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1º U - Org Estado

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Direito Constitucional II 
 
 
 
 
 
 
A ORGANIZAÇÃO DO ESTADO. O FEDERALISMO. OS FUNDAMENTOS DA 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
 
 
 
 
 
 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel 
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
 
 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
 O princípio Federativo: Forma de Estado. O princípio federativo é que 
consagra o estado federal, estruturado a partir da união indissolúvel de mais 
de uma organização política. 
 
1. Origem do Federalismo: 
Forma de 
Governo 
Forma de 
Estado 
Regime 
Político 
LEGENDA 
 SLIDES 
 PEDRO LENZA 
 DIRLEY DA CUNHA 
 ANDRÉ RAMOS TAVARES 
 COMENTÁRIO 
 ARTIGOS E VIDEO AULA 
 Conceito de Federação – surge dos norte americanos, junção de vários 
Estados soberanos com intuito de centralização do poder em um único 
Estado. 
 Distinção para Confederação. 
o Federação é a união indissolúvel de Estados autônomos com base 
numa constituição. Os estados federados não possuem soberania, 
apenas autonomia, pois possuem limites estabelecidos pela 
constituição; 
o Confederação é a união dissolúvel de Estados soberanos com lastro 
num tratado internacional. Os entes confederados gozam de 
soberania, logo possuem vantagem jurídica diante da constituição. 
Aqui comporta o direito de secessão. 
 Origem 
o No Brasil, o Federalismo surgiu com o ato político de 1889: libertação 
das províncias do poder centralizador do Império, sob forte influência 
da Federação norte-americana. 
o No início (Constituição de 1891) a Federação brasileira era dual ou 
clássica, com uma repartição de competência que reservava áreas de 
atuação privativas e distintas entre a União e os Estados. 
o Com a Constituição de 1934, instala-se o modelo federalismo 
cooperativo. 
o A Constituição de 1988 busca uma divisão equitativa do poder entre 
a União e os Estados. 
 
2. Características 
1. Descentralização Político Administrativa e Financeira. 
2. Autonomia Política, Administrativa e Financeira dos Entes Federados. 
Constata a autonomia principalmente pela admissibilidade de Constituições 
elaboradas pelos próprios entes federativos. 
3. Indissolubilidade, contudo é certo que alguns entes federativos pode 
rebelar-se e desatendendo ao comando constitucional invocar a si o direito 
de secessão. A própria constituição consagra mecanismo para isso ao dizer 
1º) possibilidade de intervenção da União no Estado-membro rebelado ou do 
Estado-membro no município rebelado; 2º permissão conferida ao Chefe do 
Executivo de declarar a guerra externa ao eventual pais que queira anexar 
parte do território nacional. A intervenção federal nos estados membros é 
um meio para a permanência do federalismo. 
4. Vinculação Constitucional. 
5. Convivência Jurídica de ordens jurídicas locais, regionais e nacionais. Os 
estados-membros devem se auto-organizar por meio de Constituições 
próprias. Assim, podem organizar seus poderes executivos, legislativo e 
judiciário, dotando-os de funções típicas, respeitando os limites da 
constituição. 
6. Repartição de competências: autonomia entre os entes federados. 
7. Participação no Legislativo Nacional. A necessidade de uma Casa que 
represente os entes faz emergir o Senado. 
8. Previsão de Suprema Corte. 
9. Constituição rígida como base jurídica. A constituição é a carta de 
atribuições e por isso deve ser rígida de maneira que fiquem vedadas as 
autorizações, o federalismo deve ser assegurado como clausula pétrea. 
10. Inexistência do direito de secessão (separação, retirada). 
11. Soberania do Estado Federal. 
12. Órgão representativo dos Estados-membros: Senado Federal. 
13. Auto-organização dos Estados-membros: Constituições Estaduais.Exige a 
presença de órgãos próprios. 
14. Necessário que haja representação de vontades parciais, essa representação 
ocorre no Senado Federal. 
Obs. Todos os componentes do Estado federal encontram-se no mesmo patamar 
hierárquico. 
 
 
 
3. Tipologias 
 
3.1 Quanto à formação: 
 Por agregação: 
o Reunião de vários Estados 
o Os Estados independentes e soberanos resolvem abrir mão de 
parcela de sua soberania para agregar-se entre si e formarem um 
novo Estado 
 Por segregação: 
o Divisão de estado pré-existente. A Federação surge a partir de um 
determinado Estado unitário que resolve descentralizar-se. 
o Ex: Brasil. 
3.2 Quanto a maior ou menor concentração de poder: 
 Centrípeto: maior concentração de poder no governo central. Chamado de 
federalismo orgânico também. 
 Centrifugo: ampliação dos poderes dos governos regionais. Também 
chamado de federalismo de integração. 
 De equilíbrio, equitativa repartição de poderes. 
3.3 Quanto à repartição de competência: 
 Dual (clássico): 
o Repartição privativa entre as entidades federadas que atuam como 
esferas distintas, separadas e independentes, não há cooperação. 
o A separação de atribuições é extremamente rígida. 
 Cooperativa: 
o Surgiu no século XX, com o advento do Estado do bem-estar social. 
o Colaboração recíproca e atuação paralela ou comum entre os poderes 
centrais e regionais. 
o Pretende promover a aproximação entre os entes federativos, que 
deverão atuar em conjunto. 
o Não há separação precisa ou bem definida na distribuição das 
atribuições e competências de cada ente federativo. 
o Para Paulo Bonavides o federalismo cooperativo é o melhor que se 
amolda aos institutos autoritários por permitir que a União se 
sobreponha às demais unidades. 
3.4 Quanto ao equacionamento das desigualdades 
 Simétrico: 
o Prima pela igualdade na divisão de competências e receitas. 
o Homogeneidade de cultura e desenvolvimento, assim como de língua. 
o Busca adotar um mecanismo que reduza as desigualdades regionais. 
o Todos são considerados rigorosamente iguais, ignora-se aspectos 
referentes à diferença de população de cada Estado, bem como sua 
extensão territorial. 
o Segundo a professora, em concordância com André Ramos Tavares, 
no Brasil há um erro de simetria que provoca injustiça. Os Estados 
brasileiros receberam idêntico tratamento no pacto federativo, 
ignorando as grandes e profundas diferenças causando maior 
desequilíbrio. 
 Assimétrico: 
o Decorre da diversidade de língua e cultura. 
o Leva em consideração as desigualdades. 
 
4. PRINCÍPIO REPUBLICANO: FORMA DE GOVERNO 
 Características: 
1. Igualdade entre as pessoas 
2. Eletividade 
3. Representatividade 
4. Temporariedade 
5. Responsabilidade 
 
5. PRINCÍPIO DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO: REGIME POLÍTICO 
 
 Características: 
1. Soberania popular 
2. Pluralismo Político, social, cultural. 
3. Liberdade e Justiça Social 
4. Cidadania 
5. Direitos Fundamentais 
6. Dignidade da Pessoa Humana 
 
 
6. ORGANIZAÇÃO POLITICO- ADMINISTRATIVO DO ESTADO BRASILEIRO 
 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil 
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos desta Constituição. 
 A União 
 Os Estados 
 Os municípios 
 
A UNIÃO 
 A União não se confunde com o Brasil, sendo apenas um dos entes 
federativos 
 A união é entidade federativa autônoma. 
 É o ente da Federação que representa o governo central e o 
interesse nacional. Fala-se informalmente que ele é bipolar, visto 
que ora é um ente, ora representa o Brasil. 
 É pessoa jurídica de direito publico interno, embora não conte com 
personalidade internacional- apenas atribuída aos Estado Federal 
brasileiro- são as autoridades e órgãos da união que representam oEstado Federal nos atos e relações do âmbito internacional. 
 Competências administrativas e legislativas enumeradas no 
texto constitucional. 
 Exerce as prerrogativas da soberania do Estado, quando for pessoa 
jurídica de Direito publico externo. 
 Representa exclusivamente a Republica federativa do Brasil nas 
Relações internacionais 
 União é diferente de Republica Federativa do Brasil. Não é titular de 
soberania, só goza de autonomia (art. 18 CF). Titular de soberania é 
a República Federativa do Brasil. 
 
 
 
 
 
 
OS ESTADOS MEMBROS 
 Organizações politicas típicas da Federação 
 Estados Federados é diferente de Estado Federal 
 Argentina: Províncias; Suíça: Cantões; Alemanha: Lander 
 Autonomia politica 
o Auto-organização (art 25)-uso do poder constituinte 
decorrente 
o Auto legislação (art. 25) 
o Autoadministração (art 25, 1) 
o Autogoverno (arts. 27,28, 125)- não depender o Estado 
das autoridades da União. As autoridades estaduais 
distribuem-se pelos três órgãos ou poderes: executivo, 
legislativo e judiciário. 
o Bens do estado (art 26). 
 
Obs. Legislação federal não é hierarquicamente superior à legislação 
estadual. 
UNIÃO 
Pessoa jurídica 
de direito 
público interno 
Ente da 
federação 
Pessoa jurídica 
de direito 
público externo 
Representa o 
Estado Soberano 
 
Incorporação, Subdivisão e Desmembramento dos Estados Membros 
Art. 18 § 3º Os Estados podem incorporar-se1 entre si, subdividir-se2 ou 
desmembrar-se3 para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou 
Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, 
através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
1. Fusão: ocorre quando dois ou mais Estados se unem geograficamente, 
formando um terceiro e novo Estado ou Território Federal, distinto dos 
Estados anteriores e estes não mais existirão. 
2. Cisão: ocorre quando o Estado que já existe subdivide-se, formando dois ou 
mais Estados-membros novos ou Territórios Federais. O antigo Estado não 
mais existirá. 
3. Desmembramento: ocorre quando um ou mais Estados cedem parte de seu 
território geográfico para formar um novo Estado ou Território Federal. O 
Estado originário não desaparece. 
a. Por anexação: a parte desmembrada vai anexar-se a um Estado que 
já existe, ampliando o seu território geográfico. 
b. Por formação: a parte desmembrada se transformará em um ou mais 
de um Estado novo ou TF, que não existia. 
 
SUBDIVISÃO : 
 
 
 
FUSÃO: 
 
 
 
 
DESMEMBRMENTO: 
 
 
 Lei 9.709 art 4º 
A incorporação de Estados entre si, subdivisão ou desmembramento para se 
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, dependem 
da aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito 
realizado na mesma data e horário em cada um dos Estados, e do Congresso 
Nacional, por lei complementar, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas. 
§ 1o Proclamado o resultado da consulta plebiscitária, sendo favorável à 
alteração territorial prevista no caput, o projeto de lei complementar respectivo 
será proposto perante qualquer das Casas do Congresso Nacional. 
M 
L 
G 
M 
L 
G 
M I 
M 
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Realçar
andre
Realçar
§ 2o À Casa perante a qual tenha sido apresentado o projeto de lei 
complementar referido no parágrafo anterior compete proceder à audiência das 
respectivas Assembléias Legislativas. 
§ 3o Na oportunidade prevista no parágrafo anterior, as respectivas 
Assembléias Legislativas opinarão, sem caráter vinculativo, sobre a matéria, e 
fornecerão ao Congresso Nacional os detalhamentos técnicos concernentes aos 
aspectos administrativos, financeiros, sociais e econômicos da área geopolítica 
afetada. 
§ 4o O Congresso Nacional, ao aprovar a lei complementar, tomará em conta 
as informações técnicas a que se refere o parágrafo anterior. 
 
DISTRITO FEDERAL 
 Pessoa jurídica de direito público interno, com autonomia política, 
especialmente prevista para sediar a capital do país e os poderes da 
República. 
 É entidade da federação, com auto-organização (organiza-se por lei 
orgânica, que é substancialmente uma constituição), autogorverno, 
autolegislação e autoadministração. Não se confunde com os Estados nem 
com os municípios. 
 Não possui competência material nem legislativa sobre o Poder Judiciário, 
Ministério Público, Defensoria Pública, Polícia Civil, Militar e o Corpo de 
Bombeiros, visto que esses se submetem à competência material e 
legislativa da União. 
 Surge da necessidade de instalar a sede política em espaço neutro e distinto 
dos estados membros. Ente federativo. 
 Possui autonomia- deve-se reger por lei orgânica e não pode subdividir-se 
em municípios. 
 Auto-organização (art. 32): Lei Orgânica. Estabelece que o DF se regerá por 
lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de 10 dias e 
aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, 
atendidos os princípios estabelecidos na CF. 
 Autolegislação (art 32 § 10): Competências legislativas reservadas aos 
Estados e Municípios. 
 Autoadministração ( art 25 § 1): Administração Pública e Serviços Públicos. 
 Autogoverno ( art 32 § 2 ): Governador, Vice governador e Deputados 
Distritais. 
 Impossibilidade de divisão em municípios (art 32) 
 Compõe-se de Brasília e de Regiões administrativas 
 Antecedentes históricos: 
o Inspiração americana: Washington, município neutro. 
o Constituição de 1824: Município Neutro como sede da capital do 
Império 
o Constituição de 1891: Distrito Federal como sede do governo Federal. 
Surgiu da transformação do antigo Município Neutro (sede da corte e 
Capital do Império), nos termos do art. 2º, passando a ser a Capital 
da União mantida a sede na cidade do Rio de Janeiro. Nesse 
momento de sua instituição, não se podia considerá-la como entidade 
federada, mas simples autarquia territorial. 
o Entretanto, o art. 3º da CF de 1891, estabelecia que pertencia 
à União uma área de 14.100 km2, no Planalto Central que 
seria oportunamente demarcada para nela estabelecer-se a 
futura Capital Federal. 
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o Cumprindo o Plano de Metas, (50 anos em 5), Juscelino Kubitschek, 
implementou a construção de Brasília, inaugurada em 21 de abril de 
1960. 
o Com a Constituição de 1988 (art. 18, § 1º), a Capital Federal passa a 
ser Brasília, deixando de ser mera autarquia territorial, tornando-se 
ente federativo. 
 Características: 
o Impossibilidade de divisão do DF em Municípios. 
o Autonomia parcialmente tutelada pela União. 
 
 
MUNICÍPIO 
 Alguns autores como José Afonso da silva entendem que ele não integra a 
federação, em razão deles não participarem da formação da vontade jurídica 
nacional. Entretanto, sua importância reside numa excelente fórmula de 
descentralização administrativa do Estado. Quanto mais descentralizado o 
exercício do poder maiores chances de participação politica do cidadão e por 
consequência mais elevado o nível democrático que se pode alcançar. 
 A autonomia está garantida nos arts 29 e 30. – o município elabora sua 
própria lei orgânica. 
 A constituição de 1891 expressava-os de forma tímida no art 68, mas n 
integrava a união. A de 1934 assegurou a autonomia dos municípios em 
tudo quanto ao seu interesse, ou seja conferiu implicitamente o status de 
ente federado. A de 1937 representou retrocesso, retirou dos municípios o 
direito de eleger seus prefeitos. A de 1946 restabeleceu o a autonomia dos 
municípios e ampliou a sua competência para instituir impostos. A de 1967 
extinguiu as receitas que os mesmos arrecadavam, federalizou certos temas 
municipais. A de 1988 deu o status de ente federado, assegurou plena 
autonomia, confere auto legislação, auto governo e auto administração. 
 Plena autonomia. (arts.1, 18, 29 e 30 e 34VII c) 
 Autolegislação, por meio de leis orgânicas; autogoverno; auto-
administração. Terceiro ente federativo 
 Autonomia (arts 1,18,29 e 30 e 34 VII c). 
 Auto-organização: se organizam por meio de Lei Orgânica, votada em dois 
turnos, com o interstício mínimo de dez dias e aprovada por dois terços dos 
membros da Câmara Municipal. 
 Autogoverno: contam com executivo próprio e o prefeito é o Chefe que deve 
ser eleito pelos munícipes junto com seu vice. 
 Autoadministração 
 Auto legislação 
 
 
TERRITÓRIOS 
 
 Não é ente federativo. 
 Não possuem autonomia. Segundo o art 18 $2° da CF integram a União, e 
sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem 
serão reguladas em lei complementar. 
 Apesar de ter personalidade, trata-se de mera descentralização 
administrativo-territorial da União. Uma autarquia que integra a União. 
 Lei Federal. Possuem organização jurídica e administrativa, logo possui 
natureza de autarquias administrativas territoriais da união. A lei que irá 
dispor sobre isso. 
 Podem ser divididos em municípios. 
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 Executivo. É dirigido por governador nomeado pelo presidente e não tem 
mandato fixo. 
 Legislativo. Cada território elegerá o número fixo de 4 deputados federais, 
caracterizando-se, assim, exceção ao princípio da proporcionalidade, ou 
seja, não existirá variação. 
 Descentralização administrativo - territorial da União 
 Autarquia que integra a união 
 Não possui autonomia politica 
 Integrantes de parcela do território nacional 
 Não pertencem aos Estados, DF e Municípios 
 Gerenciados e administrados pela União 
 Possuem personalidade jurídica 
 Os antigos territórios de Roraima, Amapá e Fernando de Noronha foram 
extintos pelos artigos 14 e 15 do ADCT. 
 Fernando de Noronha se tornou Distrito Estadual de Pernambuco 
 Podem ser criados: Art 18 §2 e 3. 
 Lei federal disporá sobre a organização (33); divisão em municípios (33 §1) 
executivo ( 84 XIV); 4 deputados federais (45 § 2); controle de contas ( 32 
§2); órgão ( 33 §3 e 21 XVIII). 
 Antecedentes históricos: 
o CF de 1891: estabeleceu o primeiro TF, o Acre, em 1904. Adquirido 
pelo Brasil pelo Tratado de Petrópolis, assinado com a Bolívia e pelo 
qual se celebrou permuta de territórios. 
o CF de 1937: Getúlio Vargas criou, com partes desmembradas dos 
estados do Pará, do Amazonas, de Mato Grosso, do Paraná e de 
Santa Catarina, os seguintes TFs: 
 Fernando de Noronha (extinto e reincorporado ao Estado de 
Pernambuco). 
 Amapá: transformado no Estado do Amapá. 
 Rio Branco: transformado do Estado de Roraima. 
 Guaporé: transformado no Estado de Rondônia. 
 Ponta Porã: reincorporado ao Estado de Mato Grosso do Sul. 
 Iguaçu: reincorporado ao Estado do Paraná e de Santa 
Catarina. 
 Não existem mais TF’s no Brasil. Até a Cf de 1988 havia três: Roraima, 
Amapá e Fernando de Noronha. Amapá e Roraima foram convertidos em 
estados federados, Fernando de Noronha foi extinto e sua área foi anexado a 
Pernambuco. 
 
7. COMPETÊNCIAS 
 
Conceito 
 Partilha do poder politico entre as entidades integrantes da federação 
 Resulta do pacto federativo. 
 Somente por meio da manifestação originária do poder constituinte é que 
pode haver a divisão de tarefas e competências dentro de um Estado 
federal. 
 Para assegurar a existência plena de um Estado federal, é necessário que 
cada um de seus componentes possua rendas próprias. 
 A União prestará socorros ao Estado que em caso de calamidade pública, os 
solicitar. 
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 A repartição de competências constitui o ponto nuclear da noção de Estado 
Federal. 
Critério de repartição: 
 União: interesse Geral 
 Estados: Interesse Regional 
 Municípios: interesse local 
 Norteado pelo princípio da predominância de interesses. 
 A REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA CF/88 
 
 No sistema da Constituição de 1988, convivem a repartição horizontal 
e a repartição vertical de competências. Sob a orientação de 
repartição horizontal, foram relacionadas as competências da União, 
no campo material e legislativo, permanecendo os Estados com as 
competências remanescentes e os Municípios com as competências 
definidas indicativamente (BRASIL, 1988, arts. 21, 22, 25 e 30). O 
Distrito Federal acumula as competências estaduais e municipais, 
com poucas exceções (arts. 21, XIII, XIV, e 22, XVII ). 
 Quanto à repartição vertical, ela se aplica onde possa haver atuação 
concorrente dos entes federativos. Foram previstos domínios de 
execução comum, em que pode ocorrer a atuação concomitante e 
cooperativa entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios 
(BRASIL, 1988, art. 23). No campo legislativo, foram definidos 
domínios de legislação concorrente, nos quais a União estabelece as 
regras gerais, a serem suplementadas pelos Estados, Distrito Federal 
e pelos Municípios (BRASIL, 1988, arts. 24 e 30, II). 
 De forma não sistemática, também há previsão de competência 
legislativa concorrente em alguns domínios que a Constituição atribui 
como privativos da União (BRASIL, 1988, art. 22, IX, XXI, XXIV, 
XXVII). Ainda nas matérias privativas da União, admite-se a 
possibilidade de delegação aos Estados do poder de legislar sobre 
questões específicas (BRASIL, 1988, art. 22, par. único). 
 
 Sistema complexo: 
 
 Enumeração dos poderes da união ( art 21 e 22), com possibilidades de 
delegação, poderes remanescentes para os Estados( art 25 § 1) e poderes 
genericamente indicados para os Municípios( art 30). Previsão de 
competências comuns ( art 23) e concorrentes ( art 24 exemplo) 
 Enumeração de todas as competências em matéria tributárias arts 153,155, 
156. 
 
8. TIPOLOGIAS 
 
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8.1 Quanto aos entes 
 Repartição horizontal de competências 
o Típicas de Federalismo Dual 
o Fixação de Competências Privativas 
o Não se verifica concorrência entre os entes federativos. 
o Cada ente exerce a sua atribuição nos limites fixados pela 
Constituição e sem relação de subordinação, nem mesmo 
hierárquica. 
o No Brasil predomina o modelo horizontal: efetua a enumeração 
exaustiva 
o Atuação separada e independente. Não pode ocorrer interferência de 
uma sobre a outra, sob pena de inconstitucionalidade. 
 
 Repartição vertical de competências 
o Típica do Federalismo Cooperativo 
o Há uma maior aproximação entre os entes federativos, que deverão 
atuar em complemento. 
o Fixação de competências Concorrentes 
o Repartidas verticalmente 
o A mesma matéria é partilhada entre os diferentes entes federativos, 
havendo certa relação de subordinação 
o No Brasil, cita-se as matérias de competência concorrente entre a 
União, os Estados e o DF. 
o No âmbito das matérias concorrentes, a União limita-se a estabelecer 
normas Gerais e os Estados, normas específicas. No entanto, em 
caso de inércia legislativa da União, os Estados poderão suplementá-
la, regulamentando as regras gerais sobre o assunto. 
 
o Uma mesma matéria é dividida entre os diversos entes federativos, de forma 
concomitante, operando uma distribuição funcional de competências. 
Surgem, então, as competências concorrentes (legislativas) e comuns 
(administrativas), que admitem a atuação de mais de um ente federativo 
em uma mesma matéria. 
 A competência concorrente, por sua vez, pode ser de duas espécies: a 
cumulativa e a não cumulativa. 
 Cumulativa: a matéria pode estar integralmente afeta a todos os 
entes federativos, sem limites prévios para o exercício da 
competência por cada um deles. 
 Não cumulativa: dentro de um mesmo campo material, a 
competência é fracionada em níveis, cada qual correspondente a um 
plano na escala federativa. Esse é o caso típico de repartição da 
andre
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competência legislativa em diferentes níveis: a um se atribui o 
estabelecimento de normas gerais; e a outro, de normas particulares 
ou específicas. Essa última espécie é a que propriamente estabelece 
uma repartição vertical de competências. 
 
 
 
8.2 Quanto à finalidade 
 Material 
o Refere-se à prática de atos políticos e administrativos (ex. art 21) 
 Legislativa 
o Credencia as entidades federadas a elaborar suas leis (ex. art 22) 
 
8.3 Quanto à origem 
 Originária 
o Quando desde o início (desde a constituição), é estabelecida em 
favor de uma entidade. 
 Delegada 
o Quando a entidade recebe sua competência por delegação daquela 
que a tem originalmente. 
 
8.4 Quanto à extensão 
 Exclusiva 
o É atribuída a uma entidade com exclusão das demais, sem 
possibilidade de delegação. 
 Privativa 
o Quando, embora própria de uma entidade, seja passível de 
delegação. 
 Comum, cumulativa ou paralela 
o Concedida a várias entidade em matérias que exigem esforço 
conjunto e simultâneo, ex. Art 23. 
 
 
Repartição Vertical 
(Federalismo Dual) 
Concorrente 
(Legislativa) 
Cumulativa 
Não cumulativa 
Comum (Material) 
andre
Realçar
andre
Realçar
9. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA 
 
 Exclusiva: não admite delegação (ex. art 25 § 1) 
 Privativa: admite delegação (ex.art 22 e seu paragrafo) 
 Concorrente: competência concomitante de mais de uma entidade para 
legislar a respeito de matérias, em níveis distintos (ex. art 24) 
o Suplementar: (quando cabendo a uma das entidades estabelecer 
regras gerais ) à outra a complementação(suplementação) dos 
comandos normativos ( ex. art 24 § 2). É típica dos Estados. No 
entanto, por força do artigo 30, II, o município suplementará a 
legislação federal e estadual no que couber. 
o Supletiva: competência que surge para suprir a falta de normas 
gerais.( ex. art 21 §3) 
 
9.1 Quanto a forma 
 Enumerada ou expressa: quando estabelecida de modo explícito (ex. arts 
21 e 22) 
 Remanescente ou reservada: competência que sobra para uma 
entidade, após a enumeração da competência de outra ( ex. art 25 § 1) 
 Residual: é a competência que sobra, após enumeração exaustiva das 
competências de todas as entidades. Assim, é possível que uma 
entidade tenha competência enumerada e residual, pois pode sobrar 
competência após enumeração de todas (exs. Art 154, II) 
 Implícita ou resultante: quando decorre da natureza dos poderes 
expressos, sendo absolutamente necessárias para que os mesmos possam 
ser exercidos 
 Concorrente = ex. art 24 
 Suplementar= ex art 24 § 1 e 4 
 
10. COMPETÊNCIAS DA UNIÃO 
 
As competências materiais privativas da União 
 
O art. 21 reúne as competências materiais da União, isto é, as 
atividades e encargos que a União está habilitada a desempenhar, sejam 
elas de cunho político, administrativo, econômico ou social. Ou seja, 
reúnem-se nesse dispositivo as competências de índole executiva ou não-
legislativa da União. 
O elenco do art. 21, porém, não esgota as competências materiais 
privativas da União, que podem ser encontradas também em outros 
dispositivos da Constituição de 1988. Entre eles, podem ser lembrados: 
art.164 (emitir moeda); art. 176 (pesquisa e lavra de recursos minerais e 
aproveitamento de energia hidráulica); art. 177 (petróleo, gás natural e 
outros hidrocarbonetos); art.184 (desapropriação para fins de reforma 
agrária); art. 194 (organizar a seguridade social); art. 198 (organizar o 
sistema único de saúde); art. 214 (estabelecer o plano nacional de 
educação). 
 
Também devem ser da União as competências referentes ao Distrito 
Federal, pelas especificidades que este ente federativo apresenta em 
termos institucionais e de segurança. 
Igualmente, são de índole federal os serviços oficiais de estatística, 
geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional. Esses grupos estão 
representados abaixo: 
 
 
 
 
Outros agrupamentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência material exclusiva da União expressa ou enumerada 
Art. 21. Compete à União: 
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações 
internacionais; 
II - declarar a guerra e celebrar a paz; 
III - assegurar a defesa nacional; 
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras 
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; 
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; 
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; 
VII - emitir moeda;(...) 
 
Obs. O que é indelegável é a competência entre as esferas, ou seja, não posso 
tirar competência da União e passar para Estado ou Município, mas dentro do 
próprio ente pode haver delegação, à exemplo a emissão de moeda é competência 
exclusiva da União, mas ela delega ao Banco central que é uma autarquia( pertence 
a união) que imprima as moedas. 
 
Competência legislativa privativa da União 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, 
aeronáutico, espacial e do trabalho; 
II - desapropriação; 
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de 
guerra; 
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre 
questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. 
As competências legislativas privativas da União 
Há uma correspondência entre as competências materiais da União e 
as suas competências legislativas (FERREIRA FILHO,2007, p. 62), porque, 
na maior parte das vezes, a execução da atividade deve basear-se em uma 
norma legal emanada do próprio ente. Por isso, existe uma correlação entre 
o art. 21 (competência material) e o art. 22 (competência legislativa) da 
Constituição (BRASIL, 1988, arts. 21 e 22). Isso ocorre nos casos 
seguintes: 
 
O mesmo se dá com algumas competências materiais da União que 
estão previstas, de modo esparso, no texto constitucional. Nessa hipótese, 
o quadro a seguir indica os dispositivos correspondentes em colchetes que 
se seguem à transcrição dos incisos: 
 
 
Outros domínios, embora não tenham correspondência imediata com 
as competências materiais do art. 21 ou de normas esparsas, são assuntos 
tipicamente disciplinados pela instância federal, porque dizem respeito à 
nação e sua relação com o exterior e os estrangeiros: 
 
 Em alguns casos, a competência legislativa da União foi determinada 
porque se entendeu necessário constituir sistemas de caráter nacional, para 
fomentar uma ação ordenada e uniforme na área. Esses grupos estão 
relacionados a seguir: 
 
 
 
 Mas o art. 22 vai além das competências legislativas da União que se 
dirigem às suas próprias competências de execução ou coordenação. Ele 
também contempla domínios de legislação que têm incidência sobre todos 
os cidadãos ou entes da federação. Nesse caso, a Constituição Federal 
acaba, muitas vezes, por proceder a limitação na autonomia dos entes 
federativos, principalmente quanto à prerrogativa de autolegislação. Em 
geral, a motivação para isso é conferir um único tratamento para o tema 
em todo o País, evitando desigualdades e distorções que poderiam ser 
provocadas por disciplinas distintas nos entes federados. Esse o caso típico 
das matérias jurídicas, relacionadas no quadro abaixo: 
 
 As competências da União na área do direito, que contempla cada vez 
mais domínios desde a Constituição de 1934, dão ensejo ao que se pode 
chamar de centralização jurídica. 
 Dois incisos do art. 22 tratam da disciplina de institutos que promovem 
interferência no direito de propriedade: a desapropriação e a requisição civil 
ou militar, por tratar de assuntos previstos nos direitos e garantias 
fundamentais (BRASIL, 1988, art. 5o, XXIV e XXV). 
 
 
Finalmente, quatroincisos do art. 22 preveem a competência 
privativa da União para editar “diretrizes” ou “normas gerais” nas matérias 
que menciona. Sua colocação nas competências privativas enseja uma 
inadequação técnica, porque aquelas expressões impõem uma repartição 
vertical de competências. São os seguintes os incisos: 
 
A competência da União para dispor sobre normas gerais de 
organização das polícias militares e corpos de bombeiros tem origem na 
ameaça que essas forças representam para o nível federal, conforme 
comprova a história – e de que é exemplo a Revolução Constitucionalista de 
1932 –. Por isso, consagrou-se a tradição constitucional de a União exercer 
controle, aumentado progressivamente, sobre as forças militares estaduais. 
 
Delegação de competências legislativas privativas da União 
 
A Constituição de 1988 admite que lei complementar autorize os 
Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas no 
art. 22. A Constituição de 1988 não indicou quais matérias, entre as listadas 
no art. 22, podem ser objeto da delegação. Algumas delas não a admitem, 
como no caso das que regulam atividades executadas pela União, ou 
daquelas que não possam ter desdobramentos específicos nos Estados. 
 
 
Competência material comum, cumulativa ou paralela da União 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios: 
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e 
conservar o patrimônio público; 
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas 
portadoras de deficiência; 
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico 
e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios 
arqueológicos; 
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de 
outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;(...) 
 
Competência legislativa concorrente 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
 I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
II - orçamento; 
III - juntas comerciais; 
IV - custas dos serviços forenses; 
V - produção e consumo; 
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e 
dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; 
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e 
paisagístico;(...) 
 
Competência tributária enumerada ou expressa 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados;(...) 
 
Competência tributária residual 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde 
que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios 
dos discriminados nesta Constituição; 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, 
compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, 
gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
 
 
 
 
 
11. COMPETÊNCIAS DOS ESTADOS MEMBROS 
 
Técnica dos Poderes Remanescentes ou Reservados 
Art 25 
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por 
esta Constituição. 
O art. 25, § 1o, da Constituição Federal traz a norma de atribuição de 
competências remanescentes, ao dispor que “são reservadas aos Estados as 
competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição” (BRASIL, 
1988, art. 25). Essa disposição se estende ao Distrito Federal (BRASIL, 
1988, art. 32, § 1o). 
Tradicionalmente, os Estados permaneciam com as competências que 
não eram conferidas à União. Como os Municípios foram erigidos a entes 
federativos, as competências estaduais passaram não só a ser comprimidas 
por cima, mas também por baixo. Atualmente, cabem aos Estados as 
competências que não se incluem entre as competências que a Constituição 
confere, explicita ou implicitamente, à União ou aos Municípios. 
As competências materiais privativas dos Estados resumem-se, na 
verdade, a competências administrativas e financeiras. E a disciplina dessas 
Competências 
Materiais 
Exclusiva (art 
21) 
Comum ( art 
23) 
Legislativas 
Privativa( art 
22) 
Concorrente ( 
art 24) 
matérias, por sua vez, forma quase todo o conjunto das suas competências 
legislativas privativas. 
As Constituições precedentes atribuíam aos Estados a competência de 
criarem e organizarem os Municípios e os distritos. Agora, a criação de 
Município, embora ainda exija lei estadual, tem sua disciplina geral no art. 
18 da Constituição Federal e, depois da Emenda Constitucional no 15, de 
1996, também depende de lei complementar federal. Esta norma veio 
conter o aumento do número de Municípios, ocorrido após a Constituição de 
1988, por meio de um controle centralizado na União. Com a elevação a 
ente federativo, o próprio Município dispõe sobre sua organização, por meio 
de lei orgânica. 
Quanto à criação, organização e supressão de distritos, trata-se 
agora de uma competência material dos Municípios, que deverão observar a 
legislação estadual pertinente. 
Como novidade, a Constituição faculta aos Estados a instituição, por 
lei complementar, de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e 
microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para 
integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de 
interesse comum (BRASIL, 1998, art. 25, § 3o). Assim, a criação das 
regiões metropolitanas, antes deferida à União, hoje cabe aos Estados. 
 
 
Competência material comum 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios 
Competência legislativa Privativa 
Art 25. § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões 
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por 
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o 
planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. 
Art 18 § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, 
far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar 
Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos 
Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, 
apresentados e publicados na forma da lei. 
Competência legislativa Concorrente 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
 
Competência Legislativa Exclusiva 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
 STF. Interesse local ( decisão do stf, não dá para ler) 
 
Competência Legislativa Suplementar 
Art 30. II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; 
V - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; 
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, 
os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem 
caráter essencial; 
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante 
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; 
 
Competência Material Comum 
Art. 30 
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, 
programas de educação infantil e de ensino fundamental; 
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, 
serviços de atendimento à saúde da população; 
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a 
legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.Competência material exclusiva 
Art. 144 § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à 
proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público 
municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o 
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de 
seus habitantes.

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