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Classificação dos solos pela origem
A classificação dos solos pela origem é um complemento importante para o conhecimento das ocorrências e para a transmissão de conhecimentos acumulados. Algumas vezes, a indicação da origem do solo é tão importante quanto a classificação sob o ponto de vista da constituição física. 
Os solos podem ser classificados em dois grandes grupos: solos residuais, solos transportados ou sedimentares e solos orgânicos.
Solos residuais: são os que permanecem no local da rocha de origem (rocha mãe), observando-se uma gradual transição da superfície até a rocha. Para que ocorram os solos residuais, é necessário que a velocidade de decomposição de rocha seja maior que a velocidade de remoção pelos agentes externos. Estando os solos residuais apresentados em horizontes (camadas) com graus de intemperismos decrescentes, podem-se identificar as seguintes camadas: solo residual maduro, saprolito e a rocha alterada. Solos residuais de basalto são predominantemente argilosos, os de gnaisse são siltosos e os de granito apresentam teores aproximadamente iguais de areia média, silte e argila, etc.
Solo residual maduro: superficial ou sotoposto a um horizonte poroso ou húmico, e que perdeu toda a estrutura original da rocha-mãe e tornou-se relativamente homogêneo.
Solo saprolito: solo que mantém a estrutura original da rocha-mãe, inclusive veios intrusivos, fissuras e xistosidade, mas perdeu a Consistência da rocha. Visualmente pode confundir-se com uma rocha alterada, mas apresenta pequena resistência ao manuseio. É também chamado de solo residual jovem ou solo de alteração de rocha.
Rocha alterada: horizonte em que progrediu ao longo de fraturas ou zonas de menor resistência, deixando intactos grandes blocos da rocha original.
 
Solos transportados: são os que sofrem a ação de agentes transportadores, podendo ser aluvionares (quando transportados pela água), eólicos (vento), coluvionares (gravidade) e glaciares (geleiras).
Solos orgânicos: originados da decomposição e posterior apodrecimento de matérias orgânicas, sejam estas de natureza vegetal (plantas, raízes) ou animal. Os solos orgânicos são problemáticos para construção por serem muito compressíveis. Em algumas formações de solos orgânicos ocorre uma importante concentração de folhas e caules em processo de decomposição, formando as turfas (matéria orgânica combustível).
Solos Lateríticos: são encontrados nas regiões de clima tropical e ocorrem
em grande parte do território brasileiro. Sua origem é resultante do processo
histórico de desgastes intempéricos das rochas e dos solos a partir do escoamento das águas fluviais. É típico da evolução de solos em climas quentes com regime de chuvas moderadas a intensas . Estes solos tem sua fração argila constituídas de minerais cauliníticos e apresentam elevada concentração de ferro e alumínio na forma de óxidos e hidróxidos, dando sua cor a vermelhada . 
 Como a formação de solos lateríticos está diretamente associada à presença de chuva e ao escoamento das águas, eles são mais facilmente encontrados em regiões que apresentam os climas tropical e subtropical, tanto em tempos presentes quanto em remotos. Esses solos e as rochas lateríticas são utilizados como um indicativo climático de períodos geológicos anteriores. 
Os solos Lateríticos apresentam-se não saturados na natureza, com altos índices de vazios, daí sua pequena capacidade de suporte. Quando compactados, sua capacidade de suporte aumenta, e por isso são muito empregados em pavimentação e aterros. Após compactado, um solo laterítico apresenta contração se o teor de umidade diminuir, mas não apresenta expansão na presença de água.
Solos expansíveis: expansividade dos solos, ou seja, solos que se expandem devido alguns 
fatores. Isso ocorre pela presença de alguns argilominerais no solo e a variação de umidade local, pois é um fenômeno sazonal. 
Os argilominerais são partículas lamelares não visíveis a olho nu, que nelas prevalecem sobre a gravidade as forças superficiais moleculares e eletromagnéticas, e tem seu comportamento regido pela concentração de água, por ter grande afinidade com a mesma. Há dois tipos de configurações dessas partículas sendo uma delas instável, porque há uma possibilidade da água separar as ligações entre camadas, chamada argila trilaminar, alguns exemplos são montmorillonita, esmectita e ilita, tendo a primeira um maior grau de expansividade que as demais. 
Nos solos, mesmo em poucas quantidades, essa fração argilosa pode expandir e contrair o solo com a variação de umidade local, com chuvas infiltrando no solo e chegando nos argilominerais, o que pode ocasionar danos nas edificações, e como o efeito é sazonal, com a repetição pode piorar o processo. Pode causar ondulações e trincas em pisos e pavimentos, trincas em paredes, instabilizações de taludes, de fundações e de cavidades subterrâneas e ruptura de pavimento.
Para prevenir um fenômeno desse, o melhor a se fazer é uma prospecção geotécnica, para identificar a fração de solo e retirá-la ou melhorar o solo. Em construções que já sofrem com isso ou que sofrerão , teoricamente, pode-se reforçar a estrutura ou deixá-las mais elásticas com compósitos. Mas na prática deve-se impermeabilizar o solo e desviar a água do subsolo para outras regiões.
Assim, os solos expansivos devem ser evitados para não causarem danos futuros, mas em casos que não se pode desviar deles as soluções são poucas, caras e geram novas dificuldades.
Referências:
http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/riscos/risco19.html 
http://www.geotecnia.ufba.br/arquivos/EGGAGS.pd
CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações. São Paulo: Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda, 6ª edição, v. 1, 1989. PINTO, Carlos de Souza. Curso Básico de Mecânica dos Solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2000

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