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EXAME NEUROLÓGICO EQUINO

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❖ EXAME NEUROLÓGICO EQUINO 
Objetivos: localizar a lesão em uma área específica. 
• Lesões agudas: traumas e infecções; 
• Lesões crônicas: miocencefalite protozoária equina (EPM) ou compressão cervical. 
O exame deve ser feito individual e em conjunto com os sistemas →nariz-cauda; 
1. Observação geral do cavalo e estado de alerta, posição da cabeça e corpo; posição dos membros e 
simetria do desenvolvimento muscular. (Anomalias sutis – observa-se melhor com animal relaxado); 
2. Observar postura do cavalo – se anormal, pode indicar déficit de propriocepção (avaliar na marcha); 
Exame neurológico →exame dos nervos cranianos, resposta dos membros, posicionamento, análise de 
marcha e reflexo caudal, anal e panículo. 
❖ NERVOS CRANIANOS 
Mudanças no comportamento podem ser contínuas ou intermitentes. A adoção de pressão da cabeça e 
postura anormais, são alterações de doença cerebral. 
Pressionar a cabeça ou andar compulsivo sugere encefalopatia difusa, enquanto andar em círculos está 
associada a lesões assimétricas do prosencéfalo. 
Alerta →deprimido→estupor →semicoma →coma 
Estupor são equinos que parecem adormecidos, mas respondem a estímulos sonoros; Coma é a completa 
falta de estímulos; Semicoma é a resposta de estímulos nocivos (beliscar). 
Examinar cabeça (posição e coordenação) com animal em repouso e relaxado (normal: simétrica e ereta). A 
postura e coordenação da cabeça são controladas pelo cerebelo e vestíbulo. 
• A coordenação suave é responsabilidade do cerebelo – a doença cerebelar resulta em movimentos 
bruscos e oscilantes da cabeça (piora quando tenta pegar comida). 
O desvio lateral da cabeça e pescoço é diferente de uma inclinação de cabeça. O desvio lateral de cabeça 
sugere doença assimétrica do prosencéfalo, tecido mole cervical ou doença óssea, degeneração 
espinocerebelar. De lado, a cabeça deve ser mais alta que a cernelha, ao contrário →pode ser doença 
neuromuscular →botulismo ou dor cervical. 
I. Olfato não é comumente testado; 
II. Observar visão do animal para o ambiente – doença cerebelar →perda da resposta de ameaça, 
assim como tremores de intenção ou marcha hipermétrica. Testar várias vezes a ameaça. Avaliar 
reflexo pupilar – luz →deve resultar em constrição em ambos os lados. 
 
III. Nervo oculomotor (inerva músculos extraoculares junto com o nervo troclear IV e abducente VI) 
– posição do olho →alteração = estrabismo. 
Nariz levantado – olho em posição de boneca, olhando horizontalmente (normal). Ao movimento 
da cabeça os olhos devem se movimentar em direção oposta (lento) e logo na mesma direção 
(rápido). Nistagmo ou vestibular normal (III, IV e VI normais). 
Inervação simpática intacta do olho – avaliada pela observação da Síndrome de Horner. A 
interrupção dessa inervação resulta na constrição pupilar, ptose da pálpebra superior e protusão 
da membrana nictante (traumas em região ocular mascara os resultados). 
 
VII. Avaliar cabeça – simetria facial →reflete função do nervo facial VII. A sensação facial é medida 
exclusivamente pelo nervo trigêmeo V – avaliado pela observação dos músculos masseter e temporal 
(atrofiam ser trigêmeo for lesionado). Lesões vestibulares (IV) testar inclinação de cabeça “nistagmo de 
posição”. 
IX. A deglutição é medida por nervo glossofaríngeo (IX) e vago (X) (observar reflexo “glag”); 
paralisia faríngea ou bríngea bilateral. 
XI. Nervo acessório. Reflexos cervicais; Cervicoauricular (cervical parcial) →bater levemente entre o 
sulco jugular e a crista no nível da C2, em resposta positiva o cavalo sacode a orelha para frente ou retira 
os lábios “reflexo do sorriso”. 
Reflexo cervical adicional é o reflexo cervical local observado entre C3 e C6 →tocar na pele na área entre 
crista e o sulco jugular resultará em contração muscular local (anormalidade desse reflexo podem ser 
doença da medula espinhal cervical). A neutropatia periférica devido à compressão artrítica dos nervos 
espinhais também levará a uma resposta anormal. 
XII. Hipoglosso - Tônus da língua – função do nervo hipoglosso. Segurar a língua e aplicar tração suave. 
A incapacidade de resistir ou retirá-la sugere lesão neste nervo - atrofia da língua pode ser uma lesão 
secundária a este. 
❖ CAUDA, ÂNUS 
O porte normal da cauda é reto para baixo com movimento normal em todas as direções. A maioria irá 
prender a cauda se por agarrada ou levantada. 
A estimulação do ânus deve resultar em uma forte fixação de cauda e talvez posição de cócoras. Força da 
cauda e reflexo anal anormais podem ser observados em quadros de botulismo ou infecção da cauda. 
Carruagem de cauda é comumente vista em doença do neurônio motor inferior (NMS). 
❖ COLOCAÇÃO DOS MEMBROS E TESTE DO PANÍCULO 
Detecção de fraqueza muscular e déficits proprioceptivos conscientes. 
Posição anormais dos membros →base ampla dos membros anteriores – podem associar-se a doença 
vestibular. Casco dianteiro levantado e colocado sobre a outra perna dianteira, o animal deve voltar a 
posição normal rapidamente (o esperado). Deixar o casco na posição anormal por um período prolongado 
ou dificuldade em voltar (alteração – cuidado →considerar idade). 
Também pode colocar o pé (dianteiro e traseiro) em posição ampla da base. 
- Baixa sensibilidade (SNC) destes testes – associar a manobras dinâmicas. 
O panículo é testado estimulando a pele sobre o tronco e em seguida observando uma resposta de toque a 
pele. As reações cutâneas perianais (?) devem ser avaliadas, pois a perda dessa resposta é caracterizada de 
mieloencefalite (?) do vírus da herpes (exemplo). 
❖ ANÁLISE DA MARCHA 
Processo de avaliação do cavalo em movimento a passo e possivelmente trote; manobras que "desafiam" 
funções específicas do sistema nervoso. 
• Acordar com a cabeça elevada, descer ladeiras, recuar, girar em círculos apertados ou mover-se 
sobre ou ao redor de obstáculos; 
Anormalidades nesta fase: 
• ATAXIA 
• PARESIA 
• DISMETRIA 
• ESPASTICIDADE. 
ATAXIA: falta de coordenação dos movimentos motores 
- Categorizada de origem vestibular, cerebelar ou sensorial (proprioceptiva): 
• A ATAXIA SENSORIAL parece predominar no cavalo, associada à doença da medula espinhal na 
qual a entrada proprioceptiva (ascendente) para o cerebelo está comprometida. A ataxia é uma 
descrição de sinais clínicos, e não um diagnóstico específico, podendo ocorrer isoladamente ou com 
espasticidade ou paresia. A ataxia sensorial é frequentemente associada à paresia, e muitas vezes é 
difícil discriminar entre os dois déficits em casos clínicos. 
• A ATAXIA CEREBELAR é vista em potros com abiotrofia cerebelar, e raramente em doença 
inflamatória do SNC, e é caracterizada por ataxia simétrica com tremores de intenção e retenção de 
força. 
• A ATAXIA VESTIBULAR geralmente está associada a uma inclinação da cabeça e ataxia 
assimétrica. 
 
A ataxia é expressa no cavalo como balanço do tronco, oscilando durante a caminhada (ou seja, colocando 
os pés fora da linha de um passo para o próximo), cruzando ao virar ou girando no membro interno quando 
girado. Sinais adicionais incluem oscilação do membro afetado, resultando em posicionamento anormal do 
pé. 
Os sinais de ataxia são mais perceptíveis nas mudanças de velocidade e direção. A observação cuidadosa do 
cavalo ao girar com a mão pode revelar o posicionamento do pé abduzido ou aduzido, ou girando. Se 
abruptamente puxados para cima de um trote na mão, os cavalos atáxicos muitas vezes se agacham e vão 
para a base nos membros traseiros. Os sinais de ataxia serão exacerbados ao caminhar em uma ladeira ou 
com a cabeça elevada. Esses déficits são semelhantes aos observados com déficits proprioceptivos, e os dois 
distúrbios geralmente coexistem. 
 
PARESIA: é uma deficiência de movimento voluntário decorrente de uma redução na potência muscular 
normal. 
• A paresia pode surgir de danos aos neurônios motores superiores (UMNs), neurônios motores 
inferiores (LMNs) ou ao própriomúsculo. 
• A fraqueza do UMN resulta de distúrbios que afetam o UMN ou seus axônios no córtex cerebral, 
substância branca subcortical, tronco cerebral ou medula espinhal. A fraqueza é induzida pela 
diminuição da ativação dos LMNs e pode ser acompanhada de espasticidade. A diferenciação da 
doença UMN e LMN pode ajudar na localização neuroanatômica e no entendimento da distribuição 
da lesão resultando nos sinais clínicos observados (Figura 5.2). 
• Um sinal adicional de fraqueza no cavalo são os nós dos dedos ao descer ladeiras, ou dificuldade ao 
pular em um membro torácico ("hop test"). O teste de oscilação demonstra a capacidade de um 
animal resistir ao desequilíbrio. 
• Quando empurrados na cernelha, deve ser capaz de resistir, ou rapidamente dar um passo para o 
lado. Cavalos fracos não podem resistir e se recuperam mal (lentamente) depois de serem 
empurrados para o lado. Um procedimento semelhante é usado nos membros traseiros e é chamado 
de "puxar a cauda". Feito quando o cavalo estiver andando. À medida que o cavalo está andando, a 
cauda deve ser fortemente puxada para o lado e solta rapidamente; isso deve ser repetido várias 
vezes. Devem corrigir rapidamente a posição dos membros traseiros com a próxima passada, mas os 
paréticos são mais facilmente desequilibrados. →Cavalos que demonstram boa força dos membros 
traseiros parados, mas são fracos ao andar geralmente têm a doença UMN. 
 
DISMETRIA: refere-se a uma marcha em que os movimentos dos membros são hipermétricos ou 
hipométricos. 
• Uma marcha hipermétrica é caracterizada por uma amplitude de movimento exagerada e 
movimento articular excessivo e está associada à doença cerebelar e da medula espinhal 
(espinocerebelar). 
• A hipometria é descrita como rigidez dos membros e diminuição da flexão das articulações e dá a 
aparência de um "soldado de lata". Muitas vezes, é visto como uma fase de voo exagerada em 
cavalos em descidas ou com a cabeça elevada. 
 
ESPASTICIDADE: é um aumento no tônus muscular que afeta principalmente os músculos 
antigravitacionais. 
❖ A espasticidade é dependente da velocidade e demonstra uma liberação repentina após atingir uma 
tensão muscular máxima ("reflexo do canivete"). A espasticidade está geralmente associada à 
doença de UMN e é devido à inibição reduzida dos neurônios motores extensores. A espasticidade é 
mais facilmente demonstrada em animais em decúbito, mas a marcha "saltante" observada em 
membros posteriores de cavalos com lesões cervicais pode ser uma expressão de espasticidade e 
tônus extensor exagerado. 
 
PROPRIOCEPÇÃO: é a capacidade de reconhecer a posição dos membros, corpo e cabeça no espaço. 
❖ A propriocepção consciente é mediada pelo córtex cerebral, enquanto a propriocepção 
inconsciente é integrada pelo cerebelo. 
❖ A propriocepção é melhor avaliada pela observação dinâmica. Uma exceção →salto dos membros 
anteriores, que pode ser realizado no cavalo adulto. Neste teste, um membro da frente é levantado e o 
examinador empurra o cavalo para o lado até que o cavalo salte para o lado para manter o equilíbrio. 
A fraqueza muscular pode complicar o resultado. 
❖ Além disso, o examinador deve escolher o pé para realizar este teste com cuidado, evitando 
acidentes. Os sinais clínicos associados à perda proprioceptiva incluem uma postura ampla da base, 
posição anormal dos membros após a parada e oscilação do tronco (se grave). 
❖ Quando girado em um círculo apertado, o membro externo pode ser abduzido, o cavalo pode girar no 
membro afetado ou cruzar o membro traseiro sobre o outro. Estender (elevar) a cabeça muitas vezes 
aumenta o grau de incoordenação e déficit. Há uma sobreposição óbvia nos sinais associados ao 
déficit proprioceptivo, dismetria e paresia, e muitas vezes é difícil distinguir o principal componente 
da ataxia. 
❖ Condução do exame a critério do avaliador, porém sugere-se a ordem: ao passo pela frente, para trás 
e ao lado (acompanhar a macha do cavalo em busca de alterações). 
❖ O cavalo é então andado com a cabeça elevada, e são realizadas puxadas de cauda em pé e andando, 
seguidas de recuar o cavalo. O apoio irá agravar os déficits proprioceptivos e a ataxia, que são 
demonstrados pelo posicionamento anormal dos membros (geralmente em toda a base) e pelo 
arrastamento dos cascos. 
❖ Colocação de membros, testes de panículo e tônus anal são avaliados em seguida, e o cavalo é girado 
em um círculo apertado. É importante não girar o cavalo por períodos prolongados, pois isso 
confunde a avaliação deixando o cavalo tonto. O giro deve ser limitado a cerca de três vezes, após o 
que o examinador deve parar e permitir que o cavalo recupere o equilíbrio por alguns segundos. Se 
necessário, o teste pode ser repetido. 
❖ O teste final é conduzir o cavalo para baixo, com a cabeça em posição neutra, e novamente com a 
cabeça elevada. A flexão passiva e ativa do pescoço também deve ser avaliada. Se os sinais 
neurológicos forem sutis, correr com o cavalo em linha reta e em círculo é útil para descartar doenças 
musculoesqueléticas. 
 
❖ PACIENTES EM DECÚBITO 
• Uma observação geral revelará se o cavalo tem a mente normal, sugerindo uma lesão caudal a C1. 
• Se o cavalo pode atingir uma posição de cão sentado, demonstrando boa força e coordenação dos 
membros peitorais, é provável que a lesão seja caudal a T2. 
• A perda de força do membro peitoral, mantendo a capacidade de levantar a cabeça e o pescoço 
cranial, sugere uma lesão cervical caudal extrema, como C6-T2. 
• O fenômeno de Schiff-Sherrington descreve uma condição de aumento do tônus dos membros 
anteriores e paralisia flácida dos membros posteriores e tem sido observado em cavalos, associado a 
lesões na medula espinhal entre T2 e L4. 
• Reflexos espinhais específicos podem ser testados em cavalos deitados. Os reflexos espinhais 
requerem apenas um nervo sensorial intacto, segmento(s) da medula espinhal, um nervo motor 
periférico intacto (LMN) e músculo. 
• A percepção do estímulo requer vias sensoriais ascendentes intactas, e os cavalos podem ter um 
reflexo intacto sem percepção do estímulo. Nos membros peitorais, os reflexos flexor, tríceps e 
bíceps podem ser avaliados. 
• Retirada do membro associada à flexão do boleto, carpo, cotovelo e ombro. O reflexo é mediado por 
fibras sensoriais nos nervos mediano e ulnar, segmentos da medula espinhal C6-T2 e fibras motoras 
dos nervos axilar, mediano, musculocutâneo e ulnar. O trauma do nervo periférico por decúbito pode 
levar a danos nos nervos sensoriais, e a depressão e/ou exaustão podem levar a uma resposta 
diminuída; portanto, esse reflexo deve ser avaliado cuidadosamente. 
• O reflexo do bíceps é testado pela votação do ventre muscular dos músculos bíceps e braquial com 
um plexor e queda para contração muscular. Esse reflexo é mediado pelos nervos musculocutâneos e 
pelos segmentos da medula espinhal C6 e C7. É mais facilmente detectado em potros e pode ser 
difícil de detectar em cavalos adultos. 
• O reflexo do tríceps é testado flexionando levemente o membro e, em seguida, aplicando uma bola 
na porção distal do tríceps em seu ponto de inserção. Um reflexo positivo é a observação da 
contração do músculo tríceps. A via reflexa testada envolve o nervo radial e os segmentos da medula 
espinhal C7-T1. 
• O reflexo patelar nos membros posteriores pode ser testado em potros e adultos. Neste teste, o 
membro é moderadamente fletido, e o tendão patelar é acionado com um plexor pesado ou a mão do 
examinador em um movimento de "karatechop". Uma resposta diminuída pode ser observada em 
cavalos com botulismo ou doença do nervo femoral. Respostas exageradas a qualquer um desses 
reflexos segmentares estão associadas à doença do UMN cranial ao local dos segmentos da medula 
espinhal testados pelo reflexo. 
❖ DIFERENCIANDO ANORMALIDADES NEUROGÊNICAS E MUSCULOESQUELÉTICAS 
DA MARCHA 
O exame do sistema nervoso requer um sistema musculoesqueléticosadio; portanto, a doença 
musculoesquelética levará a anormalidades do exame neurológico. 
Exemplo: Um cavalo com problemas musculoesqueléticos tem uma marcha regularmente irregular. Ou seja, 
o cavalo pode dar um passo anormal, ou ter uma colocação anormal; no entanto, a anormalidade é a mesma 
de etapa para etapa. Em contraste, a marcha em um cavalo com doença neurológica é irregularmente 
irregular. 
Cavalos com doença neurológica, a anormalidade deve ser aparente em todas as fases do exame da marcha, 
embora manobras particulares possam tornar os sinais mais óbvios. 
O tratamento do cavalo com anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) minimizará os sinais clínicos de 
doença musculoesquelética, mas não influenciará comumente os distúrbios neurológicos. Assim, o exame 
antes e após o tratamento com AINEs pode ser uma ajuda útil em alguns casos. 
→Bloqueios nervosos e anestesia articular, seguidos de um novo exame do sistema nervoso. Se a anestesia 
local resolver a anormalidade da marcha identificada anteriormente, a causa deve ser a doença 
musculoesquelética. 
❖ EXAME DOS NERVOS PERIFÉRICOS 
Normalmente, a doença do sistema nervoso periférico é geralmente unilateral e limitada a um único 
membro ou região. A avaliação é realizada por observação direta da função ou por teste de reflexo e 
depende do conhecimento da anatomia normal do nervo periférico e das regiões de inervação. 
A lesão aguda resultará em perda funcional (como abdução da articulação do ombro ou articulação de uma 
extremidade distal), enquanto a lesão crônica resultará em atrofia dos grupos musculares afetados. 
A sensação é testada tocando uma região com um instrumento pontiagudo e a percepção da dor é testada 
segurando a pele com fórceps. 
❖ LOCALIZAÇÃO NEUROANATÔMICA E SÍNTESE DE CASO 
Qual área ou áreas do sistema nervoso são afetadas? 
- As divisões neuroanatômicas básicas são o córtex cerebral, tronco cerebral, sistema vestibular, 
cerebelo, medula espinhal ou nervo periférico. 
 
• Em geral, as lesões cervicais (C1-C6) resultam em déficits proprioceptivos, fraqueza e ataxia que 
envolvem todos os quatro membros, mas são um grau pior nos membros posteriores do que nos 
membros anteriores. 
• Um déficit de marcha pior nos membros anteriores do que nos posteriores sugere lesão na região da 
intumescência braquial (C7-T2). 
• Déficits neurológicos da marcha que envolvem os membros posteriores com membros anteriores 
normais indicam uma lesão na região toracolombar. 
• Em geral, o examinador deve tentar explicar os déficits neurológicos observados por um único local 
de lesão; se isso não for possível, deve existir doença multifocal, o que é importante no diagnóstico 
diferencial. Os sinais clínicos associados a várias partes do sistema nervoso estão resumidos na 
Tabela 5.5 
• Além disso, a presença de simetria ou assimetria deve ser avaliada. Algumas condições, como 
compressão cervical, síndrome da cauda equina e EDEM, são simétricas, enquanto outras, 
especialmente EPM, são caracteristicamente assimétricas. 
• A história da doença neurológica deve ser considerada, pois algumas condições têm início agudo 
(como fratura), enquanto outras têm um curso mais crônico ou insidioso (ou seja, EPM). A presença 
de doença sistêmica, febre e anorexia é uma pista importante que indica a presença de uma doença 
infecciosa, como EEE, WEE, raiva, WNV ou meningite. 
 
5.1 
TESTE NERVO 
TESTADO 
RESPOSTA/ INTERPRETAÇÃO ANORMAL 
Ameaça Óptico e facial 
Nenhum piscar de olhos; cegueira. Deve diferenciar a cegueira da 
disfunção do nervo facial 
Resposta pupilar 
à luz 
Óptico e oculomotor 
Nenhuma resposta à luz brilhante direcionada no olho 
Síndrome de 
Horner 
Simpático cervical 
Sudorese ao redor da base da orelha e do olho, ptose 
Sensação facial Facial(sensorial) 
Falha em responder à estimulação da pele facial 
 
Simetria facial Facial(motor) 
Assimetria do focinho, +/- orelha caída, comida impactada na 
bochecha 
 
Reflexo 
palpebral 
Trigêmio 
Facial(motor) 
Falha ao piscar 
 
Nistagmo 
Oculomotor e 
vestibular 
Lesões centrais associadas a nistagmo posicional, lesões 
periféricas são não posicionais 
Engolir 
Glossofaríngeo e 
vago 
Incapacidade de engolir conforme determinado pela observação 
ou passagem do tubo estomacal 
Tônus da língua Hipoglosso Falha em retirar a língua ou a língua quando puxada 
 
5.2 
Neurônio motor inferior (fraqueza)- LMN Neurônio motos superior (fraqueza)- UMN 
Atrofia Espasticidade 
Tônus diminuído Aumento do tônus 
Atrofia muscular profunda Resposta reflexa exagerada 
Resposta reflexa diminuída Atrofia muscular mínima 
Fasciculação presentes Fasciculação ausente 
 
 
 
 
5.4 
SEGUIMENTO SINAIS CLÍNICOS 
C1-C5 
Marcha espástica, pior nos membros traseiros. Déficits proprioceptivos. 
Fraqueza. Síndrome de Horner. 
C6- T2 
Deficiência proprioceptiva, pior na frente do que atrás, fraqueza, atrofia 
muscular, membros torácicos. Síndrome de Horner. 
T3-L3 
Déficits proprioceptivos traseiros 
Marcha normal frente 
Fraqueza do membro traseiro 
Espasticidade, membros pélvicos 
S3- S5 
Incontinência urinaria 
Retenção fecal 
Hiperalgesia cauda uma periana 
Torácica e pélvica normais 
Coccígea Diminuição do tônus da cauda 
Hiperalgesia caudal à lesão 
Membros anteriores e posteriores normais 
REGIÃO 
ANATÔMICA 
PREDOMINÂNCIA DE SINAIS CLÍNICOS 
Córtex cerebral 
 
Déficits posturais, convulsões, alteração mental, cegueira. 
 
Tronco cerebral Ataxia, fraqueza e dismetria, leve a moderada. Disfagia, anisocoria, de possível 
pupilas dilatadas. 
Sistema vestibular 
 
Ataxia, inclinação da cabeça, déficits posturais pronunciados; 
 
Cerebelo Ataxia e tremores de intenção; 
Medula espinal Paresia, ataxia e dismetria todos presentes e leves moderados. 
UMN A espasticidade é proeminente. 
Nervos periféricos Fraqueza predominante 
 
LMN Déficits posturais e ataxia (leve)

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