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Hipertensão Arterial Sistêmica Aula 3

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Hipertensão Arterial Sistêmica 
Geórgia Guimarães 
HIPERTENSÃO 
ARTERIAL 
 Definição 
 Epidemiologia 
 Fisiopatologia 
 Fatores de risco 
 Classificação 
 Avaliação 
 Tratamento 
 Reabilitação 
Definição 
 A pressão arterial (PA) pode ser definida como a força que o sangue 
exerce sob a parede do vaso (sistólica e diastólica) 
 
 Condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e 
sustentados de pressão arterial 
 
 Fisiopatologia classificada em dois tipos: 
▫ Hipertensão Primária 
▫ Hipertensão Secundária 
 
• Hipertensão Primária: sem causa médica identificável (90% dos casos) – 
hereditariedade? Envelhecimento? 
 
• Hipertensão Secundária: provocada por outros transtornos que afetam os 
rins, as artérias, o sistema endócrino. 
Ex: 
 
 
 
Fisiopatologia 
Estenose da artéria renal 
Síndrome de Cushing 
Hipo e hipertireoidismo 
Apneia do Sono 
Feocromocitoma 
Fisiopatologia 
FATORES QUE AFETAM A PRESSÃO ARTERIAL 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Press%C3%A3o_arterial.png
 Mecanismos fisiopatológicos: 
 
• Falência da atuação dos baroreceptores – sensores (mecanoreceptores) 
Fisiopatologia 
Vaso sanguíneo 
(baroreceptotes) 
Captam a 
pressão média no 
seu interior 
Enviam 
mensagens ao 
cérebro 
O cérebro ou a 
PA de acordo c/ a 
necessidade 
SNA - regulando 
o DC e a RV 
• Sistema Renina – Angiotensina – Aldosterona: 
 
 
 
 
Fisiopatologia 
Angiotensinogênio 
(Substrato da Renina) 
Renina 
(Rim) 
Angiotensina I 
ECA 
 
Angiotensina II Aldosterona 
Retenção de H2O 
 e Na+ 
Vasoconstrição 
 da PA 
Epidemiologia 
HAS 
Doença 
cardiovascular 
Número 
elevado de 
internação 
hospitalar 
Importantes 
problemas 
de saúde 
pública 
Fatores de 
risco 
modificáveis 
Epidemiologia 
Fatores de risco 
Hipertensão Primária 
Relação direta e linear da 
PA com a idade – 
enrijecimento das artérias 
Prevalência entre homens e 
mulheres é semelhante 
IDADE SEXO 
Fatores de risco 
Transmissão de caracteres anatômicos e fisiológicos, 
tanto normais como patológicos, dos progenitores 
aos descendentes, de geração em geração 
Fatores de risco 
IMC = 
Peso (kg) 
Altura ² (m) 
Abaixo de 18.4 Abaixo do peso 
18.5 - 24.9 Peso normal 
25.0 - 29.9 Sobrepeso 
30.0 - 34.9 Obesidade Grau I 
35.0 - 39.9 Obesidade Grau II 
Acima de 40 Obesidade Grau III 
 Obesidade central: 
▫ Circunferência 
abdominal 
▫ Homens: ≥ 102 cm 
▫ Mulheres: ≥ 88 cm 
Fatores de risco 
 Resposta aguda ao estresse: 
▫ ↑ frequência cardíaca 
▫ ↑ pressão arterial 
▫ ↑ frequência respiratória 
 
Estresse frequente ou mantido por 
longo tempo pode comprometer o 
organismo gerando doenças 
Fatores de risco 
Excessiva Deficiente 
INGESTÃO DE SÓDIO Hipotensão HAS 
Fatores de risco 
Alimentação 
rica em 
açúcar e 
gordura 
Ingestão de 
bebida 
alcoólica 
Objetivo da avaliação 
Diagnóstico 
Identificar 
fatores de 
risco 
Lesões em 
orgãos-alvo 
Doenças 
associadas 
Risco 
cardiovascular 
global 
Avaliação clínica 
AVALIAÇÃO CLÍNICA 
Anamnese 
História clínica 
completa 
Aspectos 
socioeconômicos 
Medicamentos 
Exame 
físico 
Medida da 
pressão arterial 
IMC e Medida 
da circunferência 
da cintura 
Avaliação clínica 
PREPARO DO PACIENTE 
Explicar o procedimento ao paciente 
Deve estar na posição sentada, pernas descruzadas, pés 
apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado. O 
braço deve estar na altura do coração, livre de roupas, 
apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo 
ligeiramente fletido 
 Medida da pressão arterial 
Avaliação clínica 
PARA A MEDIDA PROPRIAMENTE 
1) Localizar a artéria braquial ao longo da face interna superior do braço 
palpando-a; 
 
 
 
 
 
2) Envolver a braçadeira, suave e confortavelmente, em torno do braço, 
centralizando o manguito sobre a artéria braquial. Manter a margem inferior da 
braçadeira 2,5cm acima da dobra do cotovelo; 
 
 
 
 
 
 
Avaliação clínica 
PARA A MEDIDA PROPRIAMENTE 
3) Determinar o nível máximo de insuflação palpando o pulso radial até seu 
desaparecimento, registrando o valor (pressão sistólica palpada) e aumentando 
mais 30 mmHg; 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) Desinsuflar rapidamente o manguito e esperar de 15 a 30 segundos antes de 
insuflá-lo de novo; 
 
 
 
 
Avaliação clínica 
PARA A MEDIDA PROPRIAMENTE 
5) Posicionar o estetoscópio sobre a artéria braquial palpada abaixo do manguito 
na fossa antecubital. Deve ser aplicado com leve pressão assegurando o contato 
com a pele em todos os pontos. As olivas devem estar voltadas para frente; 
 
 
 
 
 
 
 
 
6) Fechar a válvula da pera e insuflar o manguito rapidamente 
até 30 mmHg acima da pressão sistólica registrada; 
 
7) Desinsuflar o manguito de modo que a pressão caia de 
2 a 3 mmHg por segundo; 
 
Avaliação clínica 
PARA A MEDIDA PROPRIAMENTE 
8) Identificar a Pressão Sistólica (máxima) em mmHg, observando no 
manômetro o ponto correspondente ao primeiro batimento regular audível (sons 
de Korotkoff); 
 
9) Identificar a Pressão Diastólica (mínima) em mmHg, observando no 
manômetro o ponto correspondente ao último batimento regular audível. 
Desinsuflar totalmente o aparelho com atenção voltada ao completo 
desaparecimento dos batimentos; 
 
10) Esperar de 1 a 2 minutos para permitir a liberação do sangue. Repetir a 
medida no mesmo braço anotando os valores observados. 
 
 
 
 
Classificação 
Classificação Pressão sistólica (mmHg) Pressão diastólica (mmHg) 
Ótima < 120 < 80 
Normal < 130 < 85 
Limítrofe 130–139 85–89 
Hipertensão estágio 1 140–159 90–99 
Hipertensão estágio 2 160–179 100–109 
Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110 
Avaliação clínica 
 Medida da circunferência abdominal 
Medir a circunferência abdominal no 
ponto médio entre o rebordo costal 
inferior e a crista ilíaca 
Local de 
medição 
 Detectar lesões clínicas ou subclínicas 
 
▫ Análise de urina 
▫ Glicemia de jejum 
▫ Colesterol total, HDL, triglicérides plasmáticos 
▫ Ácido úrico plasmático 
Avaliação laboratorial 
Exames complementares 
 Monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) 
▫ Realizada pelo paciente ou outra pessoa capacitada 
▫ Com equipamentos validados 
3 medidas pela manhã 
3 medidas a noite 
Durante 5 dias 30 medidas 
2 medidas pela manhã 
2 medidas a noite 
Durante 7 dias 28 medidas 
Tanto para o 
diagnóstico 
como para 
seguimento do 
tratamento 
 Monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas (MAPA) 
▫ Registro indireto e intermitente da pressão arterial 
▫ Atividades habituais durante os períodos de vigília e sono 
▫ Método superior a medida de consultório 
▫ São consideradas anormais as medias de PA: 
 Vigília > 130/85 mmHg 
 Sono > 110/70 mmHg 
Exames complementares 
• Radiografia de tórax 
• Ecocardiograma 
• Ultrassom de carótida 
• Teste ergométrico 
Exames complementares 
http://www.google.com.br/imgres?q=radiografia+de+torax&num=10&hl=pt-BR&sa=X&biw=1280&bih=692&sout=0&tbm=isch&imgrefurl=http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=1139&tbnid=-Vwweqri6a6LaM&docid=4kyMcvEIlTALBM&ved=0CEoQhRYoAg&ei=LkEsUKODA8Pm0QHwjIDQAw&dur=1870
http://www.google.com.br/imgres?q=ecocardiograma&hl=pt-BR&sout=0&biw=1280&bih=692&tbm=isch&imgrefurl=http://www.medsalud.com.ar/imagenes/ecocardiograma.htm&tbnid=DdHzHQkfZDCS4M&docid=D2ETpZyoeO_5gM&ved=0CGIQhRYoAA&ei=bUEsUPOyMYSA7AGuooCYBg&dur=4062
Tratamento 
Baseado no risco 
cardiovascular considerando 
a presença de fatores de 
risco, lesão em orgão-alvo , 
doença cardiovascular 
estabelecida 
CATEGORIA DE RISCO CONSIDERAR 
Sem risco adicional Tratamento não medicamentoso 
Risco adicional baixo Tratamento não medicamentoso/ medicamentoso 
Risco adicional médio, alto e muito alto Tratamento não medicamentoso + medicamentoso 
Tratamento 
 
 Falta de conhecimento sobre a doença 
 Aspectos culturais e crenças erradas adquiridasno contexto familiar 
 Relacionamento inadequado com a equipe de saúde 
 Custo elevado dos medicamentos e efeitos indesejáveis 
 Interferência na qualidade de vida após inicio do tratamento 
NÃO ADESÃO AO TRATAMENTO 
Tratamento 
Exercícios 
aeróbios 
Exercícios 
resistidos 
↓ PA 
Tratamento 
Cirurgia bariátrica é 
considerada o tratamento 
efetivo para obesidade 
moderada a grave 
 Perdas de peso e da circunferência abdominal 
▫ Reduções da PA 
▫ Melhora de alterações metabólicas associadas 
 
Tratamento 
Necessidade diária O consumo médio do brasileiro 
é 2x o recomendado 
Tratamento 
Objetivo primordial do 
tratamento da 
hipertensão arterial e a 
redução da morbidade e 
da mortalidade 
cardiovasculares 
 Anti-hipertensivos devem nao só reduzir a pressão arterial, mas também 
os eventos cardiovasculares fatais e não fatais, e, se possível, a taxa de 
mortalidade 
 
Tratamento 
Frutas Hortaliças Fibras Minerais Laticínios 
Medicamentos 
 Explicar aos pacientes a ocorrência de possíveis efeitos adversos, eventuais 
modificações na terapêutica e tempo necessário para que o efeito dos 
medicamentos seja obtido 
 
ANTI-HIPERTENSIVOS 
Diuréticos Hidroclorotiazida, Furosemida, Espironolactona 
Inibidores adrenérgicos Clonidina, Reserpina, Propranolol 
Vasodilatadores diretos Nitroprussiato , Hidralazina 
Bloqueadores dos canais de cálcio Nifedipina , Verapamil , Diltiazém 
Inibidores da enzima conversora da angiotensina Captopril, Enalapril 
Bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina II Losartan , Valsartan 
Reabilitação Cardíaca 
Equipe 
Multiprofissional 
Médico 
Enfermeiro 
Nutricionista 
Psicólogo 
Fisioterapeuta 
Farmacêutico 
É o somatório das atividades 
necessárias para garantir aos 
pacientes portadores de cardiopatia 
as melhores condições física, mental 
e social, de forma que eles 
consigam, reconquistar uma posição 
normal na comunidade e levar uma 
vida ativa e produtiva 
Reabilitação Cardíaca 
 Associação entre o baixo nível de atividade física e a presença de 
hipertensão arterial 
 
 Exercício físico regular pode reduzir os níveis pressóricos 
PRÁTICA DE 
EXERCÍCIOS 
FÍSICOS 
PROGRAMA 
DE 
EDUCAÇÃO 
Prevenção e 
tratamento 
Obrigada! 
http://www.hcrp.fmrp.usp.br/cer/informacao.aspx?id=716&ref=21&refV=109

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