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COOPERATIVA

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CENTRO SULAMERICANO DE ENSINO SUPERIOR
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO COOPERATIVISMO
Me. Marco Aurélio Meirelles 
FEDRIGO, Maria Gabriela[footnoteRef:1] [1: Discente do curso de Administração do Centro Sulamericano de Ensino Superior – CESUL; Francisco Beltrão, Paraná, mariagabrielafedrigo@hotmail.com.] 
BATISTA, Rafaela[footnoteRef:2] [2: Discente do curso de Administração do Centro Sulamericano de Ensino Superior – CESUL; Francisco Beltrão, Paraná, ] 
CONSTITUIÇÃO DE UMA COOPERATIVA
SUMÁRIO
CONSTITUIÇÃO DE UMA COOPERATIVA	2
DIREITOS E DEVERES DOS COOPERADOS	4
ORGANOGRAMA DA COOPERATIVA	6
CONCEITO DE ASSEMBLEIA	9
TIPOS DE ASSEMBLEIAS	11
CONSELHO ADMINISTRATIVO E SUAS FUNÇÕES	13
QUÓRUM DE INSTALAÇÃO E DE APROVAÇÃO	16
FUNDOS OBRIGATÓRIOS, COTA CAPITAL/SOBRAS	18
LIVROS E DOCUMENTOS NECESSÁRIOS	33
VOTO E SUSPENSÃO DA ASSEMBLEIA	37
ATRIBUIÇÕES E ATUAÇÃO DO CONSELHO FISCAL	39
REFERÊNCIAS	40
CONSTITUIÇÃO DE UMA COOPERATIVA
O termo Cooperativa é derivado do verbo cooperar, tal qual seus conceitos e princípios são baseados na mesma. Para um definição mais especifica, Cooperativa é toda e qualquer associação autônoma de pessoas que se uniram voluntariamente para satisfazerem suas ambições e necessidades econômicas, sociais e culturais. No Brasil, não existe número mínimo de pessoas com interesses em comum, de acordo com a Lei 5.764/71, definindo a Política Nacional de Cooperativismo e instituindo um regime jurídico as Cooperativas. É de suma importância que essas pessoas apresentem interesse pelo sistema econômico, para que o trabalho seja realizado de maneira eficaz e eficiente, e economicamente organizada de forma democrática, isto é, contando com a participação livre de todos e respeitando direitos e deveres de cada um de seus cooperados, aos quais presta serviços, sem fins lucrativos.
Para a constituição de uma cooperativa, o primeiro passo é o entendimento conjunto dos cooperados viabilizando um senso comum, ou seja, possuir decisão de comum e acoplar os objetivos dos membros. Além de determinar os objetivos, é essencial definir uma comissão e um coordenador dos trabalhos. Um fator muito importante para a construção da constituição é elaborar um plano de negócio, tencionando uma noção no valor do mercado, público alvo, concorrência, requisitos para entrar em um determinado setor, por exemplo. Entre os objetivos das cooperativas estão o desejo por maior capacitação profissional, melhor rendimentos, divulgação da atividade, exercer o trabalho com autonomia, partilhar com outros membros o conhecimento, habilidades técnicas e recursos diversos. Tendo como base da empresa o estatuto, na mesma apresenta as linhas gerais de seu modo operacional, equivalendo o contrato dos cooperados fazem entre si. 
Estatuto é um conjunto de normas jurídicas cuja caraterísticas comum é estabelecer regras de organização e funcionamento de uma sociedade, instituição, órgão, estabelecimento, empresa pública ou privada. Deve conter na mesma: 
· Direitos e deveres dos associados, natureza de suas responsabilidades e condições de admissão, eliminação e exclusão, e normas para representação;
· Capital mínimo, valor da quota-parte, mínimo de quotas a ser subscrito pelo associado, modo de integralização, condições de sua retirada nos casos de demissão, eliminação ou exclusão;
· Forma de devolução das sobras registradas aos associados ou do rateio das perdas apuradas;
· Modo de administração e fiscalização, estabelecendo os respectivos órgãos, definição de suas atribuições e poderes e funcionamento, representação ativa e passiva da sociedade em juízo ou fora dele, prazo do mandato e processo da substituição dos administradores e conselheiros fiscais;
· Formalidade de convocação das assembleias gerais e a maioria delas requeridas para a sua instalação, validade das suas deliberações, vedado o direito de voto aos que nelas tiverem interesse particular sem privá-las de participar dos debates. 
Já o Capital Social serve para possibilitar a prestação de serviços, ou seja, para instalações e equipamentos necessários. Assim, cada grupo deverá elaborar um projeto de viabilidade econômica, especificando quais são essas instalações e equipamentos para calcular o valor com o qual cada um deverá contribuir. O capital será subdivido em quotas, cujo valor unitário não poderá ser superior ao maior salário ao maior salário mínimo vigente no país. Para a formação do capital social, poderá ser estipulado que o pagamento das quotas-partes seja realizado mediante as prestações periódicas, independentemente de chamada, por meio de contribuições. As quotas-partes do capital nunca serão cedidas a terceiros, estranhos a sociedade.
DIREITOS E DEVERES DOS COOPERADOS
Uma cooperativa é uma associação de pessoas com interesse comuns que prestam serviços entre si, com o objetivo de aumentar os benefícios para todos os associados. Os membros de uma cooperativa tem obrigação a cumprir, bem como direitos que devem ser respeitados pelo grupo. 
Responsabilidades dos Cooperados 
 
Além das responsabilidades individuais, os cooperados têm uma responsabilidade
Coletiva. São as decisões que os diretores não podem tomar sem a aprovação da
Assembleia Geral dos cooperados, tais como:
 
· Aprovação dos planos de trabalhos da Cooperativa;
· Aprovação da prestação de contas do Conselho de Administração e parecer do Conselho Fiscal;
· Aprovação de distribuição de sobras;
· Aumento de capital da Cooperativa;
· Reforma do Estatuto;
· Dissolução voluntária da Cooperativa e nomeação de liquidantes;
· Aprovação das contas dos liquidantes;
· Aquisição e vendas de bens móveis e imóveis;
· Fusão, incorporação ou desmembramento da Cooperativa.
ORGANOGRAMA DA COOPERATIVA 
Dentro de uma empresa, as atividades propostas devem ser planejadas e organizadas com clareza para que sejam executadas com eficiência. Para tanto, é necessário que se organize uma estrutura hierárquica que represente a planta da organização; que ilustre cada departamento da empresa com suas tarefas e seus respectivos responsáveis, superiores e subordinados. Essa estrutura hierárquica pode ser representada graficamente por uma figura denominada organograma.
O principal objetivo do organograma é fazer com as pessoas de dentro, como as de fora da empresa, entendam, de maneira clara, como as pessoas e atividades se relacionam dentro de determinada empresa. Em outras palavras, o organograma esclarece dúvidas de clientes, parceiros e fornecedores.
Outra função importante do organograma é proporcionar a agilidade na percepção das áreas de negócio. A partir do momento em que se conhecem os responsáveis, assim como os seus departamentos, fica mais fácil entender para onde esses podem crescer e como os colaboradores podem contribuir para tanto. Resumindo, o organograma empresarial ajuda a reconhecer possíveis problemas, da mesma forma que ajuda a desenvolver melhorias para as áreas que as necessitam.
Porém, para que um organograma cumpra seu papel com excelência, é preciso que ele seja claro e flexível. Claro para que represente com fidelidade a estrutura da empresa, sem deixar margem a interpretações errôneas; flexível para que as pessoas não se tornem engessadas dentro de uma hierarquia rígida que muitas vezes pode comprometer a desenvoltura dos departamentos e dos funcionários. Ou seja, um organograma eficiente deve retratar o momento atual da empresa e ser flexível o suficiente para ser alterado de acordo com a necessidade e com as mudanças do dia a dia da empresa.
Traduzindo o modelo do IBGC para os cargos estatutários previstos na Lei Complementar 130/2009 e na Resolução CMN 3.859/2010 teremos a primeira parte do organograma (de cima para baixo), apresenta a Assembleia Geral Ordinária, representada por todos os associados da Cooperativa; Estes associados elegem o Conselho de Administração da Cooperativa, órgão este coordenado por um Presidente e um Vice-Presidente; A Assembleia Geral é subsidiada pelas informações fornecidas pelas Auditorias Interna e Externa, responsáveis pela análisedas demonstrações financeiras e pela verificação da adoção das políticas e normativos existentes.
 A Assembleia Geral elege também o Conselho Fiscal, formado por associados que serão responsáveis por acompanhar de perto a adoção das boas práticas de governança e de gestão da cooperativa; Para conduzir as análises e estudos inerentes ao Conselho de Administração a cooperativa pode valer-se de Comitês Não Operacionais responsáveis pela análise de questões estratégicas e pelo acompanhamento da gestão da cooperativa. Os comitês, formados pelos conselheiros de administração titulares e/ou suplentes, estudam os assuntos de sua competência e preparam as propostas para o Conselho de Administração. O material necessário ao exame do Conselho deve ser disponibilizado junto com a recomendação de voto. Só o conselho pode tomar as decisões; Todos os órgão acima são os responsáveis por garantir a GOVERNANÇA COOPERATIVA, e a Direção Estratégica, e são identificados pela pirâmide invertida, uma vez que o órgão máximo é representado pela totalidade dos associados (Assembleia Geral); Abaixo, na pirâmide da GESTÃO EXECUTIVA estão inicialmente os integrantes da Diretoria Executiva, órgão este instituído na Resolução 3.859/2010 e eleitos pelo Conselho de Administração; Na sequência estão os demais cargos da cooperativa, estes contratados pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e constituídos por Gerentes, Assessores, Atendentes, Caixas, Assistentes, Estagiários e outros.
CONCEITO DE ASSEMBLEIA 
A Série Assembleias foi elaborada para auxiliar as cooperativas na realização de suas assembleias gerais, momento em que os cooperados decidem sobre os rumos de seu negócio. Assembleia Geral é o órgão máximo da sociedade cooperativa, responsável pelas decisões de interesse do empreendimento. As deliberações desta assembleia devem ser acatadas por todos os cooperados, inclusive os ausentes e/ ou discordantes, privilegiando sempre o interesse coletivo. De acordo com a lei cooperativista 5764/71, as cooperativas realizam suas assembleias gerais ordinárias nos três meses subsequentes ao término do exercício, ou seja, de janeiro a março, em geral.
O evento é o ponto alto do exercício da democracia em uma cooperativa que, por si só, já representa uma forma democrática de organização de pessoas. É na assembleia que os cooperados debatem e influenciam diretamente, por meio do voto, as questões fundamentais da cooperativa. Portanto, para que o desejo dos cooperados seja de fato respeitado, é importante que a assembleia conte com grande participação do quadro social. O cooperado tem que se sentir parte de todo o processo também na hora da tomada de decisões, e não somente na hora de obedecê-las. Afinal, ele é dono da cooperativa.
A assembleia pode ser convocada pelo Presidente do Conselho de Administração da cooperativa, ou por qualquer dos órgãos de administração (que constarem do Estatuto da Cooperativa), pelo Conselho Fiscal, ou, após solicitação não atendida, por 1/5 dos associados em pleno gozo dos seus direitos (artigo 38, § 2º da lei 5764/71). Ela será convocada com antecedência mínima de 10 dias, em primeira convocação, através de editais afixados em locais apropriados das dependências mais frequentadas pelos associados, através de publicação em jornal e através de comunicação aos associados por intermédio de circulares (artigo 38, § 1º da lei 5764/71).
A assembleia será constituída pela reunião de pelo menos 2/3 do número de associados, em primeira convocação; pela metade mais um dos associados, em segunda convocação e pelo mínimo de 10 associados na terceira e última convocação (artigo 40, incisos I, II e III da lei 5764/71). A segunda e terceira convocação só ocorrerão se estiverem previstas no estatuto da cooperativa e no edital de convocação, sendo observado o intervalo mínimo de uma hora entre a realização destas. A assembleia pode ser extraordinária ou ordinária.
TIPOS DE ASSEMBLEIAS
ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA: Realizada sempre que necessário ou podendo ocorrer entre os meses de janeiro e março, a Assembleia Geral Extraordinária é um importante instrumento de gestão, permitindo que assuntos emergenciais possam ser tratados com a devida urgência. Temas que merecem atenção especial, tais como reforma do estatuto; mudança do objeto da sociedade; fusão, incorporação ou desmembramento da cooperativa; dissolução voluntária da sociedade e nomeação de liquidantes; contas do liquidante são pautas exclusivas dessa Assembleia. Cabe lembrar, no entanto, que a Assembleia Geral Extraordinária pode deliberar sobre quaisquer assuntos de interesse da cooperativa, desde que mencionados no edital de convocação.
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA: Realizada, obrigatoriamente, pelo menos uma vez por ano, no decorrer dos 4 (quatro) primeiros meses após o término do exercício social, é responsável pelas deliberações relativas a temas como: aprovação da prestação de contas dos órgãos da administração; destinação das sobras apuradas ou rateio das perdas; eleição e posse dos componentes da Diretoria e dos Conselhos quando findar o mandato; fixação do valor dos honorários e gratificações dos membros da Diretoria e dos Conselhos, caso haja; entre outros assuntos de interesse da sociedade cooperativa. A data, horário, local e os assuntos que irão ser deliberados na assembleia deverão ser amplamente divulgados entre os sócios da cooperativa, pelos mesmos meios utilizados para a divulgação da Assembleia Geral.
No entanto, é preciso que estejam claros os assuntos que são exclusivos de uma assembleia extraordinária: esses não podem ser discutidos, de forma alguma, na assembleia ordinária. São eles: reforma do estatuto; fusão, incorporação ou desmembramento da cooperativa; mudança do objeto da sociedade (finalidade, ramo, entre outros); dissolução voluntária da sociedade; nomeação e contas dos liquidantes. Nas ordinárias, deliberam-se o planejamento anual, a prestação de contas do órgão de administração (acompanhada do parecer do conselho fiscal), os relatórios da gestão, o balanço do ano, demonstrativos das sobras, eleição de componentes dos conselhos e fixação dos honorários. É importante ressaltar que, na prestação de contas e fixação dos honorários, os membros do conselho de administração e fiscal ficam proibidos de votar.
O sistema de votação também apresenta algumas diferenças nos dois tipos de assembleias. A votação de maioria simples, ou seja, metade mais um dos cooperados, é aceita tanto na ordinária quanto na extraordinária, mas quando forem deliberados assuntos exclusivos da extraordinária, será necessário o voto de 2/3 dos associados presentes para validá-los. Para que ambas as assembleias estejam de acordo com a Lei 5764/71 e com o estatuto da cooperativa, todos os pontos discutidos, quaisquer que sejam, devem estar detalhados no edital.
CONSELHO ADMINISTRATIVO E SUAS FUNÇÕES
A estrutura organizacional é o molde legal que define como se darão as relações entre os cooperados bem como as relações institucionais da cooperativa com os diversos atores da sociedade: outras cooperativas, empresas privadas, poder público, instituições públicas etc. No Brasil é a LEI no 12.690, DE 19 DE JULHO DE 2012 que rege o cooperativismo, diz o que são as cooperativas, como devem ser formadas e liquidadas, a quem servem, como devem ser estruturadas etc.
Quanto ao Conselho de Administração ou Diretoria, a lei determina que sejam eleitos, dentre os cooperadores, os administradores pela Assembleia Geral, com mandato nunca superior a quatro anos e com a renovação obrigatória de no mínimo 1/3 (um terço) por eleição. A lei não faz menção ao número de componentes no conselho nem às funções destes, porém, geralmente participam 3 (três) membros efetivos e 1 (um) vogal. Estes membros podem ser designados como coordenador geral, administrativo e financeiro, ou conforme a necessidade de cada cooperativa.
O Conselho de Administração é responsável pela execução das atividades-meio da cooperativa, tais como as administrações financeirae do fundo de reserva, negociação de contratos, divulgação de produtos e/ou serviços, negociações de compra: de matérias primas, materiais de apoio etc., das negociações de venda de produtos e/ou serviços etc. Ser responsável, entretanto, não significa que não possa requisita outros cooperados para tais atividades, pode e deve.
Quanto ao Conselho Fiscal, é responsável por fiscalizar a administração em suas ações e contratos, a lei determina que seja composto pela eleição, dentre os cooperadores, de 3 (três) membros efetivos mais 3 (três) suplentes, com a possibilidade de reeleição de apenas 1/3 (um terço) dos componentes. Segundo a lei 5764-71, seriam necessárias 20 pessoas para constituir uma cooperativa, entretanto, pelo novo código civil (2002), uma cooperativa pode ser constituída com 7 pessoas, que é o número mínimo necessário para preencher as vagas dos conselhos, 1 (um) no Conselho Administrativo e 6 (seis) no Conselho Fiscal. Entretanto, para evitar que uma pessoa fique sozinha no Conselho de Administração (que concentra muito poder), recomenda-se um número mínimo de 10 (dez) pessoas, 3 (três) no Administrativo e 6 (seis) no Fiscal.
Em relação aos fundos obrigatórios, a estrutura das cooperativas inclui ainda dois fundos obrigatórios: o Fundo de Reserva, que recebe 10% das sobras líquidas do exercício social, e o Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES), que recebe 5% das mesmas sobras líquidas. Estes fundos são chamados de indivisíveis, pois pertencem à cooperativa, não aos cooperados.
· Quotas Partes e Capital Social
As quotas partes são a propriedade individual (privada) de cada cooperado sobre a cooperativa. Apesar “da cooperativa” não ser propriedade privada, as quotas partes são. A cooperativa não é propriedade privada, pois não pode ser vendida nem comprada, já que as quotas partes não podem ser comercializadas a terceiros, mas apenas aos cooperados. A lei ainda põe um limite em que um cooperado pode ter no máximo 1/3 das quotas partes da cooperativa.
O conjunto das quotas partes constitui o capital social da cooperativa, que garante a responsabilidade empresarial desta no mercada. O capital social é também chamado de Fundo Divisível, pois é de propriedade dos cooperados. No balanço patrimonial da cooperativa, por exemplo, o capital social é um passivo, ou seja, é uma dívida da cooperativa com os cooperados. Para que a cooperativa possa pagar esta dívida, o resto de seu patrimônio, os ativos, deve ser igual ou maior que o valor do capital social.
Nas cooperativas de produção e de comercialização, que vão adquirindo patrimônio conforme vão crescendo, as quotas partes podem ser anualmente ajustadas ao valor do patrimônio (até o limite de 12% de valorização anual). Estes ajuste e valorização possibilitam que os trabalhadores acumulem um patrimônio individual ao longo dos anos de trabalho na cooperativa. As quotas partes, neste caso, funcionam como uma espécie de FGTS. Apesar da recomendação geral de que todos tenham o mesmo valor de quota parte, esta é uma boa política apenas inicialmente, durante a constituição da cooperativa, mas não a longo prazo. Não podemos esquecer que as quotas partes são dos cooperados e que eles têm o direito de se desfazer delas (devolvendo-as à cooperativa ou vendendo-as a outros cooperados). Uma política mais sustentável no longo prazo é a aquisição gradual de quotas partes, em que cada novo cooperado entra na cooperativa com o número mínimo de quotas definido no estatuto e vai adquirindo mais quotas ao longo dos anos, conforme o crescimento do patrimônio da cooperativa.
QUÓRUM DE INSTALAÇÃO E DE APROVAÇÃO
Do latim quórum, o quórum é o número de indivíduos de que se necessita para que um corpo deliberante ou parlamentar trate de certos assuntos e possa tomar uma determinação válida. Trata-se de um conceito jurídico muito importante no âmbito da política. É possível que o quórum se exija para o tratamento de uma determinada questão (neste caso, a sessão não poderá começar até haver um mínimo de assistentes) ou que seja imprescindível para tomar um acordo (requer-se uma maioria válida nas votações). O quórum pode alcançar-se de diversas formas. O quórum por maioria simples ou maioria ordinária necessita, para aprovar uma determinada decisão, mais votos a favor do que votos contra.
A maioria absoluta é aquela que se consegue com mais de metade dos votos dos integrantes que compõem a sessão. Por exemplo: numa assembleia com vinte membros, a maioria absoluta obtém-se com onze votos. No caso de um corpo parlamentar com dez integrantes, a maioria absoluta chega com seis votos.
A maioria qualificada ou maioria especial, por fim, necessita de mais votos do que uma maioria ordinária ou requer alguns requisitos adicionais (uma percentagem mínima de votos, um mínimo de votos válidos, etc.).
No caso do quórum de assistência, trata-se de uma ferramenta habitual para impedir que se trate de temas que se oponham aos interesses de um sector. Um grupo decide não acudir (recorrer) ao parlamento e, desta forma, não outorga quórum, evitando assim que se desenrole uma sessão que poderia desembocar em medidas opostas aos seus interesses.
O quórum para instalação da assembleia geral é de 2/3 do número de associados da cooperativa, em primeira convocação. Não havendo no horário estabelecido quórum de instalação, a assembleia poderá ser realizada em segunda ou terceira convocações, com intervalo mínimo de uma hora entre as convocações, desde que assim permitam os estatutos e conste do respectivo edital de convocação. O quórum para instalação da assembleia geral é de metade mais 1 dos associados, em segunda convocação; e de no mínimo de 10 associados na terceira convocação, ressalvado o caso de cooperativas centrais, federações e confederações que se instalarão com qualquer número.
FUNDOS OBRIGATÓRIOS, COTA CAPITAL/SOBRAS
· FUNDOS OBRIGATÓRIOS
Sobre os fundos que as cooperativas devem manter obrigatoriamente, é preciso ter em mente que estes visam, em sua maior parte, cumprir os anseios previstos pelos princípios cooperativistas. De acordo com os valores do cooperativismo e com o 5o princípio, as cooperativas devem promover a educação e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos, dos dirigentes e, sempre que possível, dos trabalhadores para que possam contribuir, eficazmente, para o seu desenvolvimento. O referido princípio informa o público em geral - particularmente os jovens e os formadores de opinião - sobre a natureza e as vantagens da cooperação. A Lei 5.764/1971, que define a política nacional do cooperativismo no Brasil, confirma expressamente a obrigação da constituição de fundos legais: Fundo de Reserva e Fates1 – Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social. 
· Art. 28 As cooperativas são obrigadas a constituir: 
I Fundo de Reserva destinado a reparar perdas e atender ao desenvolvimento de suas atividades, constituído com 10% (dez por cento), pelo menos, das sobras líquidas do exercício;
II Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social, destinado à prestação de assistência aos associados, seus familiares e, quando previsto nos estatutos, aos empregados da cooperativa, constituído de 5% (cinco por cento), pelos menos, das sobras líquidas apuradas no exercício. 
· § 1o Além dos previstos neste artigo, a Assembleia Geral poderá criar outros fundos, inclusive rotativos, com recursos destinados a fins específicos, fixando o modo de formação, aplicação e liquidação. 
· § 2o Os serviços a serem atendidos pelo Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social poderão ser executados mediante convênio com entidades públicas e privadas
· FUNDOS RESERVA
O Fundo de Reserva possui duas destinações básicas: 
· Reparar perdas;
· Atender ao desenvolvimento das atividades da cooperativa.
 Tanto o fundo quanto o percentual que ele representa, devem estar previstos no Estatuto Social. É constituído por, no mínimo, 10% (dez por cento) das sobras líquidas do exercício. Caso o fundo tenha caráter de reserva, deveatender os períodos em que o resultado não atinja o equilíbrio entre os valores recebidos das contribuições e o rateio das despesas. A sociedade lançará mão dessa ferramenta para cobrir integralmente ou parcialmente as perdas. Quando a cobertura for parcial, o restante das perdas será rateado entre os cooperados conforme previsão estatutária e da Lei 5.764/1971. 
· Art. 21 O estatuto da cooperativa, além de atender ao disposto no art. 4º, deverá indicar:
· IV a forma de devolução das sobras registradas aos associados, ou do rateio das perdas apuradas por insuficiência de contribuição para cobertura das despesas da sociedade; (grifo nosso) 
· Art. 89 Os prejuízos verificados no decorrer do exercício serão cobertos com recursos provenientes do Fundo de Reserva e, se insuficiente este, mediante rateio, entre os associados, na razão direta dos serviços usufruídos, ressalvada a opção prevista no parágrafo único do art.80. (Grifo nosso) Fundo de Reserva 11
· Art. 80 As despesas da sociedade serão cobertas pelos associados mediante rateio na proporção direta da fruição de serviços. Parágrafo único - A cooperativa poderá, para melhor atender à equanimidade de cobertura das despesas da sociedade, estabelecer: 
· I rateio, em partes iguais, das despesas gerais da sociedade entre todos os associados, quer tenham ou não, no ano, usufruído dos serviços por ela prestados, conforme definidas no estatuto; 
· II rateio, em razão diretamente proporcional, entre os associados que tenham usufruído dos serviços durante o ano, das sobras líquidas ou dos prejuízos verificados no balanço do exercício, excluídas as despesas gerais já atendidas na forma do item anterior. (Grifo nosso) 
O Fundo de Reserva terá ainda o caráter de atendimento ao desenvolvimento das atividades da cooperativa. Por ser uma norma de caráter genérico e subjetivo, a utilização desse recurso se dará em aquisição ou investimento em bens e serviços que agregarão crescimento ao objeto e à finalidade da cooperativa. Krueger (2007) cita como formas de utilização dos recursos do Fundo de Reserva:
· Aprimoramento da tecnologia da informação a ser utilizada pela cooperativa; 
· Melhoria das instalações físicas da sociedade.
· FUNDO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA, EDUCACIONAL E SOCIAL (FATES)
A destinação do Fates é bastante ampla. É utilizado no campo social, educacional e técnico, podendo o Estatuto Social estabelecer especificadamente em quais tipos de atividades ele será empregado. A aplicação desses recursos pode ser um diferencial da sociedade cooperativa, se utilizado na sua plenitude, em diversos programas sociais, assistenciais e técnicos, assim compreendidos:
· Assistência Técnica - Destinado à prestação de orientação e de serviços variados ao corpo associativo, tanto na parte operacional, como na parte executiva; 
· Educacional - Abrange a realização de treinamentos diversos, com cursos específicos destinados aos cooperados, seus familiares, dirigentes e, quando previsto no Estatuto Social, empregados;
· Social - Constituição e manutenção de programas na área social, através de intercâmbio entre cooperativas, atividades coletivas que visem a melhorar a integração entre dirigentes e cooperados, dentre outros.
 Algumas cooperativas, entretanto, vêm utilizando o recurso para fazer face às despesas administrativas, o que afronta diretamente o princípio cooperativista orientador dos fundos. São exemplos de mau uso do Fates:
1. Utilização do Fates como forma de complemento de preço de leite aos cooperados. Tais recursos não podem ter vinculação com o Fates. 
2. Utilização do fundo para comprar e manter, mensalmente, um plano de previdência privada para todos os cooperados. Essa utilização desvirtua a intenção da lei.
Vale ressaltar que é possível a aprovação pela Assembleia Geral (visto que esse é o órgão supremo da cooperativa - artigo 38 da Lei 5.764/1971) de normas e/ou manual que regulamentem os requisitos, limite de valores, prazo, forma de comprovação da utilização do recurso do Fates dentro das finalidades que o artigo 28, inciso II da Lei 5.764/1971, determina. A utilização dos recursos do Fates pode se dar pela própria cooperativa ou mediante a formação de convênios com entidades públicas e privadas, caso a sociedade entenda que essas tenham mais experiência ou pessoal capacitado, proporcionando melhor aproveitamento do recurso. Para utilização do Fates, deve-se preservar sempre o princípio da igualdade entre os associados.
· OUTROS FUNDOS
O art. 28, §1o, dispõe ainda que é facultado às cooperativas a criação de outros fundos, até mesmo rotativos, desde que aprovados em Assembleia Geral. Ainda em Assembleia deve-se definir, de forma clara e precisa a finalidade do fundo criado, a origem dos recursos, como serão utilizados e a forma de liquidação. No caso de liquidação, os recursos do fundo devem retornar aos cooperados ou à cooperativa, conforme estipulado no momento de sua criação.
· FUNDOS REVERTIDOS EM SUA TOTALIDADE PARA A COOPERATIVA
Na hipótese da cooperativa, em seu Estatuto Social, estabelecer que as sobras revertam-se em sua totalidade aos fundos, observamos não haver ilegalidade, uma vez que foi aprovado pelos cooperados, não havendo também previsão legal que disponha o contrário. Entretanto, os cooperados não receberão a distribuição das sobras e isso pode, ao longo do tempo, gerar insatisfação
· INDIVISIBILIDADE DOS FUNDOS LEGAIS 
Os fundos legais (Fates e Fundo de Reserva) são indivisíveis, conforme art. 4º da Lei 5.764/1971. 
· Art. 4o As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes características:
· VIII - indivisibilidade dos fundos de Reserva e de Assistência Técnica, Educacional e Social; (grifo nosso).
· DESTINAÇÃO DOS FUNDOS LEGAIS EM CASO DE DISSOLUÇÃO DA COOPERATIVA
Em caso de liquidação ou dissolução da cooperativa, os fundos obrigatórios serão revertidos em favor do Tesouro Nacional, conforme disposição do art. 68, VI da Lei 5.764/1971.
· Art. 68. São obrigações dos liquidantes: 
· VI - realizar o ativo social para saldar o passivo e reembolsar os associados de suas quotas-partes, destinando o remanescente, inclusive o dos fundos indivisíveis, ao Banco Nacional de Crédito Cooperativo S/A.; (O BNCC foi extinto pela Lei 8.029/1990 e o seu sucessor em direitos e obrigações é o Tesouro Nacional) (grifo nosso)
· COTA CAPITAL/SOBRAS
Sua cooperação é essencial para o seu desenvolvimento e da Cooperativa. Nesse sentido, a Cota Capital é a sua parte do patrimônio na cooperativa e confirma sua associação. Este valor é do associado, intransferível e permanece na cooperativa como uma fonte de recursos, além de ser um quesito para tomada de financiamentos.
Ele gera crescimento e desenvolvimento para o próprio cooperado, para a Cooperativa, para sua família e seu município. A Cota Capital permite ao associado aumento de seus benefícios junto à cooperativa, ampliação do limite de crédito e realiza, além disso, uma previdência na Cooperativa, com bonificação nas cestas de serviços. Você tem a sua disposição duas maneiras para investir:
· Em cota única: valor e data definidos pelo sócio;
· Em capitalização periódica programada: o sócio define valores e prazos, bem como a opção de débito automático nas datas escolhidas, os quais são integralizados no capital social.
Tributação das sobras, pagas ou capitalizadas pelas Sociedades Cooperativas: Retenções na Fonte; Tributação no caso de beneficiário pessoa física; Tributação no caso de beneficiário pessoa jurídica.
ATO COOPERATIVO: 
· Art. 79. Denominam-se atos cooperativos os praticados entre as cooperativas e seus associados, entre estes e aquelas e pelas cooperativas entre si quando associados, para a consecução dos objetivos sociais. 
· Parágrafo único. O ato cooperativo não implica operação de mercado, nem contrato de compra e venda de produto ou mercadoria.
OPERAÇÕES TRIBUTÁVEIS: 
· Art. 111 da Lei nº 5.764/71:· Art. 111. Serão considerados como renda tributável os resultados positivos obtidos pelas cooperativas nas operações de que tratam os artigos 85, 86 e 88 desta Lei.
· ART. 43 DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL 
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: 
· I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; 
· II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. 
· § 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção.
A disponibilidade econômica ou jurídica notamos desde logo que o código não colocou as duas palavras econômica e jurídica como termos sinônimos e substituíveis um pelo outro, nem os mencionou como complementares, até porque não aludiu à disponibilidade econômica e jurídica, mas, sim, à disponibilidade econômica ou jurídica, isto é, como disponibilidades alternativas, de maneira a que uma ou outra possa gerar a incidência do imposto de renda. (OLIVERIA, Ricardo Mariz de. Fundamentos do Imposto de Renda. Quarter Latin, 2008, p. 289).
Entende-se por disponibilidade econômica a possibilidade de dispor, possibilidade de fato, material, direta, da riqueza. Possibilidade de direito e de fato, que se caracteriza pela posse livre e desembaraçada da riqueza. Configura-se pelo efetivo recebimento da renda ou dos proventos. Como assevera Gomes de Sousa, na linguagem de todos os autores que tratam do assunto, disponibilidade econômica corresponde a rendimento (ou provento) realizado, isto é, dinheiro em caixa (MACHADO, Hugo de Brito. Comentários ao Código Tributário Nacional. 2ª ed, Atlas, 2007, p. 448).
Já a disponibilidade jurídica, nos dizeres de Hugo de Brito Machado configura-se, em princípio, pelo crédito da renda ou dos proventos. Enquanto a disponibilidade econômica corresponde ao rendimento realizado, a disponibilidade jurídica corresponde ao rendimento (ou provento) adquirido, isto é, ao qual o beneficiário tem título jurídico que lhe permite obter a respectiva realização em dinheiro (p. ex., o juro ou dividendo creditados).
Não se deve confundir disponibilidade econômica com disponibilidade financeira da renda ou dos proventos de qualquer natureza. Enquanto esta última se refere à imediata “utilidade” da renda, a segunda está atrelada ao simples acréscimo patrimonial, independentemente da existência de recursos financeiros. Não é necessário que a renda se torne efetivamente disponível (disponibilidade financeira) para que se considere ocorrido o fato gerador do imposto de renda, limitando-se a lei a exigir a verificação do acréscimo patrimonial (disponibilidade econômica). (STJ, 2ª T., REsp 983.134/RS, Rel. Min. CASTRO MEIRA, abr/08).
LEI Nº 7.713/88 : 
· Art. 3º O imposto incidirá sobre o rendimento bruto, sem qualquer dedução, ressalvado o disposto nos arts. 9º a 14 desta Lei. (Vide Lei 8.023, de 12.4.90) 
· § 1º Constituem rendimento bruto todo o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos, os alimentos e pensões percebidos em dinheiro, e ainda os proventos de qualquer natureza, assim também entendidos os acréscimos patrimoniais não correspondentes aos rendimentos declarados. 
· § 4º A tributação independe da denominação dos rendimentos, títulos ou direitos, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem dos bens produtores da renda, e da forma de percepção das rendas ou proventos, bastando, para a incidência do imposto, o benefício do contribuinte por qualquer forma e a qualquer título.
IN RFB Nº 15, de 06.02.2001 
· Art. 2º Constituem rendimentos tributáveis todo o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos, os alimentos e pensões e, ainda, os proventos de qualquer natureza, assim também entendidos os acréscimos patrimoniais não correspondentes aos rendimentos declarados. 
· § 1º A tributação independe da denominação dos rendimentos, títulos ou direitos, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem dos bens produtores da renda e da forma de percepção das rendas ou proventos, bastando, para a incidência do imposto, o benefício do contribuinte por qualquer forma e a qualquer título.
LEI Nº 9.249/1995 
· Art. 10. Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, não ficarão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do imposto de renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliado no País ou no exterior. (obs: A lógica da não incidência tributária sobre os lucros distribuídos está no fato de que tais lucros já foram tributados pela pessoa jurídica).
IN RFB Nº 971/2009 – Trata do INSS 
Art. 215. As bases de cálculo previstas nos arts. 213 e 214, observados os limites mínimo e máximo do salário-de contribuição, definidos nos §§ 1º e 2º do art. 54: 
· Aos valores totais pagos, distribuídos ou creditados aos cooperados, ainda que a título de sobras ou de antecipação de sobras, exceto quando, comprovadamente, esse rendimento seja decorrente de ganhos da cooperativa resultantes de aplicação financeira, comercialização de produção própria ou outro resultado cuja origem não seja a receita gerada pelo trabalho do cooperado;
HIROMI HIGUCHI “o produto entregue pelo cooperado considera-se vendido quando da emissão da nota fiscal de saída do estabelecimento da cooperativa para terceiro adquirente (PN nº 77/76 e 66/86). A Lei nº 10.676/03 não considera como receita do momento da venda o valor da retenção feita pela cooperativa. No momento da distribuição ou capitalização da sobra o valor correspondente torna-se renda do cooperado. Com isso, fica alterado o entendimento firmado pelo PN nº 522/70.” (Imposto de Renda das Empresas, 2013, pág. 201, 38ª Edição).
Em relação as sobras, No caso das Sociedades Cooperativas, se os resultados decorrentes de atos cooperativos não se sujeitam à tributação, pois pertencem aos cooperados e não à Pessoa Jurídica, faz sentido que a tributação recaia na figura dos sócios, caso contrário, teríamos um rendimento de capital ou de trabalho, livre de tributação.
COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS 
· A Lei nº 10.676, de 22 de maio de 2003, que trata de exclusões na base de cálculo do PIS e COFINS das Cooperativas em geral, fixou a seguinte regra no § 1º do artigo 1º, especificamente para as Cooperativas de Produção Agropecuária: 
· § 1º As sobras líquidas da destinação para constituição dos Fundos referidos no caput somente serão computadas na receita bruta da atividade rural do cooperado quando a este creditadas, distribuídas ou capitalizadas pela sociedade cooperativa de produção agropecuárias.
COOPERATIVAS DE CRÉDITO:
No caso das Cooperativas de Crédito, em princípio, o cálculo de rateio das sobras é realizado com base nos seguintes parâmetros: 
a) Proporcional às aplicações financeiras realizadas pelos associados: Complemento de remuneração;
b) Proporcional aos depósitos em conta corrente: Equivale à Remuneração de juros; 
c) Proporcional aos Empréstimos concedidos aos associados: Devolução parcial dos juros pagos...
LEI Nº 5.764/71, Art. 24 
· § 3° É vedado às cooperativas distribuírem qualquer espécie de benefício às quotas-partes do capital ou estabelecer outras vantagens ou privilégios, financeiros ou não, em favor de quaisquer associados ou terceiros excetuando-se os juros até o máximo de 12% (doze por cento) ao ano que incidirão sobre a parte integralizada.
LEI COMPLEMENTAR Nº 130/2009 
· Art. 7o   É vedado distribuir qualquer espécie de benefício às quotas-parte do capital, excetuando-se remuneração anual limitada ao valor da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - Selic para títulos federais.  
RESOLUÇÃO CNCNº 18/1978 
· I - As sociedades cooperativas somente poderão pagar juros sobre o valor das quotas-partes integralizadas do capital quando tiverem sido apuradas sobras.
IN RFB Nº 41/1998: 
· Art. 1º Para efeito do disposto no art. 9º da Lei Nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, considera-se creditado, individualizadamente, o valor dos juros sobre o capital próprio, quando a despesa for registrada, na escrituração contábil da pessoa jurídica, em contrapartida a conta ou subconta de seu passivo exigível, representativa de direito de crédito do sócio ou acionista da sociedade ou do titular da empresa individual. 
· Parágrafo único. A utilização do valor creditado, líquido do imposto incidente na fonte, para integralização de aumento de capital na empresa, não prejudica o direito a dedutibilidade da despesa, tanto para efeito do lucro real quanto da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido.
IN RFB Nº 41/1998: Art. 2º O valor dos juros a que se refere o artigo anterior, creditado ou pago, deve ser informado ao beneficiário: 
· I - pessoa física, anualmente, na Linha 02 do Campo 6 do Comprovante de Rendimentos Pagos e de Retenção de Imposto de Renda na Fonte a que se refere o Anexo I da Instrução Normativa SRF Nº 088, de 24 de dezembro de 1997; 
· II - pessoa jurídica, até o dia 10 do mês subsequente ao do crédito ou pagamento, por meio do Comprovante de Pagamento ou Crédito a Pessoa Jurídica de Juros sobre o Capital Próprio a que se refere o Anexo Único a esta Instrução Normativa. 
· Parágrafo único. Ficam convalidados os informes feitos em documento diferente do referido no inciso II, relativos a juros creditados ou pagos a pessoas jurídicas, entregues anteriormente a vigência desta Instrução Normativa.
IN RFB Nº 41/1998:
· Art. 3º Na hipótese de beneficiário pessoa física, o valor líquido dos juros creditados ou pagos deve ser incluído na declaração de rendimentos, correspondente ao ano-calendário do crédito ou pagamento, como rendimento tributado exclusivamente na fonte. 
· Parágrafo único. O valor líquido dos juros, creditado à pessoa física, mas não pago até o dia 31 de dezembro do ano do crédito, deverá ser informado, na sua declaração de bens, como direito de crédito contra a pessoa jurídica. 
· Art. 4º Na hipótese de beneficiário pessoa jurídica, o valor dos juros creditados ou pagos deve ser escriturado como receita, observado o regime de competência dos exercícios.
· Art. 5º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO: Decreto nº 3.000/99: 
· Art. 347. A pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos de apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP (Lei nº 9.249, de 1995, art. 9º). 
· § 2º Os juros ficarão sujeitos à incidência do imposto na forma prevista no art. 668 (Lei nº 9.249, de 1995, art. 9º, § 2º). 
DEDUTIBILIDADE DA DESPESA: Decreto nº 3.000/99 
Art. 348.  São dedutíveis os seguintes encargos
· Os juros pagos pelas cooperativas a seus associados, de até doze por cento ao ano sobre o capital integralizado (Lei nº 4.506, de 1964, art. 49, parágrafo único, e Lei nº 5.764, de 1971, art. 24, § 3º).
Parecer Normativo CST Nº 73/75
· Segundo este PN, devem ser apuradas em separado as receitas das atividades próprias das cooperativas e as receitas derivadas das operações por elas realizadas com terceiros. Igualmente computados em separado os custos diretos e imputados às receitas com as quais guardam co-relação. A partir daí, e desde que impossível destacar os custos e encargos indiretos de cada uma das duas espécies de receitas, devem eles ser apropriados proporcionalmente ao valor das duas receitas brutas.
Solução de Consulta 349 – Cosit, de 17.12.2014
· A remuneração anual dos associados, pessoas físicas, de sociedade cooperativa de crédito, na proporção do capital integralizado por cada associado, e limitada ao valor da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), constitui fato jurídico tributário sobre o qual incide o imposto sobre a renda, a ser retido na fonte por ocasião de seu pagamento, mediante aplicação da tabela progressiva, e a ser considerado redução do apurado na Declaração de Ajuste Anual (DAA) da pessoa física beneficiária.
RETENÇÃO IRF: “Superintendência Regional da Receita Federal 9ª Região Fiscal Solução de Consulta nº 25 de 12 de fevereiro de 2004 Assunto: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte – IRRF. Ementa: Os juros até o limite de 12% ao ano, pagos ou creditados pelas cooperativas a seus associados, a título de remuneração do capital social, estão sujeitos à retenção do imposto de renda na fonte à alíquota de 20%.”
RETENÇÃO IRF: “Superintendência Regional da Receita Federal 1ª Região Fiscal Solução de Consulta nº 99 de 13 de dezembro de 2001 Assunto: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte – IRRF Ementa: JUROS PAGOS POR COOPERATIVAS. Os juros pagos pelas cooperativas a seus associados pessoas físicas, como remuneração do capital social, sofrerão tributação exclusiva da fonte, à alíquota de 20%, na data do pagamento ou crédito.”
RETENÇÃO IRF: “Superintendência Regional da Receita Federal 1ª Região Fiscal Decisão nº 168 de 26.06.2000 Assunto: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte – IRRF Ementa: JUROS PAGOS POR COOPERATIVAS. Os juros pagos pelas cooperativas a seus associados pessoas físicas, como remuneração do capital social, sofrerão tributação exclusiva da fonte, à alíquota de 20%, na data do pagamento ou crédito, não podendo, no entanto, ser compensado na declaração de Ajuste Anual.”
LIVROS E DOCUMENTOS NECESSÁRIOS 
LIVROS
A Cooperativa deverá possuir os seguintes livros:
a) de Matrícula;
b) de Atas das Assembleias Gerais Ordinárias e de Assembleias Gerais Extraordinárias ;
c) de Atas dos Órgãos de Administração;
d) de Atas do Conselho Fiscal;
e) de Presença dos Cooperados nas Assembleias Gerais;
f) outros, fiscais, contábeis, obrigatórios.
É facultada a adoção de livros de folhas soltas ou fixas.
DOCUMENTOS
DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA PELA JUCEPAR PARA ARQUIVO (Consultar a Junta Comercial do Paraná)
a) Capa do Processo/Requerimento assinado pelo representante legal; 
b) Ata de Assembleia Geral Ordinária, que deverá ser apresentada em três vias, sendo que, no mínimo, uma das vias deve ser original e as demais podem ser fotocópias autenticadas. 
c) Estatuto Social, salvo se transcrito na ata ou no instrumento público; que deverá ser apresentada em três vias, sendo que, no mínimo, uma das vias deve ser original e as demais podem ser fotocópias autenticadas;
d) Ata de eleição de peritos ou de empresa especializada, na hipótese de realização do capital em bens, salvo se a nomeação for procedida na Assembleia de Constituição; 
e) Ata de deliberação sobre laudo de avaliação dos bens, se não contida na deliberação na ata de constituição, acompanhada do laudo, salvo se transcrito na ata; 
f) Aprovação prévia do órgão governamental competente, quando for o caso; 
g) Ficha de Cadastro Nacional – FCN, em 1 via; 
h) Fotocópias autenticadas de RG e CIC de todos os membros eleitos para a administração da Cooperativa (Conselheiros de Administração, Diretores e membros do Conselho Fiscal);
i) Declaração de desimpedimento dos membros eleitos para a Diretoria e Conselho Fiscal, de não estarem impedidos por lei especial, nem a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; nem por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou à propriedade, quando não estiver consignada a declaração na própria ata de Constituição; 
j) Declaração de não haver parentesco até 2º grau em linha reta ou colateral entre os administradores e conselheiros eleitos, quando não estiver consignada a declaraçãona própria Ata de Constituição; 
k) CGC – Ficha de Inscrição do Estabelecimento Sede (FIES), em 3 vias; l) Comprovantes de pagamento dos preços dos serviços: recolhimento federal / DARF e recolhimento estadual. 
Observações:
a) O ato constitutivo deverá ser apresentado em 3 vias sendo, no mínimo, uma via original. As vias adicionais que vierem a ser apresentadas serão cobradas de acordo com a tabela de preços da Junta Comercial do Paraná. 
b) A autenticação de cópias de documentos que instruírem atos levados a arquivamento, quando necessária, poderá ser feita pelo próprio servidor da Junta Comercial, mediante o cotejo com o documento original. 
c) A ata da assembleia que aprovar incorporação de bens imóveis, deverá conter sua descrição, identificação, área, dados relativos a sua titulação, bem como o número de sua matrícula no registro imobiliário, e quando for o caso, a anuência do cônjuge.
d) A ata deverá ser assinada por todos os membros fundadores. 
e) A ata deverá ser vistada por advogado, com indicação do nome e número de inscrição na respectiva seccional da Ordem dos Advogados do Brasil.
f) A ata não poderá ter emendas, rasuras e entrelinhas, admitida, porém, nesses casos, ressalva no próprio instrumento, com as assinaturas das partes.
g) As vias do documento deverão utilizar apenas o anverso das folhas, ser grafadas nas cores pretas ou azul, obedecendo aos padrões técnicos de indelebilidade e nitidez para permitir sua reprografia, microfilmagem ou digitalização.
h) Para o arquivamento, extrair-se-á translado certificando tratar-se de cópia autêntica da ata original, lavrada no livro próprio, atestada pelo secretário.
Para a Junta Comercial:
· Quatro vias da Ata de Assembleia Geral de Constituição e do Estatuto;
· Todas as páginas são rubricadas por todos os associados fundadores;
· Cópia de Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa Física (CPF) do presente; 
· Relação nominativa dos presentes;
· Cópia do comprovante de residência do presidente; 
· Cópia do comprovante do local de funcionamento da instituição;
· Visto de advogado na última página das vias da Ata e do Estatuto; 
Para a Receita Federal:
· Ficha cadastral e ficha complementar (CNPJ);
· Cópia do CPF, RG e comprovante de residência de todos os diretores;
· Lista de associados;
No prazo máximo de 30 dias corridos a partir da retirada do processo devidamente arquivado pela Junta Comercial a cooperativa deverá dar entrada no pedido do CNPJ na Receita Federal, sob pena de, passado este prazo, haver o pagamento de multa. Para tanto ela deverá apresentar a FCPJ – Ficha de Cadastro de Pessoa Jurídica (de preferência em disquete, podendo também ser em formulário). Para o preenchimento da FCPJ é necessário ter o nome, endereço e o número de CRC do contador e o nome e CPF do responsável pela cooperativa junto à Receita Federal. A emissão do cartão provisório e o número do CNPJ são imediatamente concedidos.
VOTO E SUSPENSÃO DA ASSEMBLEIA
VOTO
O voto é uma forma de demonstrar opinião, vontade ou preferência por algo que está sendo colocado em votação. Por exemplo, nas eleições municipais, ao votarmos em um candidato, expressamos a nossa vontade de que ele seja eleito. Essa decisão é feita com base em nossas crenças, valores e no que acreditamos que será melhor para nosso ambiente. Mas o voto está presente em nossas vidas além das eleições para os cargos de governo. 
Nas cooperativas singulares, cada associado presente à assembleia não terá direito a mais de um voto, qualquer que seja o número de suas quotas-partes. O voto é a expressão mais clara da participação. As decisões são votadas por:
a) Aclamação: quando há uma só proposta em discussão;
b) Secreto: quando há mais de uma proposta em discussão. Não é utilizado nas assembleias gerais de delegados;
c) Nominal: cada associado, de viva voz, declara sua vontade;
d) Aberto (simbólico): o associado manifesta sua posição.
 Qualquer que seja o sistema de votação, deve primar pela liberdade do votante, possibilitando-o a manifestar-se de acordo com a sua vontade e sua consciência. Diante de qualquer assunto a ser votado, encerrada a fase de discussão e debate, a mesa chamará a atenção da plenária para o momento da votação da matéria, contando os votos a favor, os votos contrários e as abstenções. Não podem votar os associados com vínculo empregatício com a cooperativa, os membros do conselho de administração e fiscal nas votações de contas, relatórios, honorários e gratificações e os associados admitidos após a publicação do edital de convocação da assembleia geral.
SUSPENSÃO
É uma ação de suspender, de interromper temporariamente, estado de suspenso. Interrupção temporária ou adiamento definitivo de, pausa: suspensão do jogo. Pena disciplinar imposta a um funcionário, empregado etc., que impede, temporariamente, de exercer suas funções. 
A assembleia poderá ser suspensa, admitindo-se a continuidade em data posterior, sem necessidade de novos editais de convocação desde que determinada a data, hora e local de prosseguimento da sessão, e que tanto na abertura quanto no reinício, conte com o quórum legal, o qual deverá ser registrado na ata.
ATRIBUIÇÕES E ATUAÇÃO DO CONSELHO FISCAL
A atividade dos conselheiros fiscais é a tarefa essencial para garantir a saúde econômica-financeira de uma cooperativa. São eles os verdadeiros guardiões da execução da estratégia e do orçamento, o que impacta diretamente o retorno social e econômico esperado pelos cooperados. Esses conselheiros atuam especialmente no que diz respeito à transparência da gestão dos recursos financeiros. 
Pensando em auxiliar aqueles que assumirão a tarefa nada fácil de ser um conselheiro fiscal, o Sistema OCB apresenta o Manual de Orientação para o Conselho Fiscal, que aborda desde aspectos da sua constituição a atribuições gerais e especificados dessa função. 
Assim, consciente de seu papel, o conselheiro fiscal poderá contribuir de forma cada vez mais efetiva na fiscalização da gestão e apresentação do resultado econômico-financeiro, contribuindo-se diretamente com o desenvolvimento sustentável do cooperativismo brasileiro. 
Em relação as atribuições, apresenta a função de fiscalizar as ações praticadas pelos administradores e opinar sobre as contas da companhia (demonstrações financeiras, modificações de capital, incorporação, emissão de debêntures, etc.). Para isso, os membros do conselho fiscal reúnem-se para analisar amplamente os assuntos de sua competência e emitem pareceres e manifestação a respeito. Qualquer acionista pode solicitar a leitura dos pareceres do conselho fiscal nas assembleias ou a instalação do mesmo e sugerir a eleição de membros qualificados para compor seu quadro.
REFERÊNCIAS
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SEBRAE. O que é e como formar uma cooperativa?. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/como-criar-uma-cooperativa,f3d5438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD. Acesso em: 5 nov. 2019.
NOVO NEGÓCIO. Como montar uma cooperativa [Guia completo + impostos]. Disponível em: https://novonegocio.com.br/ideias-de-negocios/como-montar-uma-cooperativa/. Acesso em: 5 nov. 2019.
SEBRAE. Saiba sobre os direitos e deveres dos associados de uma cooperativa. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/direitos-e-deveres-dos-associados-de-uma-cooperativa,893c5a3a1d315510VgnVCM1000004c00210aRCRD. Acesso em: 5 nov. 2019.
SICOOB COOMPEG. Composição. Disponível em: http://www.sicoobcoopemg.com.br/Paginas/SicoobCoopemg/Composicao/default.aspx. Acesso em: 5 nov. 2019.
PORTAL DO COOPERATIVISMO FINANCEIRO. Assembleia geral. Disponível em: https://cooperativismodecredito.coop.br/legislacao-e-gestao/assembleia-geral/. Acesso em: 5 nov. 2019.
PORTAL TRIBUTÁRIO. Legislação. Disponível em: http://www.portaltributario.com.br/legislacao/lei5764.htm. Acesso em: 5 nov. 2019.
COOPERATIVISMO DE CRÉDITO. Organograma de uma cooperativa. Disponívelem: https://cooperativismodecredito.coop.br/2011/01/o-organograma-de-uma-cooperativa-de-credito/. Acesso em: 5 nov. 2019.
NIBO. Organograma Empresarial: para que serve?. Disponível em: https://www.nibo.com.br/blog/organograma-empresarial-para-que-serve/. Acesso em: 5 nov. 2019.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CASA CIVIL SUBCHEFIA PARA ASSUNTOS JURÍDICOS. LEI Nº 5.764, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1971.. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5764.htm. Acesso em: 5 nov. 2019.
UNI BRASIL SAUDE. VOCÊ SABE O QUE FAZ O CONSELHO ADMINISTRATIVO DE UMA COOPERATIVA?. Disponível em: http://unibrasilsaude.com.br/voce-sabe-o-que-faz-um-conselho-administrativo-de-uma-cooperativa/. Acesso em: 5 nov. 2019.
UNISOL BRASIL. QUAL É A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE UMA COOPERATIVA?. Disponível em: http://www.unisolbrasil.org.br/qual-e-a-estrutura-organizacional-de-uma-cooperativa/. Acesso em: 5 nov. 2019.
SISTEMA OCEMG SESCOOP/MG. fundos de cooperativa. Disponível em: file:///C:/Users/Maria%20Gabriela/Downloads/cartilha_fundos_web%20(1).pdf. Acesso em: 5 nov. 2019.
SISTEMA OCEPAR . Roteiro para Constituição da Cooperativa. Disponível em: http://www.paranacooperativo.coop.br/ppc/index.php/sistema-ocepar/2012-03-08-14-53-53/2011-12-06-17-43-23/2011-12-06-17-45-24/roteiro?showall=&start=9. Acesso em: 5 nov. 2019.
CRESOL SICOPER. Cota capital. Disponível em: https://cresolsicoper.com.br/produto-servico/cota-capital. Acesso em: 5 nov. 2019.
PARANA COOPERATIVO. Roteiro para constituição da cooperativa . Disponível em: http://www.paranacooperativo.coop.br/ppc/attachments/article/40106/RoteiroParaConstituicao.pdf. Acesso em: 5 nov. 2019.
OCBMS . CONDUÇÃO DE ASSEMBLEIAS GERAIS EM COOPERATIVAS. Disponível em: http://www.ocbms.org.br/public/noticias/2126-manual-conducao-de-assembleias-gerais-em-cooperativas-2015.pdf. Acesso em: 5 nov. 2019.
SEBRAE. COOPERATIVAS - ASSEMBLÉIA GERAL. Disponível em: http://vix.sebraees.com.br/es/manualempresario/pag_imp_man_emp.asp?cod_assunto=294&ds_assunto=Cooperativas%20-%20Assembl%E9ia%20Geral&cod_grupo=13. Acesso em: 5 nov. 2019.
SISTEMA OCB. MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA O CONSELHO FISCAL. Disponível em: https://www.somoscooperativismo.coop.br/publicacao/18/manual-de-orientacao-para-o-conselho-fiscal. Acesso em: 5 nov. 2019.
TRANSPARÊNCIA E GOVERNANÇA. Quais as atribuições do conselho fiscal. Disponível em: http://www.transparenciaegovernanca.com.br/TG/index.php?option=com_content&view=article&id=65%3Aquais-as-atribuicoes-do-conselho-fiscal&catid=38%3Afaq&Itemid=81&lang=br. Acesso em: 5 nov. 2019.
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