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UNIDADE DE ENSINO SERRA DOURADA 
Avenida Novo Horizonte, n 783, Cidade Nova, Altamira/PA. 
TELEFONE: (93) 99151-0101/ (93) 99225-0101 
 
 
 
 
Adrielle Pricila Oliveira de Melo Alves 
André Alves da Silva 
Clemente Sales Cambuhy 
Elisângela Brenda Miranda de Oliveira 
Esley Silva Ramos 
Fabiana Elbi Rodrigues Nunes 
Wérica Kay Elane de Lima Lobato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quais resultados podemos obter a partir da utilização da Conciliação como 
Método Alternativo para Resolução de Conflitos, na seara do Direito 
Trabalhista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTAMIRA- PA 
 UNIDADE DE ENSINO SERRA DOURADA 
Avenida Novo Horizonte, n 783, Cidade Nova, Altamira/PA. 
TELEFONE: (93) 99151-0101/ (93) 99225-0101 
 
 
 Setembro de 2019 
 
Adrielle Pricila Oliveira de Melo Alves 
André Alves da Silva 
Clemente Sales Cambuhy 
Elisângela Brenda Miranda de Oliveira 
Esley Silva Ramos 
Fabiana Elbi Rodrigues Nunes 
Werica Kay Elane de Lima Lobato 
 
 
 
 
 
 
 
Quais resultados podemos obter a partir da utilização da Conciliação como 
Método Alternativo para Resolução de Conflitos na seara do Direito 
Trabalhista. 
 
 
Trabalho realizado para obtenção de nota 
referente à Semana Acadêmica, 
desenvolvido na Unidade de Ensino Serra 
Dourada. 
Professores: Jairo Sousa 
 Sandra Vieira 
 Mayara do Nascimento 
 Fernando Lacerda 
 Bianca Araújo 
 Tony Gleydson 
 
ALTAMIRA- PA 
 Setembro de 2019 
 UNIDADE DE ENSINO SERRA DOURADA 
Avenida Novo Horizonte, n 783, Cidade Nova, Altamira/PA. 
TELEFONE: (93) 99151-0101/ (93) 99225-0101 
 
3 
 
 
1- INTRODUÇÃO 
Em tempos modernos, o crescimento de litígios na esfera judiciária tem causado 
crise nas resoluções de conflitos e colocado essa alternativa tradicional para 
resolução de controvérsias em situação de descredito social, devido ao grande 
número de processos que tramitam nessa esfera. Com essa instabilidade no poder 
judiciário, surgem alguns institutos que vão auxiliar a justiça, priorizando a 
proporcionalidade nas decisões e a celeridade no andamento dos processos. 
Muitos problemas surgem com a evolução da sociedade e com o aumento da 
população, dentre as causas mais impactantes temos a área trabalhista, uma das 
áreas mais complexas do ramo direito e de fundamental importância no meio social. 
São inúmeros as lides que chegam a justiça diariamente relacionadas a essa área, 
isso porque o vínculo empregatício, como direito fundamental, é um dos mais 
importantes meios que temos para obtermos dignidade, honra e prover condições 
dignas aos nossos dependentes. 
O presente estudo, irá mostrar a importância do surgimento dos meios alternativos 
para resolução de conflitos, mais precisamente a conciliação, como essa alternativa 
tem auxiliado na redução de controvérsias na seara do Direito Trabalhista. Para expor 
tal situação nos valeremos das mais diversificadas disciplinas presentes na formação 
básica no curso de Direito, apontando como essas se entrelaçam entre si e conectam- 
se em complementos sólidos capazes de nos fazer entender quão importante é cada 
uma delas, para que o futuro operador do direito adquira conhecimentos diversos ao 
longo da vida acadêmica, e obtenha sucesso nas resoluções futuras de seus litígios. 
 
 
2- JUSTIFICATIVA 
 
A justificativa desse trabalho é para melhor compreendermos os elementos do 
Direito no que diz respeito a Resolução de Conflitos na seara do Direito Trabalhista, 
onde dentre alguns dos mais diferentes recursos que dispunha o direito atual, 
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baseando-se na atual reforma trabalhista – CLT - Lei nº 13.457 de 26 de Junho de 
2017 (flexibilização para as relações trabalhista), que trata: 
“Altera as Leis nos 8.213, de 24 de julho de 1991, que 
dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência 
Social, e 11.907, de 2 de fevereiro de 2009, que dispõe 
sobre a reestruturação da composição remuneratória da 
Carreira de Perito Médico Previdenciário e da Carreira de 
Supervisor Médico-Pericial; e institui o Bônus Especial de 
Desempenho Institucional por Perícia Médica em 
Benefícios por Incapacidade”. 
 O quanto a conciliação pode contribuir para dirimir esses problemas. O caso em 
questão resolveu-se através dessa medida, como meio alternativo que busca 
minimizar gastos financeiros e diminuir o tempo útil para resolver litígios nos dias 
atuais. 
3- OBJETIVOS 
3.1 – Objetivo Geral – Nesse projeto temos por objetivo investigar como a 
conciliação pode contribuir para a resolução de conflitos na seara do Direito 
Trabalhista. 
3.2 – Objetivos Específicos: 
 Identificar na legislação quais os dispositivos legais são utilizados na 
conciliação de conflitos; 
 Fazer uma análise criteriosa de como esses dispositivos são aplicados; 
 Descrever um caso concreto para entender a aplicabilidade da conciliação 
como MASC. 
 
4- REFERENCIAL TEÓRICO 
- Interdisciplinaridade no âmbito do Direito Trabalhista 
 
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O trabalho é inerente ao homem, tanto que desde a Antiguidade o homem 
primitivo busca de forma incessante meios de satisfazer suas necessidades. O 
Direito do Trabalho nasceu, devido as várias formas de tratamento desumanos com 
a classe trabalhadora, mais precisamente o trabalho escravo. Com a quantidade de 
pessoas que eram submetidas a trabalhos sem uma remuneração adequada, ou 
muitas sem nenhuma recompensa, o sistema internacional de direitos humanos 
iniciou suas reivindicações a nível mundial para proteger esses direitos. 
 Nasce assim, os direitos sociais, direitos de segunda geração e que buscava do 
Estado uma atuação positiva em face da proteção ao coletivo. Posteriormente com 
o advento da Revolução Francesa e Revolução Industrial, essas lutas se 
intensificaram, a classe operária não suportava mais as horas excessivas, as 
grandes baixas e muitos acidentes devido as más condições de trabalho. Logo 
surgem duas constituições, Mexicana e Weimar, que garantia direitos trabalhista. 
Essas duas constituições tiveram papel fundamental, pois serviram de modelo para 
muitas outras que surgiriam futuramente. Durante muitos anos os métodos 
alternativos de solução de conflitos, foram citados de forma vaga no escopo de 
diversas leis, e foi recebendo gradativamente a importância devida e necessária. 
Apesar de o Brasil ter adotado o sistema Civil Law, os antecedentes ou costumes, 
que é uma fonte característica do sistema Common Law, tem sido cada vez mais 
aplicado na justiça brasileira. Isto se deve, primordialmente, à evolução do Civil Law, 
ocorrida em razão do Constitucionalismo, e vem se consagrando cada vez mais, 
principalmente após o advento do Código de Processo Civil de 2015. 
O Civil law “clássico”, no que tange ao papel das 
cortes superiores, partindo do pressuposto de que, 
neste sistema, a lei seria suficiente para regular a 
vida social, bastaria às Cortes superiores somente 
corrigirem as decisões que aplicassem mal a lei. No 
entanto, com a evolução do direito brasileiro e sua 
constitucionalização, a cognição judicial passa a 
outorgar sentido ao texto legal, passando a ser 
necessário a existência de uma interpretação 
adequada e estável (MARINONI, 2017, p. 357). 
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Logo após o advento do Código de Processo Civil de 2015, o Tribunal Superior 
do Trabalho editou a Instrução Normativa 39 que, além de determinar, em seu art. 3º 
IX, a aplicação do artigo 489 do Código de Processo Civil, também define, no seu 
artigo 15, incisos I,II, V e VI, o que será considerado precedente na Justiça do 
Trabalho, bem como determina sua forma de aplicação no processo do trabalho, in 
verbis: 
Art. 15. O atendimento à exigência legal de 
fundamentação das decisões judiciais (CPC, 
art. 489, § 1º) no Processo do Trabalho 
observará o seguinte: 
I – por força dos arts. 332 e 927 do CPC, 
adaptados ao Processo do Trabalho, para 
efeito dos incisos V e VI do § 1º do art. 489 
considera-se “precedente” apenas: a) acórdão 
proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou 
pelo Tribunal Superior do Trabalho em 
julgamento de recursos repetitivos (CLT, art. 
896-B; CPC, art. 1046, § 4º); b) entendimento 
firmado em incidente de resolução de 
demandas repetitivas ou de assunção de 
competência; c) decisão do Supremo Tribunal 
Federal em controle concentrado de 
constitucionalidade; d) tese jurídica 
prevalecente em Tribunal Regional do 
Trabalho e não conflitante com súmula ou 
orientação jurisprudencial do Tribunal Superior 
do Trabalho (CLT, art. 896, § 6º); e) decisão do 
plenário, do órgão especial ou de seção 
especializada competente para uniformizar a 
jurisprudência do tribunal a que o juiz estiver 
vinculado ou do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
II – para os fins do art. 489, § 1º, incisos V e VI 
do CPC, considerar-se-ão unicamente os 
precedentes referidos no item anterior, 
súmulas do Supremo Tribunal Federal, 
orientação jurisprudencial e súmula do 
Tribunal Superior do Trabalho, súmula de 
Tribunal Regional do Trabalho não conflitante 
com súmula ou orientação jurisprudencial do 
TST, que contenham explícita referência aos 
fundamentos determinantes da decisão (ratio 
decidendi). 
[…] 
V - decisão que aplica a tese jurídica firmada 
em precedente, nos termos do item I, não 
precisa enfrentar os fundamentos já 
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analisados na decisão paradigma, sendo 
suficiente, para fins de atendimento das 
exigências constantes no art. 489, § 1º, do 
CPC, a correlação fática e jurídica entre o caso 
concreto e aquele apreciado no incidente de 
solução concentrada. 
VI - e ônus da parte, para os fins do disposto 
no art. 489, § 1º, V e VI, do CPC, identificar os 
fundamentos determinantes ou demonstrar a 
existência de distinção no caso em julgamento 
ou a superação do entendimento, sempre que 
invocar precedente ou enunciado de súmula. 
(BRASIL, 2016). 
São fontes formais diretas do Direito do Trabalho a Constituição, as leis em 
geral (incluindo decretos, portarias, regulamentos, instruções, etc.), os costumes, as 
sentenças normativas, os acordos e convenções coletivas, os regulamentos de 
empresa e os contratos de trabalho. No Brasil, a lei trabalhista revela-se na 
Constituição, na Consolidação das Leis do trabalho e na legislação esparsa. 
As normas trabalhistas são classificadas como normas de ordem pública, que 
podem ser: I - Absolutas: são as que não podem ser derrogadas por convenção das 
partes, pois prepondera o interesse público sobre o individual (Medicina do Trabalho, 
fiscalização trabalhista, salário-mínimo, férias, repouso semanal remunerado); II -
Relativas: são as que podem ser flexibilizadas (possibilidade de redução do salário 
por meio de convenção ou acordo coletivo, art. 7º VI CF; compensação e redução de 
jornada de trabalho, 7º XIII CF; aumento das jornadas nos turnos ininterruptos de 
revezamento, art. 7º XIV CF); III - Dispositivas: são aquelas em que o Estado tutela 
as regras, mas as partes podem estabelecer outras, sempre acima do mínimo 
obrigado pelo Estado (adicional de horas-extras acima de 50%, etc.); IV - Autônomas 
individuais ou coletivas: são aquelas em que o Estado não interfere, estabelecendo 
regras de conduta (convenção e acordo coletivo). 
A Resolução Nº 125, de 29 de Novembro de 2010, em seu parágrafo único diz: 
“Aos órgãos judiciários incumbe, além da solução 
adjudicada mediante sentença, oferecer outros 
mecanismos de soluções de controvérsias, em 
especial os chamados meios consensuais, como a 
mediação e a conciliação, bem assim prestar 
atendimento e orientação ao cidadão”. 
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A discussão sobre os benefícios da mediação à sociedade e, em especial, ao 
judiciário brasileiro, perdurou por muitos anos, até que em 26 de junho de 2015, foi 
finalmente sancionada a Lei nº 13.140, que “dispõe sobre a mediação entre 
particulares como meio de solução de controvérsias e sobre a autocomposição de 
conflitos em que for parte pessoa jurídica de Direito Público”. Por meio da referida lei, 
a mediação ganhou um marco regulatório próprio e tornou-se um importante 
mecanismo na solução de conflitos aplicado no âmbito judicial e extrajudicial. 
Na busca pela celeridade e objetividade na resolução de conflitos em todos os 
âmbitos da esfera Judiciária, as questões trabalhistas e suas diversas áreas de 
alcance também tem recebido atenção. Como referencial teórico estão as Leis e afins, 
que ao longo do tempo vem formalizando tanto as diretrizes jurídicas quanto os 
métodos alternativos de conflitos trabalhistas. 
Dentre os métodos alternativos para resolução de conflitos na esfera do Direito 
Trabalhista, os mais comuns são a mediação e conciliação, aquela tem a participação 
de um terceiro imparcial, que deverá facilitar o diálogo entre as partes, porém não 
poderá apresentar sugestões, e a segunda a participação desse terceiro será de suma 
importância para a resolução do conflito, apresentando as partes a melhor forma de 
conciliação. 
O Novo Código de Processo Civil de 2015, em seu Artigo 3º estabelece que: 
“§ 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução 
consensual dos conflitos. 
§ 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução 
consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, 
advogados, defensores públicos e membros do Ministério 
Público, inclusive no curso do processo judicial. 
Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a 
solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. 
Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve 
comportar-se de acordo com a boa-fé. 
Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si 
para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito 
justa e efetiva.” 
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Porém, é importante relembrar que não se trata de novidade o que foi exposto 
acima, pois o Artigo 125, inciso IV do CPC de 1973 já estabelecia que competia ao 
Juíz “tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes”. Assim, é de suma importância 
compreender e contribuir para a disseminação entre a sociedade, da ideia e certeza 
de que a Conciliação no âmbito do Direito do Trabalho é um método de solução de 
conflitos eficaz e benéfico para ambas as partes envolvidas em um processo. 
Tais métodos, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça, que publicou seu 
último censo, foram responsáveis por 38% do acordos dos processos em fase de 
conhecimento, tornando a Justiça do Trabalho a líder no ranking de conciliações. 
Pelo menos 15% dos processos que chegaram à 
Justiça do Trabalho no ano passado têm como tema 
verbas rescisórias e rescisão do contrato de trabalho. Em 
segundo lugar, aparecem as ações que tratam da 
responsabilidade civil do empregador e de indenização por 
dano moral. Segundo o relatório do CNJ, isso se deve ao 
pequeno número de assuntos cadastrados para os 
processos trabalhistas: são apenas 241, quando, na 
Justiça Estadual, a classificação por assunto leva em 
conta mais de 2 mil temas. (Fonte: ASCOM TJT). 
Foi realizada uma breve pesquisa in loco na 8ª Vara de Trabalho da Região, nestemunicípio, que resultou em dados oficiais sobre o trabalho realizado por aquela 
Instituição durante o período de Janeiro a Setembro/2019, onde foram atendidos 801 
casos, conforme representados pelo gráfico abaixo, e que indicam que as 
Conciliações tem sido o método alternativo mais escolhido e eficaz na resolução de 
processos trabalhistas. 
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O objetivo principal do direito do trabalho é regular a relação jurídica entre patrões 
e empregados, que podemos chamar de contrato de trabalho, onde não existe 
isonomia. A base mínima dos direitos sociais constam em nossa Constituição Federal, 
assim como a base dos princípios do direito do trabalho, que na linguagem jurídica, 
como cita Mauricio Godinho Delgado, “proposições gerais inferidas na cultura e 
ordenamento jurídicos que conformam a criação, revelação, interpretação e aplicação 
do direito”. 
É do conhecimento de todos que os interesses coletivos estão sobrepostos ao 
egoísmo individualista, é por isso que o sistema penal procura assegurar direitos 
especiais para os menos favorecidos, de maneira que se qualificam como conduta 
criminosa todos os atos contra à organização do trabalho. Dentre os demais ramos 
da ciência jurídica que contribuem para o estabelecimento dos direitos fundamentais 
dos trabalhadores, o Direito Penal possui relevante papel. 
No Código Penal do nosso país podemos encontrar previstos os crimes contra a 
organização do trabalho, nos artigos 197 a 207, que trata de crimes trabalhista como 
a liberdade de trabalho, de associação, greves a afins. Guilherme Guimarães 
Feliciano, ensina que: “O código penal protege as relações de trabalho punindo 
crimes que possa ocorrer” 
32%
23%
14%
11%
9%
5%
3%2%1%
Conciliações
Julgados Procedentes em Parte
Desistência
Extinto sem resolução de mérito
Arquivamento
Julgados Improcedente
Julgados Procedente
Extintos com resoluação de mérito
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Ainda assim, devemos relembrar que recorrer ao Direito Penal para resolução de 
conflitos, deve ser a última ratio, o que vem retificar ainda mais o importante papel 
dos métodos alternativos de resolução de conflitos. 
Atualmente, a Psicologia tem sido requisitada a colaborar com a Justiça. A ligação 
entre a Psicologia e o Direito desenvolveu-se simultaneamente às importantes 
mudanças na subjetividade e nas estruturas sociais que transformaram a sociedade 
ao longo do século passado, o que forçou o surgimento de uma demanda que busca 
compreender a conduta humana. 
O Operador do Direito, dentre todas as disciplinas anteriormente elencadas, deve 
acima de tudo possuir uma excelente oratória e escrita, evitando utilizar-se do 
‘juridiquês’, além disso, dominar o vernáculo jurídico, como consta no artigo 156 do 
Código de Processo Civil Brasileiro: 
“Em todos os atos e termos do processo é 
obrigatório o uso do vernáculo.” 
 
5- METODOLOGIA 
 A metodologia utilizada na pesquisa, será baseada nos procedimentos 
qualitativos e quantitativos, por meio de: 
- Levantamentos bibliográficos sobre a legislação trabalhista; 
- Leitura e análise da legislação encontrada com a técnica de análise de conteúdo, 
objetivando uma compreensão detalhada da aplicabilidade da técnica de resolução 
de conflitos; 
- Ainda serão realizado estudos de casos e outras entrevistas com operadores do 
direito, afim de obter casos em que haja conciliação na seara trabalhista. 
6- CONCLUSÃO 
 O presente estudo teve como objetivo principal mostrar a importância que os 
meios alternativos de resolução de conflitos têm nos dias atuais e quais os principais 
benefícios que a conciliação tem esculpido na sua definição relacionado a causa 
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trabalhista. Cumpre ressaltar, que a busca pela razoabilidade é o primado maior tanto 
na área do direito quanto no estudo em questão, porém, ao aprofundarmos um pouco 
mais a pesquisa, concluímos que nem sempre a conciliação é o método mais eficaz, 
tendo assim que recorrer a instâncias superiores. 
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AGLANTZAKIS, VICK MATURE. Combinação de leis no âmbito do Direito Penal: fator 
de insegurança jurídica. Revista ESMALT – Palmas, Ano 2, Número 2, pgs. 189 - 198. 
Jan – Dez 2010. 
AZEVEDO, Luiz Carlos de. História do Direito, Ciência e Disciplina. 2005. 
BOCK, Ana M.B. Psicologias: Uma Introdução ao Estudo de Psicologia. Capítulo22: 
As Faces da Violência. 13ª edição, São Paulo, editora Saraiva, 2001. 
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48 ed. 
São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. 
DELGADO, Maurício Godinho Delgado. Princípios do direito individual e coletivo do 
trabalho. Rev. T S T , Brasília, vol. 67, ns 2, abr/jun 2001. 
FELICIANO, Guilherme Guimarães. Refundando o Direito Penal do Trabalho. 
Primeiras aproximações. Jus Navigandi, Teresina, ano 13, n. 1987, 9 dez. 2008. 
MELLO, SEBÁSTIAN BORGES DE ALBUQUERQUE. As três dimensões da 
proporcionalidade no Direito Penal. Revista ESMALT – Palmas, Ano 6, Número 7, pgs. 
245 a 276. Jan – Jun 2014. 
NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito, 39ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 
2014. 
http://www.csjt.jus.br/web/csjt/noticias3/-/asset_publisher/RPt2/content/justica-do-
trabalho-lidera-ranking-de-conciliacoes-em-2017?inheritRedirect=false. Visitado em 
30-09-2019. 
http://jus.uol.com.br/revista/texto/12054>. Visitado em 25-09-2019.

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