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INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DA QUALIDADE INTEGRAÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO – ATIVIDADE AULA I PRISCILA HELENA A.A. DA SILVA RA F0407E-0 CAMPINAS 2020 A fim de tentar esclarecer a lacuna entre o momento da decisão de adotar um Sistema Integrado de Gestão e sua efetivação, esse trabalho nos mostra como a Matemática poder nos auxiliar e dar suporte para que uma decisão não seja emocional e passe a ser racional. Para restringir o conflito, o argumento é explicar para que serve e como usar a Programação Matemática. As organizações vêm procurando a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade, Sistema de Gestão Ambiental e Sistema de Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho seguindo respectivamente as normas: IS0 9001:2000, ISO 14001:2004, norma OHSAS 18001:2007. A continuidade desses sistemas separados tem acarretado em custos, por isso, para reduzir esses custos às empresas estão procurando implementar um sistema integrado de gestão. No escopo deste trabalho será utilizado o uso de recursos matemáticos expondo como a abordagem sistêmica proporcione que a integração seja tratada genericamente e não só como uma integração de normas de sistemas de gestão. A Programação matemática é proposta como uma das ferramentas no monitoramento, na continuidade e na análise da viabilidade de uma integração. Um sistema de gestão bem integrado deve abranger práticas gerenciais, instruções e manuais. Para a otimização dos recursos humanos nas atividades do sistema integrado foi empregado o Modelo de Problemas de Transporte. A empresa indicada para essa simulação foi uma concessionária de energia elétrica. A metodologia aplicada é qualitativa. O atual trabalho deu-se início com uma pesquisa exploratória, especificamente, uma pesquisa bibliográfica. A empresa desegnada Estudo de Caso nesse trabalho é a Companhia Energética de Pernambuco que atende 2.822.982 clientes ativos nas áreas comerciais, residenciais e industriais. De acordo com Mackau (2003), cientistas e trabalhadores práticos que têm trabalhado em questões de sistemas integrados de gestão, são mais comumente encontrados abordando os segmentos da qualidade, proteção ambiental e saúde e segurança, os de seus maiores interesses. Conforme Wilkinson e Dale (1999) boa parte da literatura sobre SIG são tratados mais como uma discussão secundária do que como principal foco de atenção. Para fazer essa integração, todas as práticas gerenciais devem ser colocadas em um único sistema, mas não como componentes separados. Autores da literatura pesquisada analisa a integração dos sistemas de gestão com base em normas internacionais. A seguir serão apresentados dois dos modelos encontrados na literatura. - MODELO DE KARAPETROVIC E WILLBORN Eles exemplificam os sistemas de gestão separadamente da integração de sistemas de auditorias. Esse tratamento pode ser entendido como uma integração parcial, tornando-se total quando os sistemas integrados de auditorias forem, por sua vez, integrados aos sistemas de gestão, já integrados. Os autores nos mostram três estratégias: Implementar primeiro o SGQ e depois o SGA; Implementar primeiro o SGA e depois o SGQ; Implementar o SGQ e o SGA simultaneamente. A primeira estratégia beneficia as organizações que já possuem seu SGQ implantado. A segunda estratégia, para Karapetrovic e Willborn é vantagem para as organizações que não possuem ainda seus SGQ e SGA implantados. Na terceira estratégia eles apresentam as seguintes vantagens: Estabelecimento de um sistema de gerenciamento integrado e de desempenho otimizado desde o início; Participação mais detalhada de todas as partes interessadas; Uso reduzido de recursos múltiplos; Uso de efeito de sinergia no desenvolvimento de ambos os sistemas; Harmonização na resolução de problemas comuns no início do projeto; Otimização de custos; Flexibilidade e possibilidade aumentadas para incluir outros sistemas. A proposta dos autores é mostrar que a gerência deve pensar e ágil globalmente, começando com as características e exigências comuns dos SGQ e do SGA. O objetivo desse modelo é a melhoria de desempenho no desenvolvimento de um sistema integrado. Segundo Cansanção o objetivo da integração é otimizar e minimizar o sistema de gerenciamento, dividido em três etapas: Modelo sistêmico do SIG, composto pelos elementos fornecedores, organização e clientes; Descrição do modelo utilizando ISSO 9001 e ISSO 14001 com o objetivo de minimizar e otimizar o sistema de gerenciamento; Metodologias de implantação do modelo baseada nas seguintes etapas: diagnóstico inicial, identificação dos sistemas de gerenciamento da organização, classificação dos sistemas da qualidade, gerenciamento ambiental e classificação de outros sistemas de gerenciamento e por último a avaliação do nível de maturidade dos sistemas. As vantagens apresentadas por Cansanção são: Descrição em nível sistêmico; Modelo flexível, podendo se ajustar à realidade das organizações; Baseado em normas de reconhecimento internacional; Redução e programação de auditorias; Melhoria na competitividade e redução de custos da organização; Foco na satisfação e manutenção do cliente; Maior contato com clientes e fornecedores As desvantagens do modelo apresentado são: Necessidade de mudança na cultura da organização; Aumentos dos custos na fase de implantação do SIG; O modelo apresentado é teórico e ainda não foi aplicado. Karapetrovic e Willborn aplicam em seu modelo as normas ISO 9001 e ISO 14001 agrupando os assuntos nos seis grupos já citados. Dentre as vantagens da integração citadas por ele vale destacar a otimização de recursos e o uso reduzido de recursos multíplos. O objetivo deste trabalho é propor que a integração de sistemas de gestão não se limite ao alinhamento de normas de gestão como pretendem os diversos autores da bibliografia apresentada. Já na Teoria dos Conjuntos, é apresentada a abordagem da Teoria Geral dos Sistemas que consideram-se três conjuntos fundamentais para a integração de sistemas de gestão que são: - Conjunto das Atividades; - Conjuntos dos Elementos; - Conjuntos das Relações. Os três conjuntos citados têm como finalidade atingir os objetivos organizacionais e através deles alcançar as metas da organização. ATeoria dos Conjuntos pode ser vista como a união de todos os sistemas, produzindo um sistema mais complexo Z e passa a ser mais abrangente do que o encontrado na literatura. Todo sistema é composto d elementos ou partes que interagem entre si. Conforme Maciel (1974), um sistema de define através de três conjuntos disjuntos. São eles: - Elementos (E); - Atividades (A); - Interações (I). A integração de sistemas de gestão produz um supersistema. Para a elaboração de um SIG, este trabalho propõe três fazer: Fase 1: fase preparatória para a integração onde mostra a necessidade estratégica da empresa onde é importante conhecer o estado atual e procurar eliminar suas falhas. Importante também conhecer os custos dos sistemas antes da integração. E por fim, os dados obtidos nesta fase servirão de base para a fase 2. Fase 2: compreender não só o alinhamento de normas, mas também a integração de recursos humanos, de recursos materiais e financeiros. Fase 3: concretizar o SIG com o objetivo de preparar para a execução das atividades, produzindo estímulos no sentido de se reduzir ou eliminar as esperadas resistências às mudanças. A integração dos recursos humanos é muito importante para o sucesso do SIG e ele está presente nessas três fases. Uma etapa importante é o levantamento dos tempos de execução das atividades. Que distingue o intervalo de tempo entre os momentos da entradano processo e o momento da saída. Outro conjunto constituinte de um sistema é o das interações que é forte sendo como as atividades do CQM. O CQM é responsável pela avaliação dos Sistemas da Qualidade (SQ) do fabricante. A interação da Inspeção com a Engenharia Básica é fraca, pois não tem nenhuma obrigação institucional. A interação com o Fabricante é forte porque ela é institucionalizada. A interação com os Escritórios Regionais é fraca e ocorre quando do mau funcionamento de algum material dentro ou fora do prazo de validade. A Interação com a Logística é fraca. Serve para liberar a inspeção do material comprado o mais rápido possível. A interação com a Segurança no Trabalho também é fraca. A análise de protótipo de Equipamentos de Proteção Individual e de Equipamentos de Proteção Coletiva. A interação com os clientes para a venda de ensaios no laboratório do CQM é fraca e deve a organização decidir pela anular ou fortalecer essa interação A interação com a qualidade do produto é nula, e isso é um elo fraco na corrente da qualidade. O sistema de gestão de Gestão Ambiental adotado na EEC tem como base os requisitos da norma de gestão ISSO 14001. RESUMO Não há consenso sobre o que venha a ser integração de sistemas de gestão e sobre como realizar a integração. O trabalho buscou mostrar como exemplo de aplicação prática a complexidade que é o assunto integração de sistemas de gestão utilizando a matemática que pode trazer nova luz ao assunto. A abordagem sistêmica permite visualizar um SIG como um sistema que pode falhar e por isso mesmo deve ser monitorado necessitando de manutenção. Há vantagens e desvantagens na integração de sistemas de gestão. A integração pode ser realizada parcialmente, totalmente, entre dois ou mais sistemas. A programação sistêmica pode ser aplicada como ferramenta para a tomada de decisão de uma integração. A visão sistêmica permite enxergar os sistemas de gestão com maior amplitude e a questão da integração deixa de ser vista apenas como um confronto de requisitos de normas.
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