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Unidade 1 - Mundo do Trabalho Nesta unidade, estudaremos os princípios da educação técnico- profissional, o projeto de vida, as competências essenciais para o futuro do trabalho, a leitura de oportunidades e os conceitos de autoconhecimento e autocuidado. Os objetivos principais são: oferecer atividades pedagógicas que facilitem os professores na orientação das escolhas profissionais para o Mundo do trabalho; conhecer e refletir sobre competências necessárias do futuro trabalho; aprender estratégias didáticas articuladas para engajar os estudantes considerando os contextos sociais, seu propósito e projeto de vida; e conhecer os princípios e práticas inerentes à Educação Profissional e Tecnológica. 1.1 Habilidades em foco ➢ (EMIFCG10) reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade. ➢ (EMIFCG11) utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e efetividade. ➢ (EMIFCG12) refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã (BRASIL, 2018). 1.2 O Novo Ensino Médio e o Mundo do Trabalho Primeiramente, a BNCC (2018b) afirma, de maneira explícita, o seu compromisso com a educação integral, e reconhece, assim, que a Educação Básica deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global, o que implica compreender a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva. Significa, ainda, assumir uma visão plural, singular e integral da criança, do adolescente, do jovem e do adulto – considerando-os como sujeitos de aprendizagem – e promover uma educação voltada ao seu acolhimento, reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e diversidades. Além disso, a escola, como espaço de aprendizagem e de democracia inclusiva, deve se fortalecer na prática coercitiva de não discriminação, não preconceito e respeito às diferenças e diversidades. Nesse sentido, sobre o estudante devemos considerar: a) Resolução n.o 3 (BRASIL, 2018a), que normatiza e atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Novo Ensino Médio e considerando que os currículos são compostos pela Formação Geral Básica e pelos Itinerários Formativos, indissociavelmente; b) que a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996), ratificada em 1996 pelo Plano Nacional de Educação, bem como pelo Estatuto da criança e do adolescente (ECA 8069/1990) e pelo Estatuto da Juventude (EJ/1990), colocam o Ensino Médio como um aprofundamento do Ensino Fundamental, bem como uma oportunidade de preparação importante para o exercício da cidadania e do mundo do trabalho em um modelo de Lifelong Learning; c) que o estudante é central do processo; jovem como solução e não como problema, empoderado, desenvolvido intelectualmente, capaz de postura e ação ética, crítico e com autonomia intelectual, compreendendo tanto os fundamentos científicos-tecnológicos quanto teórico-práticos, apropriado da sua vida como oportunidade de realização e contribuição social relevante, criativa e empreendedora para si e suas comunidades; d) que segundo a OECD (2017), apenas 58% dos jovens de 15 a 17 anos estão matriculados no Ensino Médio, em comparação a 90% dos jovens na mesma idade em outros países e que a transição entre o EF e o EM se dá com dificuldades de adaptação pelas exigências de novas demandas intelectuais; e) o alto índice de reprovações no primeiro ano do EM também como uma causa da evasão dos jovens; Sobre o Currículo, devemos considerar: f) que os Eixos Estruturantes (Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e intervenção Cultural e Empreendedorismo) devem perpassar todos os diferentes arranjos dos Itinerários Formativos (Linguagens e suas tecnologias, Matemática e suas tecnologias, Ciências da natureza e suas tecnologias, Ciências humanas e sociais aplicadas e Formação técnica e profissional) e, neste caso, mais especificamente o Itinerário Formativo de Formação Técnica e Profissional, onde os estudantes matriculados no Ensino Médio regular terão a possibilidade de cursar integralmente um itinerário técnico, fazer um curso técnico junto com cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC), ou até mesmo um conjunto de FICs articuladas entre si. Existe ainda a oportunidade de os jovens percorrerem itinerários voltados para uma ou mais áreas do conhecimento complementados por cursos FIC; Sobre as Competências, devemos considerar: g) que na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho; h) que ao definir essas competências, a BNCC reconhece que a “[...] educação deve afirmar valores e estimular ações que contribuam para a transformação da sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa e, também, voltada para a preservação da natureza” (BRASIL, 2013, documento on-line), mostrando-se também alinhada à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) (BRASIL, 2018b) i) que, segundo o Fórum Econômico Social (WORLD ECONOMIC FORUM, 2020), em seu relatório sobre o Futuro do Trabalho, informa que algumas competências têm se mostrado desejáveis do ponto de vista de trabalhabilidade 1 nos últimos 5 anos, em detrimento da empregabilidade (2021), havendo mudança em suas posições no ranking, mas mantendo-se no ranking, como mostra a Figura 2, logo abaixo. j) que cabe observar a existência de um alinhamento entre as competências aqui colocadas pelo Fórum e as preconizadas como necessárias pela BNCC. Afora as competências gerais aqui abordadas, torna-se oportuno entender quais outras serão necessárias em um futuro próximo, considerando um mundo que deixa de ser VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo) para um espaço BANI (Brittle, Anxious, Nonlinear e Incomprehensible), ou, em português frágil, ansioso, não linear e incompreensível. Como exemplo de frágil, um vírus teve a capacidade de parar o mundo por mais de 18 meses, e ainda não tem data para retomada do que possa ser considerado normal ou novo normal. Esta fragilidade causa sentimentos como insegurança, medo e ansiedade, dificultando a tomada de decisões. A não linearidade apresenta-se como uma desconexão entre causa e efeito, exemplificada pelas mudanças climáticas (uma consequência também de decisões individuais) e incompreensível, visto que a quantidade de dados não consegue ser convertida para analisar fatos, causas e efeitos. Desenvolvimento do trabalho Este módulo contempla entender o que é o Mundo do Trabalho, considerando a oportunidade de falar sobre propósito, competências duráveis e mais permanentes em um mundo que deixa de ser VUCA e passa a ser BANI, bem como o que se tratando de uma postura profissional, com diferenças geracionais, entre outros. Lembremo-nos que a atuação desta prática pedagógica está prevista para jovens entre 14 e 16 anos, podendo estender-se para alguns anos a mais, talvez um pouquinho a menos. A realidade socio-cultural-econômica local, regional e nacional é imperativa na compreensão do mundo do trabalho.Que esta realidade seja vista/encarada/percebida/sentida não como determinante de futuro, mas antes de tudo, como ponto de partida para qualquer oportunidade de mudança, apesar do contexto. Atuar considerando prática + teoria ajudará muito a entender como as coisas acontecem no mundo do trabalho. Observa-se que há uma integração estrutural, cujo elemento central é o projeto de vida do estudante, que tem como um dos pilares a condição de inserção dele neste mercado, mas não como supridor de “mão de obra” necessária à economia e sim como sujeito interventor e criador de uma nova realidade, em especial para si e para sua comunidade local. A carreira, aqui conceituada como “etapas evolutivas do crescimento profissional”, seja no empreendedor ou intraempreendedor, deve ser considerada a partir do projeto de vida, ou seja, entendendo quais são os potenciais e talentos. Existem muitas formas de adentrar o mercado de trabalho, desde ser jovem aprendiz, empreendedores (autônomos, sociais), empresários, voluntários etc. Os educandos muitas vezes relatam não ter experiência por não terem tido experiência formal... Veja a dica abaixo: Lembre-se de que alguma experiência é melhor que nenhuma. Ajude seu educando a tomar contato consigo mesmo. Ele já fez atividades variadas ao longo da juventude. Já foram “traquinas” (então, eles têm criatividade); já “cabularam aula” (então, alguma condição de planejamento possui); já “fizeram gincana na escola” (demonstram condições de atuar em conjunto, grupo ou equipe). Cada experiência conta para sabermos quem somos, o que é natural para um ou outro. Pode haver talento aí. Você já organizou uma festa? Então, tem alguma noção de planejamento, orçamento, decoração, cardápios... e de como o conjunto vai funcionar considerando o público que vai atender. Muitas vezes ignoramos o que sabemos fazer, porque não nos valorizamos. A fórmula da Felicidade é simples, mas segue regras de mercado: saiba o que você gosta de fazer e encontre quem te pague por isso. Comece por você, Educador: o que você ainda não sabe que sabe? Quem mais é você além de docente/profissional da educação? Que outras competências e habilidades você possui? Quais poderiam ser usadas para incrementar/mudar/diversificar/dinamizar a sua sala de aula ou o seu cotidiano? Anote suas respostas em post its e mantenha-as sempre por perto! 1.3 Alicerçando conceitos Entre os muitos conceitos de aprendizagem (dentre as tantas correntes existentes), como pontos comuns, tem-se que aprendizagem é mudança, está calcada na experiência, oportuniza insights, mas, acima, ou antes de tudo, é SIGNIFICATIVA e contextualizada. Aprendizado envolve pensar, sentir e agir (não necessariamente nesta ordem), também conhecidos como aprendizado cognitivo, afetivo (emocional) e psicomotor. No mundo organizacional, ainda que não haja concordância total, entende-se que competências têm relação com conhecimentos, habilidades e atitudes que geram reconhecimento (social e econômico ao indivíduo) e resultados organizacionais (FLEURY; FLEURY, 2001). Outro conceito pode ser: um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo (FLEURY; FLEURY, 2001). 1.4 Competências duráveis Quando falamos em futuro torna-se oportuno saber que algumas questões comporão a “LLL” ou Lifelong Learning (Aprendizado ao longo da vida). A velocidade das mudanças nos tornou aprendizes para toda a vida. Porém, ainda que as competências do futuro mudem, e elas vão mudar, algumas ajudarão a nos mantermos ativos e inseridos no mercado de trabalho. Algumas seguem aqui, mas você pode encontrar outras. Observe as competências das figura abaixo: Observe que elas perduram apesar das mudanças no mundo e atendem as necessidades de muitas áreas do conhecimento. Observe o alinhamento existente entre as competências gerais preconizadas pela BNCC e as propostas de exercícios, leituras e desenvolvimento no Módulo do Mundo do Trabalho. Observe em especial o item 6, estruturante desta proposta, mas sem desconsiderar os demais tópicos tangenciados nas diversas propostas de trabalho aqui postuladas. Ler o material da Unesco sobre Educação para a cidadania global preparando alunos para os desafios do século XXI. O material está incrível. Permite entender melhor, não apenas a Educação para a cidadania global em seus aspectos básicos, como quais são os parâmetros de cidadania global e os fatores capacitores, como fazê-los na prática e nos currículos. Vale muito conferir a seção Formação de professores e iniciativas lideradas por jovens. Contemporaneamente, habilidades resultam em desempenho (se não houve desempenho, entende-se que a habilidade não está adequadamente desenvolvida), que devem estar sustentadas por conhecimento para serem transferíveis (NAPPER; NEWTON, 2016). Vamos, agora, diferenciar Conhecimento, Habilidade e Atitude: Conhecimento, segundo o dicionário, é: 1. o ato ou efeito de conhecer. 2. ato de perceber ou compreender por meio da razão e/ou da experiência. 3. faculdade de conhecer. 4. POR EXTENSÃO domínio, teórico ou prático, de uma arte, uma ciência, uma técnica etc. "ter bons c. de português" relacionamento ou conjunto de relacionamentos que uma pessoa ou grupo de pessoas mantém com outras, quer por amizade, quer por mera formalidade. "são gente do meu c." 5. POR EXTENSÃO fato ou condição de estar ciente ou consciente de algo; ciência, informação, notícia. "não temos c. de seu estado atual" somatório do que se conhece; conjunto das informações e princípios armazenados pela humanidade. 6. COMÉRCIO recibo. 7. FILOSOFIA ato ou faculdade do pensamento que permite a apreensão de um objeto, por meio de mecanismos cognitivos diversos e combináveis, como a intuição, a contemplação, a classificação, a analogia, a experimentação, etc. 8. erudição, cultura, instrução. Comentado [M1]: No tocante a avaliação, pode-se usar uma escala de pouco desenvolvida, desenvolvida ou amplamente desenvolvida. Habilidade, segundo o dicionário, é: 1. Característica ou particularidade daquele que é hábil; capacidade, destreza, agilidade. 2. Demonstração de destreza; engenho: meu filho tem muitas habilidades. Atitude, segundo o dicionário, é: 1. Maneira de se comportar, agir ou reagir, motivada por uma disposição interna ou por uma circunstância determinada; comportamento: qual foi a atitude do diretor em relação ao aluno? Demonstrou uma atitude irônica. 2. Modo que indica a posição do corpo; postura: policiais em atitude de combate. 3. Objetivo, desejo: atitude de decepcionar alguém. 4. Comportamento repleto por afetação. Logo, do ponto de vista do mundo do trabalho, interessa a capacidade do educando de saber cognitivamente o que está fazendo, sem desconsiderar as demais. Habilidade significa destreza, ou seja, o saber fazer, aplicar. Vem em segundo lugar no conceito, pois parte-se do princípio (do ponto de vista de competências) que primeiro sabemos o que estamos fazendo e depois fazemos... Observe que isso vale neste contexto. Por exemplo, ninguém estuda como andar de bicicleta e depois sobe em uma... no entanto, primeiro, estudamos matemática, para depois aplicar em finanças... Atitudes tem relação com querer ou não. Simples assim: posso saber o que preciso, ser talentoso ou hábil e não ter o desejo ou disciplina para fazer. São predisposições de ação, justamente o contrário de apatia e inércia. Ainda dentro da necessidade de alicerçar conceitos, cabe trazer à tona o que são Valores, pois eles são fundamentais para a vida em sociedade: Valores são predisposições de ação diante de alguma circunstância e eles norteiam nossas decisões em qualquer ambiente. Pense no valor“ambição”: não há problemas em sê-lo ou tê-lo, mas a forma como sua personalidade foi formada pode fazer com que este valor seja usado de forma positiva ou negativa. Positivamente, será usado para buscar crescimento, seu e dos que o cercam. Negativamente, poderá ser usado para crescer a qualquer custo, desonestamente, talvez. Sem perder de vista os assuntos vistos acima, ampliaremos incluindo o tema Propósito. Considerando que, quanto mais perto da fonte, mais pura é a água, vamos iniciar pelo conceito: Propósito tem relação com objetivo, vontade de fazer ou alcançar... com relação ao Propósito de Vida, vale entender e pensar sobre alguns pontos. Por que estamos aqui? Qual será o meu legado, qual a razão de atuar com educação? Responder a isso, de forma verdadeira, pode ser bastante desconfortável, mas torna-se necessário quando pensamos em Trabalho. Ainda que possamos entender que questões de sobrevivência são soberanas, também podemos refletir sobre como saber nosso propósito para poder mudar a realidade ao entorno. O filósofo Friedrich Nietzsche (1844-1900), escreve com sabedoria que “quem tem um porquê, enfrenta qualquer como”, mas quem debulha este conceito é ninguém menos que o Dr. Viktor Emil Frankl, médico neurologista e psiquiatra, fundador da Logoterapia e Análise Existencial e autor de vários livros que abordam desde o Sentido da Vida, quanto a necessidade de busca do mesmo para que a vida tenha significado, propondo uma abordagem psicológica e entendendo que esta busca é individual para cada pessoa. Considere que Frankl (2003, 2008, 2011) classifica os valores através de três categorias: • Valores de criação, criando um trabalho ou praticando um ato; • Valores de experiência (ou vivência), experimentando algo ou encontrando alguém; • Valores de atitude, pela decisão que tomamos perante o sofrimento inevitável. A depender das circunstâncias, um valor pode ter mais sentido de ser realizado do que outro. Em um momento da vida, o trabalho pode nos exigir mais; em outro, a experiência de amar e/ou ser amado pode ser mais significativa. E quando nada restar, o valor estará na coragem e atitude perante o sofrimento (FRANKL, 2011). É fundamental deixar claro que valores são abstratos e universais, enquanto o sentido é algo concreto, objetivo, que o sujeito pode realizar em uma situação única. Assim quando falamos em Propósito, uma forma de buscá-lo é aprofundar o exercício abaixo: Você deve estar se questionando como as perguntas anteriores auxiliam a descobrir o propósito. Observe que ele impacta em tudo, em nossa vida, nos nossos relacionamentos, na carreira e na sociedade. Cada paixão e/ou cada incômodo é uma oportunidade de mudar o seu mundo. Veja o exemplo abaixo: Boyan Slat - Holandês CEO e fundador da The Ocean Cleanup (A limpeza do oceano, em livre tradução). Inventor desde o nascimento. Fundou a The Ocean Cleanup aos 18 anos. O mais jovem ganhador do maior prêmio ambiental da ONU. Que tal descobrir mais sobre as inquietações dele e o que o levou a fazer diferença no mundo? https://theoceancleanup.com/ Curtograma é uma técnica amplamente usada na psicologia positiva que ajuda a ampliar seu autoconhecimento. Preencher os quadrantes auxilia a fazer distinções, diferenciações sobre o que gostamos ou não, e também a refletir sobre “como e onde” investimos nosso tempo (FALEIROS, 2014). Vamos pensar nas dimensões Trabalho, Sucesso, Felicidade e Propósito, aprofundando nosso entendimento através de um painel, com a visão de três grandes pensadores brasileiros, juntamente com o mais longo estudo feito sobre Felicidade, realizado em Harvard, com duração de 75 anos e Michele Sullivan, uma inovadora social: Leandro Karnal fala 6 minutos sobre felicidade no trabalho, https://theoceancleanup.com/ Luiz Felipe Pondé, nos ajuda a refletir sobre a “Ode a Fel icidade”, Monja Coen fala sobre UnHappy Work: Trabalho infeliz? Como fechamento do “Alicerçando Conceitos”, partilhamos com você o mais longo estudo sobre Felicidade, Sucesso e Mundo do Trabalho, conduzido por Harvard. O estudo durou 75 anos e é considerado o mais longevo estudo sobre o assunto até o momento. Ele traz importantes reflexões sobre o que consideramos sucesso, o que traz saúde ao longo das nossas vidas e o que pode ser oportuno considerar no quesito Mundo do Trabalho e Projeto de Vida. 1.5 Papel profissional Entender o que se espera de nós dentro do espaço de trabalho é oportuno e importante, independente se este espaço é informal ou formal, grande ou pequeno, organizado ou não. A definição usada por Moreno (SANTOS, 2020) sobre o Papel Profissional refere-se às responsabilidades atribuídas a determinado indivíduo ou grupos sociais, ou seja, as ações que a sociedade espera de uma pessoa que ocupa certa posição. Há um padrão comportamental e, por isso, o papel social define o conjunto de normas, direitos e deveres que precisam ser seguidos. Cada um de nós têm vários “papéis” na vida. Somos pais, mães, filhos, amigos, conselheiros, educadores, chefes, líderes, funcionários… Assim, tendo compreendido melhor o que é papel, torna-se oportuno entender o que é esperado do “ocupante do cargo”, diante dos seus públicos de relacionamento. Vamos começar pensando em como conseguir uma colocação profissional. 1.6 Sua apresentação Muitas são as formas de você se apresentar, vamos começar por duas: Seu Curriculum Vitae – CV (pronuncia Vite), o que deve constar nele, como prepará-lo, para onde encaminhar... todas essas dúvidas são comuns e normais. Sim, querido docente, sabemos que não somos experts em Recursos Humanos, mas podemos ajudar nosso educando através das dicas abaixo. Um Currículo deve ser estratégico, ou seja, para cada objetivo que temos devemos ter um CV diferente. Observe que não faz sentido ter o mesmo CV se queremos uma posição em Finanças e outra em Vendas... e, quando estamos começando a vida profissional, podemos querer experimentar as duas… Assim, defina seu objetivo e coloque as experiências que você possui com relação aquela vaga. Ex.: se for finanças, comente como você auxiliou o Grêmio Estudantil a organizar e controlar suas finanças, ou o grupo de alunos do ensino médio a organizar suas contas para a viagem de final de ano, a festa de formatura, etc. Se for para a área de vendas, comente como você “vendeu um projeto”. Procure ter em mente o que foi feito, como e que resultados conseguiu. Sobre a primeira oportunidade de trabalho...Vamos falar sobre isso? Sempre existe oportunidade, mas temos que garimpá-las, buscá-las, descobri-las… Um dos programas existentes é o Programa Jovem Aprendiz, onde empresas de portes variados podem contratar jovens aprendizes, desde aquele estabelecimento do seu bairro até organizações públicas e privadas. Portanto, existem algumas empresas que realizam processos seletivos todos os anos e renovam suas grades de funcionários aprendizes. São elas: Espro, Caixa Econômica Federal, Correios, Senai, Senac, Aprendiz Legal, etc. Existe uma série de empresas que contratam jovens entre 14 e 24 anos para participar do Jovem Aprendiz. Saiba maiores informações no site https://jovemaprendizbr.com.br/. Outro site muito bom é o Centro de Integração Empresa-Escola, o CIEE, que, além de dicas, oferece vários cursos gratuitos: https://portal.ciee.org.br/#section1. 1.7 Postura profissional Ok. Você conseguiu elaborar seu CV(O curriculum vitæ, também abreviado para CV ou apenas currículo é um documento de tipo histórico, que relata a trajetória educacional e as experiências profissionais de uma pessoa, como forma de demonstrar suas habilidades e competências.), buscou sua primeira oportunidade e, agora, vamos nos preparar para uma entrevista. Lembre-se que sua postura profissional é fundamental para o seu sucesso. A ONG Na Prática, um projeto da FundaçãoEstudar, juntamente com a revista Exame, criou uma websérie para explicar, de maneira rápida, como se destacar nos pontos mais críticos de processos seletivos e sanar as principais dúvidas dos candidatos. Você pode aproveitar todo este conteúdo a seguir: 1.8 Se preparando para uma entrevista Ok, sabemos que entrevistas de emprego geram dúvidas, desconfortos etc. Muitos sites e vídeos preparam para o que fazer no momento da entrevista, e entendemos que o antes é tão oportuno quanto o momento em si. Aqui estão algumas dicas preciosas preparadas para você. https://jovemaprendizbr.com.br/ https://portal.ciee.org.br/#section1 Antes da entrevista – a preparação: 1) Informe-se: Mesmo que o anúncio da vaga responda a tudo que você gostaria de saber, pesquise mais sobre a organização que está contratando, sobre o mercado dela, oportunidades e concorrentes. Nada vai impressionar mais o seu entrevistador ou banca do que perceber que você tem conhecimento de assuntos correntes sobre o tema. Não se limite ao site da empresa, pesquise notícias e, se possível, recorra a algum contato que conheça a organização. 2) Currículo: Revise e reveja seu currículo, tenha uma cópia dele consigo no momento da entrevista, e se alguma das suas respostas for divergir do que constava no currículo que você enviou à empresa, explique a razão, pois seus entrevistadores irão perceber, ainda que não falem nada a você na hora. 3) Evite emergências: Na véspera, durma bem e se alimente de forma segura! 4) Chegue a tempo: Mesmo em casos de entrevistadores benevolentes, que permitirão que você seja entrevistado mesmo chegando atrasado, a impontualidade conta muitos pontos negativos. Planeje antes sua rota para chegar a tempo. Dependendo da natureza da entrevista, você pode ser entrevistado por chefes das áreas em que há vagas, e não tenha dúvida de que o tempo deles é valioso. Planeje chegar 15 minutos mais cedo, e use o tempo extra para relembrar ou revisar suas anotações, ou mesmo para trocar ideias com outros candidatos, ou com alguém da organização que esteja na sala de espera, mesmo que casualmente. 5) Eu sempre procuro passar na sala de espera antes das entrevistas, me identifico claramente (sem pegadinhas) e espero para ver quem tem iniciativa de conversar e fazer perguntas inteligentes. 6) Polidez: Seja educado e civilizado, tanto na sala de espera quanto na entrevista. Não masque chiclete, não fique olhando para o relógio, desligue o celular. Evite fumar, e não abuse do cafezinho. Repense seu piercing. 7) Fair play: Nunca fale mal de sua antiga empresa, empregadores, fornecedores ou clientes – nem mesmo na sala de espera e, principalmente, na entrevista. Este conselho serve também para a sua vida pessoal. 8) Traje: Use o bom senso na hora de escolher a roupa, e separe-a e revise-a já na véspera. Mostre que você se dedicou para escolher uma roupa adequada a um ambiente profissional e à imagem da organização. Mas não exagere! 9) Pratique e treine: Obtenha ou prepare uma lista de perguntas típicas de entrevistas de emprego, e convide alguém de sua confiança para praticar a lista várias vezes. Se possível, grave e depois ouça. O ideal é chegar ao ponto em que você responde a qualquer uma das perguntas básicas sem parar para pensar mais do que alguns segundos, nem dizer os típicos “Ééééé”, “Ahhhhh”, “Bom…”. Mas, cuidado para não se precipitar – você deve refletir, para responder exatamente o que foi perguntado – sem ser monossilábico. Interaja, mostre que você tem conteúdo. Mas, nunca exagere! Antecipe o mais difícil: Planeje boas respostas (mas, sempre totalmente sinceras) para perguntas potencialmente difíceis, como a lista de seus pontos fortes e fracos, ou a razão pela qual você deixou seu último emprego. Uma boa resposta para a questão dos pontos fracos começa com “Eu percebi que não estou tão bem quanto gostaria no aspecto X, e por isso ultimamente tenho tentado corrigir isto fazendo Y”. Mas, só é boa ideia se for verdade. Saiba o que perguntar: Tenha boas perguntas preparadas. Se o seu entrevistador abrir espaço para que você faça perguntas, e você não tiver nenhuma, isto pode passar uma imagem de desinteresse ou de desatenção. Recadinho aos educadores É inesgotável o assunto de preparação para o trabalho. Nossas informações, dicas e recomendações têm por objetivo norteá-lo, indicando possibilidades, nunca cercá-lo, negando que outras oportunidades possam, talvez, serem vistas apenas por quem está aí próximo, contextualizado e vivenciando esta realidade. São ideias iniciais, embrionárias que precisam ser musculadas e ampliadas, como forma de mudar o nosso mundo, pois se tem algo que a educação se propõe, é mudar o mundo na forma como o conhecemos. Cada educador é um “soprador de brasas”. Acredite que cada educando a você confiado, que passa por suas mãos, é uma centelha viva de esperança e de possibilidades de realização! Projeto de Vida + Formação para o Mundo do Trabalho + Trilha de Formação Profissional Algumas dicas adicionais Sendo assim, os seguintes norteadores são oportunos de serem previstos no Planejamento do desenvolvimento docente, no que tange a Formação Técnico- Profissional: 1) Proporcionar vivências práticas dos docentes através de projetos reais e experienciais; 2) Valorizar as atuais práticas pedagógicas como ponto de partida para atualizações educacionais mais alinhadas com os novos modelos propostos; 3) Desenvolver o “pensar estratégico docente” permitindo correlacionar os projetos pedagógicos com os Projetos de Vida discentes, tornando a educação a alavanca de mudança social pretendida; 4) Entre os tópicos de desenvolvimento docente torna-se oportuno a ampliação e/ou conhecimento dos propósitos de vida e autoconsciência. Não se pode mudar o que não se conhece. O Professor é a base do processo para engajamento dos estudantes e desenho de carreiras futuras; 5) Há um contrassenso a ser considerado no sentido de usar a CBO (passado e presente) e desenvolver competências para futuro, sob pena de reprodução do modelo de formação de “mão de obra” para os meios produtivos. Sendo assim, precisamos apresentar competências e carreiras do futuro a exemplo apontado (WORLD ECONOMIC FORUM, 2020), assim como, competências Empreendedoras (BACIGALUPO, 2016); 6) Com relação às avaliações, no que concerne aos percursos formativos técnico profissionalizantes, sugere-se incluir feedbacks de mercado (comunidade envolvida nos projetos). Sustenta-se tal ação ao artigo cinco, inciso VII letra (b), da Formação Continuada de Professores da Educação Básica (BNC-2020), onde descreve como competência do professor a colaboração mútua, com vista ao pleno desenvolvimento de cada aluno, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. A análise de contexto social é fundamental quando se fala em Percursos Formativos Técnico Profissionalizantes, pois tange a sobrevivências e realização do Potencial Humano. Sob essa perspectiva, percebe-se que os currículos apresentados consideraram os marcos legais vigentes e solicitados, valorizaram na sua construção o respeito à realidade local e envolveram/consultaram suas comunidades na construção dos projetos pedagógicos. Há uma sopa de caracteres que corresponde, na verdade, às iniciais (em inglês) das sete diretrizes que, quando bem estabelecidas, eliminam quaisquer dúvidas que possam aparecer ao longo de um processo ou de uma atividade. São elas 5 W: What (o que será feito?) – Why (por que será feito?) – Where (onde será feito?) – When (quando?) – Who (por quem será feito? 2H: How (como será feito?) – How much (quanto vai custar?) Ou seja, é uma metodologia cuja base são as respostas para estas sete perguntas essenciais. Com estas respostas em mãos, você terá um mapa de atividades que vão teajudar a seguir todos os passos relativos a um projeto, de forma a tornar a execução muito mais clara e efetiva (ENDEAVOR BRASIL). UNIDADE 2 - INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA Nesta unidade, iremos apresentar a pesquisa correlacionada aos projetos, além da aprendizagem das etapas do processo de iniciação científica para inovação social, bem como, conhecer os métodos para sua execução, analisando o contexto, investigando e resolvendo problemas da sociedade, do cotidiano, levantando hipóteses, gerando ideias e validando hipóteses. Os objetivos desta unidade são os de possibilitar os docentes para uma futura aplicação no percurso formativo técnico profissionalizante. 2.1 Habilidades em foco 1) (EMIFFTP01) Investigar, analisar e resolver problemas do cotidiano pessoal, da escola e do trabalho, considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias, planejando, desenvolvendo e avaliando as atividades realizadas, compreendendo a proposição de soluções para o problema identificado, a descrição de proposições lógicas por meio de fluxogramas, a aplicação de variáveis e constantes, a aplicação de operadores lógicos, de operadores aritméticos, de laços de repetição, de decisão e de condição. 2) (EMIFFTP02) Levantar e testar hipóteses para resolver problemas do cotidiano pessoal, da escola e do trabalho, utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação científica. 3) (EMIFFTP03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre problemas do cotidiano pessoal, da escola e do trabalho, identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias (BRASIL, 2018). Fonte: Portaria MEC nº. 1432 de 28/12/2018 Todos nós utilizamos o pensamento científico em nossas vidas no cotidiano, como quando cozinhamos e nos perguntamos o que faz um bolo murchar ao abrir a porta do forno que está assando, ou quando olhamos pela janela e nos perguntamos de onde surgem os ventos. Quando tentamos descobrir os porquês, estamos usando a curiosidade para descobrir as causas e procurar respostas para as nossas inquietações diárias. Aprender habilidades para apoiar o pensamento científico é uma parte importante do desenvolvimento de um estudante, saber quais habilidades utilizar para resolver problemas, a maneira como usá-las e como trabalhar em um processo de maneira lógica são essenciais. As habilidades de pensamento científico incluem observar, fazer perguntas, fazer previsões, testar ideias, documentar dados e comunicar pensamentos. Segundo Gil (2010), a pesquisa é o processo de organizar o pensamento científico, é o procedimento racional e sistemático que busca proporcionar respostas aos problemas. A pesquisa é a investigação, e ela alcança seus objetivos, de forma científica, quando cumpre ou se propõe a cumprir as seguintes etapas: a) descobrimento do problema ou lacuna - mapear problemas potenciais caso não fiquem muito claros, passamos para a etapa seguinte; b) colocação precisa do problema - nessa etapa a ideia é submeter velhos problemas à luz de novos conhecimentos (empíricos ou teóricos, substantivos ou metodológicos); c) procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao problema - por exemplo, pesquisar dados e informações correlacionados ao problema; d) tentativa de solução do Problema com meios identificados - se a tentativa resultar inútil, passa-se para a etapa seguinte; em caso contrário a subsequente; e) invenção de novas ideias - (hipóteses, teorias ou técnicas) ou produção de novos dados empíricos que promovam resolver o problema; f) obtenção de uma solução - (exata ou aproximada) do problema com auxílio instrumental planejado; g) investigação das consequências da solução obtida - correlacionar os resultados da pesquisa com teorias existentes ou surgimento de potenciais inovações; h) prova (comprovação) da solução - buscar evidências para comprovar ou refutar as hipóteses de pesquisa; i) correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados empregados na obtenção da solução incorreta - aqui pode começar um novo ciclo de pesquisa, dinâmico, pois podem surgir novos questionamentos e novas hipóteses. (LAKATOS; MARCONI, 2010) 2.2 Estratégias de investigação Os níveis de inter-relações das variáveis do processo de pesquisa são a base para o pesquisador escolher a técnica a ser utilizada que podem ser, segundo Creswell (2007), quantitativa (coleta de dados que geram dados estatísticos, utilizando técnicas de estatística, média, desvio-padrão, como porcentagem). Por outro lado, uma técnica qualitativa é aquela em que o investigador sempre faz alegações, com significados múltiplos das experiências individuais, significados social e historicamente construídos, com o objetivo de construir uma teoria ou padrão. Finalmente, métodos mistos que é a combinação dos dois anteriores: a coleta de dados também envolve obtenção de informações numéricas (por exemplo, em instrumentos), como de informações de texto (por exemplo, em entrevistas). É importante esclarecer também que uma pesquisa pode ter muitas finalidades e a depender desses fins ela pode ser classificada, se o pesquisador for o instrumento-chave para se chegar à uma conclusão, como qualitativa. Quando o objetivo é produzir conhecimento na busca de uma aplicação direta para uma solução ou problema, chamamos de pesquisa Aplicada. Já quando a pesquisa não tem o objetivo de uma aplicação direta imediata, envolve interesses amplos de conhecimentos universais, chamamos de pesquisa Básica. 2.3 Delineamento de pesquisa Os ambientes em que ocorre a pesquisa são muito diversificados. Também são muito diversos os métodos e técnicas utilizados. Por isso, é importante saber o objetivo da sua aplicação, para conseguirmos classificá-las. Segundo Creswell (2007), os questionamentos para classificação de um projeto de pesquisa, são: a) Quais são as alegações de conhecimentos, perspectivas de bases teóricas? b) Que estratégias de investigação vão orientar os procedimentos? c) Que métodos de coleta e análise de dados serão usados? As pesquisas exploratórias, como o próprio nome diz, têm como propósito proporcionar uma investigação com o objetivo de explorar uma maior familiaridade com o objeto de estudo, problema e o seu planejamento tende a ser bastante flexível (GIL, 2010). Já as pesquisas descritivas, têm como objetivo a descrição das características de determinada população. Podem ser elaboradas também com o propósito de identificar possíveis relações entre variáveis. Elas descrevem, por exemplo, comportamentos de grupos por idade, sexo, procedência, etc. Com o advento da internet sabemos que existem muitos dados e informações disponíveis nas redes, nesse sentido, quando realizamos a pesquisa bibliográfica, ela é elaborada com base em material já publicado, que pode ser digital ou não. Essa modalidade inclui livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais de eventos científicos (GIL, 2010). As pesquisas experimentais consistem em investigações de pesquisa empírica, cujo objetivo principal é o teste de hipóteses que dizem respeito às relações de tipo causa-efeito. Para que os projetos possam respeitar padrões científicos, os projetos experimentais usam grupos de controle (além do experimental), com técnicas e regras de amostragem com o objetivo de possibilitar a generalização das descobertas. (LAKATOS; MARCONI, 2010). Outra questão importante que deve ser considerada quando realizamos uma determinada pesquisa é o local, o espaço e o território que iremos realizar a mesma. Essa escolha pode ser determinantepara os resultados de uma pesquisa. Nesse sentido, assim como vimos anteriormente que podemos analisar uma pesquisa como a natureza dos dados, precisamos analisar também onde os mesmos serão coletados, nesse caso, podem ser em laboratório ou em campo, pesquisa de campo. O grau de controle das variáveis podem ser experimentais ou não experimentais (GIL, 2010). 2.4 A pesquisa e a inovação social A inovação social refere-se ao conhecimento aplicado às necessidades sociais (LIMEIRA, 2018). A pesquisa gera inovação Social quando o resultado desse conhecimento objetiva atender necessidades sociais através da participação e da cooperação de todos os atores envolvidos, gerando soluções novas e duradouras para grupos sociais, para comunidades. (BIGNETTI, 2011). Para resolver problemas sociais multidimensionais, a pesquisa é utilizada para levantar oportunidades de inovação social, que se refere ao resultado do conhecimento aplicado às necessidades sociais, gerando soluções de base comunitária (LIMEIRA, 2018). Desse modo, ao se abordar a pesquisa como inovação social e para construirmos uma prática pedagógica que instigue o pensamento científico, ou seja, educar pela pesquisa, é importante que o estudante desenvolva as habilidades de formular, analisar problemas e hipóteses. 2.5 Qual o seu problema? Quantas vezes perdemos tempo, recursos e esforços resolvendo problemas errados? Segundo Wedell 2017, a maioria dos problemas que encontramos no mundo real, alguém já o apresentou para nós, por exemplo, um problema como o elevador é lento em nossa ânsia por encontrar uma solução, muitos de nós começaria a procurar soluções para esse problema: trocar o motor, colocar outro elevador, organizar o fluxo das pessoas por horários, etc. Essas soluções podem ter sucesso, mas, segundo o autor, se você contextualizar o problema, poderia colocar espelhos na frente do elevador, pois essa medida se mostra eficaz para reduzir queixas quanto a lentidão do elevador, já que a pessoas tendem a perder a noção do tempo quando tem uma distração, ou seja, resolvemos o problema com uma solução mais simples. Sob essa perspectiva ao analisar problemas é importante compreender a extensão dos mesmos, suas causas e derivações, nesse sentido, sugere-se uma ferramenta que se chama árvore de solução de problemas, onde a mesma segundo Oribe (2004), tem a finalidade de levantar causas e efeitos dos problemas. Como construir a árvore de soluções de problemas? Souza (2010) sugere que se utilize a técnica de “Brainstorming” (tempestade de ideias), onde se coloca no tronco da árvore o problema central o que quer ser resolvido e as equipes/estudantes/pessoas podem, de forma divergente, construir alternativas das causas problema (raiz da árvore), bem como, as consequências do problema (copa da árvore). Para facilitar o entendimento, na figura colocamos um exemplo de um problema central, que diz respeito à evasão no ensino médio, bem como, a aplicação da árvore de solução de problema. Figura 1 – Árvore de Solução de Problema Fonte: Adaptado do Gera Social (2020, documento on-line). 2.6 Validando hipóteses Afinal, o que é uma hipótese? Uma hipótese é uma afirmativa, uma sentença, uma suposição (LAKATOS; MARCONI, 2010). Conforme abordado anteriormente, a investigação científica começa com a construção de um problema passível de solução, entende-se como hipótese uma suposição ou explicação provisória do problema, e essa suposição consiste numa expressão verbal que pode ser definida como verdadeira ou falsa, a partir de um teste (GIL, 2010). Teste: Forma como você pretende verificar se a hipótese é verdadeira ou não. Métrica: Unidade de medida para verificar se o teste foi bem-sucedido e a hipótese foi validada. Meta: Valor que você espera atingir na métrica para validar a sua hipótese. Com dados praticamente inexistentes, determinar uma meta também é muito difícil. Por este motivo, ela é por si mesma uma hipótese. É importante, portanto, melhorar essa meta ao longo do teste, não apenas assumindo a validação da hipótese como sendo verdadeira. Quadro teste de hipótese Fonte: Schüler (2019, documento on-line) Você se lembra do problema “Evasão Escolar no Ensino Médio” utilizado anteriormente na Árvore de Solução de Problemas? Vamos colocá-lo, agora, no Quadro Teste de Hipótese! Quadro teste de hipótese UNIDADE 3 - PROCESSOS CRIATIVOS Nesta última unidade do primeiro módulo, discutiremos os conceitos de processos criativos, por meio da potencialização das expressões criativas e culturais dos estudantes, além de apresentar os conceitos de Inovação Social e Design Thinking como estratégias de inovação social. Os objetivos desta unidade são: refletir como potencializar as expressões criativas, culturais e artísticas dos estudantes, apreendendo estratégias pedagógicas que incentivem o potencial criativo e colaborativo dos estudantes; conhecer a metodologia de Design Thinking nos diversos contextos, com vistas à promoção do desenvolvimento local; e conhecer a inovação, reconhecendo o seu papel nas práticas da inovação social. 3.1 Habilidades em foco 1. (EMIFFTP04) reconhecer produtos, serviços e/ ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica sobre as funcionalidades de ferramentas de produtividade, colaboração e/ou comunicação. 2. (EMIFFTP05) selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver problemas reais relacionados à produtividade, à colaboração e/ou à comunicação. 3. (EMIFFTP06) propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais relacionados à produtividade, à colaboração e/ ou à comunicação, observando a necessidade de seguir as boas práticas de segurança da informação no uso das ferramentas (BRASIL, 2018). Fonte: Portaria MEC nº 1432 de 28/12/2018 3.2 Da Ideia à Inovação Diferentes autores definem a inovação como um processo que vai além da criatividade, mas, sim, a implementação de uma nova ideia. Ela pode ser identificada em produtos, processos, mercados ou em modelos organizacionais. Com a difusão das tecnologias de informação e comunicação, os processos de inovação vêm se tornado descentralizados e horizontalizados, visto que as organizações passam a adotar o modelo de inovação aberta (CHESBROUGH, 2003). O estabelecimento de um conceito no Manual de Oslo (1997), um dos documentos preparados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), se figura como uma das principais coleções sobre o uso de dados em atividades inovadoras, discute a inovação como: “[...] a implementação de um produto (bens ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, organização no local de trabalho ou nas relações externas.” Essa definição identifica claramente as quatro dimensões da inovação: inovação de produto, processo, marketing e método organizacional. Inovação social é quando atores da sociedade buscam resolver problemas socioambientais. A inovação social pode estar associada a ações da iniciativa privada, organizações não governamentais e sem fins lucrativos, governo, e sociedade civil organizada (LIMEIRA, 2018). O Fórum Econômico Mundial (WORLD ECONOMIC FORUM, 2020) divulgou o seu famoso relatório anual “The Future of Jobs”, e uma das competências destacadas para os profissionais é trabalhar com criatividade para lidar com problemas complexos. Leia o Guia Criatividade e Pensamento Crítico, do Instituto Ayrton Senna, a seguir, e você verá uma aplicação da Criatividade como competência. Você leu o artigo da Professora Denise de Souza Fleith, e O Papel da Criatividade na Educação do Século XXI, da Universidade de Brasília, além de assistir ao vídeo do Professor Paulo Cunha. A partir dessesconhecimentos, tente refletir sobre as seguintes questões no seu contexto de atuação: Questões-chave a) Eu dou oportunidade aos meus alunos para realizar projetos criativos, utilizando e integrando diferentes linguagens, manifestações sensoriais, vivências artísticas, culturais, midiáticas e científicas? b) Eu valorizo as expressões e produções culturais e artísticas dos meus estudantes, criando ambiente de aprendizagem flexível e tolerante ao erro e ao aprendizado contínuo? c) No Planejamento pedagógico, estimulo os alunos a explorarem novos recursos e técnicas para criarem novos repertórios? d) Incentivo a interdisciplinaridade proporcionando que o estudante possa explorar os processos criativos em diferentes áreas, conhecimentos, espaços? e) Promovo a autoestima dos estudantes para a questão da inovação e criatividade? f) Incentivo que a Criatividade e a Inovação surjam a partir dos seus propósitos e interesses individuais para aplicação na sua realidade? Com certeza você teria muitas outras perguntas... essas são apenas um ponto de partida para começar seu Plano de Ação que iremos propor mais adiante. • Descubra como Janet Echelman encontrou sua verdadeira voz como artista, quando suas tintas desapareceram - o que a forçou a olhar para um novo material de arte pouco ortodoxo. Agora, ela faz esculturas onduladas e fluidas do tamanho de um prédio com um toque surpreendentemente geek. Um transporte de 10 minutos de pura criatividade. • O que Steve Jobs, em um dos seus mais famosos discursos, pode nos ensinar sobre a vida, sobre criatividade e sobre seguir seus sonhos? Agora, voltamos às questões: Um processo criativo usando alguma abordagem, seria capaz de influenciar de forma significativa o mundo? Já pensou sobre isso? Impossível? Será? E, se houvesse uma metodologia ágil, usada internacionalmente, disponível, que contemplasse diferenças e problemas complexos, equilibrasse teoria e prática, racionalismo e intuição? Você usaria? Que tal conhecer algo assim? O Design Thinking (DT) foi criado por Tim Brown, que conceitua o mesmo como: “Design Thinking, ou pensamento de Design, é uma abstração do modelo mental utilizado há anos pelos designers para dar vida a ideias. Esse modelo mental e seus poderosos conceitos podem ser aprendidos e utilizados por qualquer pessoa e aplicados em qualquer cenário de negócio ou social.” O conceito do SEBRAE ajuda a entender o DT como um modelo de pensamento que vai além da necessidade de criar um produto ou serviço, compreendendo o mesmo como uma mentalidade que busca criar soluções inovadoras, tanto para problemas simples quanto complexos; é totalmente centrado no ser humano, empaticamente considerado como pilar fundamental (SEBRAE, 2014). Suas etapas compreendem: Sendo que o significado dessas palavras sintetizam-se em: ▪ Empatizar: é colocar o ser humano como centro do processo, entendendo sentir empatia; colocar-se no lugar do outro, comportando-se ou pensando da mesma forma como ele pensaria ou agiria nas mesmas situações: empatizar com a dor do amigo. ▪ Definir: significa construir pontos de vistas considerando as necessidades, dores e insights dos empatizados para que a Idealização seja um Toró de Palpites, ou seja, um Brainstorm, uma chuva de ideias. ▪ Idealizar: ... ▪ Prototipar: é materializar uma ideia, neste caso, uma solução. É de alguma forma concretizar. ▪ Testar: significa ver se funciona, ainda que de forma incipiente, buscando as melhorias possíveis. Veja, na sequência, um exemplo incrível de utilização desta técnica aplicada à saúde. Doug Dietz foi o principal designer da GE Healthcare. Ele desenvolvia equipamentos de diagnóstico por imagem há mais de 20 anos, mas não acompanhava em campo a utilização dos mesmos. Até o dia que percebeu que a experiência real de pacientes jovens, em especial crianças, com essa tecnologia de ponta era sofrível. Ficou estarrecido ao saber que 80% das crianças costumavam ficar tão apavoradas com a perspectiva de ficarem sozinhas dentro da máquina enorme e barulhenta que, muitas vezes, precisavam ser sedadas apenas para passar pela experiência. Imagine o impacto disso no pequeno paciente, que incluía tempo do “despertar” do paciente, exames de checagem após a sedação, envolvimento de familiares para acompanhamento e da equipe de médicos e enfermeiros, além do óbvio stress do paciente. Ciente disso, Doug reuniu uma equipe de especialistas para resolver esse problema, incluindo funcionários de um museu infantil local, crianças e funcionários do hospital. O resultado foi uma solução inovadora e orientada para o design que transformou totalmente a experiência das crianças (GNT, 2012). Em palestra à plataforma TED (DIETZ, 2012), Doug comenta que a empatia foi fundamental para entender como os pacientes jovens, em especial as crianças, se sentiam “dentro da máquina”, e que “adentrar e entender o mundo infantil foi fundamental para que o time encontrasse uma solução adequada”. A solução envolveu várias etapas complementares, sendo uma delas adesivar as salas com motivos do universo infantil, como a da foto abaixo, e preparar a equipe de enfermagem que passou a contar uma história sobre os barulhos que o navio pirata faz e como é importante “ficar quietinho para que o Capitão Gancho não te encontre”. Os exemplos desta abordagem são inúmeros e existem em todas as áreas do conhecimento. O site da ONG Educa Digital tem muitas informações legais, cursos gratuitos e formas incríveis de dinamizar sua sala de aula. https://www.ev.org.br/cursos/design-thinking-para-educadores e divirta-se. Veja um exemplo: Design Thinking para Educadores Com duração 20h, o objetivo deste curso é apresentar aos educadores a abordagem do design thinking, considerando seu contexto, relevância e as possibilidades de uso na educação, por meio de vídeos, ilustrações, infográficos e exemplos práticos. Quer mais exemplos? Nós temos! Verifique como Jane Chen – uma empreendedora social - usou o processo para criar o “Abraço caloroso” que salva bebês. Isso foi o início da Embrance, uma ONG que se dedica a produzir incubadoras neonatais acessíveis. Veja mais em: https://www.embraceglobal.org/ Mãos na massa Material: um(a) colega + post it + canetas + explicações abaixo. (Este material foi traduzido e adaptado do Institute of Design at Stanford University) https://drive.google.com/file/d/1E- ZR39WwmL0iOHkGX5GAZZ6OKpoi8WFL/view Máquinas de diagnóstico para crianças Fonte: GNT (2012, documento on-line) https://www.embraceglobal.org/ https://drive.google.com/file/d/1E-ZR39WwmL0iOHkGX5GAZZ6OKpoi8WFL/view https://drive.google.com/file/d/1E-ZR39WwmL0iOHkGX5GAZZ6OKpoi8WFL/view Entregue-se ao exercício e descubra como a simplicidade pode ser poderosa (sabemos que esta é uma formação individual. Caso seja viável, faça com um colega. Caso não seja possível, aplique em seus educandos). Lembre-se que um dos pontos mais importantes aqui é exercitar a empatia pelo outro. Para isso, converse. Uma boa conversa é importante, mas lembre-se de respeitar o tempo para cada etapa. Uma forma de ajudar é colocando um despertador (pode ser o do celular mesmo). Uma forma de conhecer o outro, por exemplo, é perguntando o que ele carrega na carteira... isso mesmo, geralmente colocamos na carteira o que é importante ou significativo, (ex.: o que eles carregam na carteira? Por que eles têm um cartão específico lá? O que as coisas na carteira deles dizem sobre a vida deles?). Passados 4 minutos, troque os papéis. É a sua vez de se deixar guiar pela curiosidade do colega. Após a primeira rodada de entrevistas, diga-lhes para acompanhar o que os intrigou durante a primeira entrevista: “Tente descobrir histórias, sentimentos e emoções.” “Pergunte 'POR QUÊ?' com frequência.” “Esqueça a carteira, descubra o que é importantepara o seu parceiro.” “Por que ele ainda carrega uma foto da ex-namorada? Quando foi que ele carregava muito dinheiro? O que ela mais lembra sobre seu primeiro emprego remunerado? É hora de mudar! Mais uma vez, anote quaisquer descobertas inesperadas ao longo do caminho, capture aspas! Veja, a seguir, os passos que você deve realizar. 1. Entreviste (8min) Comece entrevistando seu colega: para isso use 8 minutos (4 para cada um, ou seja, você entrevistará seu/sua colega e será entrevistado por ele/ela). Anote os pontos importantes da sua primeira entrevista. 2. Aprofunde (6min) Aprofunde os assuntos. Para isso use 6 minutos (3 para cada um) O que você ainda não percebeu do outro, o que mais você descobriu? 3. Capture as descobertas Agora, reserve individualmente três minutos para organizar seus pensamentos e refletir sobre o que aprendeu sobre seu colega, organizando seus aprendizados em dois grupos: 1) os objetivos e desejos do seu parceiro, e 2) as percepções que você descobriu. Procure usar verbos para expressar os objetivos e desejos. Essas são as necessidades dele, relacionadas à carteira e à vida. Pense nas necessidades físicas e emocionais. Por exemplo, talvez seu colega precise minimizar o número de coisas que carrega, ou precisa sen tir que está apoiando a comunidade local e a economia. Os insights são descobertas que você pode aproveitar ao criar soluções. Por exemplo, você pode ter descoberto o insight de que comprar com dinheiro faz seu parceiro valorizar mais a compra e tomar mais cuidado com as decisões, ou que ele vê uma carteira como um lembrete e sistema de organização, não como um dispositivo de transporte. Reformule o problema: ___________________________________________ 4. Identifique as descobertas (3 min) Objetivos e desejos: o que seu colega desejaria ganhar ou conquistar? Insights: quais os novos aprendizados e motivações sobre os sentimentos de seu colega. O que você vê sobre o seu colega que talvez ele não veja? Faça inferências a partir do que você ouviu ou sentiu. 5. Posicione-se a partir de um ponto de vista (3mim) (Nome do colega)____________________________ Precisa de uma forma para (Colocar qual a necessidade que você identificou) _______________________________________________________________ Porquê (ou “mas”, ou “surpreendentemente”) _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________ 6. Posicione-se com um ponto de vista Já tendo identificado as descobertas, é hora de selecionar a necessidade mais convincente e o insight mais interessante para articular um ponto de vista. Esse é o seu ponto de vista. Tome uma posição, afirmando especificamente o desafio significativo que você vai enfrentar. Ex.: “Janice precisa de uma maneira de sentir que tem acesso a todas as suas coisas e está pronta para agir. Surpreendentemente, carregar a bolsa a faz sentir menos pronta para agir”. Ou, “Arthur precisa de uma forma de socializar com seus amigos, enquanto se alimenta de forma saudável, mas ele sente que não participa, se não estiver segurando uma bebida”. 7. Esboce pelo menos 5 maneiras radicais de atender as necessidades do seu colega (5 min). Ajuda para idealizar: reescreva a declaração do problema no topo da página. Lembre-os de que agora estão criando soluções para o novo desafio que você identificou. Faça volume! Este é o momento de geração de ideias, não de avaliação - você pode avaliar suas ideias mais tarde. Veja se você consegue ter pelo menos 7 ideias! Procure ser VISUAL - use palavras apenas quando necessário, para destacar os detalhes. 8. Escreva aqui o problema que você vai resolver 9. Partilhe suas soluções e peça feedback! 10. Compartilhe suas soluções e obtenha feedback. - PROTÓTIPOS - 10 min (5 minutos para cada). Agora, é hora de compartilhar seus esboços com seu colega! O que você pensou? Passe algum tempo ouvindo as reações e perguntas de seus parceiros. Não se trata apenas de validar suas ideias. Lute contra o desejo de explicar e defender suas ideias. Esta é outra oportunidade de aprender mais sobre os sentimentos e motivações do seu colega. 11. Interaja e recrie com base nos feedbacks. ▪ Stanford, em seu Instituto of Design, tem um kit “pronto” para uso: https://dschool.stanford.edu/resources/dschool-starter-kit ▪ Quer mais ferramentas para turbinar sua sala de aula de forma criativa? Olhe o material de Ferramentas Digitais para professores, em anexo. São 55 páginas de possibilidade. O Guia descreve as ferramentas e suas possibilidades de uso para quais disciplinas se adequa e para qual nível educacional (Ex.: fundamental, médio etc.). Que tal olhar o material traduzido pelo Instituto Ayrton Senna, com o consentimento da OCDE? O título original é Fostering Students Creativity and Critical Thinking. Você pode acessá-lo através deste link: https://institutoayrtonsenna.org.br/content/dam/institutoayrtonsenna/doc umentos/instituto-ayrton-senna-documento-ocde-traduzido.pdf Este material traz uma importante contribuição não apenas sobre os processos criativos, como também sobre o pensamento crítico. São 359 páginas de dados, informações, conhecimento e ferramentas divididas em 8 capítulos que abordam uma pauta tão variada quanto internacional (VINCENT-LANCRIN et al., 2020). Parabéns! Você chegou ao final do primeiro módulo da Formação ao Mundo do Trabalho! Conforme descrito no Relatório das Análises dos Currículos Estaduais para o Novo Ensino Médio, no que tange Formação de Professores para o Eixo Formativo Técnico Profissionalizante, é importante seguir alguns norteadores estratégicos, sendo assim, destacamos para este primeiro Módulo a “Introdução ao Mundo do trabalho Explorando Oportunidades”, e tivemos como estratégia formular conceitos e atividades que possibilitem o “pensar estratégico docente”, permitindo-lhes correlacionar seus projetos pedagógicos com os Projetos de Vida discentes, tornando a educação como a alavanca de mudança social pretendida Para o Segundo Módulo, “Carreiras e Escolhas Profissionais”, iremos trabalhar com atividades que promovam a ampliação e/ou conhecimento dos propósitos de vida e autoconsciência. Não se pode mudar o que não se conhece. Nessa perspectiva, o Professor é a base do processo para engajamento dos estudantes e desenho de carreiras futuras. Esperamos que você tenha aproveitado o conteúdo estudado. Se quiser aprofundar ainda mais seus estudos, veja a lista de referências no próximo slide. MÓDULO 02 Apresentação Sejam bem-vindos(as) ao segundo módulo da Formação ao Mundo do Trabalho! https://institutoayrtonsenna.org.br/content/dam/institutoayrtonsenna/documentos/instituto-ayrton-senna-documento-ocde-traduzido.pdf https://institutoayrtonsenna.org.br/content/dam/institutoayrtonsenna/documentos/instituto-ayrton-senna-documento-ocde-traduzido.pdf Neste módulo, também dividido em três unidades, abordaremos o planejamento de carreira, identidade, valores e responsabilidade social, planejamento do futuro, definindo as ações, metas e estratégias que deverão impactar o projeto de vida do estudante. Apresentaremos os conceitos do empreendedorismo e a ideia de empreendedorismo como inovação social, além dos conceitos dos princípios da Sustentabilidade, trabalho em equipe, governança e conflito. UNIDADE 1 – CARREIRAS Nesta unidade, oferecemos atividades pedagógicas que podem ajudar os professores na orientação das escolhas profissionais para o Mundo do trabalho. Além disso, faremos um tour reflexivo sobre as competências necessárias ao trabalho, na busca de construir estratégias didáticas articuladas aos contextos sociais, ao propósito e projetos de vida dos estudantes. Por fim, apresentaremos também os princípios e práticas inerentes à EducaçãoProfissional e Tecnológica. 1.1 Habilidades em foco 1 (EMIFCG10) reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desafios e alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedora e perseverando em situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade. 2 (EMIFCG11) utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabelecer e adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e efetividade. 3 (EMIFCG12) refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos presentes e futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida pessoal, profissional e cidadã (BRASIL, 2018). 1.2 Entendendo sobre carreiras Que esta realidade seja vista/encarada/percebida/sentida não como DETERMINANTE DE FUTURO, mas antes de tudo, COMO PONTO DE PARTIDA PARA QUALQUER OPORTUNIDADE DE MUDANÇA, apesar do contexto. As carreiras são oportunidades, não são lineares, são compostas por várias competências ainda não criadas pela evolução do Mundo do Trabalho. Atuar considerando prática+teoria ajudará muito a entender como as coisas acontecem no mundo do trabalho/Carreira. Observa-se que há uma integração estrutural, cujo elemento central é o PROJETO DE VIDA (figura 4) do estudante, considerando como um dos pilares a condição de inserção dele no mercado, não como supridor de “mão de obra” necessária à economia, mas, principalmente, como sujeito interventor e criador de uma nova realidade, em especial para si e para sua comunidade local ou global. O limite será determinado pela capacidade individual de superar os obstáculos existentes. Um ponto fundamental é entender que as carreiras no mundo atual não são estanques. Há 30 anos atrás, você ficaria boa parte da vida em uma única empresa. Hoje, isso não é necessariamente verdadeiro. Figura 4 – Projeto de Vida essência da Carreira Profissional Fonte: Adaptado de Frente Novo Currículo Médio. Vamos iniciar distinguindo Carreira e Profissão. Profissão é aquilo que estudamos e nos preparamos para executar. Um médico cardiologista estuda medicina e se especializa em cardiologia. Já Carreira é a estrada que se deseja seguir, o estilo de vida e tipo de atuação que se deseja ter. Se um médico cardiologista decide que seu caminho é ajudar aqueles que mais precisam, pode atuar como um médico em uma organização como Médicos Sem Fronteiras. Se quer um caminho de estudos e pesquisas em um laboratório, pode escolher a carreira de pesquisador e de vacinas, por exemplo. Ainda, se deseja ter uma vida de empreendedor, pode abrir sua própria clínica (HABIMORAD, 2017). A carreira, entendida então como um conjunto de trilhas (Figura 5) e possibilidades ainda que a profissão seja a mesma. Lembre sempre que as “etapas evolutivas do crescimento profissional” precisam acontecer seja no empreendedor ou intraempreendedor e que devem ser consideradas a partir do PROJETO DE VIDA, ou seja, entendendo quais são os potenciais e talentos. Figura 5- Possíveis Trilhas de Carreiras Entender quem somos é importante, pois pode reduzir o nível de sofrimento laboral. Quanto mais o ambiente de trabalho for valorativamente semelhante a nós, temos maior probabilidade de sermos mais assertivos. #FICAADICA – PRA SABER MAIS Vamos descobrir mais sobre você? Pré-requisitos: Disposição, sinceridade e capacidade de leitura. O que fazer: Existem diversos sites que podem ser úteis no autoconhecimento, um dos pontos fundamentais para Projeto de Vida, Carreira e Propósito. Muitos oferecem algum tipo de testagem, como tipos de personalidade, aptidões, etc. No geral, eles pedem apenas e-mail, que é armazenado em um banco de dados, e é eventualmente usado para acessar você para oferta de produtos, ou serviços, ou envio de informações. Mas, considerando o que “devolvem”, se for um site sério, pode ser uma boa troca. Lembre-se que nenhum teste é uma verdade absoluta. São fragmentos descontextualizados, são um ponto de encontro de aspectos da vida que, ao ganharem forma e estrutura, ajudam na compreensão de quem somos. Trata-se de difícil tarefa saber quem somos, pois envolve um olhar profundo e verdadeiro sobre nós mesmos. Nos olharmos no espelho, por exemplo, ainda que possa ser um ato desafiador, é também fundamental. Entendendo os testes, dois dos mais conhecidos e utilizados são: 1. MBTI O MBTI - Myers-Briggs Type Indicator - é um inventário que tem por objetivo avaliar a personalidade segundo a teoria dos tipos psicológicos de Jung, de forma simples e sucinta. Busca auxiliar as pessoas a identificarem determinadas preferências pessoais significativas. Foi desenvolvido por Katharine Cook Briggs (1875–1968) e sua filha Isabel Briggs Myers (1897–1980) e, a partir dele muitos testes disponíveis, se baseiam na tipologia para seus testes (COUTO; BARTHOLOMEU; MONTIEL, 2016). As redes sociais perceberam a “potência” dos instrumentos e exploram isso considerando que as pessoas sempre querem “um conserto rápido”, ou seja: quem não quer um teste que fale sobre quem você é, quais seus pontos de melhoria e ainda reforce seus pontos altos? Por isso, a orientação do Educador, aqui, torna-se ainda mais importante e oportuna. Pode ser que seu educando já venha com o teste feito e sem nenhuma crítica a respeito. Instruí-lo a pesquisar a seriedade do site em questão (um instrumento oficial ou um site sério tem obrigatoriedade de validação do instrumento proposto. Sem validação, como garantir a fidedignidade do resultado?), que tipo de teste ele fez, o quanto os resultados são representativos e o nível de honestidade ao responder as perguntas são fundamentais para a contextualização do processo. Equilíbrio é a palavra de ordem. Na origem, o MBTI só é aplicado por psicólogos, que fornecem a devolutiva e a explicação do teste. O site oficial é: https://www.mbtionline.com/ https://www.mbtionline.com/ 2. Âncoras e Carreiras Outro inventário muito bom é o ncoras de Carreiras. O nome não é por nada e, sim, tem relação com a ideia de ancoragem, sustentação e lastro. Criador do teste: Schein (1978) - PhD em psicologia social, pela Universidade de Harvard e professor emérito da Sloan School of Management - entendia que tão importante quanto refletir sobre a carreira era a necessidade de se estabelecer relações entre autodesenvolvimento, desenvolvimento de carreira e desenvolvimento da vida pessoal e familiar. Refletir sobre a carreira, então, implicaria em entender as necessidades e características da pessoa, que não estão ligadas apenas à vida no trabalho, mas são frutos de sua interação com todos os espaços de sua vida. Assim como a vida, as âncoras podem mudar. Se por exemplo, você está começando uma família, o estilo de vida pode aparecer mais forte e ao se graduar no ensino médio, pode ser que o desafio puro seja sua estabilidade no momento. O objetivo aqui é descobrir valores profissionais, por isso conhecer o que é importante para você é melhor que o resultado do teste em si. Entender a importância de determinados valores ajudará no propósito de vida. Entenda o inventário: partindo da análise de autoconhecimento, Schein (1978) compreendia que as pessoas ganhavam gradualmente autoconhecimento e autopercepção da sua trajetória de carreira. Essas seriam as “ancoras de Carreira” caracterizadas por: a) Talentos e habilidades, baseados no sucesso dos vários trabalhos realizados; b) Motivos e necessidades, baseados no feedback de outras pessoas e da empresa, e na auto avaliação ao enfrentar os vários desafios; c) Atitudes e valores, baseados no confronto entre os valores e normas próprias eos da organização ou ocupação. 3.16 personalities Se você for sincero nas respostas, apresenta alto nível de precisão. Seu site oferece muitos testes e informam quais são pagos e quais são gratuitos. Acesse em: https://www.16personalities.com/br 1.3 Entendendo sobre âncoras de carreiras As âncoras de carreira são (DUTRA; ALBUQUERQUE, 2009): 1) COMPETÊNCIA TÉCNICA/FUNCIONAL: Se sua âncora de carreira é a competência em alguma área técnica ou funcional, você não abriria mão da oportunidade de aplicar suas habilidades nessa área e de continuar desenvolvendo essas habilidades a um n ível cada vez mais alto. Você obtém seu senso de identidade com o exercício dessas habilidades e sente-se totalmente realizado quando seu trabalho lhe permite ser desafiado nessas áreas. Você pode estar disposto a gerenciar outras pessoas em sua área técnica ou funcional, mas não se interessa pelo gerenciamento em si e evitaria a gerência geral, porque precisaria desistir de sua própria área de especialidade. 2) COMPETÊNCIA PARA GERÊNCIA GERAL Se sua ancora de carreira é a competência para a gerência geral, você não abriria mão da oportunidade de subir a um n ível alto o suficiente que lhe permita integrar os esforços de outras pessoas em suas funções e ser responsável pelo resultado de determinada unidade da organização. Você quer total responsabilidade pelos resultados e identifica seu próprio trabalho com o sucesso da organização para qual trabalha. Se você está em uma área técnica ou funcional atualmente, aceita a situação como uma experiência de aprendizado necessária, entretanto, ambiciona alcançar um cargo com funções generalistas o quanto antes. Ter um alto cargo gerencial técnico não interessa. 3) AUTONOMIA/INDEPENDÊNCIA Se sua âncora de carreira é a autonomia/independência, você não renunciaria à oportunidade de definir seu próprio trabalho, à sua própria maneira. Se você está numa organização, quer permanecer em funções que lhe permitam flexibilidade com relação a quando e como trabalhar. Se você não tolera regras e restrições organizacionais de qualquer espécie, busca ocupações nas quais tenha a liberdade que procura, tais como ensino ou consultoria. Para manter sua autonomia, você recusa oportunidades de promoção ou avanço. Talvez você até procure ter seu próprio negócio para alcançar a sensação de autonomia, entretanto este motivo não é o mesmo que a criatividade empreendedora descrita mais adiante. 4) SEGURANÇA/ESTABILIDADE Se sua âncora de carreira é a segurança/estabilidade, você não abriria mão da sua segurança ou estabilidade no trabalho ou organização. Sua principal preocupação é alcançar a sensação de ser bem sucedido para ficar tranquilo. A âncora está demonstrada na preocupação pela segurança financeira (tais como aposentadoria e planos de pensão), ou segurança no emprego. Essa estabilidade pode significar trocar sua lealdade e disposição de fazer qualquer coisa que seu empregador lhe peça por uma promessa de garantia de emprego. Você se preocupa menos com o conteúdo do seu trabalho e o posto que pode alcançar, embora possa chegar a um alto n ível, se seus talentos assim o permitirem. No que se refere a autonomia, todo mundo tem certas necessidades de segurança e estabilidade, especialmente em épocas que os encargos financeiros são grandes ou quando se está para enfrentar a aposentadoria. Entretanto, as pessoas ancoradas dessa maneira estão sempre preocupadas com essas questões e constroem toda sua auto-imagem em torno do gerenciamento da segurança e estabilidade. 5) CRIATIVIDADE EMPREENDEDORA Se sua âncora de carreira é a criatividade empreendedora, você não renunciaria à oportunidade de criar sua própria organização ou empreendimento, desenvolvidas com sua própria capacidade e disposição de assumir riscos e superar obstáculos. Você quer provar ao mundo que pode criar um empreendimento que seja o resultado do seu próprio esforço. Talvez você trabalhe para outros em alguma organização, enquanto aprende e avalia oportunidades futuras, mas seguirá seu próprio caminho assim que sentir que tem condições para isso. Você quer que seu empreendimento seja financeiramente bem sucedido, como prova de sua capacidade. 6) SERVIÇO/DEDICAÇÃO A UMA CAUSA Se sua âncora de carreira é serviço/dedicação a uma causa, você não renunciaria à oportunidade de procurar um trabalho onde pudesse realizar alguma coisa útil, como, por exemplo, tornar o mundo um lugar melhor para se viver, solucionar problemas ambientais, melhorar a harmonia entre as pessoas, ajudar os outros, melhorar a segurança das pessoas, curar doenças através de novos produtos, etc. Você busca essas oportunidades, mesmo que isto signifique mudar de organização e não aceita transferências ou promoções que o desviem do trabalho que preencha esses valores. 7) DESAFIO PURO Se sua âncora de carreira é desafio puro, você não abriria mão da oportunidade de trabalhar na solução de problemas aparentemente insolúveis, para vencer oponentes duros ou superar obstáculos difíceis. Para você, a única razão significativa para buscar um trabalho ou carreira é que este lhe permita vencer o impossível. Algumas pessoas encontram esse desafio puro em alguns trabalhos intelectuais, como, por exemplo, o engenheiro interessado apenas em desenhos extremamente difíceis; outras encontram seu desafio em situações complexas, tais como um consultor estrategista, interessado apenas em clientes à beira da falência e que já esgotaram todos os recursos; algumas o encontram na competição interpessoal, como o atleta profissional, ou o vendedor que define cada venda como uma vitória ou derrota. A novidade, variedade e dificuldade tornam-se um fim em si e se alguma coisa é fácil, imediatamente torna-se monótona. 8) ESTILO DE VIDA Se sua âncora de carreira é o estilo de vida, você não abriria mão de uma situação que lhe permita equilibrar e integrar suas necessidades pessoais, familiares e as exigências de sua carreira. Você quer fazer todos os principais segmentos de sua vida trabalhar em conjunto para um todo integrado e, portanto, precisa de uma situação de carreira que lhe dê suficiente flexibilidade para alcançar tal integração. Talvez, você precise sacrificar alguns aspectos da sua carreira (por exemplo, uma mudança geográfica que fosse uma promoção, mas que desestruturaria toda sua situação de vida), e você define o sucesso em termos mais amplos do que simplesmente sucesso na carreira. Você sente que sua identidade está mais vinculada ao modo de viver sua vida como um todo, onde você se estabelece, como lida com sua situação familiar e como você se desenvolve, do que com qualquer trabalho ou organização. Confira o teste âncoras de carreira em: https://www.roberthalf.com.br/blog/carreira/teste-ancoras-de-carreira Sobre âncoras e gerações. Será que as âncoras mudam de acordo com as gerações ou com o gênero? Leia o artigo a seguir e inspire-se: https://revistas.pucsp.br/ReCaPe/article/view/32651 Carreiras: um olhar especialista: Maira Habimorab (especialista brasileira no assunto) em entrevista à revista Cosmopolitan articula uma fala sobre carreira, tendências e competências. Tendo refletido sobre isso, vamos pensar num modelo de desenvolvimento de carreira, lembrando que as carreiras deixaram de ser lineares e são mais fluidas. Provavelmente, você terá mais de uma carreira ao longo da sua vida. Antes de iniciar, que tal pensar sobre “de onde vem as boas ideias”? De onde vêm as boas ideias - Steve Johnson. Disponível em: https://youtu.be/_2X-VAhSFsM Agora, complete o template considerando como aplicar isso em sua carreira ou ideias para futuro. https://youtu.be/_2X-VAhSFsM Agora que já sabemos que as boas ideias da sua carreira estão por aí, vamos colocar em prática a
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