumonia)
Essas alterações causam um grande impacto na produtividade
diminuição no ganho de peso e conversão alimentar aumento
com medicamentos, mortalidade de leitões e condenação das
carcaças.
RINITE ATRÓFICA NÃO 
PROGRESSIVA (RANP)
 A RANP é causada por uma toxina termolábil
produzida pela B. bronchiseptica toxigênica.
 É uma forma menos grave da doença, com
atrofia de leve a moderada dos cornetos,
frequentemente sem alterações significativas
do focinho, e as lesões nasais podem regredir
com o passar do tempo.
 Apresenta pouca importância econômica para
o rebanho, mas em condições ambientais e de
manejos inadequados, pode evoluir para a
forma mais grave.
Fig 9. Atrofia moderada das conchas nasais. 
RINITE ATRÓFICA 
PROGRESSIVA (RAP)
 Já a RAP é uma forma mais grave da
doença causada por isolados toxigênicos
da P. multocida tipo D, e mais raramente do
tipo A, isolados ou em combinação com B.
bronchiseptica.
 A P. multocida (tipo D ou A), são
responsáveis pela produção da toxina
dermonecrótica, e essa toxina (PMT) é
apresentada como o agente etiológico
central desta doença e a toxina purificada
isolada é suficiente para induzir seus
sintomas característicos.
Fig 10. Rinite Atrófica grave.
RINITE ATRÓFICA 
PROGRESSIVA (RAP)
Podemos dizer que existe um sinergismo entre os agentes
causadores da RAP, pois a P. multocida agrava as lesões em
suínos infectados com B. bronchiseptica.
SINAIS CLÍNICOS
 Em leitões com 1 a 8
semanas de idade podem
observar-se espirros, nariz
congestionado, descarga
nasal, lacrimejo e por vezes
sangramentos nasais. Os
espirros tendem a diminuir
gradualmente; após 14 dias
são visíveis as alterações
ósseas.
 À medida que a doença progride, o maxilar superior cresce
mais lentamente do que o tecido mole e o maxilar inferior. A
pele que cobre o focinho adquire um aspecto enrugado e o
maxilar inferior torna-se saliente.
 Também se podem observar sinais de pneumonia ou atrofia.
Os animais gravemente afectados podem ter dificuldade em
comer; os porcos de todas as idades em varas afectadas
podem apresentar alterações nasais. O ganho médio diário é
reduzido.
 Em alguns animais, os espirros podem ser transitórios sem
outros sinais clínicos assinaláveis embora seja possível
observar atrofia dos ossos turbinados no abate. Esta forma é
mais comum quando a infecção surge após o desmame e
quando existe imunidade.
RAP E PERDAS ECONÔMICAS
 Em contraste com a RANP, a RAP tem uma significativa
importância global em perdas econômicas dos planteis
acometidos.
 Conforme Nilsen et al. (1991), essa forma de doença causou
uma diminuição de 10% no ganho de peso diário (GPD) no
período pós desmame em leitões desafiados pela enfermidade,
quando comparados com leitões controles (filhos de leitoas
não vacinadas) e com leitões vacinados (filhos de leitoas
vacinadas).
 Esse valor é próximo à afirmação de Talamini et al., (1991) que
relataram que as perdas econômicas decorrentes da rinite
atrófica podem ser consideradas variando entre zero, para
rebanhos livre da doença até o 14,5%, para rebanhos onde todos
os animais apresentariam atrofia grave ou completa destruição
das conchas nasais.
 Em um estudo da Embrapa, no qual teve objetivo avaliar as
prevalências e impactos das doenças respiratórias nos estados
do sul do Brasil, os autores avaliaram 3837 cornetos nasais de
animais provenientes de 60 granjas diferentes, chegaram a
conclusão que a prevalência de rinite atrófica nos animais
analisados foi de 49,4%.
DIAGNÓSTICO
 O diagnóstico da rinite atrófica depende
de investigações clínicas, patológicas e
microbiológicas, com a última sendo
particularmente importante para
rebanhos infectados subclinicamente.
 Porém é necessário saber se as amostras
isoladas são toxigênicas ou não, pois
somente as bactérias que produzem
toxinas são causadoras de rinite atrófica
nos suínos.
 O método de avaliação, ou apreciação visual dos cornetos
desenvolvido pela EMBRAPA é um método eficiente para
avaliar e classificar o grau de atrofia dos cornetos nasais,
detectar a prevalência e calcular o índice para rinite atrófica
dos suínos (IRA).
 Para realizar o exame deve-se realizar um corte transversal entre o
primeiro e o segundo dente pré-molar, e as lesões são classificadas
em quatro graus conforme a severidade:
Grau 0
Grau 1
Grau 2
Grau 3
Pequeno desvio de 
normalidade
Espaços facilmente 
visíveis devido atrofia 
moderada dos 
cornetos
Cornetos nasais 
normais 
Grave atrofia dos cornetos 
nasais, que ficam pequenos 
ou desaparecem por completo. 
Geralmente há desvio do 
septo nasal.
Grau 0: focinho não infectado,
conchas intactas.
Grau 3: perda moderada de
tecido turbinado.
 Para obter o IRA é necessário realizar um calculo que quantifica
a gravidade da doença no plantel. O cálculo é realizado através
de uma média das lesões encontradas no exame de avaliação
dos cornetos nasais, conforme a formula abaixo:
 n = número de animais em cada categoria de lesão
 N = número total de animais avaliados
E o IRA é interpretado pela descrição da tabela a seguir:
IRA= (n0*0) + (n1*1) + (n2*2) + (n3*3)
DIAGNÓSTICO
 O diagnóstico baseia-se nos sinais clínicos. A rinite atróficaprogressiva deve ser considerada quando ocorrem episódios
graves de espirros em leitões e surgem alterações no focinho à
medida que os leitões envelhecem.
 A doença é facilmente identificada por exames post mortem do
nariz e cultura do organismo presente nos esfregaços nasais.
No abate, o focinho é cortado ao nível do segundo dente pré-
molar e é feita uma avaliação do grau de atrofia dos ossos
turbinados.
TRATAMENTO E CONTROLE
 A eliminação da infecção por P. multocida toxinogénica
previne o desenvolvimento de lesões ósseas e dos seus
respectivos efeitos. A doença aguda em leitões pode ser
tratada com sulfonamidas potenciadas, ampicilina,
tetraciclinas ou enrofloxacina. Pode ser necessário recorrer a
outras terapias como maior quantidade de comida e
eletrólitos.
 Os porcos desmamados em risco podem receber tratamento
antimicrobiano na comida ou na água em níveis terapêuticos. A
medicação de grupos de animais que entram no espaço aéreo
de um sistema de entrada e saída simultâneas (all in, all out) é o
método mais eficiente.
 Vacinação de porcas com o toxóide (toxina inactivada) para
conferir proteção através do colostro aos leitões.
 A infecção pode ser erradicada por despovoação e
repovoação. As varas não infectadas podem ser mantidas
livres de RAP através do seu isolamento e o uso de animais
para reprodução não infectados. A monitorização da infecção
é feita através de cultura dos esfregaços nasais para P.
multocida.
REFERÊNCIAS
FONTADA, Diogo. Rinite Atrófica. Disponível em
<http://nftalliance.com.br/artigos/suinos/rinite-atrfica >
Acesso em: 27 abr 2017
RESPIG – Respirar melhor, Crescer Melhor. Rinite atrófica
(AR) e rinite atrófica progressiva (PAR). Disponível em
<http://www.respig.pt/diseases/atrophic-rhinitis.asp> Acesso
em: 27 abr 2017
AVANTE, M. L; ZANGIROLAMI, F. D. Rinite Atrófica dos
Suínos. São Paulo 2008. Disponível em:
<http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaq
ue/iyny9RH3aLAtqYq_2013-5-28-15-21-30.pdf> Acesso em:
27 abr 2017
BRITO, J.R.F; PIFFER, I.A, BRITO, M.A.V. Rinite Atrófica
dos Suínos. São Paulo 1993. Disponível em <
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/recursos/sudi007_rin
iteID-woFX1PUeUH.pdf> Acesso em: 27 abr 2017
http://nftalliance.com.br/artigos/suinos/rinite-atrfica
http://www.respig.pt/diseases/atrophic-rhinitis.asp
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/iyny9RH3aLAtqYq_2013-5-28-15-21-30.pdf
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/recursos/sudi007_riniteID-woFX1PUeUH.pdf

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