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Legislação Penal Especial para a PCRJ

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Legislação Penal Especial 
para a PCRJ 
@andre.delegado
ÚLTIMO EDITAL
1) Estatuto do Desarmamento (Lei n° 10.826/2003);
2) Crimes Hediondos (Lei n° 8.072/1990);
3) Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor (Lei n°7.716/1989);
4) Abuso de Autoridade (Lei n°4.898/1965);
5) Crimes de Tortura (Lei n° 9.455/1997);
6) Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n°8.069/1990);
7) Crimes no Estatuto do Idoso (Lei n° 10.741/2003);
08) Crime Organizado (Lei n° 9.034/1995) Lei 12.850/2013;
09) Interceptação Telefônica (Lei n° 9.296/1996);
10) Corrupção de Menores (Lei n° 12.015/2009);
11) Crimes Eleitorais (Lei n° 4.737/1965);
12) Crimes de Trânsito (Código de Trânsito Brasileiro - Lei n°9.503/1997);
13) Juizados Especiais Criminais (Lei n° 9.099/95 - Capítulo III);
14) Juizados Especiais Federais (Lei n° 10.259/2001);
15) Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo (Lei n° 8.137/1990);
16) Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher "Lei Maria da Penha" (Lei n° 11.340/2006);
17) Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Lei n°11.343/2006);
18) Crimes contra as Relações de Consumo (Título II da Lei n°8.078/1990);
19) Lei das Contravenções Penais (Decreto-Lei n° 3.688/1941);
20) Lei dos Crimes contra o Meio Ambiente (Lei n° 9.605/1998).
• A posse ou porte apenas da muniçãoconfigura crime?
SIM, Isso porque tal conduta consiste em crime de perigo abstrato, para cuja caracterização não importa o resultado concreto da ação.
STF. 2ª Turma.HC 119154, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em26/11/2013.
STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1442152/MG, Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 07/08/2014.
• Caso excepcional de uma munição utilizada como pingente
É atípica a conduta daquele que porta, na forma de pingente, munição desacompanhadade arma.
STF. 2ª Turma. HC 133984/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 17/5/2016 (Info 826).
(...) 1. A análise dos documentos pelos quais se instrui pedido e dos demais argumentos articulados na inicial demonstra a presença dos requisitos
essenciais à incidência do princípio da insignificância e a excepcionalidade do caso a justificar a flexibilização da jurisprudência deste Supremo Tribunal
segundo a qual o delito de porte de munição de uso restrito, tipificado no art. 16 da Lei n. 10.826/2003, é crime de mera conduta.
2. A conduta do Paciente não resultou em dano ou perigo concreto relevante para a sociedade, de modo a lesionar ou colocar em perigo bem jurídico na
intensidade reclamada pelo princípio da ofensividade. (...)
STF. 2ª Turma. HC 133984, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em17/05/2016.
No mesmo sentido:
(...) I – Recorrente que guardava no interior de sua residência uma munição de uso permitido, calibre 22. II – Conduta formalmente típica, nos termos do
art. 12 da Lei 10.826/2003. III – Inexistência de potencialidade lesiva da munição apreendida, desacompanhada de arma de fogo. Atipicidade material dos
fatos. (...)
STF. 2ª Turma. RHC 143449, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em26/09/2017.
24. 2018. CESPE. PC-SE. Delegado de Polícia.
Julgue o item seguinte, referente a crimes de trânsito e a posse e porte de armas de fogo, de acordo com a jurisprudência e
legislação pertinentes.
Situação hipotética: Um policial militar reformado foi preso em flagrante delito por portar arma de fogo de uso permitido, sem
autorização legal e sem o devido registro do armamento. Assertiva: Nessa situação, a autoridade policial não poderá conceder
fiança, porquanto o Estatuto do Desarmamento prevê que o fato de a arma não estar registrada no nome do agente torna
inafiançável o delito.
Gabarito: Errada
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter,
empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo
com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do
agente. (Vide Adin 3.112-1)
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3112&processo=3112
ADIN 3.112-1
“(...) A partir das considerações iniciais que expendi, e com fundamento nas razões de direito que formulei, julgo procedentes, em
parte, as presentes ações diretas, apenas para declarar a inconstitucionalidade dos parágrafos únicos dos arts. 14 e 15, os quais
vedaram o estabelecimento de fiança para os delitos de “porte ilegal de arma de fogo de uso permitido” e de “disparo de
arma de fogo”, e do art. 21, que proibiu a liberdade provisória no caso dos crimes de “posse ou porte ilegal de arma de fogo de
uso restrito”, “comércio ilegal de arma de fogo” e “tráfico internacional de arma de fogo”, todos da Lei 10.826/2003.”
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3112&processo=3112
25. 2018. CESPE. PC-SE. Delegado dePolícia.
Julgue o item seguinte, referente a crimes de trânsito e a posse e porte de armas de fogo, de acordo com a jurisprudência e legislação
pertinentes.
O porte de arma de fogo de uso permitido sem autorização, mas desmuniciada, não configura o delito de porte ilegal previsto no Estatuto do
Desarmamento, tendo em vista ser um crime de perigo concreto cujo objeto jurídico tutelado é a incolumidade física.
Gabarito: Errada
AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DESMUNICIADA.
ART. 14 DA LEI N. 10.826/2003. PERIGO ABSTRATO. DELITO DE MERA CONDUTA. TIPICIDADE DA CONDUTA. SÚMULA168/STJ.
1.Este Superior Tribunal firmou seu entendimento no sentido de que o porte de arma desmuniciada se insere no tipo descrito no art. 14 da Lei
10.826/2003, por ser delito de perigo abstrato, cujo bem jurídico é a segurança pública e a paz social, sendo irrelevante a demonstração de
efetivo caráter ofensivo por meio de laudo pericial.
2.Incidência do disposto na Súmula 168/STJ, in verbis: não cabem embargos de divergência, quando a jurisprudência do tribunal se firmou no
mesmo sentido do acórdão embargado.
3. Não houve a realização do necessário cotejo analítico, com a transcrição de trechos que demonstrem a similitude fática entre as situações em
confronto e a diferente interpretação de dispositivo de lei federal, conforme preconiza o art. 266, c/c o art. 255, § 2º, do RISTJ.
4. O agravo regimental não merece prosperar, porquanto as razões reunidas na insurgência são incapazes de infirmar o entendimento assentado
na decisão agravada.
5. Agravo regimental improvido.
(AgRg nos EAREsp 260.556/SC, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 26/03/2014, DJe 03/04/2014)
26. 2018. CESPE. Polícia Federal. Perito Criminal Federal - Conhecimentos Básicos - Todas as Áreas
Em cada item que segue, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Samuel disparou, sem querer, sua arma de fogo em via pública. Nessa situação, ainda que o disparo tenha sido de forma acidental, culposamente,
Samuel responderá pelo crime de disparo de arma de fogo, previsto no Estatuto do Desarmamento.
Gabarito: Errada 
Disparo de arma de fogo
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa
conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PORTE ILEGAL E DISPARO DE ARMA DE FOGO. ARTIGOS 14 E 15
DA LEI 10.826/03. CONDUTAS PRATICADAS NO MESMO CONTEXTO FÁTICO. ANÁLISE DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO
DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. - A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE POSSUI ENTENDIMENTO FIRMADO NO SENTIDO DE QUE NÃO É
AUTOMÁTICA A APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO PARA ABSORÇÃO DO DELITODE PORTE DE ARMA DE FOGO PELO DE DISPARO, DEPENDENDO DAS
CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE OCORRERAM AS CONDUTAS. - NA HIPÓTESE DOS AUTOS, AS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS RECONHECERAM QUE OS CRIMES FORAM
PRATICADOS NO MESMO CONTEXTO FÁTICO, DEVENDO SER APLICADO O REFERIDO POSTULADO PARA QUE A CONDUTA MENOS GRAVE (PORTE ILEGAL DE ARMA DE
FOGO) SEJA ABSORVIDA PELA CONDUTA MAIS GRAVE (DISPARO DE ARMA DE FOGO). - A inversão das conclusões a que chegaram as instâncias ordinárias, no sentido de
que houve o porte de arma em outro contexto fático, encontra óbice no enunciado n. 7 da Súmula do STJ. Agravo regimental desprovido. [AgRg no REsp 1331199, Rel.
Min. Ericson Maranho (Desembargador convocado do TJ/SP), julgado em 23/10/2014].
Por qual delito responde o agente que fornece, empresta ou cede dolosamente arma de fogo de uso permitido a pessoa maior de idade?
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar,
manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Por qual delito responde o agente que fornece, empresta ou cede dolosamente arma de fogo de uso proibido a pessoa maior de idade?
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter,
empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo
com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
27. 2018. FGV. AL-RO. Advogado.
Determinado deputado está sendo investigado pela prática do crime de porte/posse de arma de fogo de uso restrito (Art. 16, 
caput, Lei nº 10.826/03), que teria sido praticado em maio de 2018, diante da notícia que estaria guardando uma arma de calibre
.40 em seu local de trabalho, sem autorização legal. Preocupado com as consequências de tal investigação, solicita
esclarecimentos ao advogado sobre as possíveis consequências da punição pelo delito imputado.
O advogado deverá esclarecer, de acordo com a jurisprudência majoritária e atual do Supremo Tribunal Federal, que
a) o agente poderá, em caso de condenação, ser beneficiado pela graça, mas não pelo indulto ou anistia.
b) o regime inicial de cumprimento de pena, em caso de condenação, será necessariamente o fechado.
c) o requisito objetivo, em caso de condenação, para progressão de regime será de 1/6, se primário.
d) a decretação de eventual prisão temporária poderá prever prazo inicial de 60 dias.
e) a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos é possível, dependendo da pena aplicada e do
preenchimento dos demais requisitos do Código Penal.
Gabarito: E
28. 2018. FCC. TRT - 15ª Região. Prova: Técnico Judiciário – Segurança.
Josildo, titular e responsável legal de estabelecimento comercial, obteve o Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF), com validade em todo
o território nacional. Nesse sentido o CRAF engloba autorização para manter a arma de fogo, exclusivamente no
a) interior (ou dependências) de sua residência ou domicílio, mas não, no seu local de trabalho, apesar de ser o titular e responsável legal pelo
estabelecimento.
b)interior (ou dependências) de sua residência ou domicílio, ou, ainda, no seu local de trabalho, já que é o titular ou o responsável legal pelo 
estabelecimento.
c)interior de sua residência ou domicílio, ou na dependência desses e levá-la consigo nos deslocamentos dentro do Estado em que reside e, 
também no seu local de trabalho.
d) interior (ou dependência) de sua residência ou domicílio, e também em seu veículo nos deslocamentos, considerado este como extensão do
domicílio, mas não no local de trabalho, independentemente da função que exerça.
e) seu local de trabalho, já que é o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento, sendo vedado mantê-la no interior de sua residência ou
domicílio, ou dependência desses.
Gabarito: B
Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a manter a
arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho,
desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de 2004)
§ 1o O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de autorização doSinarm.
Finalidades do Certificado de Registro de Arma de Fogo
• Comprovar a propriedade da arma;
• Autorizar o titular (proprietário) a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicilio, ou dependência desses,
ainda, no seu local de trabalho, desde que seja o proprietário ou responsável legal pelo estabelecimento ou empresa (art. 5º, caput, da Lei nº
10826/03).
O fato de o agente possuir arma de fogo com registro vencido configura crime?
A expiração do prazo é mera irregularidade administrativa que autoriza a apreensão do artefato e aplicação de multa. A conduta, no entanto, 
não caracteriza ilícito penal.
STJ. Corte Especial. APn 686-AP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 21/10/2015 (Info 572).
STJ. 5ª Turma. HC 294.078/SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 26/08/2014.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.884.htm
29. 2018. FGV. TJ-SC. Analista Jurídico
Em cumprimento de mandado de busca e apreensão no local de trabalho de João, que era um estabelecimento comercial de sua
propriedade e de sociedade em que figurava como administrador e principal sócio, foram apreendidas duas armas de fogo, de
calibre permitido, com numeração aparente, devidamente municiadas. João esclareceu que tinha as armas para defesa pessoal,
apesar de não possuir autorização e nem registro das mesmas.
Diante disso, foi denunciado pela prática de dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido (art. 14 da Lei nº 10.826/03),
em concurso material.
No momento de aplicar a sentença, o juiz deverá reconhecer que:
a) ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/03) em concurso material;
b) ocorreram dois crimes de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/03) em concurso formal;
c) ocorreram dois crimes de porte de arma de fogo de uso permitido em concurso formal;
d) ocorreu crime único de porte de arma de fogo de uso permitido, afastando-se o concurso de delitos;
e)ocorreu crime único de posse de arma de fogo de uso permitido (art. 12, Lei nº 10.826/03), afastando-se o concurso de delitos.
Gabarito: E
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. POSSE IRREGULAR DE MUNIÇÕES DE USO RESTRITO E DE USO PERMITIDO (ARTS. 12 E 16 DA LEI N.
10.826/03). ALEGADA AUSÊNCIA DE POTENCIALIDADE LESIVA. DESNECESSIDADE DE ESTAREM AS MUNIÇÕES ACOMPANHADAS DE ARMAMENTO. CRIME DE PERIGO
ABSTRATO. CONFIGURAÇÃO.
Na esteira do entendimento desta Corte Superior, os crimes previstos nos arts. 12 e 16 da Lei n. 10.826/03 são de perigo abstrato, de modo que a potencialidade
lesiva é presumida, não havendo necessidade, para a configuração do delito, de estarem as munições acompanhadas de arma de fogo.
DOSIMETRIA. APREENSÃO DE MUNIÇÕES DE DIFERENTES CALIBRES NO MESMO CONTEXTO FÁTICO. APLICAÇÃO DA PENA RELATIVA AO CRIME MAIS GRAVE. 
INSURGÊNCIA DESPROVIDA.
1. Este Sodalício já se pronunciou no sentido de que a apreensão de armas ou munições de uso permitido e de uso restrito, no mesmo contexto fático, implica na
caracterização de crime único por atingir apenas um bem jurídico, devendo ser aplicada somente a pena do crime mais grave.
2.Mais recentemente, porém, esta Corte Superior de Justiça vem entendendo que os tipos penais dos arts. 12 e 16, da Lei n. 10.826/03, tutelam bens jurídicos
diversos e que, por tal razão,deve ser aplicado o concurso formal quando apreendidas armas ou munições de uso permitido e de uso restrito no mesmo contexto
fático.
3.Na espécie, o Tribunal de origem manteve a tese aplicada pelo juízo primevo, no sentido de que estaria caracterizado o crime único, tendo em vista que o apelo foi
exclusivo da defesa, porém não deixou de observar, de maneira acertada, que o acusado foi beneficiado quanto à questão e que não seria cabível o pedido de aplicação
da pena mais branda.
4. Agravo regimental improvido.
(AgRg nos EDcl no AREsp 1122758/MG, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 24/04/2018, DJe 04/05/2018)
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PORTE ILEGAL DE ARMAS DE FOGO E MUNIÇÕES DE USO RESTRITO E PERMITIDO. ARTS. 14 E 16 DA LEI N. 10.826/03. 
PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. BENS JURÍDICOS DISTINTOS.
I. As condutas de possuir arma de fogo e munições de uso permitido e de uso restrito, apreendidas em um mesmo contexto fático, configuram concurso formal de
delitos.
II. O art. 16 do Estatuto do Desarmamento, além da paz e segurança públicas, também protege a seriedade dos cadastros do Sistema Nacional de Armas, sendo
inviável o reconhecimento de crime único, pois há lesão a bens jurídicos diversos.
III. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AgRg no REsp 1619960/MG, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 27/06/2017, DJe 01/08/2017)
30. 2018. INSTITUTO AOCP. TRT - 1ª REGIÃO. Técnico Judiciário – Segurança.
A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional e após prévia autorização do SINARM
(Sistema Nacional de Amas), é de competência de qual entidade?
a) Polícia Federal.
b) Polícia Rodoviária Federal.
c) Agência Brasileira de Inteligência.
d) Polícia Militar dos Estados-Federados.
e) Forças Armadas.
Gabarito: A
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da Polícia 
Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
§ 1o A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida com eficácia temporária e territorial limitada, nos termos de atos
regulamentares, e dependerá de o requerente:
§ 2o A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perderá automaticamente sua eficácia caso o portador dela
seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas.
31. 2018. CESPE. ABIN. Agente de Inteligência.
À luz do disposto no Estatuto do Desarmamento — Lei n.º 10.826/2003 —, julgue o item que se segue.
Compete à Polícia Federal a autorização de porte de arma de fogo de uso permitido em todo território nacional, ao Ministério da
Justiça a autorização aos responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros em visita ao Brasil e ao comando do Exército a
autorização para o porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e caçadores e de representantes
estrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizada no território nacional.
Gabarito: Correta
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da Polícia
Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
1) Os responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil.
2) Colecionadores, atiradores, e caçadores, bem como representantes estrangeiros em competição internacional oficial de tiro 
realizada no território brasileiro.
MinistéMriionidstaéJruiostdiçaa
Justiça
Comando do
Exército
32. 2018. CESPE. ABIN. Agente de Inteligência.
À luz do disposto no Estatuto do Desarmamento — Lei n.º 10.826/2003 —, julgue o item que se segue.
É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente, sendo o comando do Exército o responsável pelo registro de armas 
de uso restrito.
Gabarito: Correta
SINARM- Registra armas de fogo de uso permitido, no âmbito da Polícia Federal.
SIGMA- armas de fogo de uso restrito, competência do Comando do Exército.
GRAVAÇÃO e ESCUTA AMBIENTAL
Lei 12850/13. Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos em
lei, os seguintes meios de obtenção da prova:
II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ouacústicos;
• Captação de conversa alheia realizada em local público:
• Captação de conversa alheia realizada em local público, porém com natureza sigilosa expressamente declarada pelos
interlocutores:
Art. 5º, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas,
salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal;
• Captação de conversa alheia realizada em local privado:
Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso
de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
33. 2017. IBADE. PC-AC. Auxiliar de Necropsia
Euclênio, jornalista, teve seu telefone interceptado para que fosse descoberta a fonte de uma reportagem, uma vez que alguém
repassara informações a ele para uma matéria sobre corrupção no poder público. A polícia civil, ao elaborar a representação pela
receptação telefônica sustentou que a fonte do jornalista participara de um esquema de desvio de verbas públicas e sua
identificação seria imprescindível para o sucesso da investigação. Nesse contexto, é correto afirmar que:
a) em que pese o sigilo da fonte ser um direito fundamental, a interceptação telefônica é legal, mesmo que o jornalista não
tenha participado do crime.
b) a interceptação telefônica é ilegal porquanto o jornalista não tenha participação no crime e a CRFB/88 estabeleça o sigilo da
fonte como direito individual.
c) a interceptação telefônica é legal, mesmo que o jornalista não tenha participado do crime, devendo ser considerado que o
sigilo da fonte não foi arrolado entre os direitos fundamentais.
d)considera-se a interceptação telefônica ilegal, tendo em vista que o jornalista não participou do crime, contudo não há
previsão constitucional ao sigilo da fonte.
e) o jornalista não poderia ser interceptado em hipótese alguma, pois a CRFB/88 lhe garante a cláusula de reserva absoluta.
Gabarito: B
Art. 5º, XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício
profissional;
• É válida a gravação clandestina (ambiental ou telefônica) sem autorização judicial?
Como gravação meramente clandestina, que se não confunde com interceptação, objeto de vedação constitucional, é lícita a
prova consistente no teor de gravação de conversa telefônica realizada por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, se
não há causa legal específica de sigilo nem de reserva da conversação, sobretudo quando se predestine a fazer prova, em juízo ou
inquérito, a favor de quem a gravou. (RE 402717, Relator: Min. CEZAR PELUSO, Segunda Turma, julgado em 02/12/2008)
• É válida gravação clandestina de uma confissão de suspeito que não foi alertado do direito constitucional de permanecer em
silêncio?
III. Gravação clandestina de "conversa informal" do indiciado com policiais. 3. Ilicitude decorrente - quando não da evidência de
estar o suspeito, na ocasião, ilegalmente preso ou da falta de prova idônea do seu assentimento à gravação ambiental – de
constituir, dita "conversa informal", modalidade de "interrogatório" sub- reptício, o qual - além de realizar-se sem as formalidades
legais do interrogatório no inquérito policial (C.Pr.Pen., art. 6º, V) -, se faz sem que o indiciado seja advertido do seu direito ao
silêncio. 4. O privilégio contra a auto-incriminação - nemo tenetur se detegere -, erigido em garantia fundamental pela
Constituição - além da inconstitucionalidade superveniente da parte final do art. 186 C.Pr.Pen. - importoucompelir o inquiridor, na
polícia ou em juízo, ao dever de advertir o interrogado do seu direito ao silêncio: a falta da advertência - e da sua documentação
formal - faz ilícita a prova que, contra si mesmo, forneça o indiciado ou acusado no interrogatório formal e, com mais razão, em
"conversa informal" gravada, clandestinamente ou não. (HC 80949, Relator: Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Primeira Turma, julgado
em 30/10/2001).
34. 2019. CESPE. TJ-SC. Juiz Substituto.
No que tange a interceptação das comunicações telefônicas e a disposições relativas a esse meio de prova, previstas na Lei n.º 
9.296/1996, assinale a opção correta.
a)A referida medida poderá ser determinada no curso da investigação criminal ou da instrução processual destinada à apuração 
de infração penal punida, ao menos, com pena de detenção.
b) A existência de outros meios para obtenção da prova não impedirá o deferimento da referida medida.
c) O deferimento da referida medida exige a clara descrição do objeto da investigação, com indicação e qualificação dos
investigados, salvo impossibilidade manifesta justificada.
d)A utilização de prova obtida a partir da referida medida para fins de investigação de fato delituoso diverso imputado a terceiro 
não é admitida.
e) A decisão judicial autorizadora da referida medida não poderá exceder o prazo máximo de quinze dias, prorrogável uma única
vez pelo mesmo período.
Gabarito: C
Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses:
Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita com clareza a situação objeto da investigação, inclusive com a indicação
e qualificação dos investigados, salvo impossibilidade manifesta, devidamente justificada.
35. 2017. CESPE. TRT - 7ª Região. Analista Judiciário - Contabilidade
Embora a CF preveja a inviolabilidade das comunicações telefônicas, é admitida a interceptação das comunicações telefônicas, na
forma da lei, para fins de investigação criminal ou
a)instrução processual penal, mediante autorização judicial, por determinação de comissão parlamentar de inquérito 
regularmente instaurada, ou investigação de ato de improbidade administrativa, por determinação do Ministério Público.
b) instrução processual penal, mediante autorização judicial.
c) instrução processual penal, mediante autorização judicial, ou por determinação de comissão parlamentar de inquérito
regularmente instaurada.
d)instrução processual penal, mediante autorização judicial, ou investigação de ato de improbidade administrativa, por 
determinação do Ministério Público.
Gabarito: B
36. 2018. CESPE. SEFAZ-RS. Assistente Administrativo Fazendário.
Nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal, a quebra do
sigilo de comunicações telefônicas pode ser determinada
a) pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público.
b) pelo Poder Judiciário, somente.
c) por autoridade policial e pelo Ministério Público.
d) pela fiscalização tributária, somente.
e) pelo Ministério Público, somente.
Gabarito: B
REQUISITOS
Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para prova em investigação criminal e
em instrução processual penal, observará o disposto nesta Lei e dependerá de ordem do juiz competente da ação
principal, sob segredo de justiça.
Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica-se à interceptação do fluxo de comunicações em sistemas de informática e
telemática.
1. Ordem judicial fundamentada do juiz competente
• Teoria do JuízoAparente
(...) 3. Não induz à ilicitude da prova resultante da interceptação telefônica que a autorização provenha de Juiz Federal -
aparentemente competente, à vista do objeto das investigações policiais em curso, ao tempo da decisão - que, posteriormente, se
haja declarado incompetente , à vista do andamento delas. (HC 81260, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, julgado em
14/11/2001).
37. 2018. CESPE. Polícia Federal. Delegado de Polícia Federal.
Com referência à interceptação de comunicação telefônica, ao crime de tráfico ilícito de entorpecentes, ao crime de lavagem de
capitais e a crimes cibernéticos, julgue o seguinte item.
A interceptação da comunicação telefônica poderá ser realizada de ofício pela autoridade policial desde que o IP tenha como
objetivo investigar crime hediondo, organização criminosa ou tráfico ilícito de entorpecentes.
Gabarito: Errado
38. 2018. NUCEPE. PC-PI. Delegado de Polícia Civil.
Sabe-se que a interceptação de comunicações telefônicas é, atualmente, prova bastante utilizada em investigação criminal,
inclusive, para a própria instrução processual penal. Sobre o tema, marque a alternativa CORRETA.
a)A ordem da interceptação de comunicações telefônicas depende da ordem da autoridade policial e, em seguida, para instrução 
processual, submete ao juiz competente para validação.
b) A interceptação de comunicações telefônicas tem, mesmo que seja possível outros meios disponíveis, o objetivo de corroborar
com os demais meios de prova.
c) Não é permitida a interceptação de comunicações telefônicas quando não houver indícios razoáveis da autoria ou participação
em infração penal.
d) É permitida a interceptação de comunicações telefônicas quando o fato investigado constituir infração penal punida com pena
de detenção
e) Mesmo que estejam presentes os pressupostos que autorizam a interceptação de comunicações telefônicas, é inadmissível
que o pedido seja formulado verbalmente, nem que seja excepcionalmente.
Gabarito: C

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