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Estudo Dirigido - Orientação Profissional

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ESTUDO DIRIGIDO – ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL – AV1
A orientação profissional é uma área de atuação do profissional de Psicologia. Que auxilia a pessoa no autoconhecimento de suas competências, interesses e expectativas para a tomada de decisão da escolha profissional.
1. A respeito do orientando e do meio, o que é importante em um processo de Orientação Profissional?
A respeito do Orientando, é importante considerar o Autoconhecimento, Influência Familiar, Aptidões e Habilidades. A respeito do Meio, é importante considerar a Realidade Social, o Mercado de Trabalho e a Realidade Ocupacional.
2. Defina trabalho, segundo Karl Marx:
Karl Marx em “O Capital”, obra escrita em 1867/68, enfoca o trabalho como dispêndio de energia física e mental, contribuindo para a reprodução da vida humana, individual e social. Essa concepção significa que o trabalho constrói e transforma a sociedade e as relações que nela se estabelecem de um modo geral.
3. Qual a importância do trabalho na nossa sociedade? 
Manutenção da vida, sobrevivência. Se você não for trabalhar, você morre de fome. Mesmo se você tiver alguém que te sustente, esse alguém tem que trabalhar. 
Trabalho é referencial para desenvolvimento emocional, social, ético. Define o sujeito e seu espaço na sociedade. O desemprego é uma fonte de tensão.
4. Após a Revolução Industrial, através do Taylorismo, Fordismo e do Toyotismo, explique dois momentos das relações de trabalho:
· Primeiro tempo – produção em massa. O empregado era reprodutor de ideias do gestor, era executor de tarefas. Opinião dele não importava.
Taylor – administração cientifica - inovações técnicas e organizacionais – otimização da produção. Gestores (ideais) vs Funcionários (execução). 
Ford - produção e consumo em massa. Trabalho simplificado fragmentado – exigia pouca formação. 
Segunda revolução industrial – introdução de eletricidade, do motor à explosão da química orgânica, dos materiais sintéticos e da manufatura de precisão. Relações de trabalho: fragmentação do trabalho e relação de desigualdade e possibilidades de exclusão dos indivíduos com relação ao sistema produtivo.
· Segundo tempo – Toyotismo – chegada das máquinas, Just in time. Os colaboradores faziam parte, contribuíam com as ideias da empresa.
Ruptura do paradigma industrial e tecnológico. Advento da microeletrônica, avanço das telecomunicações, incremento da automação. 
Toyotismo – sua produção muito vinculada à demanda; sua variação e heterogeneidade; fundamenta-se no trabalho operário em equipe, com multivariedade de funções; tem como princípio o Just in time, o melhor aproveitamento possível do tempo de produção.
Controle de qualidade – trabalhadores discutindo sobre melhor desempenho.
5. Como a Orientação Profissional pode reduzir o abismo entre as expectativas de carreira dos estudantes e a realidade de mercado?
Lidar com o aumento do desemprego, por exemplo. Trabalhar as opções. A realidade do mercado. 
A visão mais comum da Orientação Profissional, no contexto brasileiro, é o de ajuda na escolha de uma profissão ou carreira, com vistas à satisfação individual, procurando conciliar os desejos pessoais com a realidade do mundo do trabalho. O enfoque principal, portanto, é centrado no indivíduo que escolhe.
Cabe perguntar: quem é esse indivíduo? Pode ele realmente escolher? O que ele escolhe?
Quanto à primeira questão, temos constatado que o indivíduo que possui acesso a uma possibilidade de escolha é, em grande proporção, considerando-se a sociedade como um todo, o jovem de região urbana, de classes média e média alta, aluno de escola particular, que tem o objetivo de integrar o mundo do trabalho no papel de um profissional de nível superior, passando, portanto, por um curso universitário. Essa, no entanto, é uma parcela ínfima da sociedade como um todo.
Se esse jovem pode escolher tem sido uma dúvida que permeia as reflexões de alguns orientadores profissionais, pelo menos aqueles preocupados efetivamente em analisar o contexto económico e social vigente. Se considerarmos escolher fazer opções entre um número de possibilidades ilimitado, esse jovem estará fora de um processo de escolha. No entanto, se considerarmos escolher uma busca cuidadosa dentre todas as possibilidades, analisando as viabilidades, as contextualizações, as realidades e as prioridades, essa escolha pode existir, mas é bastante limitada. Guardadas as proporções, ele tem a chance de escolher entre possibilidades bastante limitadas. As
limitações não residem somente na questão da situação da profissão frente ao mercado de trabalho presente e futuro, mas, muito mais do que isso, dentro de limites que vão desde os objetivos que cada um tem com a futura profissão até os preconceitos introjetados pelo indivíduo, pela família e pela sociedade a qual pertence, que cobram uma "adequação" sem perdão, geralmente vinculada ao objetivo de ter um bom nível de vida, economicamente falando, premissa para o encaminhamento das outras áreas da existência.
O que esse indivíduo escolhe é, da mesma forma, limitado por objetivos que vão, desde as expectativas familiares, até o que existe de mais viável dentro da sua realidade, sendo, muitas vezes, até contraditório com seus desejos e possibilidades pessoais.
O que normalmente não tem sido considerado pela sociedade e, inclusive, pelos profissionais da área, é a questão do conhecimento mais aprofundado do que realmente vem ocorrendo, no que se refere ao mundo do trabalho presente e futuro, com base na análise histórica e económica dessa realidade, ou seja, preocupações em conhecer o que determina a maior ou menor possibilidade ou chance de inserção do orientando no contexto profissional, premissa para uma busca mais eficaz quanto aos caminhos a seguir.
Este parece ser um ponto fundamental que, até o presente momento, tem sido bastante inexpressivo no processo de Orientação Profissional: o tratamento, em uma abrangência maior, da escolha, no sentido de sair do individual, do que diz respeito apenas ao que é importante para a pessoa. A própria preocupação com o conhecimento da realidade externa - como estão as profissões no mercado de trabalho, o que cada profissão oferece, suas exigências, suas propostas - está centrada no indivíduo. É para o seu próprio bem-estar que um aprofundamento do conhecimento de cada profissão é buscado.
A presente proposta, no que se refere à abrangência, reside na preocupação do significado do trabalho para a sociedade, na sua construção, na sua transformação, na formação de valores, no compromisso com a constituição de uma sociedade pautada em determinados princípios. A escolha de um trabalho, em princípio, tem toda uma relação com a postura do indivíduo no meio social, havendo espaço para que ele se coloque, enquanto seu fazer, de acordo com os princípios que podem ser construtores ou destruidores do que se entende por bem comum: não somente no âmbito do material, mas, muito além, dos valores
que constroem as relações verdadeiramente humanas, de um compromisso ético. Nessa dimensão, a Orientação Profissional ainda não se faz expressiva. E é nessa medida, em nossa opinião, que ela necessita crescer.
6. Qual a diferença entre Orientação Profissional e Educação Profissional Europeia?
Orientação Profissional: face a face, individual; baseada na interação pessoal; aspirações pessoais; busca motivar o sujeito à escolha.
Educação Profissional: geralmente em grupos. Dar suporte para o autoconhecimento; conduzir à consciência das oportunidades; aprender a decidir. 
7. Em 1920 é introduzida na Orientação Profissional Brasileira a Teoria do Traço e Fator, defina e apresente algumas críticas:
Desde seu nascimento, em 1920, a Orientação Profissional Brasileira pautou-se pelo modelo da Teoria do Traço e Fator; isto é, pelas ideias de que o processo de Orientação Profissional é diretivo e o papel do orientador profissional é o de fazer diagnósticos, prognósticos e indicações das ocupações certas para cada indivíduo, o que foi feito, desde o início, com base na Psicologia Aplicada, especialmente na Psicometria.Essa teoria pauta sua ação e dá fundamento aos denominados testes vocacionais. Acredita-se que as aptidões, os interesses e os traços de personalidade são inatos.
8. A Orientação Profissional é uma especialidade da Psicologia?
Não. A orientação profissional pode ser realizada por psicólogos e pedagogos.
9. Apresente os recursos técnicos da Orientação Psicológica Psicanalítica. Quais são seus objetivos? Como viabilizar esses objetivos?
Os recursos técnicos da Abordagem Psicanalítica são: Entrevistas Abertas; elaboração de uma Hipótese Diagnóstica; elaboração de um Prognóstico; Informação Ocupacional.
Seus objetivos são: compreensão da problemática pessoal e profissional; favorecimento da construção de um projeto de vida mais compatível com os reais interesses e potencialidades do orientando; retificação, complementação e ampliação dos conhecimentos do orientado relativos aos cursos oferecidos e às profissões exercidas no mercado de trabalho.
Para viabilizar esses objetivos, é preciso que exista uma investigação da personalidade do sujeito, para que possam ser identificadas a estrutura e as situações de conflitos, assim como foram ou estão desenvolvidas as suas aptidões, os seus interesses e suas capacidades. É preciso, também, detectar as principais influências sofridas por ele na hora de fazer a escolha.
10. Defina abordagem Psicopedagógica Gestalt? Quais as etapas?
A abordagem aqui apresentada apoia-se em um enfoque psicodinâmico que enfatiza a compreensão do individuo como um ser ativo frente a sua existência e em processo contínuo de desenvolvimento. Considera que o homem constrói o mundo e nele se constrói, em constante dialética, tecendo, assim, uma complexa rede de vínculos e relações sociais. O exercício da profissão e cidadania caminham juntos. O indivíduo pode aprender a escolher sua profissão. 
As etapas do processo de desenvolvimento pessoal e profissional são: Autopercepção Dinâmica; Percepção Dinâmica do Grupo; Visão Prospectiva.
- Etapa 1: Autopercepção Dinâmica
Estratégias de ação: entender a escolha como um momento do processo histórico pessoal, integrando vivências passadas, o presente e as expectativas quanto ao futuro. Desbloquear, reconhecer e ampliar a compreensão das próprias características e do potencial para identificar áreas de interesses, resgatar aptidões e explorar possibilidades de agir e produzir. Pensar sobre si mesmo, em seu cotidiano, no que gosta de fazer, nas habilidades que tem e quer desenvolver, ampliando a consciência da autonomia. 
- Etapa 2: Percepção Dinâmica do Grupo
Estratégias de ação: aumentar a gama de informações, a fim de dar à pessoa oportunidade de conhecer alternativas diversificadas e integradas à realidade. Fornecer informações objetivas do mundo e criar situações para a descoberta de novas opções, possibilitando a consciência do papel social no aqui-e-agora, ampliando a visão de mundo e a partir dos contextos familiar e social. As informações são trabalhadas de forma integrada com a realidade externa e com o momento atual da pessoa, levando em conta os fatores que possibilitam uma situação específica de escolha.
- Etapa 3: Visão Prospectiva
Estratégia de ação: experimentar a vivencia de um futuro papel profissional ou ocupacional, explorando e avaliando alternativas, definindo metas desejáveis e realizáveis. Tomar consciência dos fatores implicados nas alternativas que tem e da responsabilidade pessoal para elaborar um projeto, estabelecendo um plano de ação que possibilite selecionar, escolher e decidir profissões e ocupações que tragam satisfação. 
11. Apresente os princípios básicos da Teoria Desenvolvimentista de Donald Super:
A teoria de Super mostra como o individuo tende a escolher carreiras que confirmem a percepção que ele tem da própria identidade pessoal (conjunto de interesses, habilidades e características de personalidade).
A princípio, as concepções de Super (1957) centravam-se na passagem gradual e sistemática que os indivíduos faziam por estágios razoavelmente estáveis do desenvolvimento vocacional:
1. Crescimento: esse estágio coincide com o período da infância e da pré-adolescência, em que as escolhas não são sistemáticas, mas fantasiosas e buscam o despertar de interesses e habilidades. O individuo descobre as primeiras capacidades e constrói o autoconceito por meio da identificação com figuras significativas da família (pais, avós, irmãos) e da escola (professores, colegas). Nesse estágio, as tarefas desenvolvimentistas são: começar a se preocupar com o futuro; aumentar progressivamente o nível de autonomia comportamental; convencer a si mesmo da importância das realizações escolares e profissionais; adquirir as primeiras habilidades e atitudes de trabalho.
2. Exploração: as preferencias vocacionais são organizadas em torno da experimentação, do teste de hipóteses e do desempenho de papéis, delineando um processo de tradução de autoconceito em termos vocacionais. É um período de transição, em que a autoanalise das próprias características e habilidades é constante e o autoconceito não é tão estável. As tarefas de desenvolvimento são a realização de uma ampla exploração das ocupações, a tradução do autoconceito em escolhas ocupacionais-educacionais, a troca progressiva de uma escolha generalizada por uma escolha mais específica e a conversão dessa preferência em uma realidade concreta, por meio da educação especializada e do ingresso no mundo ocupacional.
3. Estabelecimento: se faz uma implementação da escolha, isto é, a conversão das preferencias especificadas em uma realidade ocupacional, por meio do comprometimento com o mundo do trabalho. Há uma estabilidade do autoconceito em termos vocacionais e uma concentração de esforços para permanecer e progredir na área escolhida. O sujeito nesse estágio deve poder assimilar uma cultura profissional e organizacional, desempenhar suas tarefas adequadamente, encontrar um lugar satisfatório, consolidar a posição atingida e ampliar os ganhos alcançados, estabelecendo um padrão de carreira. 
4. Manutenção: representa a realização de tarefas da maturidade, com suas características de continuidade dos planos estabelecidos, em que já comportamentos de conservação do que foi alcançado e, mais recentemente, a capacidade de se manter atualizado e capaz de inovar, estabelecendo para si novos desafios.
5. Desengajamento: relacionado à senescência, neste estágio, o individuo planeja sua retirada do mundo do trabalho, com o gradual enfraquecimento e posterior afastamento das atividades profissionais, criando um modo de vida fora do trabalho.
Nesses estágios, seria necessário desenvolver habilidades especificas e efetivar o cumprimento de tarefas evolutivas que, de forma complementar, forjavam a continuidade da carreira e construíram uma trajetória de aprendizado que capacitaria o individuo a realizar escolhas profissionais. As etapas não são lineares. O momento em que ocorrem as transições de um estágio a outro do desenvolvimento vocacional podem variar muito de pessoa para pessoa.

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