Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A2 Biologia 1. Qual estrutura de ancoragem da membrana plasmática está acometida no pênfigo foliáceo? Com relação à fisiopatogênia das doenças auto-imunes, sabe-se que os anticorpos ou linfócitos ativados são dirigidos contra células do próprio organismo. No Pênfigo Foliáceo sabe-se que o principal antígeno envolvido é a desmogleína I, glicoproteína de 150 Kd, do grupo das caderinas, que compõem as moléculas de adesão. Após a ligação dos auto-anticorpos com os antígenos do Pênfigo, há a internalização e fusão com lisossomos intracelulares. Este evento resulta na liberação e ativação do fator de ativação (uroquinase – enzima proteolítica, do plasminogênio que se converterá em plasmina. A plasmina é a responsável pela hidrólise das moléculas de adesão intercelular, resultando na perda da coesão entre os queratinócitos (fenômeno denominado de acantólise) e, conseqüentemente, à formação de lacunas intraepidérmicas. No Pênfigo Foliáceo, a acantólise ocorre nas camadas mais superficiais da epiderme, fato este que explica a fragilidade das vésicobolhas que facilmente são rompidas levando a formação de lesões crostosas. 2. Cite e explique três tipos de estruturas juncionais da membrana plasmática. Estruturas especializadas asseguram a junção celular, a vedação do espaço intercelular e a comunicação entre células. Muitas vezes, as células acham-se unidas umas às outras e à matriz extracelular graças a estruturas juncionais, que serão descritas a seguir, e que podem ser divididas em três grupos: 1. estrutura - cuja função principal é unir fortemente as células umas às outras ou à matriz extracelular (desmossomos e junções aderentes) 2. estrutura que promove a vedação entre as células (zônula oclusiva) 3. estrutura que estabelece comunicação entre uma célula e outra (nexos, junção comunicante) Desmossomos É constituído pelas membranas de duas células adjacentes com espaço de 15 a 20 mm, existente entre as membranas permanece inalterado, mas aí surge um material filamentoso ou granular mais denso aos elétrons. Nos desmossomos, nota-se uma camada amorfa, elétron-densa, na face citoplasmática de cada membrana, chamada placa do desmossomo. Nessa placa se inserem filamentos intermediários, que se aprofundam no interior da célula Desse modo, os desmossomos são locais onde o citoesqueleto se prende à membrana celular, e, como as células aderem umas às outras, forma-se um elo de ligação do citoesqueleto de células adjacentes. Os desmossomos são muito frequentes nas células submetidas a trações, como as da epiderme, do revestimento da língua e esôfago, e as células do músculo cardíaco. Formam-se com muita facilidade nas células mantidas em cultura e desaparecem nas que sofrem transformação maligna (células cancerosas). Junções Aderente É uma formação encontrada em diversos tecidos epitélios de revestimento, circunda a parte do tecido conjuntivo das células, cinto contínuo (zônula aderente), sendo como um particularmente desenvolvida no epitélio e o lunar simples com borda estriada da mucosa do intestino. A junção aderente ocorre também com a forma circular ou oval, como os desmossomos e apresenta nos cortes, um material granular e elétron-denso no espaço intercelular, semelhante ao observado nos desmossomos. Zônula Oclusiva É uma faixa contínua em torno da porção apical de determinadas células epiteliais que veda, total ou parcialmente, o trânsito de íons e moléculas por entre as células; Desse modo, as substâncias que passam pela camada epitelial o fazem através das células, sendo submetidas ao controle celular. Outra função da zônula oclusiva, também chamada junção oclusiva, é permitir a existência de potenciais elétricos diferentes, consequência de diferenças na concentração iônica entre as duas faces da camada epitelial. Isso seria impossível se houvesse uma estrutura responsável de compartimento funcionalmente separados, muitas vezes constituídos por camadas epiteliais com junções oclusivas bem desenvolvidas. Junção Comunicantes É a comunicação entre as células, permitindo que grupos celulares funcionem de modo coordenado e harmônico, formando um conjunto funcional. Na junção comunicante, as membranas das células estão separadas por 2 nm. Cada junção em geral com a forma circular é constituída por um conjunto de tubos proteicos paralelos que atravessam as membranas das duas células. Cada tubo é formado pela aposição de dois tubos menores, os conexons, pertencentes a cada uma das células adjacentes. O conexon é constituído por 6 unidades proteicas. 3. Os fármacos empregados no tratamento dessa condição atuam sobre as proteínas receptoras presentes na membrana plasmática das células de defesa. Quais as características e funções de uma proteína receptora? As proteínas apresentam uma lista extensa de funções no organismo e são encontradas em todas as estruturas da célula, substâncias intersticiais, anticorpos, entre outros. Entre as funções que podem ser atribuídas as proteínas, destacam-se no seu papel de transporte de oxigênio (hemoglobina), na proteção do corpo contra organismos patogênicos (anticorpos), como catalizadora de reações químicas (enzimas), receptora de membrana, atuação na contração muscular ( actina e miosina), além de serem fundamentais para o crescimento e formação dos hormônios. O termo receptora designa as proteínas que permitem a interação de determinadas substâncias com os mecanismos do metabolismo celular. Os receptores são proteínas ou glicoproteínas presentes na membrana plasmática , na membrana das organelas ou no citosol celular, que unem especificamente outras substâncias químicas chamadas moléculas sinalizadoras, como os hormônios e os neurotransmissores. Os receptores transmembrana são proteínas que se estendem por todo a espessura da membrana plasmática da célula, com um extremo do receptor fora da célula (domínio extracelular) e outro extremo do receptor dentro (domínio intracelular). Quando o domínio extracelular reconhece a um hormônio, a totalidade do receptor sofre uma mudança em sua conformação estrutural que afeta ao domínio intracelular, conferindo-lhe uma nova ação. Neste caso, o hormônio não atravessa a membrana plasmática para penetrar na célula. Bibliografia Junqueira J C Carneiro, Biologia Molecular CORREIA, S. dos S. et al. Ciclosporina no tratamento adjuvante do pênfigo foliáceo An. Bras. Dermatol, 68 (5): 291 – 293, 1993. Grupo A2 - Biologia Membros: Eliane Catarina Zambianco dos Santos RA 6612642 Bruno Luis Terra Rodrigues RA 7387685 Isabelly Moreira dos Santos RA 7100906 Lucas Machado RA 7441164 Maria Eduarda de Souza Araujo Mattos RA 611145/5
Compartilhar