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Questionário 1 - Atividades remotas

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DISCIPLINA: Instituições Judiciárias e Ética
PERÍODO: 1º Semestre 2020/1
Docente: Prof. Me. Alexandre Cardeal de Oliveira Arneiro  
 
Atividades da 1ª semana de atividades acadêmicas remotas.
 
Valor máximo: 0,5 ponto na NP1
 
Texto base: CINTRA, Antonio Carlos Araujo; DINAMARCO, Cândido Rangel; GRINOVER, Ada
Pellegrini. “Espécies de Jurisdição” (Cap. 12 da TGP 24ª ed), “Limites da Jurisdição” (Cap. 13
da TGP 24ª ed); “Jurisdição voluntária” (Cap. 14 da TGP 24ª ed); “Poder Judiciário: Funções,
Estrutura, e Órgãos” (Cap. 15 da TGP 24ª ed);  in _____________. Teoria Geral do Processo.
24ª ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
 
Disponível no link: 
https://unipcloud-my.sharepoint.com/:b:/g/personal/alexandre_arneiro_docente_unip_br/EQfkh7afENKjCY7OcC3v1YBwTZzQ23giR4NmbbmhQcYKw?e=NLgZZ0 
 
 
1. (0,1 ponto) Diferencie jurisdição especial e jurisdição comum. Em seguida, responda: qual é o órgão da Justiça competente para julgar crimes eleitorais? Justifique com base na Constituição Federal.
A jurisdição comum possui âmbito de atuação nas esferas federal, estadual e distrital e é dividida em civil e penal, incluindo-se na civil as demandas de natureza comercial, previdenciária e administrativa. Já a jurisdição especial é dividida em trabalhista, militar e eleitoral.
Com base na Constituição Federal, cabe à Justiça Eleitoral julgar os crimes eleitorais. Os órgãos da Justiça Eleitoral estão previstos no art. 118 da Constituição Federal.  São eles: Tribunal Superior Eleitoral (TSE); os Tribunais Regionais Eleitorais (TRE); os Juízes Eleitorais; e as Juntas Eleitorais. Também é competência da Justiça Eleitoral julgar crimes comuns conexos com eleitorais. O Supremo Tribunal Federal fixou em 2019 que é competência da Justiça Eleitoral julgar crimes comuns (corrupção e lavagem de dinheiro) conexos com delitos eleitorais (caixa 2).
2. (0,1 ponto) Informe a composição do duplo grau de jurisdição da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho, da Justiça Comum Federal e da Justiça Comum Estadual.
O duplo grau de jurisdição é um princípio do direito processual que garante, a todos os cidadãos jurisdicionados, a reanálise de seu processo, administrativo ou judicial, geralmente por uma instância superior.
Com a finalidade de corrigir eventuais erros de juízes e também para atender à natural inconformidade da parte vencida diante de julgamentos desfavoráveis, os ordenamentos jurídicos modernos consagram o princípio do duplo grau de jurisdição: o vencido tem, dentro de certos limites, a possibilidade de obter uma nova manifestação do poder judiciário. Para que isso possa ser feito é preciso que existam órgãos superiores e órgão inferiores a exercer a jurisdição.
Juízos (órgãos de primeiro grau) e tribunais (órgãos de segundo grau) fazem parte dessa jurisdição. Cada uma das justiças tem os seus tribunais – órgãos superiores de segunda instância. 
Justiça Eleitoral – Superior Tribunal Eleitoral e os Tribunais Regionais Eleitorais
Justiça do Trabalho – Tribunal Superior do Trabalho e os Tribunais Regionais do Trabalho
Justiça Federal – Tribunais Regionais Federais
Justiça Estadual – Superior Tribunal de Justiça e Tribunal de Justiça
3. (0,1 ponto) Limites internacionais de caráter pessoal. Quais são as pessoas imunes à
jurisdição no Brasil? Ainda, o que as autoridades nacionais podem fazer em face de um gravíssimo crime contra a dignidade sexual cometida por diplomata estrangeiro?
Respeitando-se a soberania de outros Estados, é convencionado que são imunes a jurisdição de um país: os Estados estrangeiros; chefes de Estado; e os agentes diplomáticos. Em um caso como o citado no enunciado, as autoridades nacionais podem apenas notificar o país de origem do diplomata para que a autoridade de tal Estado defina de que forma pode julgá-lo, uma vez que no Brasil ele é imune. 
4. (0,1 ponto) Jurisdição contenciosa e jurisdição voluntária: diferencie-as e exemplifique hipóteses em a última é exercida.
A jurisdição voluntária não apresenta conflito de interesses, não havendo uma coisa a ser julgada. Dessa forma, não existe uma sentença, mas sim um procedimento, ao contrário da jurisdição contenciosa, na qual o juiz age a partir de um conflito de interesses, julgando um processo e determinando o que deve ser feito.
A jurisdição voluntária é exercida em casos de notificação, interpelação e protesto; alienação judicial; homologação de divórcio e separação consensuais; homologação de extinção consensual da união estável; alteração consensual de regime de bens do matrimônio; abertura de testamento etc.
5. (0,05 ponto) Explique, de acordo com os autores de Teoria Geral do Processo, de que forma a função jurisdição se encontra em outros Poderes da República. Exemplifique.
Como a jurisdição é a capacidade que o Estado tem em decidir imperativamente e impor decisões, ela se encontra nos três poderes da República. Esta capacidade é conferida ao Estado de forma voluntária a fim de que seja encontrado através deste, uma solução justa para a lide. No caso do Poder Executivo, o mesmo exerce a atividade jurisdicional quando julga um processo administrativo disciplinar (art. 41, §1°, II, CF). Igualmente, o Poder Legislativo também exerce tal função atípica nos processos de impeachment do Presidente da República (49, IX e 52, I, CF).
6. (0,05 ponto) Aponte a composição e as competências do Conselho Nacional de Justiça.
De acordo com o Art. 103-B., O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo: 
I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal; III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal; IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; X - um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República; XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual; XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
No mesmo artigo, porém no 4º, estão descritas as atribuições do órgão, que são: o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União; III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviçoe aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade; V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano; VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário; VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa.
 
Entregar de forma individual e manuscrita. Não é preciso copiar enunciado.
Prof. Alexandre Cardeal de Oliveira Arneiro
Universidade Paulista - UNIP

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