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Políticas públicas e educação - todos slides

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POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO
WEBCONFERÊNCIA I
Nome do(a) professor(a) Charles Martins
Educação e direitos 
humanos 
• EDUCAÇÃO COMO DIREITO
• DIREITO À EDUCAÇÃO
• DIREITO À CIDADANIA
• DIREITO DE SER PESSOA
Onde estão
os teus
direitos?
Educação brasileira: avanços e desafios 
Educação básica
• [...] a educação, direito de todos e dever 
do Estado e da família, será promovida e 
incentivada com a colaboração da 
sociedade, visando o pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo 
para o exercício da cidadania e sua 
qualificação
• Diante dessa afirmação de que a 
educação é um direito de todo cidadão e 
dever do Estado, da sociedade e da 
família, a educação, em particular a 
educação escolar, torna-se peça 
fundamental no desenvolvimento 
humano. para o trabalho (BRASIL, 1988, 
p. 195).
Escola?
Analfabetismo
• A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgada em 2014,
confirma a tendência de queda das taxas de analfabetismo: em 2013, o
Brasil tinha cerca de 13 milhões de analfabetos na faixa etária de pessoas
acima de 15 anos, ou seja, 8,3% da população total do país
Escola versus 
trabalho
Índice de 
desenvolvimento 
humano (IDH)
• Nas últimas décadas, o Brasil também registrou 
avanços significativos nesse quesito. De 1990 a 
2014, houve um crescimento de 24,2% do IDH 
brasileiro. De 2009 a 2014, o país avançou três 
posições no ranking mundial, atingindo a 75a 
posição em 2014. No entanto, o Brasil Políticas 
públicas e educação é superado por países latino-
americanos, como Argentina, Chile, Uruguai, Cuba 
e Venezuela. Os primeiros lugares no ranking 
mundial do IDH são ocupados pela Noruega, 
Austrália e Suíça.
• De acordo com os responsáveis pelo Programa das 
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), os 
avanços registrados no IDH brasileiro devem ser 
creditados às políticas públicas adotadas pelo 
Estado no período. 
Direitos humanos
• Em 1948, a Assembleia Geral da Organização das Nações
Unidas (ONU) aprovou a Declaração Universal dos Direitos
Humanos. Esse documento histórico pode ser considerado
uma espécie de Constituição da nova ordem mundial
surgida após o fim da Segunda Guerra Mundial. Os
Estados-membros da ONU, incluindo o Brasil, declararam
“sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e
no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos dos
homens e das mulheres” (ONU, 1948, p. 1).
ARTIGOS
• Em 30 artigos, a Declaração proclama o direito à 
vida, à liberdade e à igualdade: “Todos os seres 
humanos nascem livres e iguais em dignidade e 
direitos” (p. 2); condena qualquer espécie de 
discriminação, “seja de raça, cor, sexo, idioma, 
religião, opinião política ou de outra natureza, 
origem nacional ou social, riqueza, nascimento, 
ou qualquer outra condição” (p. 2); e defende o 
direito à educação e saúde, justiça, segurança 
pessoal, propriedade, liberdade de pensamento, 
consciência e religião, entre outros direitos.
Conceito
• A expressão “direitos humanos” tem um 
sentido bastante amplo, pois abrange os 
direitos fundamentais da pessoa humana, ou 
seja, o conjunto dos direitos individuais, os 
direitos coletivos (ou sociais) e os direitos 
políticos. Os direitos humanos se baseiam nos 
princípios da liberdade, igualdade e 
solidariedade, que são considerados valores 
universais e que, portanto, devem proteger 
todas as pessoas indistintamente, sem 
qualquer tipo de preconceito, discriminação ou 
segregação.
Os direitos humanos no século 
XXI 
• O mundo contemporâneo é marcado por uma série de 
graves violações aos direitos humanos, o que compromete a 
proteção dos direitos fundamentais (direitos civis, políticos, 
econômicos, sociais, culturais e ambientais) já instituídos 
pela maioria dos países, principalmente os que participam 
de organismos internacionais. como a ONU.
• Todos nós vivemos em uma realidade que parece bem 
distante das leis, declarações e teorias sobre os direitos 
humanos e a cidadania, apesar dos inegáveis avanços 
obtidos desde a Declaração Universal dos Direitos Humanos, 
de 1948.
Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH)
• Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), em dezembro de 2009, o
então presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou as realizações do
governo federal na área, mas também chamou a atenção para os enormes
desafio
• Não haverá paz no Brasil e no mundo enquanto persistirem injustiças,
exclusões, preconceitos e opressão de qualquer tipo. A equidade e o
respeito à diversidade são elementos basilares para que se alcance uma
convivência social solidária e para que os Direitos Humanos não sejam letra
morta da lei (BRASIL, 2010, p. 14). s a serem enfrentados pelo Brasil.
Educação como direito humano
• §1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo
menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será
obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem
como a instrução superior, está baseada no mérito.
• §2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da
personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos
humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos
raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol
da manutenção da paz.
• §3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que
será ministrada a seus filhos (ONU, 1948, p. 6).
BRASIL- PAÍS SIGNATÁRIO
• No caso do Brasil, país-signatário da Declaração em 1948, o processo de
pleno reconhecimento dos direitos humanos ainda está longe de se tornar
realidade, tanto que somente 40 anos depois da realização da histórica
Assembleia Geral da ONU é que a proteção dos direitos humanos se tornou
lei no Brasil, graças à nova Constituição Federal, promulgada em 1988. O
art. 4o do texto constitucional destaca a “prevalência dos direitos
humanos” dentre os princípios que regem as relações internacionais da
República Federativa do Brasil.
• Art. 13 – Decreto n. 591, de 6 de julho de 1992 1. Os Estados Partes do presente Pacto
reconhecem o direito de toda pessoa à educação. Concordam em que a educação deverá visar ao
pleno desenvolvimento da personalidade humana e do sentido de sua dignidade e fortalecer o
respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais. Concordam ainda em que a educação
deverá capacitar todas as pessoas a participar efetivamente de uma sociedade livre, favorecer a
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e entre todos os grupos raciais,
étnicos ou religiosos e promover as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
• 2. Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem que, com o objetivo de assegurar o pleno
exercício desse direito: a) A educação primária deverá ser obrigatória e acessível gratuitamente a
todos; b) A educação secundária em suas diferentes formas, inclusive a educação secundária
técnica e profissional, deverá ser generalizada e se tornar acessível a todos, por todos os meios
apropriados e, principalmente, pela implementação progressiva do ensino gratuito; c) A educação
de nível superior deverá igualmente se tornar acessível a todos, com base na capacidade de cada
um, por todos os meios apropriados e, principalmente, pela implementação progressiva do ensino
gratuito; d) Dever-se-á fomentar e intensificar, na medida do possível, a educação de base para
aquelas pessoas que não receberam educação primária ou não concluíram o ciclo completo de
educação primária; e) Será preciso prosseguir ativamente o desenvolvimento de uma rede escolar
em todos os níveis de ensino, implementar-se um sistema adequado de bolsas de estudo e
melhorar continuamente as condições materiais do corpo docente (BRASIL, 1992, grifos nossos).
O direito à educação na 
Constituição brasileira
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, no seu Art. 2o, 
a educação é um dever de todos. Uma educação básica de 
qualidade que prime pelosprincípios supracitados é direito 
de todo cidadão brasileiro.
• São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o 
trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a 
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição 
(BRASIL,1988).
• Art. 205 – Afirma que a educação é “direito de todos e dever do Estado e da
família”, em colaboração com a sociedade, “visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho”. Art. 206 – Estabelece oito princípios que
devem nortear o ensino no Brasil. São eles:
• 1. Igualdade de condições para acesso e permanência na escola. 2.
Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e
o saber. 3. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino. 4. Gratuidade do
ensino público em estabelecimentos oficiais. 5. Valorização dos
profissionais da educação escolar. 6. Gestão democrática do ensino público,
na forma da lei. 7. Garantia de padrão de qualidade do ensino. 8. Piso
salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar
pública.
Cidadania: dimensões políticas e educacionais
• Lembre-se que a ideia clássica de “cidadania” corresponde à primeira
geração de direitos fundamentais, identificada em termos históricos com o
Liberalismo e o Estado Moderno. Hoje, após sucessivas gerações de
direitos, fala-se em uma “nova cidadania”, ou em uma “cidadania
ampliada”. Essa cidadania seria aquela do cidadão contemporâneo, que
vive em uma época e em um mundo (globalizado/informatizado) cujos
valores são bem diferentes daqueles que existiam, por exemplo, no tempo
da Revolução Industrial Inglesa (século XVIII) ou da Revolução Francesa
(século XVIII).
CIDADANIA
• Lembre-se que a ideia clássica de “cidadania” 
corresponde à primeira geração de direitos 
fundamentais, identificada em termos históricos com 
o Liberalismo e o Estado Moderno. Hoje, após 
sucessivas gerações de direitos, fala-se em uma 
“nova cidadania”, ou em uma “cidadania ampliada”. 
Essa cidadania seria aquela do cidadão 
contemporâneo, que vive em uma época e em um 
mundo (globalizado/informatizado) cujos valores são 
bem diferentes daqueles que existiam, por exemplo, 
no tempo da Revolução Industrial Inglesa (século 
XVIII) ou da Revolução Francesa (século XVIII).
• De uma forma simples, podemos dizer que o termo “cidadania” refere-se à
condição da pessoa (o cidadão) que é investida de direitos e deveres civis,
políticos sociais, conforme a Constituição e as leis do país.
• Cidadania e direitos da cidadania dizem respeito a uma determinada ordem
jurídico-política de um país, de um Estado, no qual uma Constituição define
e garante quem é cidadão, que direitos e deveres ele terá em função de
uma série de variáveis, tais como a idade, o estado civil, a condição de
sanidade física e mental, o fato de estar ou não em dívida com a justiça
penal etc. Os direitos do cidadão e a própria ideia de cidadania não são
universais, no sentido de que eles estão fixos a uma específica e
determinada ordem jurídico-política. Daí, identificamos cidadãos
brasileiros, cidadãos norte-americanos e cidadãos argentinos, e sabemos
que variam os direitos e deveres dos cidadãos de um país para outro
(BENEVIDES, 2016, p. 4).
A cidadania no Brasil 
• Diversos estudiosos brasileiros, entre eles a socióloga Maria Victoria Benevides e
o jurista Fábio Konder Comparato, afirmam que o Brasil ainda é um país de
privilégios e de “cidadãos de papel”.
• Para eles, a raiz do problema está em nossa herança colonial (marcada pela
violência da escravidão), no pensamento político autoritário, na falta de tradição
democrática e na enorme desigualdade social, considerada uma das maiores do
mundo.
• Somos uma sociedade profundamente marcada pelas desigualdades sociais de
toda sorte, e, além disso, somos a sociedade que tem a maior distância entre os
extremos, a base e o topo da pirâmide socioeconômica. Nosso país é campeão na
desigualdade e distribuição de renda. As classes populares são geralmente vistas
como “classes perigosas”. São ameaçadoras pela feiura da miséria, são
ameaçadoras pelo grande número, pelo medo atávico das “massas”. Assim, de
certa maneira, parece necessário às classes dominantes criminalizar as classes
populares associando-as ao banditismo, à violência e à criminalidade”
(BENEVIDES, 2016, p. 2, grifos do original
Educação, direitos humanos e cidadania 
• Na década de 1990, foram criados o Programa Nacional de Direitos
Humanos (PNDH), sob a responsabilidade da Presidência da República, e a
Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos (RBEDH), instituição
independente formada por diversas entidades e Organizações Não
Governamentais (ONGs), entre outras iniciativas semelhantes.
• Três dimensões são indispensáveis e interdependentes para o
desenvolvimento da educação em direitos humanos e para a cidadania
democrática:
1. A dimensão intelectual e a informação
2. A dimensão ética
3. A dimensão política 
Diretrizes e bases da educação nacional
• A verdade é que, a partir da Constituição Federal de 1988, o país mudou
muito em termos econômicos, políticos e sociais, assim como o sistema de
ensino como um todo (público e privado), a começar pela mudança da
legislação que regulamenta a educação nacional e o sistema educacional
vigente no país.
• A Lei n. 9.394, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
foi aprovada durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso,
em 20 de dezembro de 1996, após uma longa tramitação no Congresso
Nacional, iniciada em 1988 – data de promulgação da nova Constituição
Federal.
• Portanto, a LDB atual não é simplesmente uma lei ordinária, mas sim um
conjunto de leis que rege o sistema educacional em vigor no país.
Educação Escolar
• Educação escolar, e não sobre a educação em geral. Isso é explicado no
próprio texto da lei: Art. 1o – A educação abrange os processos formativos
que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho,
nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. § 1o – Esta
Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente,
por meio do ensino, em instituições próprias. § 2o – A educação escolar
deverá se vincular ao mundo do trabalho e à prática social (BRASIL, 1996).
LDB/1996
• A partir da LDB, a educação escolar no Brasil passou a ser estruturada em
dois níveis:
• 1. Educação básica – formada por três etapas: educação infantil (creche e
pré-escola), ensino fundamental e ensino médio (normal e técnico-
profissional).
• 2. Educação superior – formada pelo ensino universitário, por áreas de
conhecimento e pela educação profissional e tecnológica, bem como pela
pós-graduação e pelos cursos de extensão.
Os princípios que devem nortear o ensino no Brasil: 
• O art. 3o estabelece os princípios que devem nortear o ensino no Brasil:
Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; Liberdade
de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e
o saber; Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; Respeito à
liberdade e apreço à tolerância; Coexistência de instituições públicas e
privadas de ensino; Gratuidade do ensino público em estabelecimentos
oficiais; Valorização do profissional da educação escolar; Gestão
democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino; Garantia de padrão de qualidade; Valorização da
experiência extraescolar; Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e
as práticas sociais. Consideração com a diversidade étnico-racial (BRASIL,
1996, grifos nossos).
O direito à Educação e os 
deveres do Estado
• A Lei n. 12.796, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em 2013 e incluída 
no texto da LDB, aumentou significativamente a responsabilidade do Estado (e 
também dos pais)com a educação. Essa lei diz que o Estado brasileiro tem o 
dever de garantir educação básica obrigatória e gratuita a todas as crianças e 
jovens, dos 4 aos 17 anos de idade, ou seja, da pré-escola até a conclusão do 
ensino médio. 
• Art. 4o – O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado 
mediante a garantia de: I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 
(quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: a) 
pré-escola; b) ensino fundamental; c) ensino médio; II – educação infantil 
gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade.
• O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo 
qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização 
sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o 
Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo (BRASIL, 1996, grifo 
nosso). 
OMISSÃO É CRIME
• A autoridade pública competente estará sujeita a 
responder por crime de responsabilidade, caso 
fique comprovada sua omissão ou negligência no 
cumprimento de seus deveres com relação ao 
ensino público.
• Atualmente, muitos municípios estão sendo 
forçados pela Justiça, mediante ações populares 
impetradas junto ao Ministério Público, a oferecer 
educação infantil e fundamental para todas as 
crianças, incluindo merenda escolar e transporte. 
Para evitar o desvio de verbas e recursos federais 
destinados à educação básica, o governo federal 
aumentou a fiscalização sobre as prefeituras. 
PÚBLICO X PRIVADO
• O art. 7o explicita o princípio da coexistência de instituições públicas e
privadas de ensino, estabelecido no art. 3o, nos seguintes termos: O ensino
é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: I –
cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo
sistema de ensino; II – autorização de funcionamento e avaliação de
qualidade pelo Poder Público; III – capacidade de autofinanciamento,
ressalvado o previsto no art. 213 da Constituição Federal (BRASIL, 1996)
POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO
WEBCONFERÊNCIA II
Nome do(a) professor(a) Charles Martins
Unidade 2
• Unidade 2 Sistema educacional brasileiro ....................................35
• Diretrizes e bases da educação nacional ......................................37
• Níveis escolares ............................................................................38
• Princípios e fins da educação escolar ............................................39 
• O direito à Educação e os deveres do Estado .................................41
• Organização do sistema de ensino ................................................44
• Competências da União .................................................................45 
• Competências dos estados .............................................................46 
• Competências dos municípios ........................................................47
• Gestão democrática .......................................................................47 
• Sistema federal de ensino ...............................................................48
• Sistema estadual de ensino ............................................................48 
• Sistema municipal de ensino ...........................................................48 
• Ensino privado .................................................................................49 
• Modalidades de educação e ensino ................................................49
• Educação básica ..............................................................................50
• Conteúdos curriculares ..........................................................................51
• Educação infantil ...................................................................................54
• Ensino fundamental ..............................................................................55
• Ensino médio .........................................................................................56 
• Educação profissional técnica de nível médio ........................................57
• Educação de Jovens e Adultos (EJA) ......................................................58 
• Educação profissional e tecnológica ......................................................59
• Educação superior.................................................................................59
• Educação especial ................................................................................63 
• Construindo um sistema nacional de educação....................................64
• Plano Nacional de Educação (PNE) – 2014 ..........................................65 
• Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – 2016 .................................66 
• Rumo a um Sistema Nacional de Educação ..........................................67
Sistema educacional brasileiro
• Apresentar a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (LDB – Lei n. 9.394/96) de 
forma sistemática, incluindo as alterações 
introduzidas nas últimas décadas. Analisar a 
organização do sistema de ensino brasileiro, 
com destaque para o papel desempenhado 
pela União, pelos estados e pelos municípios 
na gestão desse sistema complexo. Expor as 
modalidades de educação e ensino existentes 
no país, analisando a legislação relativa a 
cada uma dessas variantes, especialmente a 
educação básica. Contribuir para a formação 
do estudante enquanto pessoa humana e 
cidadão, investido de direitos e deveres
1 – Diretrizes e bases da educação nacional Vamos iniciar esta unidade
apresentando os princípios e as normas legais que regem a educação brasileira
atual. Nossa referência principal será a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), de 1996 – orientada pelos princípios, diretrizes e normas
estabelecidos na Constituição de 1988; portanto, o seu estudo é muito
importante para que possamos compreender o restante da legislação educacional
brasileira.
2 – Organização do sistema de ensino Você sabia que o Brasil não tem um sistema
único de ensino, tal como a saúde, o emprego e o setor financeiro? O nosso
sistema educacional é descentralizado, por conta da Constituição Federal e do
sistema federativo de organização político-administrativa do país. Basta lembrar
que temos escolas públicas federais, estaduais e municipais. Neste tema, nosso
propósito é explicar a organização e o funcionamento desse sistema educacional.
• 3 – Modalidades de educação e ensino Este é o tema mais abrangente e extenso
desta unidade. Vamos analisar as diversas modalidades de ensino existentes no
país (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, educação superior,
educação profissional e técnica de nível médio, educação de jovens e adultos,
educação profissional e tecnológica, ensino superior e educação profissional) do
ponto de vista da legislação, especialmente a LDB.
• 4 – Construindo um sistema nacional de educação No último tema desta
unidade, vamos destacar duas medidas recentes muito importantes para a
educação brasileira: o Plano Nacional de Educação, aprovado pelo Congresso
Nacional em 2014, e a Base Nacional Comum Curricular, divulgada em 2016.
Ambas devem contribuir para a construção de um sistema nacional de educação
integrado e para a melhoria da qualidade do ensino.
Diretrizes e bases 
da educação 
nacional
• A situação da educação escolar no Brasil
atualmente é bem diferente daquela
que existia poucas décadas atrás. Você
já deve ter percebido isso em conversas
com seus pais, tios e outros familiares.
A verdade é que, a partir da
Constituição Federal de 1988, o país
mudou muito em termos econômicos,
políticos e sociais, assim como o
sistema de ensino como um todo
(público e privado), a começar pela
mudança da legislação que regulamenta
a educação nacional e o sistema
educacional vigente no país.
FHC- LDB/96
• A Lei n. 9.394, que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional, foi aprovada
durante o governo do presidente Fernando
Henrique Cardoso,em 20 de dezembro de
1996, após uma longa tramitação no
Congresso Nacional, iniciada em 1988 – data
de promulgação da nova Constituição
Federal.
Níveis escolares
• Níveis escolares A principal novidade da LDB é a 
ampliação da chamada “educação básica”, já 
prevista na Constituição. Nas décadas de 1970 e 
1980, havia três níveis de ensino: 
• 1. Primeiro grau (educação primária e ginásio). 
2. Segundo grau (colégio). 
• 3. Ensino superior (faculdade).
LDB
• A partir da LDB, a educação escolar no 
Brasil passou a ser estruturada em dois 
níveis: 1. Educação básica – formada 
por três etapas: educação infantil 
(creche e pré-escola), ensino 
fundamental e ensino médio (normal e 
técnico-profissional). 2. Educação 
superior – formada pelo ensino 
universitário, por áreas de 
conhecimento e pela educação 
profissional e tecnológica, bem como 
pela pós-graduação e pelos cursos de 
extensão.
Princípios e fins da educação escolar
• O art. 3o estabelece os princípios que devem nortear o ensino no Brasil: Igualdade de 
condições para o acesso e permanência na escola; Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar 
e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; Pluralismo de ideias e de concepções 
pedagógicas; Respeito à liberdade e apreço à tolerância; Coexistência de instituições 
públicas e privadas de ensino; Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
Valorização do profissional da educação escolar; Gestão democrática do ensino público, na 
forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; Garantia de padrão de qualidade; 
Valorização da experiência extraescolar; Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e 
as práticas sociais. Consideração com a diversidade étnico-racial (BRASIL, 1996).
O direito à 
Educação e os 
deveres do 
Estado.
• A Lei n. 12.796, sancionada pela 
presidente Dilma Rousseff em 2013 e 
incluída no texto da LDB, aumentou 
significativamente a responsabilidade 
do Estado (e também dos pais) com a 
educação. Essa lei diz que o Estado 
brasileiro tem o dever de garantir 
educação básica obrigatória e gratuita a 
todas as crianças e jovens, dos 4 aos 17 
anos de idade, ou seja, da pré-escola 
até a conclusão do ensino médio.
Organização do 
sistema de 
ensino
• Em total sintonia com os dispositivos constitucionais, o 
art. 8o da LDB reafirma que “a União, os estados, o 
Distrito Federal e os municípios organizarão, em regime 
de colaboração, os respectivos sistemas de ensino” 
(BRASIL, 1996). Os parágrafos desse artigo explicam como 
esse regime de colaboração deve funcionar, de modo 
geral: § 1o Caberá à União a coordenação da política 
nacional de educação, articulando os diferentes níveis e 
sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e 
supletiva em relação às demais instâncias educacionais. §
2o Os sistemas de ensino terão liberdade de organização 
nos termos desta Lei (BRASIL, 1996).
Competências 
da União
• Os arts. 9o , 10o e 11o da LDB definem as 
competências e as tarefas específicas da União, 
dos estados, do Distrito Federal e dos municípios 
para o bom funcionamento do sistema 
federativo de ensino.
O art. 9o da LDB 
afirma que a 
União tem as 
seguintes 
incumbências, 
entre outras:
• Elaborar o Plano Nacional de Educação, com a 
colaboração dos estados, do Distrito Federal e dos 
municípios. Organizar, manter, desenvolver e fiscalizar os 
órgãos e as instituições federais de ensino. Prestar 
assistência técnica e financeira para o desenvolvimento 
dos sistemas de ensino dos estados, do Distrito Federal e 
dos municípios, com atendimento prioritário ao ensino 
obrigatório. Estabelecer, em colaboração com os demais 
membros da Federação, competências e diretrizes 
comuns para a educação básica, que sirvam para nortear 
os currículos e os conteúdos mínimos da educação 
infantil, do ensino fundamental e médio. Realizar 
processo nacional de avaliação do ensino fundamental, 
médio e superior, em colaboração com os sistemas de 
ensino. Definir normas gerais para os cursos 
universitários de graduação e pós-graduação. Na 
estrutura educacional da
Competências 
dos estados
O art. 10 da LDB descreve as atribuições dos estados no 
sistema educacional, entre elas: Organizar, manter, 
desenvolver e fiscalizar os órgãos e as instituições 
estaduais de ensino. Definir formas de colaboração com 
os municípios na oferta do ensino fundamental, 
dividindo responsabilidades de acordo com a população 
a ser atendida e com os recursos financeiros disponíveis.
Elaborar e executar políticas e planos educacionais, de 
acordo com as diretrizes e os planos nacionais de 
educação, de forma integrada e coordenada com os 
municípios.
Competências dos municípios
• O art. 11 da LDB define as atribuições dos municípios no sistema federativo de ensino: 
Organizar, manter, desenvolver e fiscalizar os órgãos e instituições municipais de ensino, de 
forma integrada com as políticas e os planos educacionais federais e estaduais. Exercer ação 
redistributiva das escolas sob sua competência. Aprovar normas complementares para o seu 
sistema de ensino. Assegurar prioridade ao ensino fundamental e oferecer a educação 
infantil em creches e pré-escolas. Assumir o transporte escolar dos alunos da rede 
municipal, de acordo com a Lei n. 10.709, de 2003. Optar pela integração com o sistema 
estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica.
Gestão democrática
• O art. 14 recomenda que os sistemas de ensino definam 
normas para a gestão democrática das escolas públicas 
de educação básica, conforme os seguintes princípios: 
Participação dos docentes na elaboração do projeto 
pedagógico da escola. Participação das comunidades 
escolar e local nos conselhos escolares
Sistema federal 
de ensino
• Sistema federal de ensino De acordo com o art. 
16 da LDB, o sistema federal de ensino 
compreende: I – as instituições de ensino 
mantidas pela União; II – as instituições de 
educação superior criadas e mantidas pela 
iniciativa privada; III – os órgãos federais de 
educação
Sistema 
estadual de 
ensino
• De acordo com o art. 17, os sistemas de ensino 
dos estados e do DF compreendem: As 
instituições de ensino mantidas pelos governos 
estadual e distrital, respectivamente. As 
instituições de educação superior mantidas 
pelos municípios. As instituições de ensino 
fundamental e médio criadas e mantidas pela 
iniciativa privada. Os órgãos de educação 
estaduais e do DF, respectivamente
Sistema municipal de ensino
• De acordo com o art. 18, os sistemas municipais de 
ensino compreendem: As instituições de educação básica 
mantidas pelos municípios. As instituições de educação 
infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada. Os 
órgãos municipais de educação.
Ensino privado
• O art. 19 da LDB esclarece que as instituições de ensino 
públicas são aquelas criadas ou incorporadas, mantidas e 
administradas pelo Poder Público; as instituições privadas 
são aquelas mantidas e administradas por pessoas físicas 
(indivíduos) ou jurídicas (empresas) de direito privado.
Educação 
básica
A educação básica é um conceito novo e original em nossa 
legislação, introduzido pela LDB. A finalidade da educação 
básica é explicada no art. 22 da referida lei: A educação 
básica tem por finalidades desenvolver o educando, 
assegurar-lhe a formação comum indispensável para o 
exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir 
no trabalho e em estudos posteriores (BRASIL, 1996).
A carga horária mínima anual será de 800 horas, 
distribuídas por 200 dias, no mínimo, de efetivo trabalho 
escolar. A classificação em qualquer série ou etapa, com 
exceção da 1a série do ensino fundamental, pode ser feita 
por promoção; por transferência, para candidatos de 
outras escolas; e mediante avaliação feita pela escola, que 
permita a inscrição do candidato, sem considerar sua 
escolarização anterior, na série ou na etapa adequada.
Conteúdos 
curriculares
• As normas relativas aos currículos da educação 
básica foramaperfeiçoadas por uma série de 
emendas legislativas introduzidas na LDB durante os 
governos do presidente Lula e da presidenta Dilma 
Rousseff. Conforme redação dada pela Lei n. 12.796, 
de 2013, ao art. 26 da LDB, [...] os currículos da 
educação infantil, do ensino fundamental e do 
ensino médio devem ter base nacional comum, a ser 
complementada, em cada sistema de ensino e em 
cada estabelecimento escolar, por uma parte 
diversificada, exigida pelas características regionais e 
locais da sociedade, da cultura, da economia e dos 
educandos (BRASIL, 1996, grifo nosso).
Os parágrafos do 
art. 26 detalham 
os conteúdos que 
devem constar 
obrigatoriamente 
na grade 
curricular das 
escolas de 
educação básica:
• De modo geral, os currículos devem abranger o 
estudo da língua portuguesa e da matemática, o 
conhecimento do mundo físico e natural e da 
realidade social e política, especialmente do Brasil (§
1o ). Conforme redação dada pela Lei n. 12.287, de 
2010, o ensino da arte, especialmente em suas 
expressões regionais, deve ser ministrado nos 
diversos níveis da educação básica, como incentivo 
ao desenvolvimento cultural dos alunos (§ 2o ). 
Conforme redação dada pela Lei n. 10.793, de 2003, 
a educação física é obrigatória, mas sua prática é 
facultativa ao aluno que esteja trabalhando ou 
prestando serviço militar, que tenha mais de 30 anos 
de idade ou que seja pai de família (§ 3o ). 
• O ensino da história do Brasil destacará as contribuições das diferentes
culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das
matrizes indígena, africana e europeia (§ 4o ). A partir da 5a série do ensino
fundamental, será introduzido o ensino de pelo menos uma língua
estrangeira moderna, escolhida livremente pela comunidade escolar,
dentro das possibilidades da instituição de ensino (§ 5o ). Conforme
redação dada pela Lei n. 13.278, de 2016, as artes visuais, a dança, a
música e o teatro constituirão o componente curricular do ensino da arte (§
6o ). Os currículos do ensino fundamental e médio devem incluir nos
conteúdos obrigatórios os princípios da proteção e defesa civil e da
educação ambiental. Incluído pela Lei n. 12.608, de 2012 (§ 7o ).
• A exibição de filmes nacionais deve ser integrada à proposta pedagógica
das escolas como componente curricular complementar, sendo obrigatória
a exibição por, no mínimo, 2 horas mensais. Incluído pela Lei n. 13.006, de
2014 (§ 8o ). Por diretriz do Estatuto da Criança e do Adolescente, os
conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as formas
de violência contra a criança e o adolescente devem ser incluídos, como
temas transversais, nos currículos das escolas. Incluído pela Lei n. 13.010,
de 2014 (§ 9º)
Educação infantil
• Os artigos da LDB referentes à educação infantil também foram alterados
pela Lei n. 12.796, de 2013. A principal mudança diz respeito à pré-escola,
que agora atende crianças de 4 a 5 anos de idade, e não de 4 a 6 anos.
Lembre-se de que a medida é simplesmente uma regulamentação da
Emenda Constitucional n. 53, de 2006, que introduziu essa mudança na
Constituição
O art. 31 estabelece as regras comuns para a 
organização da educação infantil:
• Avaliação por meio de acompanhamento e registro do desenvolvimento 
das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino 
fundamental. Carga horária mínima anual de 800 horas, distribuída por um 
mínimo de 200 dias de trabalho educacional. Atendimento à criança por 
quatro horas diárias, no mínimo, para o turno parcial, e por sete horas para 
a jornada integral. Controle de frequência pela instituição de educação pré-
-escolar, exigida a frequência mínima de 60% do total de horas. Expedição 
de documentação atestando os processos de desenvolvimento e 
aprendizagem da criança.
Ensino fundamental
• A redação original do art. 32 da LDB foi alterada pela Lei n. 11.274, de 2006,
de modo a incluir a duração de nove anos do ensino fundamental
obrigatório, iniciando-se aos seis anos de idade. De acordo com o art. 32, o
ensino fundamental tem como objetivo a formação básica do cidadão,
mediante: I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como
meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II – a
compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III –
o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e
valores; IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida
social (BRASIL, 1996).
Ensino médio
• O ensino médio, com três anos de duração, é a etapa final da educação
básica, mas sabemos que muitos jovens abandonam a escola, por uma
série de motivos, antes de concluir os estudos. Na tentativa de reverter
essa situação, o ensino médio ganhou o status de ensino obrigatório e
gratuito, junto com a educação infantil e o ensino fundamental.
Educação profissional técnica de nível médio
• A seção IV-A da LDB é dedicada inteiramente à educação profissional
técnica. Essa seção, que não existia no texto original, foi incluída pela Lei n.
11.741, de 2008. A principal novidade é a concepção de um ensino técnico-
-profissional articulado e integrado aos diferentes níveis e modalidades de
educação, incluindo o acesso ao ensino superior, como veremos mais
adiante. Em geral, todas as legislações anteriores trataram a questão de
maneira isolada, com ênfase apenas nas formações profissional e técnica,
sem oferecer soluções para a continuidade dos estudos em nível superior
Educação de Jovens e Adultos (EJA)
• O Art. 37 da LDB afirma que a educação de jovens e adultos, conhecida
pela sigla EJA, é destinada àqueles que não ingressaram na escola na idade
regular ou não deram continuidade aos estudos no ensino fundamental e
médio. O artigo prevê ainda as seguintes medidas: Os sistemas de ensino
deverão assegurar gratuitamente aos interessados oportunidades
educacionais apropriadas e oferecer cursos e exames que levem em conta
as características próprias do aluno – interesses pessoais, condição de vida
e de trabalho etc. (§ 1o ). Cabe ao poder público viabilizar e estimular o
acesso e a permanência do trabalhador na escola, por meio de ações
integradas e complementares (§ 2o ). A educação de jovens e adultos será
articulada, preferencialmente, com a educação profissional (§ 3o ). Essa
medida foi incluída pela Lei n. 11.741, de 2008.
Educação profissional e tecnológica 
• O art. 39 da LDB explica que a educação profissional e tecnológica se
integra aos diferentes níveis escolares e modalidades de educação,
considerando as dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. A
modalidade é constituída de três etapas, abrangendo os cursos de: 1.
Formação inicial e continuada ou qualificação profissional. 2. Educação
profissional técnica de nível médio. 3. Educação profissional tecnológica de
graduação e pós-graduação.
Educação superior
• De acordo com o Art. 43 da LDB, a educação superior tem por finalidades: I –
estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do
pensamento reflexivo; II – formar diplomados nas diferentes áreas de
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua; III – incentivar o trabalho de pesquisa e investigação
científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e
difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do
meio em que vive; IV – promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber por meio do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;
V – suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e
possibilitar a correspondente concretização,integrando os conhecimentos que
vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do
conhecimento de cada geração;
Educação especial
• Educação especial é a modalidade de ensino oferecida para pessoas com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação. O atendimento especializado deve ser feito
preferencialmente na rede regular de ensino. O conceito de educação
especial e a meta de integrar essa modalidade com o ensino regular estão
no art. 58 da LDB, conforme redação dada pela Lei n. 12.796, de 2013.
Educação inclusiva As alterações introduzidas na LDB com a finalidade de
garantir a efetivação do direito constitucional à educação especial, em
todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, inserem-se na Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva,
lançada pelo Ministério da Educação (MEC), em 2008.
Construindo um sistema nacional de educação
Plano Nacional de Educação (PNE) – 2014
• O PNE estabelece as seguintes diretrizes para a próxima década: I –
erradicação do analfabetismo; II – universalização do atendimento escolar;
III – superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção
da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV –
melhoria da qualidade da educação; V – formação para o trabalho e para a
cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a
sociedade; VI – promoção do princípio da gestão democrática da educação
pública; VII – promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do
país; VIII – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em
educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure
atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e
equidade; IX – valorização dos(as) profissionais da educação; X – promoção
dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à
sustentabilidade socioambiental (BRASIL, 2014)
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – 2016
• A BNCC, ao propor uma referência nacional para a formulação de
currículos, constitui-se como unidade na diversidade, reorientando o
trabalho das instituições educacionais e sistemas de ensino em direção a
uma maior articulação. Trata-se, portanto, de referencial importante do
Sistema Nacional de Educação (SNE), responsável pela articulação entre os
sistemas de ensino – da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios – visando a superar a fragmentação das políticas públicas,
fortalecer o regime de colaboração e efetivar as metas e as estratégias do
PNE (BRASIL, 2016a, p. 28).
POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO
WEBCONFERÊNCIA III
PROFESSOR(A): NOME DO PROFESSOR
Política é a ciência da governança de um Estado ou nação e também
uma arte de negociação para compatibilizar interesses. O termo tem
origem no grego politiká, uma derivação de polis que designa aquilo que
é público. O significado de política é muito abrangente e está, em geral,
relacionado com aquilo que diz publicas e educação respeito ao espaço
público. Na ciência política, trata-se da forma de atuação de um governo
em relação a determinados temas sociais e econômicos de interesse
público: política educacional, política de segurança, política salarial,
política habitacional, política ambiental etc. [...] Num significado mais
abrangente, o termo pode ser utilizado como um conjunto de regras ou
normas de uma determinada instituição (POLÍTICA, 2016).
As políticas públicas, em geral, requerem a aplicação de recursos públicos e
podem ter as funções distributiva, redistributiva ou regulatória:
Políticas distributivas – correspondem à função típica do Estado, que é a de
distribuir bens e serviços públicos para toda a sociedade, beneficiando a população
de uma localidade, uma cidade, um estado, uma região ou um país. Os custos são
arcados por todos os cidadãos por meio do pagamento de tributos
(impostos taxas e contribuições) ao Estado.
Políticas redistributivas – a principal finalidade desse tipo de política pública é alocar
recursos, bens ou serviços públicos a grupos específicos da população, para garantir a
efetivação de direitos ou por diversas outras razões. Muitas vezes, as políticas
redistributivas, entre elas as políticas sociais, podem gerar conflitos e pressões contrárias
de setores não beneficiados, pois significam a repartição de custos e benefícios sociais.
Políticas regulatórias – estabelecem conjuntos de leis, regras e normas para disciplinar
determinadas atividades, ações e comportamentos, sejam de natureza conflituosa ou não.
Normalmente, exigem a elaboração de legislações específicas e a ação coercitiva do
Estado para serem cumpridas
Políticas afirmativas
Uma das grandes novidades incorporadas à nossa Lei Maior consiste nas chamadas
políticas públicas afirmativas – uma variação das políticas sociais tradicionais que visam
proteger os grupos sociais mais vulneráveis em nome da igualdade e da justiça social. A
Constituição de 1988 veda qualquer tipo de discriminação, a começar pelo preconceito
racial, e assegura os direitos de crianças e adolescentes, mulheres, idosos, portadores de
deficiência, populações indígenas e quilombolas (descendentes de negros escravizados)
etc.
Políticas públicas 
educacionais
As políticas públicas educacionais, em sentido amplo, são aquelas aplicadas à
educação escolar. Porque educação é algo que vai além do ambiente escolar. Tudo o
que se aprende socialmente – na família, na igreja, na escola, no trabalho, na rua, no
teatro etc. –, resultado do ensino, da observação, da repetição, reprodução,
inculcação, é educação. Porém, a educação só é escolar quando ela for passível de
delimitação por um sistema que é fruto de políticas públicas (TEIXEIRA, 2002, p. 4-5).
Políticas públicas na educação 
brasileira
Políticas educacionais do 
governo FHC
O governo FHC adotou uma política de estabilização econômica, com controle
da inflação, privatização de empresas estatais, atração de investimentos
estrangeiros, elevação da carga tributária, reforma da Administração Pública
Federal e da Previdência Social. Cinco anos se passaram, e em 1o de janeiro
de 1999, FHC inicia seu segundo mandato, depois de derrotar Lula nas urnas
mais uma vez. Porém, nessa gestão, seu governo é abalado por uma grave
crise econômica, com altos índices de desemprego, descontrole das finanças
públicas, desvalorização do real e aumento do endividamento externo do país,
entre outros problemas
Diretrizes da política educacional
O programa Acorda Brasil: Está na Hora da Escola, apresentado por FHC, baseia-se
em cinco pontos:
1. Distribuição de verbas diretamente para as escolas.
2. Melhoria da qualidade dos livros didáticos.
3. Formação de professores por meio da educação a distância.
4. Reforma curricular (estabelecimento de Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN
– e Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN).
5. Avaliação das escolas (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 186).
Em 1997, o Ministério da Educação (MEC) divulgou um documento intitulado “Mobilização Social e
Política pela Educação para Todos”, no qual define cinco metas prioritárias do governo FHC para a
educação brasileira. Leia a seguir o trecho do documento que explicita essas metas: 1a – Garantir
que os recursos do Governo Federal para o ensino fundamental cheguem realmente à escola e não
se desviem na burocracia ou na utilização que não é claramente vinculada ao funcionamento e
melhoria da escola. 2a – Formular um padrão curricular básico. 3a - Melhorar a qualidade do livro
didático, a partir da opinião dos professores, buscando com os estados a implementação do
processo de descentralização da aquisição do livro didático. 4a – Treinar professores, por meio de
sistema de educação a distância, contando com os estados e municípios para manterem a rede de
recepção montada pelo Governo Federal. 5a – Ampliar o Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Básica para abranger os ensinos fundamental e médio(BRASIL, 1997, p. 3).
Principais ações e programas educacionais A seguir, examinaremos as principais
ações, planos e programas educacionais desenvolvidos durante a gestão do
presidente FHC. A ordem de apresentação é a seguinte:
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério (Fundef). Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola). Plano de
Desenvolvimento da Escola (PDE).
Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).
Bolsa-Escola. Plano Nacional de Educação (PNE)
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de 
Valorização do Magistério (Fundef)
O Fundef foi instituído pela Emenda Constitucional (EC) n. 14/1996, e depois
regulamentado por leis ordinárias específicas. A finalidade do Fundef está evidenciada
no próprio nome do fundo e corresponde à prioridade concedida pelo governo FHC ao
ensino fundamental. Desde sua implantação em todo território brasileiro, a partir de
1998, o Fundef estabeleceu uma nova sistemática de distribuição dos recursos
destinados pelos estados e pelos municípios ao ensino fundamental. Lembre-se que a
Constituição Federal determina que 25% das receitas dos estados e pelos municípios
provenientes de impostos e transferências realizadas pela União devem ser aplicados
exclusivamente em educação. Porém, a EC n. 14 estipulou que 60% desses recursos
(15% do total arrecadado) devem ficar reservados para a expansão e a melhoria do
ensino fundamental, ou seja, para financiar as escolas e pagar os professores de 1a a
8a séries.
Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola)
O Fundescola, sob a gestão do Ministério da Educação (MEC), foi um programa financiado
por recursos federais e empréstimos do Banco Mundial. O programa promoveu um
conjunto de ações nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, em parceria com
as secretarias estaduais e municipais de educação, tendo como finalidades a expansão do
ensino fundamental, a permanência das crianças nas escolas públicas, a melhoria dos
sistemas de ensino e a capacitação técnica das escolas e das secretarias de educação.
Plano de Desenvolvimento da 
Escola (PDE)
O PDE é um projeto complementar do Fundescola criado para
modernizar a gestão escolar por meio de um planejamento estraté- gico,
com a aplicação de princípios e métodos modernos de administração. O
objetivo seria alcançar o máximo de eficiência com o menor custo
possível, segundo as orientações do acordo fechado entre o Banco
Mundial e o MEC.
Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE)
O PDDE foi criado em 1995, tendo como missão prestar assistência financeira suplementar às
escolas estaduais e municipais da rede pública de ensino fundamental e às instituições de
educação especial mantidas por organizações não governamentais (ONGs). Graças ao
sucesso dessa iniciativa do governo FHC, o programa foi mantido nas administrações
seguintes. O PDDE visa promover a melhoria do ensino e incentivar a autonomia da gestão
escolar, por meio do repasse anual dos recursos provenientes do Salário- -Educação
diretamente para as escolas. A liberação dos recursos é feita pelo Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE). As unidades executoras das escolas (associação de
pais e mestres, conselho escolar, cooperativa escolar etc.) recebem e gerem os recursos
transferidos, definindo com autonomia a melhor forma de utilização desses recursos.
Bolsa-Escola Criado em 2001, o Bolsa-Escola prevê a concessão de um incentivo financeiro 
mensal às famílias em situação de pobreza, desde que estas assegurem a permanência das 
crianças na escola e atendam aos critérios definidos para a permissão do benefício.
Plano Nacional de Educação (PNE) Em janeiro de 2002, o presidente FHC
sancionou a Lei n. 10.172, que instituiu o Plano Nacional de Educação – PNE
(2001-2010). Trata-se de um plano decenal (com vigência de 10 anos) previsto na
Constituição Federal e no art. 9o da LDB. O problema é que demorou muitos anos
até esse plano ser regulamentado por uma lei específica. No final, esse primeiro
PNE não teve continuidade, pois foi editado somente no último ano do governo
FHC. Apesar de tudo, serviu para mostrar os desafios a serem enfrentados pela
próxima administração, especialmente no que diz respeito ao ensino médio.
Balanço das políticas 
educacionais do governo 
FHC
A pedagoga Kátia Silva Santos chama a atenção para a influência exercida pelas
agências financiadoras internacionais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário
Internacional (FMI), sobre a política educacional do governo FHC. Segundo ela,
atendendo aos compromissos firmados com tais agências, o governo FHC utilizou a
LDB e o Fundef para promover a descentralização e a municipalização do ensino.
Políticas educacionais do governo Lula Neste tema, vamos examinar as políticas públicas
educacionais desenvolvidas nos dois mandatos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (Lula), que ficou oito anos no poder – na primeira gestão, de 2003 a 2006, e na segunda,
de 2007 a 2010.
Diretrizes para a educação
O documento estabelece as diretrizes gerais do novo governo para a educação
brasileira: democratização do acesso ao ensino e garantia de permanência na
escola; qualidade social da educação; valorização profissional do magistério;
implantação do regime de colaboração entre as esferas de governo; democratização
da gestão escolar.
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica 
(Fundeb)
O Fundeb foi criado para atender toda a educação básica, ou seja, educação infantil
(creche e pré-escola), ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e
adultos (EJA). Esse novo fundo substituiu o Fundef (1998-2006), sendo instituído pela
Emenda Constitucional n. 53/2006 e regulamentado pela Lei n. 11.494/2007. Trata-se
de um fundo especial, de natureza contábil, instituído no âmbito de cada estado e do
Distrito Federal, com vigência até 2020. O fundo é composto por recursos provenientes
de impostos e transferências dos estados, Distrito Federal (DF) e municípios. A
Constituição Federal determina que essas unidades federativas destinem à educação,
no mínimo, 25% do total das receitas obtidas com impostos e transferências realizadas
pela União. Para participar do Fundeb, os governos estaduais e municipais devem
aplicar pelo menos 20% dessas receitas exclusivamente na educação básica
A distribuição dos recursos do fundo é feita com base no número de alunos
matriculados na educação básica, de acordo com o censo escolar realizado pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) –
autarquia federal vinculada ao MEC. Os recursos do fundo destinados aos municípios
vinculam-se à educação infantil e ao ensino fundamental; no caso dos estados, devem
ser aplicados nos ensinos fundamental e médio.
Valorização do magistério É importante ressaltar que os recursos do Fundeb se
destinam, além de à manutenção e ao desenvolvimento da educação básica pública,
também à valorização dos trabalhadores em educação, incluindo sua condigna
remuneração, conforme está expresso no art. 2o da Lei n. 11.494/2007. Estados e
municípios, de acordo com o art. 22 da referida lei, deverão destinar anualmente, no
mínimo, 60% dos recursos totais do fundo para o pagamento da remuneração dos
professores da educação básica em efetivo exercício na rede pública. Na gestão de
Lula, foram estabelecidos um piso salarial nacional e os programas de formação
continuada dos profissionais da educação, com o objetivo de melhorar a qualidade da
educação básica.
Programa Universidade para 
Todos (Prouni)
O Prouni, regulamentado pela Lei n. 11.096/2005, tem como finalidade a
concessão de bolsas de estudo integrais (100% do valor do curso) e parciais (50%
ou 25%) para estudantes de cursos de graduação e sequenciais de formação
específica em instituições privadas de ensino superior. As instituições que aderem
ao programa têm direito à isenção de tributos federais.
O PDE é organizadoem quatro eixos de ação:
1. Educação básica. 
2. Alfabetização e educação continuada. 
3. Ensino profissional e tecnológico. 
4. Ensino superior. 
O texto de apresentação do Plano Plurianual detalha os objetivos e metas do 
governo federal para cada um dos quatro eixos de ação estabelecidos no PDE:
Políticas educacionais do governo 
Dilma Rousseff
Diretrizes da educação e da pesquisa científica Na presidência, Dilma Rousseff
deu continuidade às políticas educacionais do governo Lula. O programa de
governo de Dilma faz um balanço bastante positivo da gestão Lula e anuncia as
diretrizes da nova administração para a educação e para a pesquisa científica:
Garantir educação para a igualdade social, a cidadania e o desenvolvimento
Garantir educação para a igualdade social, a cidadania e o desenvolvimento –
Transformar o Brasil em potência científica e tecnológica –
Metas do segundo mandato de Dilma O programa de metas para a educação, previstas pelo
governo de Dilma Rousseff para o seu segundo mandato (2015-2019), diz que A sociedade que se
está constituindo é uma sociedade do conhecimento. Para alcançá-la e garantir condições de
competitividade global, será necessário: erradicação do analfabetismo no país; garantir a qualidade
da educação básica brasileira; promover a inclusão digital, com banda larga, produção de material
pedagógico digitalizado e formação de professores em todas as escolas públicas e privadas no
campo e na cidade; expandir o orçamento da educação, ciência e tecnologia e melhorar a
eficiência do gasto; consolidar a expansão da educação profissional, por meio da rede de Institutos
Federais de Educação, Ciência e Tecnologia; tornar os espaços educacionais lugares de produção
e difusão da cultura; construir o Sistema Nacional Articulado de Educação, de modo a redesenhar
o pacto federativo e os mecanismos de gestão;
Aprofundar o processo de expansão das universidades públicas e garantir a qualidade do
conjunto de ensino privado; ampliar programas de bolsas de estudos que garantam a
formação de quadros em centros de excelência no exterior, capazes de atrair estudantes,
professores e pesquisadores estrangeiros para o Brasil; dar prosseguimento ao diálogo
com a comunidade cientí- fica, como fator fundamental para definir as prioridades da
pesquisa no país; fortalecimento da política de educação do campo, e ampliação das
unidades escolares assegurando a educação integral e a profissionalização
(DIRETRIZES..., 2014).
Escola e ideologia
As relações entre educação, escola e ideologia é o assunto que trataremos a
seguir. A questão da ideologia está intimamente ligada à concepção sobre o
tipo de escola (e de sociedade) que se quer construir e desenvolver. O Estado
e seus agentes políticos Saiba mais O governo FHC seguiu as orientações
político- -ideológicas do PSDB, partido de centro- -esquerda alinhado às ideias
neoliberais (ver Tema 2 desta unidade), ao passo que os governos de Lula e
Dilma Rousseff ficaram sob a órbita de influência do PT, partido de esquerda
com tendências socialistas. No entanto, todos esses governos dependeram
das alianças políticas com outros partidos e do apoio no Congresso Nacional.
Políticas públicas e educação Educação, ideologia e Estado são movidos por
um conjunto de ideias, valores e crenças sobre o papel da educação escolar
na sociedade. É por isso que todo novo programa, plano ou política
educacional do governo sempre gera muita polêmica, com a contraposição de
pensamentos diferentes a respeito do tema.
Concepções de ideologia
Ideologia é um termo que tem significados diferentes, dependendo do autor e da época.
Existe uma vasta bibliografia sobre o tema. Observe as definições presentes em Heywood
(2010, p. 18) acerca dos principais significados de ideologia: um sistema de crenças
políticas; um conjunto de ideias políticas voltadas para a ação; as ideias da classe
dominante; a visão de mundo de uma classe ou grupo social específico; ideias políticas que
reúnem ou articulam interesses de classe ou sociais; ideias que propagam falsa
consciência entre os explorados ou oprimidos; ideias que situam o indivíduo [em um]
contexto social e geram um sentimento coletivo de inclusão; um conjunto de ideias
sancionadas oficialmente usado para legitimar um sistema ou regime político; uma ampla
doutrina política que reivindica o monopólio da verdade; um conjunto abstrato e
extremamente sistemático de ideias políticas
POLÍTICAS PUBLICAS E EDUCAÇÃO
WEBCONFERÊNCIA IV
PROFESSOR(A): CHARLES MARTINS
Política é a ciência da governança de um Estado ou nação e também
uma arte de negociação para compatibilizar interesses. O termo tem
origem no grego politiká, uma derivação de polis que designa aquilo que
é público. O significado de política é muito abrangente e está, em geral,
relacionado com aquilo que diz publicas e educação respeito ao espaço
público. Na ciência política, trata-se da forma de atuação de um governo
em relação a determinados temas sociais e econômicos de interesse
público: política educacional, política de segurança, política salarial,
política habitacional, política ambiental etc. [...] Num significado mais
abrangente, o termo pode ser utilizado como um conjunto de regras ou
normas de uma determinada instituição (POLÍTICA, 2016).
As políticas públicas, em geral, requerem a aplicação de recursos
públicos e podem ter as funções distributiva, redistributiva ou regulatória:
Políticas distributivas – correspondem à função típica do Estado, que é a
de distribuir bens e serviços públicos para toda a sociedade, beneficiando
a população de uma localidade, uma cidade, um estado, uma região ou
um país. Os custos são arcados por todos os cidadãos por meio do
pagamento de tributos (impostos taxas e contribuições) ao
Estado.
Políticas redistributivas – a principal finalidade desse tipo de política pública é alocar
recursos, bens ou serviços públicos a grupos específicos da população, para garantir a
efetivação de direitos ou por diversas outras razões. Muitas vezes, as políticas
redistributivas, entre elas as políticas sociais, podem gerar conflitos e pressões contrárias
de setores não beneficiados, pois significam a repartição de custos e benefícios sociais.
Políticas regulatórias – estabelecem conjuntos de leis, regras e normas para disciplinar
determinadas atividades, ações e comportamentos, sejam de natureza conflituosa ou não.
Normalmente, exigem a elaboração de legislações específicas e a ação coercitiva do
Estado para serem cumpridas
Políticas afirmativas
Uma das grandes novidades incorporadas à nossa Lei Maior consiste nas chamadas
políticas públicas afirmativas – uma variação das políticas sociais tradicionais que visam
proteger os grupos sociais mais vulneráveis em nome da igualdade e da justiça social. A
Constituição de 1988 veda qualquer tipo de discriminação, a começar pelo preconceito
racial, e assegura os direitos de crianças e adolescentes, mulheres, idosos, portadores de
deficiência, populações indígenas e quilombolas (descendentes de negros escravizados)
etc.
Políticas públicas 
educacionais
As políticas públicas educacionais, em sentido amplo, são aquelas aplicadas à
educação escolar. Porque educação é algo que vai além do ambiente escolar. Tudo o
que se aprende socialmente – na família, na igreja, na escola, no trabalho, na rua, no
teatro etc. –, resultado do ensino, da observação, da repetição, reprodução,
inculcação, é educação. Porém, a educação só é escolar quando ela for passível de
delimitação por um sistema que é fruto de políticas públicas (TEIXEIRA, 2002, p. 4-5).
Políticas públicas na educação 
brasileira
Políticas educacionais do 
governo FHC
O governo FHC adotou uma política de estabilização econômica, com
controle da inflação, privatização de empresas estatais, atração de
investimentos estrangeiros, elevação da carga tributária, reforma da
Administração Pública Federal e da Previdência Social. Cinco anos se
passaram, e em 1o dejaneiro de 1999, FHC inicia seu segundo
mandato, depois de derrotar Lula nas urnas mais uma vez. Porém,
nessa gestão, seu governo é abalado por uma grave crise econômica,
com altos índices de desemprego, descontrole das finanças públicas,
desvalorização do real e aumento do endividamento externo do país,
entre outros problemas
Diretrizes da política educacional
O programa Acorda Brasil: Está na Hora da Escola, apresentado por FHC, baseia-se
em cinco pontos:
1. Distribuição de verbas diretamente para as escolas.
2. Melhoria da qualidade dos livros didáticos.
3. Formação de professores por meio da educação a distância.
4. Reforma curricular (estabelecimento de Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN
– e Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN).
5. Avaliação das escolas (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 186).
Em 1997, o Ministério da Educação (MEC) divulgou um documento intitulado “Mobilização Social e
Política pela Educação para Todos”, no qual define cinco metas prioritárias do governo FHC para a
educação brasileira. Leia a seguir o trecho do documento que explicita essas metas: 1a – Garantir
que os recursos do Governo Federal para o ensino fundamental cheguem realmente à escola e não
se desviem na burocracia ou na utilização que não é claramente vinculada ao funcionamento e
melhoria da escola. 2a – Formular um padrão curricular básico. 3a - Melhorar a qualidade do livro
didático, a partir da opinião dos professores, buscando com os estados a implementação do
processo de descentralização da aquisição do livro didático. 4a – Treinar professores, por meio de
sistema de educação a distância, contando com os estados e municípios para manterem a rede de
recepção montada pelo Governo Federal. 5a – Ampliar o Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Básica para abranger os ensinos fundamental e médio (BRASIL, 1997, p. 3).
Principais ações e programas educacionais A seguir, examinaremos as principais
ações, planos e programas educacionais desenvolvidos durante a gestão do
presidente FHC. A ordem de apresentação é a seguinte:
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério (Fundef). Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola). Plano de
Desenvolvimento da Escola (PDE).
Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).
Bolsa-Escola. Plano Nacional de Educação (PNE)
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de 
Valorização do Magistério (Fundef)
O Fundef foi instituído pela Emenda Constitucional (EC) n. 14/1996, e depois
regulamentado por leis ordinárias específicas. A finalidade do Fundef está evidenciada
no próprio nome do fundo e corresponde à prioridade concedida pelo governo FHC ao
ensino fundamental. Desde sua implantação em todo território brasileiro, a partir de
1998, o Fundef estabeleceu uma nova sistemática de distribuição dos recursos
destinados pelos estados e pelos municípios ao ensino fundamental. Lembre-se que a
Constituição Federal determina que 25% das receitas dos estados e pelos municípios
provenientes de impostos e transferências realizadas pela União devem ser aplicados
exclusivamente em educação. Porém, a EC n. 14 estipulou que 60% desses recursos
(15% do total arrecadado) devem ficar reservados para a expansão e a melhoria do
ensino fundamental, ou seja, para financiar as escolas e pagar os professores de 1a a
8a séries.
Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola)
O Fundescola, sob a gestão do Ministério da Educação (MEC), foi um programa financiado
por recursos federais e empréstimos do Banco Mundial. O programa promoveu um
conjunto de ações nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, em parceria com
as secretarias estaduais e municipais de educação, tendo como finalidades a expansão do
ensino fundamental, a permanência das crianças nas escolas públicas, a melhoria dos
sistemas de ensino e a capacitação técnica das escolas e das secretarias de educação.
Plano de Desenvolvimento da 
Escola (PDE)
O PDE é um projeto complementar do Fundescola criado para
modernizar a gestão escolar por meio de um planejamento estraté- gico,
com a aplicação de princípios e métodos modernos de administração. O
objetivo seria alcançar o máximo de eficiência com o menor custo
possível, segundo as orientações do acordo fechado entre o Banco
Mundial e o MEC.
Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE)
O PDDE foi criado em 1995, tendo como missão prestar assistência financeira suplementar às
escolas estaduais e municipais da rede pública de ensino fundamental e às instituições de
educação especial mantidas por organizações não governamentais (ONGs). Graças ao
sucesso dessa iniciativa do governo FHC, o programa foi mantido nas administrações
seguintes. O PDDE visa promover a melhoria do ensino e incentivar a autonomia da gestão
escolar, por meio do repasse anual dos recursos provenientes do Salário- -Educação
diretamente para as escolas. A liberação dos recursos é feita pelo Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE). As unidades executoras das escolas (associação de
pais e mestres, conselho escolar, cooperativa escolar etc.) recebem e gerem os recursos
transferidos, definindo com autonomia a melhor forma de utilização desses recursos.
Bolsa-Escola Criado em 2001, o Bolsa-Escola prevê a concessão de um incentivo financeiro 
mensal às famílias em situação de pobreza, desde que estas assegurem a permanência das 
crianças na escola e atendam aos critérios definidos para a permissão do benefício.
Plano Nacional de Educação (PNE) Em janeiro de 2002, o presidente FHC
sancionou a Lei n. 10.172, que instituiu o Plano Nacional de Educação – PNE
(2001-2010). Trata-se de um plano decenal (com vigência de 10 anos) previsto na
Constituição Federal e no art. 9o da LDB. O problema é que demorou muitos anos
até esse plano ser regulamentado por uma lei específica. No final, esse primeiro
PNE não teve continuidade, pois foi editado somente no último ano do governo
FHC. Apesar de tudo, serviu para mostrar os desafios a serem enfrentados pela
próxima administração, especialmente no que diz respeito ao ensino médio.
Balanço das políticas 
educacionais do governo 
FHC
A pedagoga Kátia Silva Santos chama a atenção para a influência exercida pelas
agências financiadoras internacionais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário
Internacional (FMI), sobre a política educacional do governo FHC. Segundo ela,
atendendo aos compromissos firmados com tais agências, o governo FHC utilizou a
LDB e o Fundef para promover a descentralização e a municipalização do ensino.
Políticas educacionais do governo Lula Neste tema, vamos examinar as políticas públicas
educacionais desenvolvidas nos dois mandatos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (Lula), que ficou oito anos no poder – na primeira gestão, de 2003 a 2006, e na segunda,
de 2007 a 2010.
Diretrizes para a educação
O documento estabelece as diretrizes gerais do novo governo para a educação
brasileira: democratização do acesso ao ensino e garantia de permanência na
escola; qualidade social da educação; valorização profissional do magistério;
implantação do regime de colaboração entre as esferas de governo; democratização
da gestão escolar.
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica 
(Fundeb)
O Fundeb foi criado para atender toda a educação básica, ou seja, educação infantil
(creche e pré-escola), ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e
adultos (EJA). Esse novo fundo substituiu o Fundef (1998-2006), sendo instituído pela
Emenda Constitucional n. 53/2006 e regulamentado pela Lei n. 11.494/2007. Trata-se
de um fundo especial, de natureza contábil, instituído no âmbito de cada estado e do
Distrito Federal, com vigência até 2020. O fundo é composto por recursos provenientes
de impostos e transferências dos estados, Distrito Federal (DF) e municípios. A
Constituição Federal determina que essas unidades federativas destinem à educação,
no mínimo, 25% do totaldas receitas obtidas com impostos e transferências realizadas
pela União. Para participar do Fundeb, os governos estaduais e municipais devem
aplicar pelo menos 20% dessas receitas exclusivamente na educação básica
A distribuição dos recursos do fundo é feita com base no número de alunos
matriculados na educação básica, de acordo com o censo escolar realizado pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) –
autarquia federal vinculada ao MEC. Os recursos do fundo destinados aos municípios
vinculam-se à educação infantil e ao ensino fundamental; no caso dos estados, devem
ser aplicados nos ensinos fundamental e médio.
Valorização do magistério É importante ressaltar que os recursos do Fundeb se
destinam, além de à manutenção e ao desenvolvimento da educação básica pública,
também à valorização dos trabalhadores em educação, incluindo sua condigna
remuneração, conforme está expresso no art. 2o da Lei n. 11.494/2007. Estados e
municípios, de acordo com o art. 22 da referida lei, deverão destinar anualmente, no
mínimo, 60% dos recursos totais do fundo para o pagamento da remuneração dos
professores da educação básica em efetivo exercício na rede pública. Na gestão de
Lula, foram estabelecidos um piso salarial nacional e os programas de formação
continuada dos profissionais da educação, com o objetivo de melhorar a qualidade da
educação básica.
Programa Universidade para 
Todos (Prouni)
O Prouni, regulamentado pela Lei n. 11.096/2005, tem como finalidade a
concessão de bolsas de estudo integrais (100% do valor do curso) e parciais (50%
ou 25%) para estudantes de cursos de graduação e sequenciais de formação
específica em instituições privadas de ensino superior. As instituições que aderem
ao programa têm direito à isenção de tributos federais.
O PDE é organizado em quatro eixos de ação:
1. Educação básica. 
2. Alfabetização e educação continuada. 
3. Ensino profissional e tecnológico. 
4. Ensino superior. 
O texto de apresentação do Plano Plurianual detalha os objetivos e metas do 
governo federal para cada um dos quatro eixos de ação estabelecidos no PDE:
Políticas educacionais do governo 
Dilma Rousseff
Diretrizes da educação e da pesquisa científica Na presidência, Dilma Rousseff
deu continuidade às políticas educacionais do governo Lula. O programa de
governo de Dilma faz um balanço bastante positivo da gestão Lula e anuncia as
diretrizes da nova administração para a educação e para a pesquisa científica:
Garantir educação para a igualdade social, a cidadania e o desenvolvimento
Garantir educação para a igualdade social, a cidadania e o desenvolvimento –
Transformar o Brasil em potência científica e tecnológica –
Metas do segundo mandato de Dilma O programa de metas para a educação, previstas pelo
governo de Dilma Rousseff para o seu segundo mandato (2015-2019), diz que A sociedade que se
está constituindo é uma sociedade do conhecimento. Para alcançá-la e garantir condições de
competitividade global, será necessário: erradicação do analfabetismo no país; garantir a qualidade
da educação básica brasileira; promover a inclusão digital, com banda larga, produção de material
pedagógico digitalizado e formação de professores em todas as escolas públicas e privadas no
campo e na cidade; expandir o orçamento da educação, ciência e tecnologia e melhorar a
eficiência do gasto; consolidar a expansão da educação profissional, por meio da rede de Institutos
Federais de Educação, Ciência e Tecnologia; tornar os espaços educacionais lugares de produção
e difusão da cultura; construir o Sistema Nacional Articulado de Educação, de modo a redesenhar
o pacto federativo e os mecanismos de gestão;
Aprofundar o processo de expansão das universidades públicas e garantir a qualidade do
conjunto de ensino privado; ampliar programas de bolsas de estudos que garantam a
formação de quadros em centros de excelência no exterior, capazes de atrair estudantes,
professores e pesquisadores estrangeiros para o Brasil; dar prosseguimento ao diálogo
com a comunidade cientí- fica, como fator fundamental para definir as prioridades da
pesquisa no país; fortalecimento da política de educação do campo, e ampliação das
unidades escolares assegurando a educação integral e a profissionalização
(DIRETRIZES..., 2014).
Escola e ideologia
As relações entre educação, escola e ideologia é o assunto que trataremos a
seguir. A questão da ideologia está intimamente ligada à concepção sobre o
tipo de escola (e de sociedade) que se quer construir e desenvolver. O Estado
e seus agentes políticos Saiba mais O governo FHC seguiu as orientações
político- -ideológicas do PSDB, partido de centro- -esquerda alinhado às ideias
neoliberais (ver Tema 2 desta unidade), ao passo que os governos de Lula e
Dilma Rousseff ficaram sob a órbita de influência do PT, partido de esquerda
com tendências socialistas. No entanto, todos esses governos dependeram
das alianças políticas com outros partidos e do apoio no Congresso Nacional.
Políticas públicas e educação Educação, ideologia e Estado são movidos por
um conjunto de ideias, valores e crenças sobre o papel da educação escolar
na sociedade. É por isso que todo novo programa, plano ou política
educacional do governo sempre gera muita polêmica, com a contraposição de
pensamentos diferentes a respeito do tema.
Concepções de ideologia
Ideologia é um termo que tem significados diferentes, dependendo do autor e da época.
Existe uma vasta bibliografia sobre o tema. Observe as definições presentes em Heywood
(2010, p. 18) acerca dos principais significados de ideologia: um sistema de crenças
políticas; um conjunto de ideias políticas voltadas para a ação; as ideias da classe
dominante; a visão de mundo de uma classe ou grupo social específico; ideias políticas que
reúnem ou articulam interesses de classe ou sociais; ideias que propagam falsa
consciência entre os explorados ou oprimidos; ideias que situam o indivíduo [em um]
contexto social e geram um sentimento coletivo de inclusão; um conjunto de ideias
sancionadas oficialmente usado para legitimar um sistema ou regime político; uma ampla
doutrina política que reivindica o monopólio da verdade; um conjunto abstrato e
extremamente sistemático de ideias políticas

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