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COISA JULGADA EM MATÉRIA PENAL


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COISA JULGADA EM MATÉRIA PENAL
INTRODUÇÃO
 
Há momentos em que a lide, deve ser solucionada de forma definitiva, não havendo a possibilidade jurídica de ser novamente proposta à consideração de qualquer juiz. Nesse instante, a decisão não deverá ser mudada. Então, passa-se a dizer que a coisa, ou melhor, a causa está julgada. Forma-se, assim, a res iudicata est, ou seja, a coisa julgada.
Sendo este um tema importante no meio jurídico, e principalmente em se tratando de matéria penal, passaremos a expor alguns tópicos sobre a Coisa Julgada e seu reflexo no âmbito processual penal.
CONCEITO
A Coisa Julgada é naturalmente, uma qualidade dos efeitos da decisão final, marcada pela imutabilidade e irrecorribilidade, à qual, visa à paz social, necessitando de aplicar e assegurar a ordem jurídica estabelecida pelas leis do Estado, sempre como instrumento de garantia do indivíduo. 
Sendo encarada como uma garantia individual Constitucional, descrita no Art. 5º da CF, Inc.XXXVI, que reza: “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”, ela visa preservar o princípio do “ne bis in idem”, e resguardar o cidadão que não seja condenado por duas vezes sobre o mesmo fato. 
Nas palavras do escritor, Aury Lopes Junior, a Coisa Julgada atua em uma outra dimensão, que é com relação ao processo penal, visto a imutabilidade das decisões e preclusões. O autor também afirma que a preocupação com a coisa julgada se dá em torno do réu, o qual poderá ocorrer a relativização da coisa julgada em sede de revisão criminal, tão somente a seu favor.