Aran Antas

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CURSO SUPERIOR DE TecnoLogia em Segurança Pública 
ARAN ANTAS CORDEIRO – RA: 25861265
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL
Desenvolvimento Social e os Moradores de Rua
São José de Princesa - PB
2020
ARAN ANTAS CORDEIRO – RA: 25861265
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL
Desenvolvimento Social e os Moradores de Rua
Trabalho Interdisciplinar apresentado à Universidade Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Comportamento Organizacional, Gestão de Projetos, Homem, Cultura e Sociedade, Empreendedorismo e Responsabilidade Social e Ambiental.
Professores: Ana Céli Pavão, Natalia Martinêz Ambrogi Woitas, Maria E.Pacheco, Ewerton Cangussu e Maurilio Cristino Batista Bergamo.
Tutora: Camila Souza Hisasi Lot
São José de Princesa - PB
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	4
2.1 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL	4
2.2 GESTÃO DE PROJETOS	4
2.3 HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE	 5
2.4 EMPREENDEDORISMO 6
2.4 RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL	7
2.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS	8
3 CONCLUSÃO	9
4 REFERÊNCIAS 10
INTRODUÇÃO
De acordo com o relatório do primeiro Encontro Nacional Sobre População em Situação de Rua, organizado e realizado em 2005 pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome por meio da Secretaria Nacional de Assistência Social, a caracterização da população em situação de rua ficou definida como: grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelido a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por contingência temporária ou de forma permanente.
É evidente que a população denominada “moradores de rua” está multiplicando-se com o passar dos anos. Muitos são os motivos para isso, globalização, desigualdade social, falta de emprego, crise financeiro e entre outros. Essa é uma situação que infelizmente na maioria das vezes é herdada para os filhos e netos, fazendo assim um esquema de multiplicação dos casos.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, os municípios brasileiros que possuem mais moradores em situação de rua são: Rio de Janeiro (4.585), Salvador (3.289), Curitiba (2.776), Brasília (1.734), Fortaleza (1.701), São José dos Campos (1.633), Campinas (1.027), Santos (713), Nova Iguaçu (649), Juiz de Fora (607) e Goiânia (563).
O presente trabalho tem por finalidade desenvolver um empreendimento social com base na reciclagem rendo por objetivo resgatar pessoas que moram na rua e inseri-los na sociedade, sanando todos os problemas que vier pela frente que sejam contrários ao projeto. Com a finalidade de enriquecer o material, serão apresentados dados e informações relevantes ao tempo.
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DESENVOLVIMENTO
2.1 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Para o sociólogo francês Philippe Zarifian, competência é "tomar a iniciativa e assumir a responsabilidade diante das situações profissionais com as quais nos deparamos. Consiste em um entendimento prático de situações, que se apoia em conhecimentos adquiridos e os transforma à medida que aumenta a diversidade de situações". O conhecimento, a habilidade e a atitude são os três pilares básicos da competência, eles não são exclusivos, porém são os mais importantes. O conhecimento é saber/dominar um determinado tema, ele é adquirido no decorrer da trajetória, seja por crença, valores ou aprendizado. A habilidade por sua vez é a materialização do conhecimento, é quando colocamos em prática aquilo que foi aprendido anteriormente. E atitude é a iniciativa, é o passo inicial, é fazer algo mesmo antes de ser solicitado, é ser proativo.
As competências técnicas são aquelas que o colaborador adquire por meio de treinamentos, cursos, palestras, experiências em outras organizações e etc. Elas irão ajudar o profissional a ter um melhor desempenho nas atividades que desempenha na empresa. Já as competências comportamentais, o próprio nome já diz: são aquelas relacionadas ao comportamento do colaborador. Elas são adquiridas e desenvolvidas ao longo do tempo a partir de experiências vivenciadas pelo profissional.
No caso em estudo as esposas dos funcionários públicos terão que dispor de muito conhecimento e habilidade, o primeiro para entender o ramo da reciclagem, o que precisa para a abertura da empresa, como capacitar os selecionados e também entender sobre administração, liderança e gestão de pessoas, e o segundo porque precisarão transformar todo conhecimento em matéria prima, assim como terão que escolher os melhores profissionais, saber ensinar a cada um a sua função e não reter o conhecimento.
2.2 GESTÃO DE PROJETOS
Um dos maiores desafios do gerente de projetos é coordenar a equipe de projetos em direção ao sucesso, garantindo a conclusão do projeto dentro do prazo estabelecido e com os recursos previstos. Se a equipe não estiver trabalhando em harmonia, o resultado final pode ser desagradável a todos. Desenvolver a equipe do projeto é considerado um processo de melhoria de competências, interação e ambiente global da equipe para aprimorar o desempenho do projeto. Os gerentes de projetos devem adquirir habilidades para identificar, construir, manter, motivar liderar e inspirar as equipes de projetos a alcançar um alto desempenho da equipe e cumprir os objetivos do projeto. 
	No caso em estudo, o desenvolvimento da equipe é de suma importância, uma vez que para o trabalho fluir como deve a equipe deve está empenhada e cada qual cumprindo as suas atribuições. O primeiro passo para o sucesso é ter um líder que seja capaz de envolver a tropa, que seja simples em suas palavras e tudo que ele repassar seja de fácil entendimento. Após achar o gestor perfeito para a missão o segundo passo é designar cada funcionário na área que ele atue melhor, dando assim o seu máximo visando o objetivo final. Tendo uma equipe motivada e um líder eficaz os problemas do cotidiano serão facilmente resolvidos através do dialogo e a equipe poderá está sempre motivada, uma vez que o verdadeiro gestor vai está sempre em contato com seus subordinados, sanando todo e qualquer conflito, ouvindo e fazendo com que cada um dos seus colaboradores se sintam parte do todo.
	O gerente de projetos deve buscar um nível cada vez maior de capacidade de liderar os colaboradores, que podem ser subordinados diretamente a ele ou apenas colegas cross-funcionais que estão colaborando com o desenvolvimento do projeto, trazendo uma competição natural das suas atividades regulares contra as atividades do projeto. 
2.3 HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE
Segundo Max Weber, a ação social seria, portanto, qualquer ação que possuísse um sentido e uma finalidade determinados por seu autor. Em outras palavras, uma ação social constitui-se como ação a partir da intenção de seu autor em relação à resposta que deseja de seu interlocutor. Weber estava mais preocupado com aspectos mais próximos ao indivíduo justamente por acreditar que não era apenas a estrutura das instituições ou a situação econômica do sujeito que motivaria suas ações.
	No caso em estudo podemos destacar três pontos fundamentais à luz da teoria weberiana: 1) João, como guarda municipal, estava tendo dificuldade em seu serviço devido aos índices de ocorrências envolvendo moradores de rua, e buscava alguma forma de saná-las; 2) João, como indivíduo, estava solidarizado com a situação precária em que os moradores de rua viviam e sentia-se impotente por não poder ajudar, até que ele pensou juntamente com seus colegas sobre a criação da empresa de reciclagem; 3) As esposas e voluntárias por sua vez, também como indivíduos solidarizados, abraçaram a ideia de ajudar ao próximo na forma como os seus maridos imaginaram. 
	No breve relato do caso-problema, os moradores de rua estavam apenas tentando viver, procurando alimentos e buscando uma moradia nos ambientes públicos.Os guardas municipais por sua vez estavam representando o estado numa função mais severa e sem compaixão. Nota-se que a desigualdade no relato era extrema e que não haveria nenhuma forma de mudança e melhoria, mas com o projeto da fábrica de reciclagem os moradores de rua poderiam trabalhar e com os lucros da empresa eles buscariam ter uma vida digna. 
2.4 EMPREENDEDORISMO
O Plano de negócios é um documento de planejamento que irá descrever seu negócio, os objetivos dele e os passos que devem ser dados para alcançá-los. Nele, é possível demonstrar a viabilidade do seu empreendimento sob diversos pontos de vista – estratégico, mercadológico, operacional e financeiro, por exemplo. Basicamente, o seu Plano de Negócio é o mapa no qual os caminhos a serem percorridos para que sua empresa dê certo esteja representados.
	O plano de negócios é o passo inicial para ter um empreendimento de sucesso. Ele apresenta um escopo de como a empresa vai funcionar dentro da lógica do mercado, das questões técnicas necessárias para o funcionamento, do investimento e projeção de retorno financeiro. Esse plano irá ajudar a empresa caso busque um financiamento, organização e alinhamento dos sócios, e para elaboração de simulação de cenários favoráveis e não favoráveis. As partes componentes são: o sumário executivo, a análise do mercado, o plano de marketing e o plano operacional e financeiro. 
	O empreendedorismo é um caminho fantástico capaz de transformar a realidade de cidades e países. Não há forma melhor do que melhorar o cotidiano de um local que criar novos negócios, gerar empregos e atender às demandas das pessoas que vivem ali. O empreendedorismo social busca resgatar as pessoas de situações de risco social e promover a melhoria de sua condição de vida na sociedade, por meio da geração de capital social, inclusão e emancipação social. Uma das características do empreendedorismo social é que ele é não se confunde com filantropia, embora nos dois casos haja impacto positivo na sociedade. A distinção acontece porque empreendimentos sociais são, de fato, empresas que procuram ser autossustentáveis e competem no mercado em busca de lucro — ou, ao menos, de fechar as contas no verde no fim do mês. Depende da filosofia do empreendedor. 
2.5 RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
Com a utilização de mão de obra de pessoas em situação de vulnerabilidade garante-se que essas pessoas estejam ocupadas em uma atividade lícita e que com a volta ao mercado de trabalho essas pessoas sejam incluídas nas sociedades. Com o passar do tempo elas podem ser realocadas, irem ganhando cargos mais altos e indo até para outras empresas e diversos setores da economia.
	Inicialmente os moradores seriam seletores, operador de máquinas e serviços gerais, seriam os cargos iniciais. Com o decorrer do tempo e após ganhar experiência e fazer cursos, alguns seriam promovidos a chefe de setor, fiscalização, motorista e gerentes de logística. 
	Os mais esforçados e prodígios seriam capacitados em cursos externos e seriam usados para capacitar os colaboradores e futuramente eles seriam tutores de cursos profissionalizantes para novos ingressos. Com alguns anos a empresa se auto manteria, e seria sua própria fonte de capacitação. 
	E por fim, os benefícios sociais e ambientais seriam enormes, uma vez que pessoas de rua e em situação de vulnerabilidade seriam realocadas, abrigadas e teriam uma vaga de emprego e uma porta para inserção na sociedade. A reciclagem tiraria vários produtos da rua e faria com que materiais recicláveis deixassem de ser lixo e voltasse a serem objetos úteis à sociedade.
CONCLUSÃO
O número de famílias que vivem em situação de vulnerabilidade e de rua é alarmante, sabe-se que quase 1% da população brasileira mora na rua. Isso indica que as medidas aplicadas pelo governo não estão sendo 100% eficaz, pois por vezes o Estado usa seu poder para punir e reprimir e esquecer-se de estender a mão para ajudar. A sociedade tem tentando por conta própria ajudar essas pessoas, seja com ONGs ou empreendimento social, mas a taxa de retorno é muita alta e preocupante.
Historicamente, os trabalhos das Organizações Não Governamentais – ONGs e das instituições religiosas vêm se destacando, na medida em que as políticas públicas têm se mostrado ineficaz. Esses grupos de pessoas que atuam distribuindo alimentos, roupas e cobertores que são arrecadados por campanha e doações permanentes, além de providenciarem moradias temporárias, especialmente na época fria.
O trabalho das ONGs e dos voluntários são no sentido de ajudar temporariamente aqueles que necessitam, mas não atacam diretamente a causa dessas pessoas estarem precisando, funciona como um paliativo.
Portanto, vale destacar que o desinteresse do Estado pelos moradores de rua e pessoas em estado de vulnerabilidade social influencia diretamente no comportamento da sociedade, pois essas pessoas são tratadas como de forma penosa, e por vezes são agredidos e até mortos. É preciso que hajam políticas humanizadas que visem tirar essas pessoas da rua partindo do princípio de que essas pessoas precisam trabalhar e se sentir parte de algo, e mais importante, a educação é a chave para iniciar todo e qualquer projeto voltado à área.
REFERÊNCIAS
DELBONO, Benedita de Fátima. Responsabilidade social e ambiental. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
Normas ABNT – Regras para TCC e monografia. Disponível em: https://biblioteca-virtual.com/menu/normalizacao. Acesso em: 27 de Abril de 2020.
ADMINISTRADORES – Você sabe o que é competência?. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/voce-sabe-o-que-e-competencia. Acesso em: 27 de Abril de 2020.
MSF – Moradores de rua: muito trabalho e pouca cidadania. Disponível em: https://www.msf.org.br/noticias/moradores-de-rua-muito-trabalho-pouca-cidadania. Acesso em: 27 de Abril de 2020.