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Sistemas Adesivos resumo

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Prévia do material em texto

· Sistemas Adesivos
A aparência branco-opaco na superfície, após a secagem, é indicio clinico da eficiência da desmineralização.
Casos em que o esmalte é mais resistente ao condicionamento:
· Um esmalte rico em flúor, como em pacientes que são portadores de fluorose, é mais resistente ao condicionamento 
· O esmalte aprismático é mais difícil de sofrer condicionamento ácido (nesses casos o ideal é realizar um desgaste antes de colocar um ácido). O esmalte aprismático se trata de uma delgada camada encontrada na parte externa da coroa, em especial na região cervical. Essa camada é resultante da compressão da camada de prismas durante os estágios finais da amelogênese.
· Pacientes idosos: um esmalte que durante anos recebeu flúor (ficando, assim, mais resistente) + com a idade os poros diminuem à medida que os cristais incorporam mais íons e aumentam de tamanho - coloca o ácido por um pouco mais de tempo
Esses fatores reduzem a capacidade de uma desmineralização efetiva. Nessas circunstâncias é possível:
· Biselamento do esmalte – consiste em remover a camada mais superficial, em geral não-reativa do esmalte, geralmente feito com pontas de diamante
· Aumento do tempo de condicionamento ácido – pode ser realizado com relativa segurança em esmalte
· Agitação do ácido – durante o contato com o esmalte o movimento desse produto produz uma dissolução mais homogênea, pois a região de concentração iônica formada com a estagnação dos produtos de reação é parcialmente removida, permitindo o contato do esmalte com a porção mais reativa do acido 
· Adesivos hidrofóbicos 
Os primeiros adesivos que surgiram eram à base de resina acrílica quimicamente ativada. Sistema usado para o selamento de fissuras nas superfícies oclusais de molares. 
· Esses primeiros adesivos tinham como objetivo reduzir a prevalência de lesões de cárie nesses sítios, onde o tratamento preventivo com flúor não é tão efetivo como em faces livres
Com o desenvolvimento do monômero resinoso de Bis-GMA (geralmente associado a TEGDMA ou metilmetacrilato, pois são esses monômeros diluentes). 
*Outros monômeros também podem ser empregados como UDMA, associado ou não ao Bis-GMA.
Formulações adesivas com monômeros hidrofóbicos certamente promovem mais durabilidade de união, pois restringem a sorção de água (cavidade oral)
(*) Se os procedimentos restauradores se restringissem apenas à superfície do esmalte, os agentes hidrofóbicos que são comercializados como selantes para fissuras poderiam ser usados irrestritamente!
Os adesivos evoluem e passam a apresentar caráter hidrofílico: imprescindível para penetrar nas porosidades do substrato dentinário. 
· Diferenças características morfofuncionais entre esmalte e dentina 
A implementação da técnica de condicionamento ácido possibilitou a realização de novos procedimentos restauradores estético conservadores e preventivos: selamentos de fissuras, fechamento de diastemas, colagem de dendetes fraturados, recontornos estéticos em dentes conóides, colagem de braquetes, etc.
· Dentina: A dentina é um tecido mineralizado de natureza conjuntiva, constitui a maioria da estrutura do dente. Recoberto por esmalte e cemento, aloja a polpa (tecido conjuntivo frouxo, rico em células, fibrilas de colágeno, substancia intercelular amorfa, nervos, vasos sanguíneos e linfáticos.
· A dentina é a porção mineralizada do complexo dentina-polpa, com mesma origem embriológica, anatofisiologicamente considerada extensão da polpa.
A dentina é formada por 70% de hidroxiapatita, sob a forma de cristalitos alongados; 20% de material orgânico, onde colágeno tipo I representa 85%; os demais constituintes são proteínas não-colagenas; e 10% de água.
Estruturalmente a dentina é constituída por 
· Túbulos dentinários – durante a dentinogênese, conforme a dentina é mineralizada, vai sendo formado ao redor dos prolongamentos odontoblásticos. Os odontoblastos vão retraindo em direção a polpa. Desse modo são formado os túbulos dentinários que, posteriormente, são preenchidos por fluido dentinário
- diâmetro dos túbulos variam sendo 2,5 micrometros próximo a polpa e 1 micrometro junto a junção amelodentinária (mais externo). 
- A quantidade de túbulos, também, varia com a profundidade sendo que há 45.000/mm² próximo a polpa e 20.000/mm² próximo a junção amelodentinária.
 * em valores percentuais de área 1% da área total é representada próximo a JAD e 22% próxima a polpa.
(*) O fluido dentinário se movimenta em resposta a estímulos táteis, osmóticos ou térmicos e esse movimento está diretamente associado a sensibilidade dentinária.
· Dentina peritubular – forma a parede dos túbulos dentinários; é hipermineralizada, com espessura variável (0,4 micrometros próximo a polpa e 0,7 micrometros na JAD). Parcialmente desprovida de fibrilas de colágeno. Há deposição de dentina peritubular durante toda vida, os túbulos acabam sendo reduzidos ou obliterados (dentina esclerótica).
· Dentina intertubular – constitui a maior parte do volume da dentina e fica entre as colunas de dentina peritubular; Composta por fibrilas de colágeno nas quais cristalitos de apatita se depositam com seus longos eixos paralelos ao longo eixos das fibrilas
· Smear layer: Ocorre a formação da smear layer (camada de esfregaço) quando se faz o uso de procedimentos de corte com instrumentos rotatórios sobre a dentina.
· Ela é resultante de: remascentes do substrato seccionado, sangue, saliva, bactérias, fragmentos de abrasivo, óleo, que se ligam à dentina intertubular e penetram os túbulos dentinários
* a smear layer pode variar entre 1 e 5 micrometros de espessura
* Camadas mais espessas são criadas quando o procedimento de corte e/ou abrasão é realizado sem refrigeração com água ou quando pontas de diamante são usadas ao invés de instrumentos rotatórios de aço ou carbeto de tungstênio.
* A smear layer reduz a permeabilidade dentinária, diminuindo o fluxo de fluido dentinário
(*) As primeiras gerações de sistemas adesivos tentaram preservar a smear layer e estabelecer uma união com essa camada, porém, a resistência coesiva dessa camada e/ou sua baixa adesão com a dentina subjacente a transformam em um elo fraco da união. 
* A parte da camada de esfregaço que penetra nos túbulos dentinários é chamada smear plugs
A evolução dos sistemas adesivos ocorreu basicamente em função do substrato dentinário. 
Sistemas adesivos hoje são classificados em 2 grandes grupos:
· Aqueles que preconizam o condicionamento ácido prévio, técnica convencional
· Os adesivos autocondicionantes
· Técnica de Condicionamento Ácido Prévio ou Convencional: O principal mecanismo utilizado para reter os sistemas adesivos atuais é baseado na infiltração de monômeros resinosos pela camada superficial da dentina previamente desmineralizada e posterior polimerização. Para esses adesivos é sugerida a remoção total da smear layer com o uso de ácido.	Comment by Carlos Eduardo Bonatelli Caracciolo: 
A capacidade de ácidos de desmineralizar a dentina é contraposta pelo poder tampão do substrato, em especial da hidroxiapatita. 
A característica hipertônica dos ácidos estimula o fluxo do fluido dentinário em direção à junção amelodentinária que dificulta a penetração do ácido em direção à polpa através dos túbulos dentinários e promove sua diluição, especialmente, em espessura dentinária superior a 0,3mm.
· O condicionamento ácido remove a smear layer, elimina o conteúdo mineral da zona mais superficial e reduz de modo drástico o teor de hidroxiapatita nas camadas subjacentes
Como consequencia disso: o diâmetro dos túbulos é ampliado e a permeabilidade da dentina e pressão intrapulpar são aumentadas, expondo o tecido conjuntivo frouxo rico em fibrilas de colágeno. (6)
· Tais modificações resultam numa estrutura menor mineralizada, mais porosa, mais úmida e mais rugosa
· O substrato passa a apresentar baixa energia livre de superfície, ou seja, menor capacidade de interagir com monômeros resinosos hidrofóbicos. 
· Surgiram os primers – soluções com monômeros hidrofílicos que visavam resolver esse problema deinteração 
- Aumentam a interação entre as fibrilas colágenas e a resina fluida hidrofóbica 
- Compostos por solventes orgânicos aos quais são adicionados monômeros hidrofílicos, que, dessa forma, são carreados para dentro da dentina recém-desmineralizada. 
- Os solventes desse primer deslocam o fluido, penetram os microporos do tecido, participam da evaporação da água presente e deixam os monômeros hidrofílicos em contato com as fibrilas de colágeno 
· É formado a camada hibrida ou zona de intedifusão resinosa (quando o primer penetra entre as fibrilas de colágeno)
 
· Por fim é aplicado uma camada de resina hidrofóbica sobre os primers 
- Não contem água nem solvente em sua composição
- Copolimeriza com os monômeros do primer, garantindo a espessura mínima adequada para camada de adesivo, evitando o comprometimento da polimerização pelo contato com oxigênio 
- A penetração de monômeros resinosos pelos túbulos e canalículos forma prolongamentos de resina e anastomoses (tags e microtags)
A camada hibrida, tags e microtags são responsáveis por:
· Reduzir a sensibilidade pós-operatória
· Reduzir a microinfiltração
· Aperfeiçoar a vedação dentinária em restaurações adesivas
A técnica adesiva é realizada em 3 passos: Aplicação do ácido (cujo a função é preparar o substrato para adesão), primer (que é solução hidrofílica compatível com a detnina úmida e que possui solventes em seu composição) e adesivo(parte hidrofóbica, compatível com a resina composta)
 Existe um apelo comercial para simplificação dos procedimentos com finalidade de reduzir o tempo clinico de aplicação
· Um único frasco contendo primer + adesivo
· Valores de resistência de união se mantiveram, praticamente, igual aos sistemas de 3 frascos
· A modificação aumentou o caráter hidrofílico desses materiais (tendem a ter mais degradação ao longo do tempo)
· Não, necessariamente, reduziu o tempo clinico – necessária aplicação de pelo menos 2 camadas da solução primer/adesivo nos substratos antes da fotoativação
· Papel da água na permeação dos sistemas adesivos: A umidade residual do substrato dentinário, antes da aplicação do sistemas adesivos, tem um papel fundamental na permeação dos monômeros resinosos na dentina condicionada.
· A matriz orgânica (em especial o colágeno) exposta pelo condicionamento ácido, sem sustentação promovida pelos cristais de hidroxiapatita, se colapsa na ausência de umidade
· Nessas circunstâncias a permeabilidade dentinária fica reduzida e a infiltração de monômeros resinosos hidrofílicos nos espaços interfibrilares é prejudicada, o que compromete a formação da camada hibrida 
· Após o condicionamento ácido, com subsequente lavagem, não é possível fazer uma secagem excessiva com ar. 
- A fase liquida pode ser perdida
- Pode haver o aumento das interações intermoleculares, através das forças de van der Walls entre as fibrilas de colágeno
- As fibrilas ao se aproximarem reduzem a permeabilidade para os monômeros 
- Nessas condições o adesivo penetra apenas superficialmente e ao redor dos túbulos dentinários > formação da zona hibridóide (valores de resistência de união inferiores)
- Deve ser usado a técnica de adesão úmida 
· O colapso das fibrilas de colágeno é um fenômeno reversível pelo simples umedecimento da superfície com água
- A água é capaz de romper as interações entre as fibrilas de colágeno e restabelecer os espaços interfibrilares necessários para penetração dos monômeros 
Os sistemas adesivos se comportam de forma diferente frente a condição de umidade de dentina 
· Adesivos contendo apenas acetona ou apenas álcool (sem água) são menos efetivos em substratos secos que adesivos à base de água ou com água + álcool, pois os primeiros citados não têm a capacidade de promover a expansão das fibras colágenas colapsadas
· Acetona e álcool, também, aumentam a rigidez do colágeno seco e colapsado, o que dificulta a infiltração dos monômeros resinosos.
(*) Adesivos a base de água apresenta melhor desempenho, ou seja, maiores valores de resistência de união, quando aplicados sobre a dentina desmineralizada com menos umidade superficial. Adesivos a base de acetona tem melhor performance em campo mais úmido.
· Clinicamente a umidade de sistemas adesivos pode ser traduzida por
· Para sistemas adesivos a base de água pode ser traduzida como um brilho superficial, como aquele proporcionado pelo “lustra-móveis”, sem que haja a presença de uma lâmina de água
· Para sistemas à base de acetona é visualizado brilho intenso com uma nítida lamina de água na superfície 
 
· O excesso de água também tem efeito negativo na infiltração do adesivo
- Atua como barreira física e impede a penetração desse produto
- Pode ocasionar a diluição do adesivo
- Pode ocasionar a formação de micelas pela separação dos monômeros hidrofóbicos e hidrofílicos, o que dificulta a polimerização dentro da camada hibrida.
· Essas micelas se acumulam na interface entre a resina e a camada hibrida, enfraquecem a união resultando em vedamento parcial dos túbulos dentinários
· A presença de água afeta a polimerização dos monômeros reduzindo seu grau de conversão 
- Isso tem consequência direta na retenção e longevidade da união
- Camadas de adesivos menos polimerizadas tendem a absorver mais água ao longo do tempo e, com isso, degradam rapidamente
Há duas formas clínicas de resguardar a umidade dentinária necessária antes da aplicação do adesivo:
· Após a lavagem do ácido, o excesso de água pode ser removido com jatos de ar. 
· Variáveis decorrentes do procedimento: distância de aplicação, a regulagem dada pelo operador e a inclinação do jato em relação a parede podem levar a variações da umidade
· Esse método também é considerado de difícil realização tendo em vista os diferentes formato das cavidades: Enquanto em algumas paredes cavitárias pode haver ausência de umidade, em determinados ângulos as cavidades Classes I,II e V há maior tendência ao acúmulo de água (variabilidade regional de resistência de união)
(*) Há outras formas para remover a umidade excessiva da dentina que são através do uso de bolinhas de algodão, filtros de papel absorvente e uso de cânulas de sucção endodôntica acopladas ao sugador
· Após a lavagem do ácido, a dentina e o esmalte podem ser secos com jatos de ar, sem exageros, pois há a possibilidade de causar injúrias pulpares. 
· Visualização do aspecto branco-opaco característico do esmalte e indicio clinico de eficiência na desmineralização 
· Permite que a dentina seja umedecida com pincéis (microbrushs), de acordo com o sistema adesivo que será empregado
 
· A forma de aplicação do adesivo também influencia no seu desempenho. Adesivos devem ser “esfregados” na superfície da dentina para facilitar a penetração dos monômeros pelas fibrilas de colágeno. 
· Adesivos à base de água/álcool são menos voláteis que adesivos à base de acetona. 
· Adesivos com solventes menos voláteis levam mais tempo para que ocorra a evaporação de todo solvente 
· A perda de massa gradativa que ocorre em adesivos reflete o grau de evaporação dos solventes presentes nesse sistemas.
- Durante os primeiros 5 minutos há uma drástica perda de massa que continua até 20 minutos
- Dificilmente esse tempo é esperado durante a aplicação clinica de um adesivo O polímero formado após a fotoativação tem resquícios de solventes e água, os quais podem comprometer a qualidade de polimerização e, consequentemente, reduzir a longevidade de união 
Maiores valores de resistência de união podem ser observados quando os sistemas adesivos são mantidos na superfície desmineralizada antes da fotoativação Mais evaporação do solvente e da água.
Adesivos cujo solvente é menos volátil devem permanecer mais tempo para garantir valores de resistência melhores Ao trabalhar com adesivos com solvente menos volátil é necessário ter cuidado para garantir evaporação do solvente e água residual de forma mais completa
A presença de água e solvente remanescente na estrutura do adesivo reduz as propriedadesmecânicas do polímero formado 
· Pode resultar em mais microinfiltração
(*) A aplicação do jato de ar facilita a evaporação da água e de solventes. Requer cautela e a distância certa, a fim de evitar a redução excessiva da espessura do adesivo. É necessário ter a consciência que cerca de 15 micrometros da parte mais externa da camada de adesivo em contato com oxigênio não será polimerizada de modo adequado. Se houver a redução excessiva poderá haver prejuízo a formação da camada hibrida!
Deve ser realizado a aplicação de jato de ar à distancia (20 cm por 10s) para permitir evaporação do solvente e água residual. 
A viscosidade do adesivo na superfície dentinária tende a aumentar devido a evaporação de seus componentes voláteis. A aplicação de jatos muito próximo tende a incorporar oxigênio dentro da camada de adesivo O2 como inibidor da polimerização. 
Há interferência, ainda, de fatores extrínsecos como: a umidade relativa do ar e a temperatura do ambiente que afetam a taxa de evaporação dos solventes. 
· O isolamento absoluto reduz a umidade relativa do ambiente bucal, criando melhores condições para evaporação dos solventes nos sistemas adesivos. 
· Umidade relativa alta moléculas do solvente não conseguem vencer a pressão da atmosfera e não evaporam!
A quantidade de adesivo aplicada também irá interferir pincéis empregados para aplicar o adesivo carregam quantidades muito maiores que o necessário diversas vezes
· Profissionais aplicam o adesivo e diversas vezes afinam a camada com jatos de ar, o que pode causar a incorporação de oxigênio e pode comprometer a polimerização e adesão 
 - A espessura ideal do adesivo deve ser de, aproximadamente, 50-200 micrometros para funcionar como uma camada resiliente capaz de absorver parte das tensões mastigatórias. 
· Variabilidade Regional do Substrato Dentinário: A variabilidade intrínseca do substrato dentinário, traduzida por: diferenças de pressão intrapulpar, microestrutura regional ou proximidade pulpar.
· Diferentes regiões das dentinas coronária e radicular apresentam valores de resistência de união distintos 
· Maiores valores de resistência de união encontrados em substrato dentinário superficial (diferença de concentração e tamanho dos túbulos)
- Quantidade de dentina intertubular disponível para formação da camada hibrida.
- A quantidade de túbulos dentinários pela área e o diâmetro dos túbulos dentinários é maior em áreas mais internas comparada com a dentina superficial menor área superficial para adesão, pois há menos dentina intertubular.
Dentina esclerosada ou afetada por cárie, ou seja, com os túbulos dentinários sofrendo uma obliteração gradual e a hipermineralização da dentina intertubular. Redução da permeabilidade do substrato e aumento da dureza. Os valores de resistência de união provenientes da dentina afetada por lesão de cárie são inferiores aos observados na dentina sadia. 
· Menor eficiência de adesão tem sido atribuída a fatores como: obliteração dos túbulos dentinários, presença de uma camada de dentina hipermineralizada ácido-resistente e de uma camada hipermineralizada com inclusão de bactérias. 
· Há relatos de que a camada hibrida formada em dentina esclerosada é menos espessa e mais irregular que a observada em dentina normal
· A dentina hipermineralizada pode se fina (< 0,5 micrometros) ou grossa (10-15 micrometros). Irregularidade da camada hibrida evidência mais fragilidade da união.
· É possível aumentar o tempo de condicionamento ou efetuar a asperização com instrumentos cortantes rotatórios e pontas de diamante para melhorar a adesão nesses substratos
Asperização de lesões cervicais (dentina esclerosada) não modificou os índices de retenção realizadas com adesivos a base de acetona. 
A dentina esclerótica é bastante heterogênea, com áreas representativas desde a dentina normal até aquelas com túbulos obliterados e com uma camada mais espessa de dentina hipermineralizada. 
· Esse fator somado ao fato de não haver métodos de discernimento dessas diferenças em nível clinico aumentar o tempo de condicionamento pode acabar condicionando excessivamente áreas de dentina normal, tornando mais difícil a permeação total dessas áreas por monômeros resinosos e deixando a interface mais susceptível a degradação ao longo do tempo.
Assim, frente a dentina hipermineralizada, seria mais pertinente usar outros materiais que possuem mais afinidade por esse tecido cimento de ionômero de vidro convencional ou modificado por resina. (apresentam altos níveis de retenção em lesões não-cariosas de Classe V)
· Contaminação durante o procedimento de adesão: O procedimento de adesão deve ser realizado sob condições de isolamento absoluto do campo operatório 
· Evita a contaminação do campo operatório por saliva e/ou sangue falhas adesivas.
· Sob condições ideias pode haver contaminação do dente durante o procedimento de adesão
· Caso ocorra contaminação após o condicionamento ácido em esmalte, este deve ser lavado extensivamente e seco antes da aplicação do sistema adesivo
· A contaminação do esmalte por saliva parece não ser muito significativa quando adesivos hidrofílicos são empregados a presença de solventes facilita a evaporação principalmente do conteúdo aquoso do contaminante.
Antes do desenvolvimento dos primers a adesão ao esmalte era praticamente realizada com resinas hidrofóbicas sobre sua superfície. 
· Se o esmalte estiver úmido, a aplicação do primer é imprescindível para sucesso da técnica 
 * É bastante frequente quando se realiza a restauração de uma cavidade que envolve dentina e esmalte.
 * Dentina deve ser deixada úmida e, a maior parte das vezes, o esmalte também fica.
 * Presença de solventes nos primers ajuda a promover a evaporação da água residual na superfície do esmalte e garante bom selamento.
 * Em procedimentos clínicos restritos ao esmalte é possível usar apenas resinas hidrofóbicas desde que o esmalte condicionado seja bem seco antes de sua aplicação.
A perfusão (pressão intrapulpar) através da dentina impede fisicamente os monômeros resinosos de infiltrar nos túbulos dentinários e na rede desmineralizada de colágeno, impedindo a formação de uma boa camada hibrida.
· Quando a contaminação ocorre após a aplicação do primer ou da primeira camada de adesivo (sistemas de 2 passos) há uma drástica redução dos valores de resistência de união. Nesse caso é imprescindível a lavagem, secagem e reaplicação do adesivo.
· Sistemas adesivos com condicionamento ácido prévio para dentina necessitam de manutenção da umidade
· A manutenção da umidade é, ao mesmo tempo, essencial e critica (propicio a variações regionais e erros operatórios)
· Remoção total da smear layer aumenta permeabilidade dentinária deixando o sucesso da técnica bastante dependente de fatores como: profundidade dentinária e pressão intrapulpar.	Comment by Carlos Eduardo Bonatelli Caracciolo: 
· Outro fator preocupante é que, com esses adesivos, nem toda a espessura da camada de dentina desmineralizada por ácidos é infiltrada por monômeros resinosos.
- Abaixo da camada hibrida há uma zona composta por colágeno que pode ser suscetível à ação de proteases e culminar na degradação da resistência de união
(*) Com o objetivo de reduzir a sensibilidade de técnica associada a manutenção da trama de colágeno úmida após o condicionamento, alguns autores passaram a propor eliminação do colágeno através de agentes proteolíticos, como o hipoclorito de sódio, antes da aplicação de um sistema adesivo. A interface de união ficaria mais porosa e propicia para retenção com monômeros. Essa técnica, no entanto, tem gerado resultados conflitantes quanto sua eficácia e, com isso, não há um consenso. Logo, não deve ser empregada clinicamente,.
· Sistemas Adesivos Autocondicionantes: O ácido foi incorporado ao primer, o tornando autocondicionante (presença de monômeros resinosos acídicos)
· Simultaneamente ocorre a desmineralização, infiltração na intimidade da dentina e copolimerização após a fotoativação.
· A smear layer nãoé dissolvida por completo, mas incorporada a interface de união.
· Interface de união tende a ser menos espessa que a formada com os sistemas adesivos que preconizam o condicionamento ácido total.
· Esses sistemas adesivos podem ser comercializados: primer autocondicionantes + adesivo ou em apenas um passo clinico (primer autocondicionante misturado ao adesivo) - busca pela simplificação.
· Os sistemas adesivos de frasco único apresentam piores resultados laboratoriais quando testados em esmalte ou em dentina. Esses materiais devem ser evitados em procedimentos adesivos.
· Os monômeros acidicos presentes nos sistemas autocondicionantes podem ser monômeros derivados do ácido carboxílico (4-MET) ou monômeros fosfonados (Fenil-P, 10-MDP e PENTA)
· Genericamente os sistemas adesivos autocondicionantes, principalmente aqueles de dois passos, possuem o mesmo potencial para promover a retenção e selamento que adesivos convencionais 
· Classificação dos sistemas auto condicionantes: Primers autocondicionantes podem ser classificados em leves (pH > 2), moderados (1,1 < pH < 2) e agressivos (pH < 1). 
· A capacidade desses ácidos em manter o pH baixo é variada (no entanto, a influencia dessa característica no desempenho desses sistemas ainda não é conhecida)
· Tendo em vista que a smear layer não é removida com sistemas autocondicionantes a espessura passou a ser questionada 
· Sua espessura pode variar, entre 0,9 e 2,6 micrometros, dependendo do instrumento rotatório empregado e do substrato preparado
· Instrumento de diamante produzem uma smear layer mais compacta que a produzida por instrumentos de aço e lixas. Essa camada pode neutralizar a acidez dos primers autocondicionantes e reduzir sua capacidade de penetração na dentina subjacente.
(*) Ainda são controversos os resultados obtidos com esses sistemas sob sunstratos dentinários com smear layer fina ou grossa
· A camada hibrida formada com os adesivos autocondicionantes possui 2 componentes distintos; um é a smear layer hibridizada e o outro o dentina subjacente hibridizada.
· Primers autocondicionantes mais ácidos são capazes de penetrar facilmente toda a smear layer e atingir a dentina subjacente – formasse, assim, camadas hibridas mais espessas.
(*) O primer autocondicionante pode ser comercializado em frasco único ou ser resultante da mistura de dois frascos. Os sistemas de passo único podem, portanto, serem acondicionados em recipientes separados ou não.
(Revisar quadro da pagina 14)

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