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20
1º Trabalho do Módulo de Administração Financeira
Análise Econômico/Financeira de uma Empresa
BRF S.A
1º Semestre - 2015
	Ficha-resumo da empresa ou do grupo empresarial analisado
	Análise de Grupo empresarial (dados consolidados)
	 
	 
	 
	 
	Empresa :
	
	
	
	 
	 Denominação jurídica: BRF S.A
	
	
	
	 
	 Nomes-fantasia associados:BRASIL FOODS S.A
	
	
	
	 
	 Empresa de capital: Aberto
	
	
	
	 
	 Atividade da empresa: Consumo não Cíclico / Alimentos Processados / Carnes e Derivados
	 
	 Contexto operacional: A empresa BRF é um conglomerado brasileiro do ramo alimentício, que surgiu através da fusão das ações da Sadia S.A. ao capital social da Perdigão S.A.. Há mais de 80 anos no mercado, desde a fundação da primeira fábrica na cidade de Videira (SC) em 1934, atua nos segmentos de carnes, alimentos processados, margarinas, massas, pizzas e vegetais congelados.
	 Sede central no Brasil: Av Jorge Tzachel. 475 CEP: 88301600 Cidade: Itajaí UF: SC
	 Fonte de Informação sobre a empresa: www.brf-br.com / www.bmfbovespa.com.br
	 
	 
	Principais valores (corrigidos e em R$ milhões):
	2011
	2012
	2013
	2014
	Valores nos finais dos anos:
	 
	 
	 
	 
	Investimentos (parte do ativo permanente)
	 20.399 
	 36.658 
	 107.990 
	 438.423 
	Imobilizado
	 9.798.370 
	 10.670.700 
	 10.821.578 
	 10.059.349 
	Total do ativo
	 29.983.456 
	 30.765.486 
	 32.374.569 
	 36.103.735 
	Capital social realizado
	 12.460.471 
	 12.460.471 
	 12.460.471 
	 12.460.471 
	Patrimônio líquido
	 14.109.917 
	 14.589.167 
	 14.696.154 
	 15.689.943 
	Índice de endividamento (Capital de Terceiros / PL)
	112%
	111%
	120%
	130%
	Valores acumulados no ano:
	 
	 
	 
	 
	Receita operacional líquida
	 32.655.611 
	 30.981.687 
	 31.315.702 
	 29.006.843 
	Lucro líquido após a reversão de juros sobre o capital próprio
	 1.734.124 
	 959.812 
	 1.149.126 
	 2.135.055 
	Fluxo de fundos com sócios e acionistas:
	2011
	2012
	2013
	2014
	Integralizações de capital social
	 12.460.471 
	 12.460.471 
	 12.460.471 
	 12.460.471 
	Remunerações monetárias (distribuição de lucros ou dividendos)
	 312.624 
	 160.020 
	 339.677 
	 430.909 
	Índice de inflação utilizado para correções: IPCA
SUMÁRIO
Sumário
1.1 - Missão ,Visão e Valores 	2
1.2 - Estrutura da Governaça Corporativa	3
1.4 - Inovação BRF	4
2 - Análise Vertical e Horizontal 	5
2.1 - Análise Vertical 	5
2.2 - Análise Horizontal 	9
3. Análise dos Indíces Econômicos Financeiros 	11
3.1 - Indíce Rentabilidade e Lucratividade	13
3.2 - Indíce de Liquidez e Solvência	11
3.3 - Índice de Endividamento e estrutura de capital 	15
3.4 - Índice de Endividamento Total 	18
3.5 - Índice de Eficiência ou Atividade	19
3.6 - Análise do Capital de Giro	22
3.7 - Análise Du Pont 	26
4. Comparação Setorial 	28
2.3 - Análise Vertical Demonstrativo de Resultados	8
2.4 - Análise Horizontal do Demonstrativo de Resultados	9
 3 - Análise dos Índices Econômico-Financeiros 	22
3.1 - Índices de Rentabilidade e Lucratividade	22
3.2 - Índices de Liquidez ou Solvência	24
3.3 - Índices de Eficiência Operacional dos Ativos	26
4. Comparação Setorial	27
4.1 - Rentabilidade /Lucratividade	29
4.2 - Liquidez	30
4.3 - Endividamento /Estrutura de Capital	31
4.4 - Atividade/Eficiência 	31
4.5 - Análise do Capital de Giro...................................................................................... 32
5. Conclusão.	32
6. Bibliografia.	34
LISTA DE TABELAS
Tabela 1:Balanço Ativo	7
Tabela 2:Balanço Passivo...................................................................................................8
Tabela 3: Análise Vertical das DREs	11
Tabela 4: Índices...............................................................................................................11
Tabela 5: Análise Liquidez	13
Tabela 6: Endividamento 	18
Tabela 7: Atividade e Eficiência.......................................................................................21
Tabela 8: Capital de Giro..................................................................................................24
Tabela 9: Análise do Capital de Giro................................................................................25
Tabela 10: Du Pont...........................................................................................................27
Tabela 11 Índices de Análise Comparação Setorial..........................................................29
1. A EMPRESA
As negociações para a compra da Sadia pela Perdigão tiveram início em 2008, com o então presidente José Antonio do Prado Fay . O sucesso da fusão, anunciado oficialmente em Maio de 2009, deu origem à BRF, que seguiu sob o comando de Fay. 
Em outubro de 2011 a BRF faz duas aquisições na Argentina, comprando as companhias Avex (empresa frigorifica) e Dánica (líder argentina na fabricação de Margarinas) por 150 milhões de dólares. 
Um ano depois, em Abu Dhabi, adquire 49% da empresa de alimentos Federal Foods por 36 milhões dedólares .
Em abril de 2013, o empresário Abilio Diniz é eleito o novo presidente do Conselho de Administração da BRF  e dá impulso ao plano de mudanças internas. Após quatro meses, Claudio Galeazzi passa a ocupar o cargo de José Antonio do Prado Fay, sendo nomeado o mais novo CEO da companhia. Galeazzi repete com Abílio Diniz uma parceria de anos, semelhante à de outras empresas na qual Diniz era responsável (como o Grupo Pão de Açúcar, por exemplo). 
Mais uma fatia da Federal Foods é comprada por cerca de 27,8 milhões de dólares em abril de 2014 em agosto do mesmo ano, a BRF incorpora a distribuidora de alimentos congelados Alyasra Food Company, no Kuwait, por 160 milhões de dólares. Com estas aquisições, a companhia expande suas operações no Oriente Médio e dá sequência ao plano de internacionalização. 
Presente em vários países, em junho de 2014 a BRF destinou 43,8% de sua produção ao mercado externo (exportações). 
Em setembro de 2014 a BRF vende seus ativos de lácteos para o grupo Francês Lactalis por 1,8 bilhão de reais, entre os ativos vendidos estão às marcas Batavo, Cotochés e Elegê, de acordo com a BRF a decisão de vender a divisão de lácteos foi feita devido ao baixo retorno financeiro para a empresa. 
Ainda no mês de setembro de 2014, Claudio Galeazzi anuncia que deixa a presidência do grupo e dá lugar ao executivo Pedro Faria, que assume a função a partir de janeiro de 2015. 
1.1 Missão, Visão e Valores da Empresa
· Missão
Participar da vida das pessoas, oferecendo alimentos saborosos, de alta qualidade e a preços acessíveis, em qualquer lugar do mundo.
· Visão
Ser reconhecida por sua competitividade em soluções de agregação de valor e respeito ao crescimento sustentável da cadeia de valor.
· Valores
· Confiabilidade: Nós somos confiáveis, éticos e transparentes. Cumprimos o que prometemos e assim construímos relações de respeito mútuo com nossos clientes, fornecedores, colegas de trabalho e acionistas.
· Qualidade: Nós temos obsessão pela qualidade e segurança alimentar. Perseguimos a inovação para estar na vanguarda e contribuir para o bem-estar dos nossos consumidores em todas as partes do mundo.
· Participação: Nós trabalhamos com paixão para sermos uma das melhores empresas globais de alimentos. Somos comprometidos com o que fazemos com garra, força e determinação.
· Simplicidade: Nós acreditamos na simplicidade operacional e a praticamos como estilo de trabalho. Resolvemos problemas de forma rápida e prática.
· Pessoas: Nós somos comprometidos, desenvolvemos e valorizamos o espírito de equipe e assim construímos o futuro de nossa empresa.
· Eficiência: Nós praticamos uma gestão que valoriza a eficiência e a lucratividade, evita o desperdício e assim respeita nossos acionistas.
· Responsabilidade Sócio-ambiental: Nós temos e teremos, cada vez mais, um papel importante como agente de desenvolvimento social nas localidades onde atuamos.
1.2 Estrutura da governança corporativa
Companhia de capital aberto criada em1980, a BRF integra o Novo Mercado da BM&FBovespa (BRFS3) desde 2006 e também tem seus papéis negociados na Bolsa de Nova York (NYSE: BRFS – ADRs nível III). A partir de 2005 é incluída na carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&Fbovespa, sendo reconhecida pelo seu comprometimento com a sustentabilidade dos negócios. 
Em agosto de 2013 a empresa passou por uma revisão da estrutura administrativa, e ficou decidido que ela seria matricial e dividida em  cinco áreas globais, responsáveis pela definição de políticas e diretrizes, a saber: 1. Marketing e Inovação; 2. Finanças, Administração e RI; e 3. Recursos Humanos; 4. Operações; 5. Planejamento Integrado e Controle de Gestão;  duas áreas responsáveis pelas regiões de negócios nos mercados brasileiro e internacional, com foco no aumento de Market Share e no desenvolvimento e expansão das regiões de negócios. 
Há também 42 diretorias, distribuídas entre as duas empresas de origem. 
No Brasil, a companhia tem 49 fábricas e 28 centros de distribuição. No exterior, operam nove unidades industriais na Argentina, duas na Europa (Inglaterra eHolanda) e mantém 22 escritórios comerciais. A primeira fábrica fora do território nacional está sendo construída em Abu Dhabi, no Oriente Médio, e tem inauguração prevista para o fim de 2014. 
1.3 Inovação BRF
A BRF faz investimentos em tecnologia em toda sua cadeia produtiva, com o objetivo de aprimorar e criar novos produtos, processos e s erviços. Essa estratégia foi reconhecida pela revista Forbes, que listou a empresa entre as mais inovadoras do mundo por dois anos consecutivos, 2012 e 2013,alcançando a 39º posição.
Tal reconhecimento é resultado do trabalho das diversas equipes de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), que estão presentes em todas as etapas da cadeia produtiva da BRF, com unidades localizadas em Carambeí (PR), Curitiba (PR), Jundiaí (SP) e São Paulo (SP), no Brasil. Para aplicação, melhoria e desenvolvimento de novas tecnologias, os profissionais da empresa contam com infraestrutura completa, formada por centros de tecnologia e plantas pilotos.
A BRF valoriza e estimula o desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social. Para isso, estabelece parcerias com Universidades, Centros de Pesquisa, especialistas, consultores e fornecedores para desenvolvimento conjunto de novos conhecimentos e tecnologias.
Para que as inovações cheguem ao consumidor, a Vice-Presidência de Marketing e Inovação estrutura estrategicamente os lançamentos dos produtos, alinhando tendências nacionais e internacionais de consumo com novas tecnologias.
2. ANÁLISE VERTICAL E ANÁLISE HORIZONTAL
A análise vertical e a Análise horizontal são de extrema importância para a análise financeira da empresa, pois através destes dois métodos podemos avaliar os números e estimar suas tendências.
2.1 Análise Vertical
O objetivo da análise vertical é mostrar a participação de cada item no demonstrativo contábil em relação a um referencial.
No Balanço Patrimonial o referencial para a analise são o total do ativo e o total do passivo, e na Demonstração de Resultados, o referencial para o calculo é a receita de vendas.
No Balanço Patrimonial da BRF dos últimos quatro anos, podemos avaliar as principais contas do ativo e do passivo e as variáveis destes anos. Vale lembrar que para uma analise mais precisa os números anuais foram reajustados com o índice do IGPM.
O Ativo Total não teve um aumento considerável no período em valor, este acréscimo tem sido continuo no decorrer dos anos, entretanto, se analisarmos os índices verticais podemos notar uma alteração da tendência dos últimos três anos, em que identificamos acréscimo constante do ativo circulante (+1,0% de 2011 para 2012; +31% de 2013 para 2014), mas redução no ultimo ano em relação a 2010 de 8 pontos percentuais. Com isto, podemos concluir que a empresa mudou a estratégia, aumentando o ativo circulante e o ativo não circulante não teve muitas mudanças.
As contas do Ativo que tiveram alterações relevantes no ultimo ano em relação a 2013 foram:
Ativo Circulante:
·  Caixa e Equivalentes de Caixa: + 12%
· Outros Ativos: +5,0%
·  Estoques: -1,0 %
· Clientes:- 2,0%
Ativo Não Circulante:
·  Imobilizado: - 5%
·  Intangível: -3 %
Os valores do Passivo também não tiveram mudanças significativas, entretanto, diferente da situação ao Ativo, este aumento tem sido uma tendência dos últimos anos. O Passivo Circulante sofreu uma redução no ano 2012, porém subiu 2% no de 2013 e fechou 2014 com os mesmo pontos percentuais em relação a 2011 de 27%. Em compensação, o Passivo Não Circulante tem aumentado gradativamente, fechando 2014 com 30,% (+4,0% em relação a 2011). Esta inversão nos índices ocorreu principalmente pela modificação da conta “Empréstimos e Financiamentos” que teve redução no ativo circulante e aumento no ativo não circulante, ou seja, a empresa continuou contando com empréstimos para o andamento do negócio, mas passou a negociar os pagamentos em longo prazo.
As contas do Passivo que tiveram alterações relevantes no ultimo ano em relação a 2011 foram:
Passivo Circulante:
·  Fornecedores: + 2%
·  Empréstimos e Financiamentos: - 4,0%
Passivo Não Circulante:
·  Empréstimos e Financiamentos: + 10,0%
O mesmo cenário se repete com relação ao aumento dos valores do Patrimônio Liquido nos últimos quatro anos, mas na analise vertical, algumas contas tiveram alterações significativas em sua representatividade dentro do Balanço Patrimonial. O Capital Social tem sofrido redução continua durante os anos (-1,0% em 2011 para 2012,e -3,0% em 2013 para 2014) enquanto as Reservas de Lucros tem apresentado acréscimo constante (+1,0% em 2012+1% em 2013 +3,0% em 2014 fechando com índice de 11% em 2014).
Analisando o fechamento de 2014 com 2011, podemos notar melhor a inversão dos valores destas duas contas:
· Capital Social: - 7,0%
· Reservas de lucros: + 5,0%
Tabela 1: Balanço Ativo/ Fonte: Elaborada pelas autoras
Tabela 2:Balanço Passivo/ Fonte: Elaborada pelas autoras
 A Demonstração do Resultado é outro relatório Contábil que permite a análise financeira através da análise vertical. 
No relatório da BRF S.A. podemos notar que o total de Receitas de Vendas apresentou acréscimo de 29% e os Custos 19%, em relação a 2008, ou seja, diferença de 10 pontos percentuais, fechando 2011 com uma representatividade do custo de 43,1% em relação a receita de vendas na analise vertical, menor índice dos quatro anos. 
O Resultado Bruto foi o melhor dos últimos anos, acréscimo em torno de 3 pontos percentual do ano 2011 para 2012, em 2014 o aumento foi de 4 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
As Despesas com Vendas não teve variação significativa, ao índice vertical permaneceu em média em 15% a.a. As Despesas Gerais e Administrativas manteve-se na média oscilando entre 1% de 2% ao ano durante todo o período analisado. 
Dois resultados que são significativos e interessantes para a empresa são Resultados Antes do Resultado financeiro e Tributos e Resultados Antes dos Tributos sobre Lucro que aumentaram respectivamente em relação a 2014, no índice da analise vertical melhoraram 7% de 2013 para 2014. 
Durante todos os anos a empresa apresentou Lucro na Demonstração do Resultado. Em 2013 o fechamento foi com índice de 4% e fechou o ano de 2014 com índice de 7%, um acréscimo de 3 pontos percentuais .
2.2 Análise Horizontal
Na análise Horizontal, é observada a variação anual de cada índice em relação a um ano de referência.
Podemos notar que a empresa BRF está em fase de ascensão gradativa. Ano a Ano a empresa tem demonstrado resultados interessantes e positivos, no Balanço Patrimonial.
Em 2014 o ativo total fechou com acréscimo de 20% em relação ao ano de referência que é 2011. 
O ativo circulante aumentou 56% e o ativo não circulante diminuiu -1,0%.
As contas que tem destaque em 2014 são:
· Caixa e equivalência de caixa: +339%;
· Estoques: 10%;
· Outros Ativos : 140%;
· Investimento: 20%
O passivo circulante apresentou acréscimo, mas não tão expressivo quantoo ativo, a variação foi positiva em 20% em relação ano base 2014. 
A pouca evolução desta conta é atribuída a redução dos empréstimos á curto prazo (-21% em relação a 2011).
Quanto ao passivo não circulante, o acréscimo foi significativo (+38%) e isto ocorreu pelo aumento que teve na conta Empréstimos e Financiamentos.
Na analise horizontal podemos reafirmar a mudança da estratégia da empresa, que havíamos notado na analise vertical do Balanço Patrimonial.
As contas que tem destaque em 2014 são:
· Empréstimos e financiamentos: +92%;
· Outros: +2%;
· Provisões:+9%
Na Demonstração do Resultado a receita diminuiu-11% e os custos -15%, em relação a 2011. Os resultados não tiveram grandes alterações durante os anos, e isto tem ocorrido também como resultado bruto, que fechou 2014 com acréscimo de 1%.
Em proporção na analise horizontal algumas contas de despesas/receitas operacionais tiveram aumento significativo, como:
1. Despesas com vendas: -14%;
1. Outras receitas operacionais: +11%;
1. Outras despesas operacionais: -3%;
Mesmo com todos os lançamentos de despesas e receitas operacionais, o resultado antes do resultado financeiro e dos tributos apresentou acréscimo de 37% em relação a 2011, ano base para á analise financeira horizontal.
O resultado financeiro (receita – despesas financeiras) apresentou aumento de 63 pontos percentuais em relação a 2011. Em valor as despesas foram inferiores em 606.156, entretanto, em proporção na analise horizontal o índice de despesas financeiras foi de 153%, para 147% nas receitas financeiras.
A empresa fechou o ano de 2014 apresentando lucro e acréscimo de 23% nesta conta em relação a 2011. Esta evolução tem sido gradativa e continua nos últimos quatro anos.
Tabela 3 DRE/ Fonte: Elaborada pelas autoras
3. ANÁLISE DOS ÍNDICES ECONÔMICO-FINANCEIROS
3.1 Índices de Rentabilidade e Lucratividade
Estes índices servem para medir a capacidade econômica da empresa, isto é, evidenciam o grau de êxito econômico obtido pelo capital investido na empresa. Mostram o retorno auferido pela empresa na utilização de seus ativos durante certo período de tempo.
Tabela 4 índices/ Fonte: Elaborada pelas autoras
· Margem Bruta
Esse indicador mostra o quanto a empresa está ganhando pelo resultado de sua atividade. Mede a rentabilidade das vendas após a dedução de impostos sobre vendas e dos custos dos produtos vendidos. Quanto maior a margem bruta, maior a rentabilidade das vendas.
Observamos que a Margem Bruta vem aumentando gradativamente ao longo desses quatro anos e quanto maior o percentual, melhor para a empresa.
· Margem Operacional
É o retorno que a empresa obtém nas diferentes fases de sua operação e quanto maior, melhor.
Este índice também apresentou evolução, mas numa visão geral com uma pequena oscilação nos anos de 2012 e 2013, mas numa visão geral, podemos considerar que houve melhora, principalmente se compararmos com 2014. Uma evolução acumulada de 54%.
Margem Líquida
Mede o percentual do lucro líquido que a empresa conseguiu obter em relação ao seu faturamento. Quanto maior a margem líquida for, melhor será. Já que isso significa que a empresa consegue lucros maiores para um mesmo valor de faturamento. 
Os números mostram que houve aumento da margem líquida ao longo do período analisado, ou seja, seu retorno pode ser considerado bom.
· ROA
Mede o percentual de lucro que a empresa obtém em relação ao investimento total. 
Nos quatro anos observam-se pequenas oscilações, mas numa visão geral, considera-se que existe uma evolução neste índice.
· ROE
Mede o percentual de lucro que a empresa obtém em relação aos seus recursos próprios. 
Também é percebida oscilação entre os anos de 2012 e 2013, mas em 2014 observamos um aumento de 11% em relação a 2011.
3.2 Índices de Liquidez e Solvência 
Esses índices avaliam a capacidade financeira da empresa em honrar seus compromissos de pagamentos com terceiros. 
Os índices de liquidez não são índices extraídos do fluxo de caixa que comparam as entradas e saídas de dinheiro. São índices que, a partir do confronto dos Ativos Circulantes com as Dívidas, procuraram medir quão sólida é a base financeira de uma empresa. Uma empresa com bons índices de liquidez tem condições de ter boa capacidade de pagar suas dívidas, mas não estará, obrigatoriamente, pagando suas dívidas em dia em função de outras variáveis como prazo, renovação de dívidas etc. (MATARAZZO, 2008, p. 46)
	 Liquidez
	2011
	2012
	2013
	2014
	 Liquidez corrente
	1,39
	1,55
	1,57
	1,83
	 Líquidez Seca
	1,06
	1,15
	1,20
	1,52
	 Líquidez Geral
	0,99
	0,95
	0,94
	1,04
Tabela 5 Liquidez/ Fonte: Elaborada pelas autoras
O quadro mostra que os índices de liquidez permanecem estáveis durante os anos, o que consideramos ser positivo, pois demonstra que há certa folga no disponível para uma possível liquidação das obrigações.
 De acordo com Matarazzo (2008, p. 167), o índice de liquidez corrente é calculado pela relação entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante da organização e indica o quanto a empresa possui em seu Ativo Circulante para cada unidade monetária de seu Passivo Circulante. Na visão do autor, quanto maior o índice, melhor pois aponta que os investimentos presentes no Ativo Circulante são suficientes (ou até mais do que suficientes) para cobrir os compromissos pertencentes ao Passivo Circulante (obrigações de curto prazo). 
Cálculo do Índice de Liquidez Corrente = Ativo Circulante 
						Passivo Circulante
	
Outro índice de liquidez utilizado na análise de uma empresa é o índice de liquidez seca, que de acordo com Matarazzo (2008), indica quanto a empresa possui em Ativo Líquido (excluindo-se os estoques) para cada unidade monetária de suas dívidas de curto prazo (Passivo Circulante). Para demonstrar o cálculo do índice de liquidez seca, a autor apresenta seguinte fórmula:
Liquidez Seca = Disponível + Aplicações Financeiras +Clientes de Rápida 					Conversibilidade em Dinheiro			 			_________________________________________________
					 Passivo Circulante
Marion (2009, p. 78) apresenta a fórmula do índice de liquidez seca da seguinte forma:
Liquidez Seca = Ativo Circulante – Estoque
	 	 Passivo Circulante
Na visão de Matarazzo (2008, p. 173), o índice de liquidez seca “é um teste de força aplicado à empresa”, já que mede “o grau de excelência da sua situação financeira.”.
O terceiro índice de liquidez a ser analisado no presente trabalho é o índice de liquidez geral, que de acordo com Marion (2009, p. 79) “mostra a capacidade de pagamento da empresa a Longo Prazo, considerando tudo o que ela converterá em dinheiro (a Curto e Longo Prazo), relacionando-se com tudo que já assumiu com dívida (a Curto e Longo Prazo).” O autor menciona a seguinte fórmula de cálculo:
Índice de Liquidez Geral = Ativo Circulante + Realizável em Longo Prazo
			 	Passivo Circulante + Exigível em Longo Prazo
Na visão de Matarazzo (2008, p. 164), o índice de liquidez geral indica o quanto a empresa possui em seu Ativo Total (Circulante + Realizável em Longo Prazo) para cada $ 1,00 de seu passivo (dívida total), ou seja, quanto maior melhor , acrescenta o autor.
3.3 Índices de Endividamento e Estrutura de Capital
Este índice determina a proporção de ativos totais fornecida pelos credores da empresa. Quanto maior for este índice, maior será o montante de dinheiro de terceiros que está sendo empregado para gerar lucros.
O índice que representa a participação de capital de terceiros em relação ao capital próprio indica, na visão de Lema (2012), “quanto capital de terceiros – Passivo Total (PT) participa da empresa para cada $ 1,00 de capital próprio (PL).”. Portanto, quanto menor o índice, melhor, de acordo com Matarazzo (2008, p. 153) cuja obra apresenta a seguinte fórmula de cálculo:
 CT = Capitais de Terceiros x 100
PL Patrimônio Líquido
O segundo índice a ser analisado no presente trabalho refere-se ao endividamento total da empresa, que de acordo com Lema (2012), “dimensionaa proporção de capital de terceiros em relação ao total de ativos.” O autor apresenta a seguinte fórmula para cálculo do índice:
Índice de Endividamento Total = Passivo Total x 100
					Ativo Total
	
O perfil de endividamento é outro índice apontado por Lema (2012), que na visão do autor demonstra “como a proporção de dívida de curto prazo está relacionada com toda a dívida da empresa.”, ou seja, a relação do passivo circulante em relação ao passivo total (circulante + não circulante).
Índice do Perfil do Endividamento = ______PC______ 
					 PC + PNC 
Outros índices de endividamento e estrutura de capital são os índices de cobertura de juros (ICJ) e de cobertura de caixa (ICC). Na visão de Lema (2012, p. 14), o índice de cobertura de juros “verifica a capacidade de geração de recursos para enfrentar o pagamento de juros das dívidas.”, ou seja, se os lucros são suficientes para cobrir os juros devidos pela organização. O autor apresenta a seguinte fórmula para cálculo do índice de cobertura de juros.
ICJ = _______LAJIR_______
 Despesas Financeiras
Já o índice de cobertura de caixa, de acordo com Lema (2012, p.14) “verifica a capacidade de geração de caixa para enfrentar o pagamento de juros das dívidas.”, e que de acordo com o autor é calculado a partir da seguinte fórmula:
ICC = 		LAJIR + Depreciação 
 Despesas Financeiras	
De acordo com as demonstrações de financeiras da Profarma foram calculados os seguintes índices de Endividamento e Estrutura de Capital:
	 Endividamento e Estrutura de Capital
	2011
	2012
	2013
	2014
	 Capital de terceiros / Capital Próprio
	1,12
	1,11
	1,20
	1,30
	 Endividamento Total
	53%
	53%
	55%
	57%
	 Perfil do Endividamento
	50%
	46%
	48%
	47%
	 Cobertura de Juros
	1,51
	0,82
	1,21
	1,35
Tabela 6 Endividamento / Fonte: Elaborada pelas autoras
· Capital de Terceiros / Capital Próprio
Mostra o percentual de capital de terceiros em relação ao patrimônio líquido e quanto maior for a dependência de recursos externos, pior para a empresa.
Desde 2011 os investimentos vêm apresentando um aumento gradativo. Em 2014 tivemos o maior índice de todo o período analisado. Um acréscimo de 16% se compararmos com o período inicial de 2011.
· 3.4 Índice de Endividamento Total
Este índice determina a proporção de ativos totais fornecida pelos credores da empresa. Quanto maior for este índice, maior será o montante de dinheiro de terceiros que está sendo empregado para gerar lucros. 
Considerando o ano base de 2014, este índice apresentou um índice 53% nos anos de 2011 e 2012. Entretanto, este indicador vem mantendo uma tendência crescente. Em 2013 atingiu 55%. O maior patamar dos últimos 4 anos e um aumento de 7,0% comparado ao primeiro período analisado (2011).
· Perfil do Endividamento
Índice que determina a proporção de ativos totais fornecida pelos credores da empresa. Quanto maior for este índice, maior será o montante de dinheiro de terceiros que está sendo empregado para gerar lucros. ..
Na análise, observamos que cada vez menos o dinheiro de terceiros está sendo empregado para obtenção dos lucros.
· Cobertura de Juros
Analisa a capacidade da empresa em gerar recursos para o pagamento dos juros dos financiamentos. É considerado um índice de grande importância, pois é usado para análise no caso de concessão de novos créditos através de instituições financeiras.
Embora em 2011 tenha ocorrido um pico altíssimo, logo em seguida ocorre a redução em mais da metade deste índice.
3.5 Índices de eficiência ou atividade
Na visão de Lema (2012, p. 14), a análise dos índices de atividade ou eficiência tem como objetivo identificar “como a empresa utiliza seus ativos.” No presente estudo serão analisados os seguintes índices da atividade ou eficiência:
· Giro do Ativo
· Período Médio de Estocagem
· Prazo Médio de Recebimento
· Período Médio de Pagamento
O índice de giro do ativo (ou rotação do ativo), de acordo com Lema (2012, p. 14) “representa o quão eficientemente os ativos estão sendo usados para a produção de receitas.”, ou seja, mede a capacidade da empresa em gerar vendas por meio de seus ativos. O cálculo deste índice é representado pela relação entre a receita líquida de vendas e o ativo da empresa.
Giro = Vendas
 Ativo
	
O segundo índice de eficiência a ser analisado no presente estudo trata do prazo médio de estocagem, que na visão de Matarazzo (2008, p. 318) é denominado por PMRE (Prazo Médio de Renovação de Estoques), que pode ser calculado pela seguinte fórmula:
PMRE (em dias) = 360 x Estoques 
		 CMV*
*Custo das Mercadorias Vendidas
O terceiro índice de eficiência a ser analisado no presente estudo trata do prazo médio de recebimento, ou seja, das contas a receber de clientes da organização, que de acordo com Lema (2012, p. 15) é calculado pela relação das contas a receber de clientes e as vendas médias diárias. 
PMR = Duplicatas a Receber__
	 Vendas Médias Diárias*
*Vendas médias Diárias = Vendas Anuais 
 360
O quarto e último índice de eficiência a ser analisado neste estudo tratam do prazo médio de pagamento, que de acordo com Lema (2012, p.15), é calculado por meio da relação entre a conta de fornecedores do balanço patrimonial e as compras médias diárias da empresa. Para estimar o volume financeiro de compras, Lema (em sala de aula) recomenda o cálculo de 60% dos custos das mercadorias vendidas*, presente na Demonstração de Resultados do Exercício.
PMP = ____Fornecedores______
	 Compras Médias Diárias**
**Compras médias diárias =* 60% do Custo das Mercadorias Vendidas
	360
Com base nos números da BRF, foram obtidos os seguintes índices de Atividade ou Eficiência:
	 Atividade / Eficiência
	2011
	2012
	2013
	2014
	 Giro do Ativo
	1,09
	1,01
	0,97
	0,80
	 Prazo Médio de Estocagem
	40
	45
	48
	52
	 Prazo Médio de Recebimento
	36
	37
	40
	40
	 Prazo Médio de Pagamento
	66
	85
	94
	116
Tabela 7 Atividade e Eficiência/ Fonte: Elaborada pelas autoras
Em relação ao Giro do Ativo (quanto a empresa gerou em vendas para cada a R$ 1,00 de investimentos, ou seja, ativo total) , o melhor ano foi 2011, que apresentou um índice de 1,09, apresentando pequenas quedas nos anos seguintes Este índice manteve-se de certa forma estável dentro do período analisado.
No que se refere ao Prazo Médio de Estocagem (prazo médio em que os estoques são suficientes), o melhor ano para a BRF foi 2011, quando o prazo médio de estocagem foi de 40 dias , seguido por um aumento significativo de 30% em 2014 fechando com índice de 52 dias.
Em relação ao Prazo Médio de Recebimento (tempo médio em que a empresa consegue realizar o recebimento das vendas a prazo) Quanto menor for o número de dias, menor será o prazo médio de recebimento das duplicatas. Constatamos um aumento no número de dias para o recebimento, o prazo médio aumentou em média 04 dias, em comparação ao ano de 2014, uma representação de 12%.
Esse índice é útil para identificar a idade média das duplicatas a pagar, ou em quantos dias pagamos nossas duplicatas. Está diretamente relacionado às condições de crédito obtidas pela empresa. Este índice apresenta o número médio de dias entre as datas das compras junto a fornecedores e o seu efetivo pagamento. Portanto, quanto maior for este prazo, melhor será para a empresa, porque necessitará de menos capital de giro para a manutenção dos estoques.
Através desse índice, verificamos que a empresa teve seu prazo aumentado, o que é considerado positivo, pois houve um aumento na extensão do prazo em 75%, comparando-se ao primeiro período analisado (2011).Fechando com índice de 116 dias para pagamento.
3.6. Análise do Capital de Giro
Como complementação às análises apresentadas até o momento, as autoras do presente estudo, optaram pela análise do Capital de Giro, que na visão de Lema (2012, p.18) “possibilita a avaliação do equilíbrio financeiro de uma empresa”, identificando os volumes de recursos permanentes que financiamo giro, bem como as necessidades de investimento operacional. Os índices de análise do Capital de Giro a serem avaliados no presente estudo são:
· Necessidade de Capital de Giro
· Saldo de Tesouraria
· Capital Circulante Líquido
A Necessidade Capital de Giro (ou NCG), de acordo com Lema (2012, p. 18) “reflete a necessidade operacional de investimento em giro, pela diferença entre os investimentos e financiamentos contínuos.” Segundo Matarazzo (2008, p.337) “a Necessidade de Capital de Giro é a chave para a administração financeira de uma empresa.”. O autor completa: “... não é só um conceito fundamental para a análise da empresa do ponto de vista financeiro, ou seja, análise de caixa, mas também estratégias de financiamento, crescimento e lucratividade.”. 
O índice NCG é calculado pela diferença entre o Ativo Circulante Operacional e o Passivo Circulante Operacional. Para melhor entendimento das contas que compõe o Ativo Circulante Operacional e o Passivo Circulante Operacional, utilizaremos a seguinte definição: 
“O Ativo Circulante Operacional (ACO) é o investimento que decorre automaticamente das atividades de compra/produção/estocagem/venda, enquanto o Passivo Circulante Operacional (PCO) é o financiamento, também automático, que decorre destas atividades.” Matarazzo (2008, p. 339).
O autor completa que “a diferença entre esses investimentos (ACO) e financiamentos (PCO) é quanto à empresa necessita de capital para financiar o giro, ou seja, a NCG” , que portanto, é calculada pela seguinte fórmula
NCG = ACO – PCO
O segundo indicador de análise do capital de giro a ser avaliado no presente trabalho trata do Saldo em Tesouraria, que na visão de Lema (2012, p.18), “indica a margem de segurança financeira interna que possibilita financiar o crescimento das operações.” Para o cálculo do Saldo em Tesouraria, faz-se necessário subtrair do Ativo Circulante Financeiro (ACF) o Passivo Circulante Financeiro (PCF).
 
 
Tabelas 8 Capital de Giro/ Fonte: Elaborada pelas autoras
O terceiro importante indicador de Análise do Capital de Giro em uma organização é o Capital Circulante Líquido, que de acordo com Lema (2012, p. 18), “indica o volume de recursos de longo prazo alocados para financiar o giro.”, calculado pela diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante.
CCL = AC – PC
Com base nos dados das demonstrações financeiras da BRF, obtiveram-se os seguintes índices de Análise do Capital de Giro:
	 Análise do Capital de Giro
	2011
	2012
	2013
	2014
	 Necessidade de Capital de Giro (NCG)
	2.875.265
	2.528.306
	2.428.969
	1.634.188
	 Saldo em Tesouraria
	260.657
	1.580.042
	2.377.523
	6.284.931
	 Capital Circulante Líquido
	3.135.922
	4.108.348
	4.806.492
	7.919.119
Tabela 9 Análise Capital de Giro/ Fonte: Elaborada pelas autoras
Em relação ao índice NCG , os números da BRF demonstram que o Ativo Circulante Operacional da BRF é maior do que seu Passivo Circulante Operacional, o que significa na visão de Matarazzo (2010, p. 284), que se trata de uma “situação normal na maioria das empresas. Há uma NCG para a qual a empresa deve encontrar fontes adequadas de financiamento”. O anos de 2011 foi o ano de maior Necessidade de Capital de Giro para a BRF, com queda nos anos seguintes ,a queda foi mais significativa foi entre os anos de 2011 e 2012 , chegando a 87% da NCG que existia em 2011 .
Já em relação ao Saldo em Tesouraria, os dados da BRF apontam significativos crescimentos em relação a 2011, com índice 5% maior em 2012, 8% em 2013 e 23% em 2014, ou seja, houve crescimento da margem de segurança financeira para investimentos em operações da organização.
Quanto ao CCL (Capital Circulante Líquido), podemos verificar que a BRF teve um aumento significativo em 2012, porém mais significativas em 2013 e 2014, ocasionadas pelo maior aumento de seu Passivo Circulante em relação ao seu Ativo Circulante no período de análise.
Com base nestes índices, podemos afirmar que em todos os quatro anos analisados o Capital Circulante Líquido foi maior que a Necessidade de Capital de Giro, o que representa equilíbrio financeiro da empresa. Para melhor entendimento, foi escolhido o ano de 2014 para demonstração desta análise com base nos dados e índices da BRF.
3.7 Análise Dupont 
O objetivo é de analisar as variações das taxas de retorno sobre o ativo e patrimônio líquido das empresas conforme a metodologia DuPont.A análise DuPont, método que procura analisar de uma maneira objetiva como foi formado o resultado para se avaliar a situação financeira da empresa, utilizando-se das demonstrações contábeis para isto.
De acordo com Gitman (1997, p. 125) o sistema DuPont “funciona como uma técnica de busca que ajuda a localizar as áreas-chaves responsáveis pela desempenho financeiro da empresa”. Conforme Brigham e Houston (1999, p. 94), “A margem líquida multiplicada pelo giro do ativo é chamada de Fórmula DuPont, e fornece a taxa de retorno sobre os ativos”. Kassai (2005, p. 179) afirma que “A taxa de retorno sobre o ativo Return on Assets (ROA) também é uma medida de retorno de investimento [...]”. A fórmula pode ser explicada da seguinte maneira: 
ROA = margem líquida x giro do ativo total Desmembrando temos que: 
ROA = LL depois I.R. x vendas = LL depois do I.R. vendas ativo total ativo total A definição de margem é dada por Marion (2002, p. 166) da seguinte maneira: Significa quantos centavos de cada real de venda restaram após a dedução de todas as despesas (inclusive o Imposto de Renda). [...] Estes indicadores de Lucro sobre Vendas são conhecidos como lucratividade, ou seja, apuram quantos centavos se ganha por real vendido. 
Marion (2002, p. 166) assim define o giro: Significa a eficiência com que a empresa utiliza seus Ativos, com o objetivo de gerar reais de vendas. Quanto mais for gerado de vendas, mais eficientemente os Ativos serão utilizados.Índices referente ao ano 2014.
	Du Pont
	BRF
	JBS
	Giro do ativo 
	0,8%
	1,5%
	Margem Liquida 
	7%
	2%
	ROA- Retorno sobre o ativo
	6%
	2,9%
	
	
	2014
	Du Pont Ampliado 
	BRF
	JBS
	Giro do ativo 
	0,8%
	1,5%
	Margem Liquida 
	7%
	2%
	Multiplicador de Alavancagem Financeira 
	2,3%
	3,1%
	ROE - Retorno sobre Patrimônio Líquido
	14%
	9%
Tabela 10 Dupont/ Fonte: Elaborada pelas autoras
Através destes índices podemos identificar que a empresa JBS possui o giro do ativo 1,5% o que indica um desempenho melhor do que a BRF que possui o índice de 0,8%.Os dados da margem liquida apresenta o retorno melhor para empresa BRF, com retorno de 7% enquanto o da concorrente JBS 2%,o que se repete no índice ROA a empresa BRF se encontra melhor também neste índice.
4. COMPARAÇÃO SETORIAL
A comparação setorial será realizada entre as empresas BRF e JBS, com base nos índices do último exercício de ambas as empresas. A escolha da JBS deve-se ao 
A BRF foi criada em 2009, a partir da associação entre a Sadia e a Perdigão. Após o processo de fusão, finalizado em 2012, a empresa tornou-se uma das gigantes do mercado alimentício mundial. Hoje, somos a sétima maior empresa de alimentos do mundo em valor de mercado, uma das principais exportadoras de proteína animal do planeta (responsável por 9% da exportação mundial), com alimentos que chegam a mais de 110 países em cinco continentes.
A BRF busca, dia a dia, construir uma cultura que coloque todos os nossos colaboradores, parceiros e clientes, em qualquer lugar do mundo, na mesma sintonia.Por isso, foi criado o Viva BRF, um conjunto de ações, valores e atributos que mudam tudo: a nossa ligação com os mercados de atuação, as relações entre gestores e equipes, as parcerias entre áreas e até mesmo a motivação no dia-a-dia. Essas ações vêm sendo desenhadas pelo Núcleo de Cultura, formado por executivos, lideranças e embaixadores indicados, responsáveis por dialogar com os colaboradores de todas as nossas unidades sobre ações de engajamento e sobre as características da BRF, respeitando a diversidade e os costumes locais.2014
	
	
	
	
	 Rentabilidade
	BRF
	
	JBS
	 Margem Bruta
	29,3%
	
	15,5%
	 Margem Operacional 
	12,0%
	
	6,5%
	 Margem Líquida
	7,4%
	
	2,0%
	 ROA - Retorno sobre Ativo Total
	5,9%
	
	2,9%
	 ROE - Retorno sobre Patrimônio Líquido
	14%
	
	9%
	
	
	
	
	 Liquidez
	BRF
	
	JBS
	 Liquidez Corrente
	1,83
	
	1,51
	 Líquidez Seca
	1,52
	
	1,18
	 Líquidez Geral
	1,04
	
	0,75
	
	
	
	
	 Endividamento e Estrutura de Capital
	BRF
	
	JBS
	 Capital de terceiros / Capital Próprio
	1,30
	
	2,20
	 Endividamento Total
	57%
	
	69%
	 Perfil do Endividamento
	47%
	
	44%
	 Cobertura de Juros
	1,35
	
	0,85
	
	
	
	
	 Atividade / Eficiência
	BRF
	
	JBS
	 Giro do Ativo
	0,8
	
	1,5
	 Prazo Médio de Estocagem
	52
	
	29
	 Prazo Médio de Recebimento
	40
	
	29
	 Prazo Médio de Pagamento
	116
	
	41
	
	
	
	
	 Análise do Capital de Giro
	BRF
	
	JBS
	 Necessidade de Capital de Giro (NCG)
	1.634.188 
	
	10.806.880 
	 Saldo em Tesouraria
	6.284.931 
	
	1.867.351 
	 Capital Circulante Líquido
	7.919.119 
	
	12.674.231 
Tabela 11: Índices de Análise para a Comparação Setorial / Fonte: Elaborado pelas autoras
4.1 Rentabilidade/ Lucratividade:
Os dados apresentam diferenças significativas entre a BRF e a JBS , sendo que a BRF apresenta superioridade em quase todos os índices deste grupo. Embora JBS seja uma empresa de menor porte que a BRF e, a receita de líquida de vendas é maior que a BRF, os números mostram que a JBS consegue obter maior margem entre sua recita de vendas e o custo das mercadorias vendidas. Esta eficiência pode ser decorrente tanto de suas negociações de compras com seus fornecedores, como dos preços que consegue aplicar para seus clientes. 
Apesar de seus tamanhos, JBS e BRF nunca foram adversários. A BRF até processa carne bovina, mas principalmente para rechear suas lasanhas e fazer seus hambúrgueres. Até que, no dia 10 de junho, os caminhos se cruzaram. Após assumir dívidas de 5,85 bilhões de reais, o JBS comprou a Seara, divisão de alimentos processados do fabricante de alimentos Marfrig e vice-líder no mercado brasileiro de frangos e suínos.
Agora, a BRF terá de enfrentar um concorrente muito maior do que ela mesma — e que, ao contrário do combalido Marfrig, está em boa forma e com fôlego para investir. O JBS, criado pela família Batista em Goiás nos anos 50, é o maior processador de carnes do mundo. Após a compra da Seara, deve faturar cerca de 90 bilhões de reais em 2013 — mais de três vezes as vendas anuais da BRF.
Seu abate de bois é incomparavelmente maior. Mesmo em frangos, setor em que Sadia e Perdigão se destacam, a produção do JBS é 50% maior graças à operação que possui nos Estados Unidos com a marca Pilgrim’s Pride. No Brasil, a companhia havia estreado nesse mercado no ano passado com a compra de três empresas, mas, graças à aquisição da Seara, sua operação quadruplicou.
De uma hora para a outra, portanto, virou o maior e mais ameaçador concorrente da BRF.
4.2 Liquidez 
Já em relação aos índices de Liquidez, verifica-se que a BRF apresenta melhores resultados do que a JBS , sendo que no índice de Liquidez Corrente apesar da diferença de 0,32 pontos percentuais, ambas apresentam seus Ativos Circulantes maiores que seus Passivos Circulantes. 
Já no índice de Liquidez Seca (excluindo-se os estoques do Ativo Circulante) a diferença é de 0,34 está quase o mesmo nível da BRF . Os dados de 2011 que comprovam este índice são: Enquanto na BRF, os estoques representam 8% do Ativo Circulante, na JBS este número é de 10%, ou seja , na JBS o maior peso dos estoques no Ativo Circulante faz com que seu índice de liquidez seca esteja bem abaixo da BRF .
Quanto ao índice de Liquidez Geral (Ativo Total / Passivo Total), embora a BRF tenha índice superior, ambas possuem ativos maiores que seus passivos em números mais do que suficientes para a geração de liquidez.
 
4.3 Endividamento / Estrutura de Capital
Os índices de endividamento (Capital Próprio / Capital de Terceiros, Endividamento Geral e Perfil do Endividamento) apresentam algumas diferenças o índice da JBS está com valor de 2,20 % enquando a BRF apresenta 1,30% a diferença não é significativa . Já os índices de Cobertura de Juros aponta que a BRF possui maior capacidade superior de geração de lucros para a cobertura dos juros. Já em relação ao índice de Cobertura de Caixa, não foi possível calcular o índice para as empresas, pois em sua DRE não consta o valor da depreciação, fator necessário para o cálculo deste índice
4.4 Atividade / Eficiência
Para o índice de Giro do Ativo, verifica-se que a JBS em 2014 teve maior capacidade de geração de vendas em relação aos ativos investidos do que BRF. Por outro lado, a BRF teve maior prazo médio de estocagem do que a JBS em 2014. Quanto aos prazos médios de pagamentos e recebimentos, identificamos que a BRF possui prazo médio de realização de seu contas a receber significativamente melhor do que a JBS. Enquanto a JBS recebe em média dentro de 29 dias, a BRF demora em média 40 dias para realizar seu contas a receber. Já quanto ao prazo de pagamento a fornecedores, a empresa BRF possui índice superior ao corrente JBS, o que pode ser justificado pelas políticas comerciais dos fornecedores.
4.5 Análise do capital de Giro
Em relação aos índices que compõe a Análise do Capital de Giro, os dados indicam que a JBS possui necessidade significativamente maior de capital para financiar o seu giro do que a BRF ,porém o saldo da tesouraria de 2014 é superior .
Por outro lado, enquanto a BRF possui seu CCL (Capital Circulante Líquido) maior do que sua NCG (Necessidade de Capital de Giro), o que indica equilíbrio financeiro, a JBS possui a mesma situação.
5. CONCLUSÕES
Observando os números, concluímos que BRF tem apresentado um bom retorno sobre patrimônio líquido e forte crescimento de receita e lucro. Os dados apresentados neste trabalho mostram um aumento contínuo de vendas e resultados.
O resultado pode ser atribuído ao ambiente favorável de consumo, beneficiado por diversas variáveis macroeconômicas, como o aumento no consumo e os elevados níveis de confiança do consumidor.
A BRF, dona das marcas Perdigão e Sadia, é a empresa brasileira mais promissora em 2015, de acordo com ranking produzido pela revista Forbes Brasil. A empresa ficou em primeiro lugar no ranking geral e na categoria alimentos.
A empresa é também a maior exportadora global de carne de frango, inaugurou em 2014 uma fábrica de processados em Abu Dhabi, nos Emirados é a sua primeira unidade industrial no Oriente Médio. Foram investidos US$ 155 milhões (R$ 390,13 milhões) na unidade, que é considerada pela empresa a maior da região.
Em entrevista para a site UOL , no ano 2014, presidente do conselho de administração da BRF, Abilio Diniz diz em nota: “A nova fábrica representa um dos alicerces do processo de internacionalização da companhia".
O plano da empresa é colocar em prática neste ano uma estratégia que começou a ser desenhada em 2014, de trabalhar com uma gama maior de preços em diferentes canais de distribuição, regiões do país e categorias de produto.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GITMAN, Lawrence Jeffrey. Princípios de administração financeira. 7 ed. São Paulo:Bookman, 1997.
LEMA, Marcelo. Análise Econômico-Financeira de Empresas. São Paulo: CEADE-COGEAE-PUC-SP, 2015, Apostila.
MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. São Paulo: Atlas, 2009. 
MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008
MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. www.sebrae.com.br acesso em 29/04/2015
Sites
http://www.investsite.com.br/balanco_patrimonial_ativo.php?cod_negociacao=LREN3
http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1044/noticias/abilio-na-mirahttp://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/01/06/brf-e-a-empresa-mais-promissora-no-brasil-em-2015-diz-forbes-brasil.htm
PONTÍFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO 
ANÁLISE FINANCEIRA – PARTE 2 - CEADE
ANÁLISE CUSTO/ VOLUME/ LUCRO DE UMA EMPRESA
Sempre belas
Esmalteria 
Cássia Pereira de Macêdo
Cristiane Aparecida da Silva
São Paulo
1º Semestre/2015
Sempre belas
Salão especializado em unhas
Trabalho apresentado como exigência para aprovação na disciplina Análise de Custo, Volume, Lucro Aplicado em um negócio, sob a orientação do Prof. Marcelo Lema do curso de Especialização em Administração de Empresas – CEADE.
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC- SP
Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão – COGEAE
Curso de Especialização em Administração de Empresas - CEADE
São Paulo
1º Semestre/2015
Sumario
1 – Identificação da Empresa...............................................................................................1
2 – Cálculo de margem de contribuição...............................................................................4
3 - Cálculo do ponto de equilíbrio........................................................................................9
4 – Margem de segurança..................................................................................................12 
5 – Projeção mensal...........................................................................................................13
6 – Sistema de custeio adotado pela empresa....................................................................16
7 – Conclusão.....................................................................................................................17
8 – Referências Bibliográficas...........................................................................................19
Tabelas e figuras
Figura 1: Esmalteria.............................................................................................................1
Figura 2: Alongamento AcrylFix.......................................................................................14
Figura 3: Unhas em gel......................................................................................................14
Figura 4: Esmaltação em gel..............................................................................................15
Figura 5: Unhas acrílicas....................................................................................................15
Tabela 1: Fórmula margem de contribuição........................................................................7
Tabela 2: Margem de contribuição......................................................................................9
Tabela 3: Ponto de equilíbrio.............................................................................................11
14
37
1 – Identificação da Empresa
Figura 1: Esmalteria
Fonte: Foto imagem
1.1 – Montando um salão de Manicure
Há alguns anos, o mais comum era um salão de beleza oferecer serviços de cabeleireiros, pedicure e manicure. A manicure por anos foi um serviço associado ao salão de cabeleireiro, mas parece que isso ficou no passado.
Hoje em dia se tornou comum o serviço de manicure ser feito à parte nos grandes salões de beleza e as manicures ficaram tão especializadas que já surgiram muitos estabelecimentos específicos para o serviço de unhas, apelidados de salões de unhas. 
O grande atrativo no negócio dos salões de unhas é que o serviço está ganhando grande espaço no mercado, já que, ainda que pareça mais prático cuidar de unhas e cabelos em um só salão de beleza, o público está optando por lugares especializados em manicure por que o serviço será feito por um profissional especializado na área, sendo assim, o negócio está crescendo cada vez mais. Esse foi um dos atrativos que a proprietária do salão de unhas, mais conhecido hoje como esmalteria “Sempre belas” Carla Carvalho resolveu entrar nesse negócio. Em setembro/2014 ela abriu seu estabelecimento, até o momento seu foco são unhas decoradas, mas ela pretende ampliar seus serviços relacionados a unhas.
 Público alvo
Salão de unhas tem como público homens, mulheres e adolescentes. Já que serviço é bem específico e todos os profissionais possuem especialização na área, é considerado um empreendimento de retorno rápido, pois uma boa parcela das mulheres tem interesse em fazer as unhas ao menos semanalmente.
· Estrutura a ser montada para um salão de unhas
A boa notícia é que o custo é bem mais baixo que o de um salão de beleza. O maquinário que envolve cuidar de cabelos é consideravelmente mais caro que cuidar de unhas. Enquanto uma hidratação capilar pode chegar a custar R$ 1.500 em linha profissional, seu principal produto aqui é o esmalte, que custa R$ 3,50 a unidade.
Os cosméticos básicos necessários a serem comprados são kits de manicures que incluem alicate, afastador de cutícula, cortador, tesouras e lixas de unha. Também é preciso ter palitos, algodão, acetona e esmaltes. É preciso ainda, uma máquina para esterilização do material usado que não seja descartável como as paletas e alicates, além das bacias de pé e de mão ou luvas com amolecedores de unhas.
Para conforto dos clientes e do profissional, são necessárias cadeiras próprias para o serviço com lugar para o cliente e outro em posição mais baixa para o profissional. Elas podem ser compradas pela Internet e o valor varia conforme o material e sua durabilidade. É preciso também ter prateleiras para dispor os esmaltes, como um mostruário para que os clientes possam escolher livremente, dando um visual mais característico ao local e deixando os clientes informados quanto aos produtos disponíveis no mercado.
· Capital inicial para investimento
Como já dito anteriormente, o capital inicial para investir na montagem de um salão de unhas é bem baixo se comparado a um salão de beleza, girando em torno dos R$ 2 mil se for um ambiente de pequeno porte e com estrutura simples. Com este valor você consegue comprar todos os itens novos para seu negócio e começar a trabalhar com seu salão de unhas.
· Funcionários de um salão de unhas
A maioria das empresas neste formato não trabalha com funcionários fixos, mas com contratação por meio de parceria. Funciona da seguinte forma: o salão cobra um valor do cliente e ele é divido entre o funcionário e o dono do estabelecimento. Exemplo: se o serviço completo de pé e mão custa R$ 20 ao cliente, serão R$ 5 da casa e R$ 15 da manicure. Desta forma você não precisa arcar com encargos trabalhistas e ao mesmo tempo irá garantir ao cliente um bom atendimento. O percentual de divisão deve ser bem analisado para que cubra todos os custos do salão de unhas para atender ao cliente e ainda tenha um lucro.
· Agregando serviços ao seu salão de unhas
O grande diferencial de tais salões é a agregação de serviços diferenciados como as unhas decoradas, serviço que se tornou uma febre entre as mulheres no Brasil e que ganha mais espaço a cada dia. O serviço também é bem mais caro, geralmente sendo cobrado por unha decorada, o cliente podendo optar por fazer pé e mão juntos ou apenas um.
Aplicação de unhas postiças também é um ótimo serviço para se oferecer, com boa aceitação no mercado e com uma concorrência baixa. Salões de bairro dificilmente oferecem este tipo de serviço que acaba sendo um bom diferencial para a casa. É importante garantir uma boa aplicação, para agregar bastante valor ao salão de unhas, ganhar um nome no mercado e consequentemente garantir o sucesso do negócio.
Oferecer esfoliação nos pés, também é uma boa. Esta é a região mais sensível do corpo, homens e mulheres certamente vão adorar uma boa massagem com esfoliação. O serviço possui um bom preço, lucra bem e pode ser oferecido como pacote promocional junto com a esmaltação. Desta forma, o cliente dificilmente vai recusar, uma vez que já está com os pés na água e certamente adorará um mimo para seus pés.
Outro serviço que vem ganhando cada vez mais adeptossão as unhas em gel, altamente resistentes, pois são naturais. Podem ser afixadas através de várias técnicas e, se bem aplicadas, trazem o cliente de volta ao salão no mínimo de 2 em 2 semanas, pois a manutenção das unhas deve ser feita periodicamente, ainda que permanentes. Caso a cliente não queira mais as próteses ela pode retornar ao salão e trocá-las, já que é um produto não aconselhável para quem tem as chamadas “unhas roídas”.
Uma dica importante é manter os itens usados no dia a dia sempre limpos como usar uma lixa de unha e um palito por cliente, já que a limpeza e a higiene são muito importantes para a fama de um bom salão de beleza. Com a quantidade de informações na mídia sobre a disseminação de doenças como hepatite por meio de objetos de uso coletivo em manicures, melhor tomar cuidado tanto para manter o bom nome do salão como e garantir a saúde de seus clientes.
2. Cálculo de margem de contribuição
Margem de Contribuição é quantia em dinheiro que sobra do preço de venda de um produto, serviço ou mercadoria após retirar o valor do gasto variável unitário, este é composto por custo variável unitário e despesas variáveis. Tal quantia é que irá garantir a cobertura do custo fixo e do lucro, após a empresa ter atingido o Ponto de equilíbrio, ou ponto crítico de vendas (Break-even-point). Ela representa uma margem de cada produto vendido que contribuirá para a empresa cobrir todos os seus custos e despesas fixas, chamados de custo de estrutura/suporte.
Representada da seguinte forma:
MC = PV - (CV + DV)
Onde:
MC = Margem de contribuição;
PV = Preço de Venda ou Receita Op. Bruta Total;
CV = Custo variável ou Custo das Mercadorias Vendidas (CMV);
DV = Despesa variável.
O Índice de Margem de Contribuição (Imc) é a relação entre a Margem de Contribuição e o preço de venda:
Imc = MC / PV 
Exemplo:
Como seria um exemplo de DRE - Demonstração do Resultado do Exercício:
Receita Op. Bruta Total = 					R$ 4000,00
Receita Op. Bruta à Vista = 				R$ 2500,00
Receita Op. Bruta à Prazo = 				R$ 1500,00
Custos dos produtos vendidos / custos variáveis = 	R$ 1100,00
Despesas variáveis = 					R$ 505,00
Comissões = 						R$ 150,00
Fretes = 							R$ 90,00
Material de embalagem = 					R$ 95,00
Despesas gerais dep. de vendas = 			R$ 170,00
Margem de Contribuição = 				R$ 2395,00
Ou seja:
Receita Operacional					R$ 4000,00
(-) Custo dos produtos					R$ 1100,00
(-) Despesas Variáveis					R$ 505,00
(=) Margem de Contribuição				R$ 2395,00
Índice da Margem de Contribuição			59%
Quando os custos estiverem separados em componentes fixos e variáveis, será útil comparar as receitas com os custos variáveis. 
Segundo Lins e Silva (2005, p. 102), a margem de contribuição caracteriza-se como o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de “sobras” entre a receita e o custo que de fato gerou e lhe pode ser imputado sem grandes possibilidades de erro. É o valor que “contribui” para a cobertura dos custos fixos e a formação do lucro. A margem de contribuição tem um papel importante na análise da relação custo-volume-lucro. Quando a margem de contribuição total for igual aos custos fixos, a empresa terá lucro zero e, do contrário, poderá ter lucro ou prejuízo. Assim, na análise da empresa como um todo, se a margem de contribuição é menor do que os custos fixos, ela está incorrendo em perdas.
Além disso, a margem de contribuição, por si só, é uma cifra útil para a tomada de decisões. Por exemplo, a empresa pode ter prejuízo e, ainda assim, decidir continuar operando se a margem de contribuição for suficiente. Como alguns custos fixos, como depreciação e aluguel, não podem ser evitados, mesmo reduzindo a produção, a empresa pode achar melhor continuar operando.
A margem de contribuição nos fornece uma medida dos efeitos da continuação das operações. Por outro lado, se a margem de contribuição for negativa - e espera-se que se mantenha assim -, isso indica que as receitas são menores do que os custos variáveis totais, de modo que a empresa faria melhor se fechasse suas portas, caso não conseguisse identificar a margem de contribuição por produto, eliminando os produtos com margem negativa. A margem de contribuição é um excelente instrumento de gerenciamento de produtos e segmentos, porém, por vezes, pode induzir o seu usuário a decisões diferentes da ideal. 
Lobrigatti (2004, p. 5) descreve o termo Margem de Contribuição como tendo um significado igual ao termo Ganho Bruto sobre as Vendas. Isso indica para o empresário o quanto sobra das vendas para que a empresa possa pagar suas despesas fixas e gerar lucro.
Ele nos explica o porquê do nome Margem de Contribuição. 
Margem por que é a diferença entre o Valor da Venda (preço de venda) e os Valores dos Custos e das Despesas específicas destas Venda, ou seja, valores também conhecidos por Custos Variáveis e Despesas Variáveis da venda.
Contribuição porque representa em quanto o valor das vendas contribui para o pagamento das despesas fixas e também para gerar lucros.
Para encontrar a margem de contribuição, é preciso realizar a seguinte conta:
	Margem de Contribuição =
Valor das Vendas - (Custos Variéveis + Despesas Variáveis)
Ou ainda:
+ Valor Total das Vendas ou + Preço de Venda (unitário)
- Despesas Váriáveis Totais ou - Despesas variáveis (unitárias)
- Custo Variável Total ou - Custo Variável (unitário)
= Margem de Contribuição Total ou = Margem de Contribuição (unitária)
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Tabela 1: Fórmula da Margem de Contribuição
Fonte: Lobrigatti (2004, p. 5)
Nota: A 1ª coluna é para o caso da venda total e a 2ª coluna é para o caso do cálculo produto a produto, ou grupo de produtos.
O valor encontrado em qualquer uma das formas apresentadas para o cálculo da margem de contribuição representa o quanto à empresa consegue gerar de recursos para pagar as despesas fixas e obter lucro. Quando o valor da margem de contribuição for superior ao valor total das despesas fixas, no caso da 1ª coluna da tabela, a empresa estará gerando lucro e, quando for inferior, o resultado será entendido como prejuízo.
A margem de contribuição total da empresa representa também a margem média, pois considera tudo o que é vendido. É normal termos em qualquer empresa produtos/serviços com preços, custos e despesas diferentes um dos outros. Por isso, é muito importante apurar a margem de contribuição de cada produto/serviço, que é o caso demonstrado na segunda coluna da tabela. 
De acordo com Lobrigatti (2004, p. 12), são muitas as vantagens que se pode ter conhecendo a margem de contribuição total das vendas ou mesmo a margem de contribuição de cada produto, e todas elas estão certamente relacionadas com decisões importantes para a empresa, tais como:
1. identificação do volume mínimo necessário de vendas para pagar as despesas fixas – o ponto de equilíbrio;
1. identificação do volume mínimo de vendas para pagar despesas fixas e ainda gerar um determinado valor de lucro;
1. elaboração das tabelas de preços considerando descontos especiais em função do volume vendido a um mesmo cliente;
1. decisão por qual produto a empresa intensificará as vendas ou mesmo, deixará de comercializar;
1. estabelecimento de campanhas promocionais de vendas: descontos/brindes x impacto na quantidade necessária de vendas;
1. decisão pela quantidade de produção de determinados produtos, no caso de não ter disponível suficientes recursos para todos;
1. análise da concorrência e competitividade de preços, e a relação disto com o volume de vendas.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	PV
	CMV
	DV
	MC
	IMC
	
	(Receita Bruta
	(Custo da 
	(Despesas 
	(Margem de 
	(Índice Margem
	
	Operacional)
	Mercadoria 
	Variáveis)
	Contibuição)
	Contribuição)
	
	
	Vendida)
	
	
	
	
	 R$ 35,00 
	 R$ 10,00 
	 R$ 5,00 
	 R$ 20,00 
	1,75
	%
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Tabela 2: Margem de contribuição
Fonte: elaboradopelas alunas
Nas micro e pequenas empresas, é desejável que o capital investido seja remunerado, como se estivesse investido no mercado financeiro, sendo assim a rentabilidade esperada deve estar entre 2% a 4% ao mês, para ser considerado um bom investimento. Podemos dizer é esse negócio da Carla é um excelente negócio, pois ela possui um índice Margem de Contribuição de 1,75 por serviço, ou seja, por cada cliente.
3. Cálculo do ponto de equilíbrio 
Para Lins e Silva (2005, p. 110), o ponto de equilíbrio, também denominado ponto de ruptura (break even point), é o nível de volume no qual as receitas totais igualam as despesas totais. A empresa nem tem lucro nem sofre prejuízo quando as vendas são iguais ao volume de ponto de equilíbrio. A margem de contribuição pode ser utilizada para determinar o ponto de equilíbrio. Ela será igual aos custos fixos nesse ponto. Considera-se que o volume de vendas é igual ao volume de produção. A informação do ponto de equilíbrio, tanto global como por produto, é importante porque identifica o nível mínimo de atividade em que a empresa ou divisão deve operar. 
Em economia, principalmente em contabilidade de custos, o ponto de equilíbrio econômico é o momento quando despesas e lucros se igualam. É, portanto, o momento em que um produto deixa de custar e passa a dar lucro. A ele adicionam-se os custos fixos e todos os custos de oportunidade, como por exemplo, os referentes ao uso do capital próprio, ao possível aluguel das edificações (caso a empresa seja proprietária) perda de salários, etc.
Diferentemente do Ponto de Equilíbrio Contábil, o PEE visa à obtenção de lucro que pode ser estipulado pelo empresário.
Sua fórmula é: PEE = CF+L / PV uni - CV uni
Obs.: PV uni - CV uni = Margem de Contribuição Unitária
Verifica-se o equilíbrio financeiro de uma organização, quando seus custos e despesas comparam-se com sua receita. Isto é, o ponto de equilíbrio financeiro, que pode ser verificado financeiramente e/ou em quantidade de vendas ou prestação de serviços, é o ponto inicial de seu superávit. É exatamente ao alcançar o ponto de equilíbrio que a organização começa a gerar resultados positivos em sua operação fim. O ponto de equilíbrio pode ser verificado a partir da projeção/ orçamento das premissas financeiras, isto é, receita bruta, preço médio de venda, custo variável unitário e custos fixos.
O ponto de equilíbrio é uma das informações mais importantes de toda a empresa, e seu valor deve ser cuidadosamente calculado no máximo a cada três meses. O ponto de equilíbrio é um indicador de segurança do negócio, pois mostra o quanto é necessário vender para que as receitas se igualem aos custos. Ele indica em que momento, a partir das projeções de vendas do empreendedor, a empresa estará igualando suas receitas e seus custos. Com isso, é eliminada a possibilidade de prejuízo em sua operação.
É, em geral, calculado sob a forma de percentual da receita projetada. Por exemplo, um ponto de equilíbrio de 65% para uma receita de R$ 100.000,00 anuais indica que a empresa terá eliminado as possibilidades de prejuízo quando tiver atingido o montante de R$ 65.000,00 em vendas, passando, a partir de então, a acumular lucro. A lógica do ponto de equilíbrio mostra que, quanto mais baixo for o indicador, menos arriscado é o negócio.
Fórmula de cálculo do ponto de equilíbrio
Ponto de Equilíbrio = Custo Fixo x 100
 Receita – Custo Variável
Lembrando: Margem de Contribuição = Receita – Custo Variável.
	PV
	CMV
	CF
	Q
	Q
	(Receita Bruta
	(Custo da 
	(Custo Fixo)
	(Ponto de 
	(Ponto de 
	Operacional)
	Mercadoria 
	
	Equilíbrio)
	Equilíbrio %)
	
	Vendida)
	
	
	
	 R$ 35,00 
	 R$ 10,00 
	 R$ 15,00 
	 R$ 21,00 
	60%
Tabela 3: Ponto de equilíbrio
Fonte: Elaborado pelas alunas
Identificamos o percentual de 65% que será aplicado sobre o valor total de faturamento, identificando assim o valor balizador do Ponto de Equilíbrio.
Utilizando os dados da Estrutura Gerencial de Resultados temos:
	Q (%) = 15,00 x 100% = 60%
	 35,00 - 10,00
	
Se esse percentual for calculado sobre o faturamento projetado ou realizado, teremos o seguinte resultado:
35,00 x 60% = 21,00
Ou seja, R$ 21,00 seria o valor mínimo que a Carla teria que cobrar por cada serviços prestado para não ter lucro e nem prejuízo.
4. Margem de segurança
De acordo com Lins e Silva (2005, p. 113), margem de segurança é a quantia ou o índice de vendas da empresa e volume de vendas no ponto de equilíbrio. Portanto, é o volume de vendas que excede às vendas calculadas no ponto de equilíbrio. 
A margem de segurança representa quanto as vendas podem cair sem que a empresa incorra em prejuízo, podendo ser expressa em valor, unidade ou percentual. Ela é a diferença entre as vendas reais (em quantidade) e as vendas no ponto de equilíbrio (também em quantidade). 
A MS representa a capacidade da empresa de gerar lucros acima das necessidades de juros, com a qual se conta para proteger o investidor de prejuízos ou desconfortos, caso algum declínio futuro ocorra nos lucros líquidos. É um indicador estático do risco econômico de exploração. É esse indicador que nos dá a porcentagem do volume de atividade efetivamente praticada para além do ponto crítico. Para calcular a margem de segurança temos de conhecer sempre, previamente, o ponto crítico das vendas (em valor, ou em quantidade). Só tem sentido calcular este indicador quando a empresa já apresenta lucro, ou seja, já passou os valores apresentados pelo ponto crítico das vendas.
As fórmulas mais usuais para calcular a margem de segurança são:
MS = [(Qr – Q*) / Q*] x 100
MS = [(Vr – V*) / V*] x 100
MS = [(M – CF) / CF] x 100
Nota:
· Qr – quantidade realizada
· Q* – quantidade no ponto crítico das vendas
· Vr – valor realizado
· V*- valor no ponto crítico das vendas
· M – Margem global
· CF – Custos fixos
Considerando o faturamento por serviço é de R$ 35,00 e o ponto de equilíbrio da Esmalteria, sua margem de segurança deve ser superior a R$ 21,00.
5. Projeção mensal
Para um futuro não muito distante a empresaria Claudia pensa e já planeja ampliar seus serviços, para melhor atender seus clientes quanto para aumentar sua renda.
Abaixo, podemos ver alguns serviços que a Claudia pode oferecer em seu salão.
Alongamento AcrylFix
AcrylFix é um método de alongamento temporário de unhas que utiliza cola em gel para unhas e pó acrílico. É um método simples e seguro mas que tem a duração média de 2 semanas. Após este período é necessário retirar o produto e refazer o alongamento pois o produto começará a ressecar e trincar. É um alongamento ideal para ser feito para uma ocasião especial, onde não existe a intenção de se usar unhas longas definitivamente. É o alongamento com valor mais baixo. 
 
Figura 2: Alongamento AcrylFix
Fonte: site nailshop
Unhas em gel
As unhas em gel são muito naturais e resistentes. Podem ser fixadas em várias técnicas e necessitam de manutenção a cada 2 semanas. São próteses permanentes, podem ser usadas por tempo indeterminado. 
Este produto não deve ser usado para alongamento de unhas roídas pois a fixação não será ideal. 
Como em outros alongamentos, a esmaltação não irá soltar, permanecendo nas unhas até a remoção. 
Figura 3: Unhas em gel
Fonte: site nailshop
Esmaltação em gel
É um processo em que as unhas, alongadas ou não, recebem uma pintura de gel colorido polimerizado em cabine ultra-violeta. O gel colorido é fixado nas unhas e tem a duração de até 3 semanas. Se o cliente desejar continuar usando a mesma cor após vários dias, é feito o retoque na parte da unha que cresceu. 
 
Figura 4: Esmaltação em gel 
 Fonte: site nailshop
Unhas acrílicas
As unhas acrílicas são as mais resistentes e é o produto que consegue corrigir quase todas as imperfeições nas unhas, das mãos e dos pés. 
São também conhecidas como unhas de porcelana, que é o nome do produto anterior ao acrílico. É uma prótese permanente que requermanutenções a cada 15 ou 20 dias. 
Figura 5: Unhas acrílicas
Fonte: site nailshop
6. Sistema de custeio adotado pela empresa
O dimensionamento dos Custos envolvidos no negócio e seu controle definem o sucesso da operação.
· Compras: A definição do custo na compra, considerando as marcas utilizadas e a aplicação nos serviços, definem o mix de Serviços e os níveis de preços praticados. Implantado por planilhas de formação de preço e posteriormente por software de controle operacional.
· Serviços: A definição dos serviços e o custo na compra formam o mix de serviços oferecidos pelo Salão. Implantado por planilhas de formação de preço e posteriormente por software de controle operacional.
· Formação de preço de serviço: Levando em consideração o Custo na Compra e o comissionamento dos Profissionais, temos a Formação do Preço de serviço. Esta montagem, permite setorizar os níveis de PREÇO a praticar nos procedimentos internos, com controle individual sobre cada serviço apresentado.
· Mercado: Levantamento dos Clientes Potenciais e Mensuração da Concorrência, são fatores determinantes na implantação da distribuição. Para tanto disponibilizar um sistema web de negociação por propostas e pedidos pela web, que permite que a força de vendas devidamente orientada a resultados, agilize a oferta e o fechamento dos negócios.
Analisando e controlando esses fatores a empresária conseguira administrar ainda melhor seu serviço e irá ajudar no seu crescimento.
7. Conclusão
Assim Como a Claudia, muitas outras mulheres pensam e ganhar seu espaço no mercado de trabalho e principalmente se esse negócio for seu. Hoje existem centenas de esmalterias espalhadas por ai e com isso veio às franquias de esmaltes. Esse pode ser o grande começo para a Claudia, abrindo varias franquias próprias.
As franquias de esmaltes se destacam ao oferecer serviços diferenciados, isso mesmo, elas não servem apenas para comercializar este item, mas também para disponibilizar atividades relacionadas a ele, o que agrega valor à sua marca e funciona como um chamariz a mais para o empreendimento.
Os esmaltes são alguns dos cosméticos queridinhos do público feminino. Agora, mais do que deixar as unhas bonitas, eles são encarados como uma excelente forma de negócio, sendo, inclusive, transformados em franquias. Esse produto simples e com preço acessível a todos os consumidores é sucesso de vendas, pois está sempre apresentando novas cores e tendências que conquistam as mulheres. Se você adora esmaltes ou simplesmente vê neles uma ótima oportunidade de empreender, saiba que as franquias de esmaltes podem ser o negócio certo para você. Atualmente, no Brasil, já é possível encontrar diversas empresas que abriram as suas marcas e se tornaram franqueadoras, levando os seus serviços para todas as regiões do país.
A vantagem de trabalhar com franquias de esmaltes é o fato de comercializar um produto de fácil aceitação e saída no mercado. Além disso, a tendência é tendência de que as áreas de beleza e cosmético cresçam cada vez mais, se tornando muito rentável, tanto para quem produz quanto para quem vende.
Abaixo, podemos ver as principais franquias de esmaltes:
Loucas Por Esmaltes
Em se tratando de franquias de esmaltes, uma das mais famosas e tradicionais é a Loucas Por Esmaltes, que foi criada há mais de cinco anos através da empresária Maila Miranda, que na época queria criar uma loja exclusiva para a venda de esmaltes. O empreendimento rapidamente obteve sucesso que no ano seguinte da sua criação já tinha se tornando uma franqueadora, sendo reconhecida pela sua qualidade.
A franquia Loucas por Esmaltes trabalha com todas as linhas de esmaltes, desde as mais caras até as mais baratas, oferecendo produtos para todos os gostos e bolsos. Para ser um franqueado desta marca é necessário pagar uma quantia de R$ 50.000,00 reais. O faturamento mensal é de aproximadamente R$ 25.000,00 reais. Estima-se que o investimento seja recuperado em até 8 meses de operação. Atualmente, a franquia de esmaltes tem interesse em expandir os seus negócios nas regiões Sul e Nordeste.
Esmalte Machine
A Esmalte Machine é uma empresa reconhecida nacionalmente pela inovação que trouxe ao mercado da estética. A instituição não só vende esmaltes, como permite que as clientes criem o seu próprio esmalte. A pessoa tem a sua disposição uma cartela de cores, podendo misturar até criar a cor desejada, fornecendo um produto totalmente exclusivo.
A empresa foi criada em 2010 e no ano seguinte abriu a sua marca para trabalhar na modalidade de franquia. Para ser um franqueado desta empresa é necessário investir o valor de R$ 100.000,00 reais para a aquisição dos produtos e da máquina de fazer esmalte. Segundo a franqueadora, o faturamento médio mensal pode chegar até R$ 40.000,00 reais. A recuperação do dinheiro investido acontece em 1 ano. A franquia de esmaltes tem a pretensão de expandir a marca nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste.
Essas umas das franquias de esmaltes que podem servir de exemplo para a mais nova empresaria Claudia Carvalho.
8. Referências Bibliográficas
Livros
LINS, Luis S.; SILVA, Raimundo Nonato Sousa. Gestão empresarial com ênfase em custos. Uma abordagem prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
LOBRIGATTI, Luis Alberto Fernandes. Margem de contribuição: quanto sobra para sua empresa?(2004).
Links
http://www.nailshop.com.br/servicos/ - Acesso em 02/05
http://www.novonegocio.com.br/ideias-de-negocios/como-montar-um-salao-de-manicure/ - Acesso em 02/05
Alunas:
Nome da Aluna 1: Cássia Pereira de Macêdo
Número da Matrícula: RA00141916
Tel: 11 97532-0033
E-mail: cassia.macedo@grupofolha.com.br
Empresa onde Trabalha: Empresa Folha da Manhã
Cargo/Função: Auxiliar financeiro
Nome do Aluna 2: Cristiane Aparecida da Silva
Número da Matrícula: RA00116595
Tel: 11 99670-2497
E-mail:cristiane.silva@grupofolha.com.br
Empresa onde Trabalha: Empresa Folha da Manhã
Cargo/Função: Assistente Financeiro

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