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Sistema Nervoso
O sistema nervoso representa uma rede de comunicações do organismo, formada por um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem a função de captar as mensagens, estímulos do ambiente, "interpretá-los" e "arquivá-ulos". Conseqüentemente, ele elabora respostas, as quais podem ser dadas na forma de movimentos, sensações ou constatações.
Nervos que compõem o sistema nervoso
O Sistema Nervoso está dividido em duas partes fundamentais: sistema nervoso central e sistema nervoso periférico
Sistema Nervoso Central
O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal, ambos envolvidos e protegidos por três membranas denominadas meninges.
Encéfalo
O encéfalo, que pesa aproximadamente 1,5 quilo, está localizado na caixa craniana e apresenta três órgãos principais: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico;
Cérebro
É o órgão mais importante do sistema nervoso. Considerado o órgão mais volumoso, pois ocupa a maior parte do encéfalo, o cérebro está dividido em duas partes simétricas: o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo.
Assim, a camada mais externa do cérebro e cheia de reentrâncias, chama-se córtex cerebral, o responsável pelo pensamento, visão, audição, tato, paladar, fala, escrita, etc.
Ademais, é sede dos atos conscientes e inconscientes, da memória, do raciocínio, da inteligência e da imaginação, e controla ainda, os movimentos voluntários do corpo.
Cerebelo
Está situado na parte posterior e abaixo do cérebro, o cerebelo coordena os movimentos precisos do corpo, além de manter o equilíbrio. Além disso, regula o tônus muscular, ou seja, regula o grau de contração dos músculos em repouso.
Tronco Encefálico
Localizado na parte inferior do encéfalo, o tronco encefálico conduz os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice-versa.
Além disso, produz os estímulos nervosos que controlam as atividades vitais como os movimentos respiratórios, os batimentos cardíacos e os reflexos, como a tosse, o espirro e a deglutição.
Medula Espinhal
A medula espinhal é um cordão de tecido nervoso situado dentro da coluna vertebral. Na parte superior está conectada ao tronco encefálico. Sua função é conduzir os impulsos nervosos do restante do corpo para o cérebro e coordenar os atos involuntários (reflexos).
Sistema Nervoso Periférico
O sistema nervoso periférico é formado por nervos que se originam no encéfalo e na medula espinhal. Sua função é conectar o sistema nervoso central ao resto do corpo. Importante destacar que existem dois tipos de nervos: os cranianos e os raquidianos.
· Nervos Cranianos: distribuem-se em 12 pares que saem do encéfalo, e sua função é transmitir mensagens sensoriais ou motoras, especialmente para as áreas da cabeça e do pescoço.
· Nervos Raquidianos: são 31 pares de nervos que saem da medula espinhal. São formados de neurônios sensoriais, que recebem estímulos do ambiente; e neurônios motores que levam impulsos do sistema nervoso central para os músculos ou para as glândulas. 
De acordo com a sua atuação, o sistema nervoso periférico pode ser dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo.
· Sistema Nervoso Somático: regula as ações voluntárias, ou seja, que estão sob o controle da nossa vontade bem como regula a musculatura esquelética de todo o corpo.
· Sistema Nervoso Autônomo: atua de modo integrado com o sistema nervoso central e apresenta duas subdivisões: o sistema nervoso simpático, que estimula o funcionamento dos órgãos, e o sistema nervoso parassimpático que inibe o seu funcionamento.
De maneira geral, esses dois sistemas têm funções contrárias.Enquanto o sistema nervoso simpático dilata a pupila e aumenta a frequência cardíaca, o parassimpático, por sua vez, contrai a pupila e diminui os batimentos cardíacos.
Enfim, a função do sistema nervoso autônomo é regular as funções orgânicas, para que as condições internas do organismo se mantenham constantes.
Cérebro
O cérebro é o "computador central" de nosso corpo, localizado dentro da caixa craniana, faz parte do sistema nervoso, para onde convergem todas as informações que recebemos.
O cérebro representa apenas 2% da nossa massa corporal porém consome mais de 20% do nosso oxigênio. Comanda as atividades como o controle da ações motoras, a integração dos estímulos sensoriais e as atividades neurológicas como a memória e a fala.
Anatomia do Cérebro Humano
O cérebro é formado por dois tecidos superpostos. O córtex cerebral, mais externo, é o mais extenso, de coloração cinza, composto pelos corpos celulares dos neurônios e outras células nervosas.
O tecido de coloração branca é o núcleo cerebral, rico em fibras nervosas que estabelecem comunicação entre o córtex cerebral, os órgãos sensoriais e os músculos de todo o corpo.
Lóbulos do Cérebro (Lobos Cerebrais)
O cérebro está dividido em quatro lóbulos com ligações entre si, no centro das fissuras.
Os lobos e hemisférios cerebrais
As denominações de lóbulo frontal, parietal, temporal e occipital, estão associadas aos ossos do cranio.
Lobo Frontal
É o maior dos quatro, se estende por trás da testa. Responsável pelos mais simples movimentos físicos, como também pelas funções do aprendizado, do pensamento, da memória e da fala.
Lobo Parietal
Localizado por trás do frontal, se estende até a parte posterior da cabeça. Responsável pela percepção espacial e pelas informações sensoriais de dor, calor e frio.
Lobo Temporal
Localizado na base do parietal, até a altura dos ouvidos é responsável pelos estímulos auditivos.
Lobo Occipital
É o menor dos quatro, situado na parte posterior do temporal, recebe e processa as imagens visuais.
Hemisférios do Cérebro
O cérebro é formado por duas metades chamadas de hemisférios cerebrais.
A metade esquerda controla o lado oposto do organismo, ou seja, a ordem dos movimentos dirigidos para o lado direito partem do hemisfério esquerdo. Se o hemisfério dominante é o lado direito do cérebro a pessoa será canhota.
Lateralidade cerebral e principais atividades
Cada hemisfério controla uma série de funções, por exemplo, o hemisfério direito é que nos confere a capacidade de reconhecer rostos e objetos. Já o lado esquerdo do cérebro controla nossa capacidade de leitura e escrita, assim como nos permite identificar regras gramaticais.
No entanto, esses hemisférios atuam em conjunto e em algumas funções são comprovadamente controladas pelos dois lados, como a fala, por exemplo. Estudos com pessoas que tiveram um dos hemisférios lesionados e continuaram a falar mostraram esse resultado.
 
Funções do Cérebro
O cérebro comanda todas as nossas atividades e sentimentos, tais como os movimentos corporais, a memória e nossas emoções. Se somos capazes de andar, falar e refletir isso se deve à atuação conjunta de diversas regiões do cérebro.
Encéfalo
O encéfalo é formado pelo cérebro, cerebelo e tronco encefálico. Encontra-se na caixa craniana, ocupando todo seu espaço e junto com a medula e os nervos compõe o sistema nervoso. É envolvido por membranas chamadas meninges, cuja função é proteger o encéfalo e a medula contra choques mecânicos.
Representação de um raio-x do crânio mostrando encéfalo e neurônios
Cérebro
A maior parte do encéfalo é o telencéfalo, que faz parte do cérebro. Ele constitui quase 90% da massa encefálica e possui uma superfície característica marcada por sulcos e reentrâncias que formam as circunvoluções cerebrais.
Há um sulco muito profundo que marca a divisão do cérebro em duas metades chamadas de hemisférios cerebrais. O hemisfério direito liga-se ao hemisfério esquerdo através do corpo caloso, que é constituído de inúmeras fibras nervosas.
As regiões do cérebro coordenam funções específicas
A região mais externa do cérebro possui coloração mais acinzentada formando o córtex cerebral (também conhecido como substância cinzenta) e internamente a coloração é mais esbranquiçada (substância branca).
Além disso, há regiões delimitadas no córtex dos hemisférios que são chamadas de lobos e são responsáveis por coordenar funções específicas, como memória, raciocínio e audição.São quatro: lobo frontal, lobo temporal, lobo parietal e lobo occipital.
Diencéfalo: Tálamo e Hipotálamo
Ligadas ao córtex cerebral, essas pequenas estruturas estão localizadas na base do cérebro. O tálamo é composto de muitos corpos celulares tal como a substância cinzenta dos hemisférios cerebrais. É responsável pela recepção das mensagens sensoriais, atuando na transmissão delas ao córtex. Está também envolvido com a regulação do estado de atenção e consciência.
O hipotálamo é tão pequeno como um grão de ervilha, sendo encontrado logo abaixo do tálamo. Atua na regulação da temperatura corporal e controle de água do corpo, tendo importante papel na homeostase. Também participa na expressão das emoções e dos comportamentos sexuais, relacionando o sistema nervoso ao endócrino.
Corte mediano do encéfalo e suas estruturas
Cerebelo
O cerebelo encontra-se entre o cérebro e o tronco encefálico, conectado ao tálamo e à medula espinhal através de muitas fibras nervosas.
Esse órgão é constituído internamente de substância branca (prolongamentos dos neurônios) e revestido pelo córtex cerebelar constituído dos corpos celulares (substância cinzenta).
As funções do cerebelo estão relacionadas com a integração sensorial e motora. Ele participa nos movimentos da cabeça, dos olhos e dos membros coordenando todo o movimento do corpo. Além disso o cerebelo controla o equilíbrio durante a caminhada e também é responsável pela postura.
Tronco Encefálico
O tronco encefálico compreende o bulbo, também chamado medula oblonga, a ponte e o mesencéfalo.
Contém muitos corpos celulares de neurônios e de prolongamentos dos nervos cranianos relacionados com respostas sensoriais, motoras e autônomas da cabeça e do pescoço. Através dos nervos cranianos, o encéfalo recebe informações e controla funções de estruturas da cabeça e pescoço prioritariamente.
Há uma formação reticular constituída por uma rede de neurônios, que estão envolvidos na regulação das atividades cardíacas e respiratórias.
Uma lesão em alguma região do tronco encefálico é frequentemente muito perigoso, dependendo da área afetada pode romper fibras relacionadas com a consciência, a percepção e a cognição. Se a lesão afetar os centros vitais cardíacos e respiratórios leva à parada cardíaca e respiratória irreversível, sendo portanto fatal.
Mesencéfalo
O mesencéfalo conecta a ponte e o cerebelo com o telencéfalo. É o segmento mais curto do tronco encefálico. Recebe informações referentes aos músculos e participa no controle das contrações musculares e postura corporal.
Bulbo
O bulbo ou medula oblonga começa um pouco acima do primeiro par de nervos espinhais cervicais e vai até um sulco. Estão localizados aí os centros vitais que controlam respiração e batimentos cardíacos.
Ponte
A ponte está situada entre o bulbo e o mesencéfalo. Existe um sulco transversal que marca a separação entre o bulbo e a ponte. Posteriormente a ponte fica encoberta pelo cerebelo. A ponte está relacionada com as funções cerebelares de movimento e equilíbrio.
Medula Espinhal
A medula espinhal ou espinal é um cordão cilíndrico, composto de células nervosas, localizada no canal interno das vértebras. Sua função é estabelecer a comunicação entre o corpo e o sistema nervoso, e agir também nos reflexos, protegendo o corpo em situações de emergência em que é preciso que haja uma resposta rápida. Apesar de ser confundida com a medula óssea, aquela está relacionada com a produção de células sanguíneas, enquanto que a medula espinhal faz parte do sistema nervoso central.
Anatomia e Fisiologia
A medula espinhal possui formato cilíndrico, de diâmetro não uniforme, apresentando duas regiões mais dilatadas de onde partem fibras nervosas para os membros superiores e inferiores. É constituída de tecido nervoso, situada no interior da coluna vertebral e se estende desde o final do tronco encefálico (parte final do encéfalo, compreende mesencéfalo, ponte e bulbo raquidiano), a seguir do bulbo, até mais ou menos a região da segunda vértebra lombar. A medula se torna mais fina no final formando o cone medular. Abaixo da vértebra, envolvendo o cone e um filamento terminal, estão as meninges (saco dural) e raízes nervosas dos últimos nervos que juntos formam a cauda equina.
A região interna da medula, em forma de “H”, é chamada de substância cinzenta devido à grande concentração de corpos celulares dos neurônios que lhe dão essa coloração. Enquanto a parte mais externa contêm mais dendritos e axônios e fica mais esbranquiçada, sendo denominada substância branca. Essa disposição das substâncias é contrária à encontrada no cérebro. Externamente, a medula é envolvida por 3 membranas ricas em fibras colágenas, as meninges.
Também pode querer saber sobre a doença que atinge as meninges. Leia o artigo sobre a Meningite.
Meninges
Essas membranas contêm espaços entre elas, que são lubrificados pelo liquor ou líquido cefalorraquidiano. O liquor é um fluido incolor e aquoso que ajuda a proteger o sistema nervoso central de impactos.
· Dura-máter – mais externa e espessa, é como um saco que envolve toda a medula. Contém muitos vasos sanguíneo e está fortemente aderida aos ossos vertebrais (e do crânio, no caso do cérebro). Possui prolongamentos laterais que envolvem as raízes dos nervos raquidianos.
· Aracnoide – camada intermediária fina. Possui filamentos delicados que a ligam à pia-máter, as trabéculas aracnoides, que lhe dão aparência semelhante a teias de aranha.
· Pia-máter – membrana mais interna, fina e delicada. Encontra-se intimamente ligada à superfície da medula (e do encéfalo). Confere resistência aos tecidos moles do sistema nervoso.
Meninges e Raízes Nervosas da Medula
Nervos Raquidianos
Os nervos e gânglios nervosos constituem o sistema nervoso periférico. Nervos são formados por fibras nervosas ramificadas que se distribuem por todo o corpo e gânglios são dilatações de alguns nervos onde há concentração de corpos celulares dos neurônios.
Os nervos raquidianos ou espinhais são nervos mistos pois contêm fibras 
nervosas motoras e sensitivas. Eles se ligam à medula espinhal aos pares, um de cada lado da coluna, através dos espaços entre as vértebras. Cada nervo é composto de dois conjuntos de fibras nervosas, chamadas raízes dos nervos, as quais se ligam à parte dorsal (raiz dorsal) e à parte ventral (raiz ventral) da medula.
A raiz dorsal contem somente fibras nervosas sensitivas, enquanto que a raiz ventral contem somente fibras nervosas motoras. Na raiz dorsal de cada nervo existe um gânglio constituído de muitos corpos celulares dos neurônios sensitivos.
Se quiser saber mais, leia o artigo sobre os nervos.
Atos Reflexos Medulares
As ações reflexas são respostas rápidas, involuntárias, que são controladas pela substância cinzenta da medula antes mesmo de atingir o cérebro, sendo portanto importantes na defesa do corpo em situações de emergência. Por exemplo, quando encostamos a mão em local muito quente, graças ao ato reflexo tiramos a mão imediatamente para não nos queimarmos.
Após receber o estímulo, as fibras sensitivas da raiz nervosa dorsal passam sinais aos neurônios associativos (localizados no interior da medula, na substância cinzenta), que por sua vez, os repassam para as fibras motoras das raízes nervosas ventrais. Estas fibras enviam resposta aos órgãos que efetuarão a ação.
Neurônios
Os neurônios são as células nervosas responsáveis pela propagação do impulso nervoso. Elas compõem o sistema nervoso juntamente com as células glias.
Existem cerca de 86 bilhões de neurônios no cérebro humano e já se sabe que novos neurônios são produzidos ao longo da vida.
Estrutura dos Neurônios
Os neurônios possuem estruturas celulares tais como núcleo e mitocôndrias assim como outras células, no entanto, sua forma diferenciada está relacionada com a sua função.
Estrutura básica de um neurônio
No corpo celular dos neurônios estão as organelas e o núcleo, é o local onde ocorre o metabolismo celular. Do corpo celular partem diversos prolongamentos, os mais curtos são os dendritos, atravésdos quais são recebidos os estímulos provenientes dos neurônios vizinhos.
O axônio é um prolongamento do corpo celular, geralmente único, longo e envolvido pela bainha de mielina, que tem descontinuidades chamadas nódulos de Ranvier. A bainha de mielina é composta de células gliais que se enrolam no axônio e podem ser de dois tipos: oligodendrócitos e células de Schwann.
O axônio é responsável pela condução dos sinais elétricos e também tem terminações através das quais transmite as informações aos neurônios vizinhos, isso acontece por meio das sinapses.
Hoje em dia já se sabe também que ocorre neurogênese, ou seja, formação de novos neurônios mesmo durante a vida adulta e não só durante o desenvolvimento embrionário como se acreditou durante muito tempo.
Tipos de Neurônios
Durante muito tempo se acreditou que existiam 100 bilhões de neurônios no corpo humano. No entanto, pesquisadores brasileiros resolveram investigar e chegaram ao número aproximado de 86 bilhões.
Dentre esses inúmeros neurônios existem diferentes tipos, que podem ser classificados segundo sua forma ou sua função.
Classificação Segundo a Forma
Formas diferentes dos neurônios
· Neurônios Multipolares: Possuem muitos prolongamentos celulares, vários dendritos e um axônio. São os mais comuns;
· Neurônios Bipolares: Possuem apenas dois prolongamentos, ou seja, um axônio e outro prolongamento que pode se ramificar em dendritos;
· Neurônios Unipolares: Possuem apenas um prolongamento, o axônio.
Classificação Segundo a Função
Estrutura de um neurônio motor
· Neurônios Sensitivos: Recebem os estímulos recebidos de fora do corpo e produzidos internamente e os transmitem ao Sistema Nervoso Central (SNC);
· Neurônios Motores: Recebem as informações do SNC e as transmitem para os músculos e glândulas do corpo;
· Neurônios Integradores: São encontrados no SNC e conectam os neurônios, interpretando estímulos sensoriais.
Função dos Neurônios
Os neurônios são células altamente especializadas em processar informações.
São responsáveis pela propagação do impulso nervoso e pelas sinapses, de modo que fazem a comunicação entre o sistema nervoso e o restante do corpo, conduzindo respostas a determinados estímulos.
Sinapses
Sinapse é a região localizada entre neurônios onde agem os neurotransmissores (mediadores químicos), transmitindo o impulso nervoso de um neurônio a outro, ou de um neurônio para uma célula muscular ou glandular.
Neurotransmissores transmitindo o sinal entre neurônios
O que são Sinapses?
As sinapses são junções entre a terminação de um neurônio e a membrana de outro neurônio. São elas que fazem a conexão entre células vizinhas, dando continuidade à propagação do impulso nervoso por toda a rede neuronal.
Os neurônios fazem a comunicação entre os órgãos do corpo e o meio externo, isso acontece através de sinais elétricos. Os impulsos elétricos percorrem toda a extensão do neurônio, indo do corpo celular aos axônios, mas não podem passar de um neurônio a outro.
Representação da sinapse
O espaço entre as membranas das células é chamado fenda sináptica. A membrana do axônio que gera o sinal e libera as vesículas na fenda é chamada pré-sináptica, enquanto que a membrana que recebe o estímulo através dos neurotransmissores é chamada pós-sináptica.
Como Ocorrem as Sinapses?
Geralmente a sinapse ocorre entre o axônio de um neurônio e o dendrito do neurônio seguinte, mas também pode ocorrer do axônio diretamente para o corpo celular, ou entre do axônio do neurônio para uma célula muscular.
Os impulsos nervosos são sinais elétricos que afetam os íons da membrana do neurônio. O estímulo ocorrido em algum ponto do neurônio é transmitido através de mudanças bruscas de carga elétrica, fenômeno chamado potencial de ação, que percorre todo o neurônio.
Ao chegar na terminação do axônio o sinal elétrico é transmitido por meio de vesículas contendo neurotransmissores, substâncias químicas encarregadas de levar esse estímulo à célula vizinha.
Os neurotransmissores fazem com que íons (partículas com carga elétrica) sejam levados de uma célula a outra, alterando o potencial elétrico e gerando o potencial de ação.
Tipos de Sinapses
Existem dois tipos de sinapses: química e elétrica. As sinapses químicas são as mais comuns nos seres humanos e outros mamíferos. As sinapses elétricas são mais comuns em organismos invertebrados, nos humanos geralmente não ocorrem em neurônios, apenas nas células gliais ou musculares.
Sinapses Químicas
Essas sinapses iniciam no terminal do axônio (uma região pouco mais alargada formando um botão) da célula pré-sináptica.
As vesículas contendo neurotransmissores são liberadas na fenda sináptica e reconhecidas por receptores químicos (proteínas específicas) na membrana da célula pós-sináptica.
A seguir se fundem com a membrana e liberam o seu conteúdo. A ligação química entre o neurotransmissor e o receptor do neurônio seguinte gera mudanças que irão fazer com que o sinal elétrico seja transmitido.
Sinapse Excitatória ou Inibitória
As sinapses químicas podem ser excitatórias ou inibitórias, de acordo com o tipo de sinal que conduzem.
Se o sinal produzido na membrana pós-sináptica for a despolarização, iniciando o potencial de ação, então será uma sinapse excitatória.
Se o sinal produzido na membrana pós-sináptica for de hiperpolarização, a ação resultante será inibitória do potencial de ação, portanto nesse caso há uma sinapse inibitória.
Sinapses Elétricas
Nessas sinapses não há participação de neurotransmissores, o sinal elétrico é conduzido diretamente de uma célula a outra através de junções comunicantes (gap junctions). Essas junções são canais que conduzem íons, obtendo respostas quase imediatas, isso quer dizer que o potencial de ação é gerado diretamente.
Células Gliais
As células gliais compõem o tecido nervoso junto com os neurônios. As células da glia, também chamadas gliócitos ou neuróglias, podem ser de dois tipos: microglias ou macroglias.​
Além de fornecer nutrientes, proteção e ajudar na sustentação do tecido nervoso, possuem outras importantes funções, como a modulação dos impulsos elétricos.
Função
Embora sejam muito mais numerosas, constituindo cerca de 80% do tecido nervoso, durante muito tempo eram tidas apenas como responsáveis por alimentar os neurônios.
No entanto, estudos mais recentes mostraram que as glias além de nutrir, proteger e ajudar na sustentação do tecido nervoso, também regulam as sinapses pelos neurotransmissores. .
Também são responsáveis pela neurogênese, ou seja, formação de novos neurônios.
Microglias
São células bem menores do que as outras glias. Possuem corpo celular com poucos prolongamentos com algumas ramificações curtas. As micróglias têm função semelhante aos dos macrófagos (células do sistema imunitário), isto é, fazem a fagocitose.
Está relacionada com a proteção do sistema nervoso. São ativadas quando há ​lesões, infecções ou doenças degenerativas, o que a faz proliferar intensamente e realizar a fagocitose de agentes invasores como vírus.
Macroglias
Existem quatro tipos de macroglias mais conhecidos: astrócitos, oligodendrócitos e células de Schwann.
Astrócitos
Os astrócitos são as células gliais maiores e mais comuns, compõem cerca de metade do cérebro. Há vários subtipos relacionados com funções diversas em especial o metabolismo dos neurotransmissores, sua captação e o funcionamento das sinapses.
Essas células compõem a barreira hemato-encefálica que é uma proteção do sistema nervoso central a agentes tóxicos presentes no sangue.
Células de Schwann
As células de Schwann são responsáveis pela formação da bainha de mielina nos neurônios do sistema nervoso periférico. Elas se enrolam em volta dos axônios, isolando-os eletricamente. Os espaços entre as células formam descontinuidades na bainha de mielina formando os nódulos de Ranvier.
A mielinização do axônio torna a propagação do impulso elétrico mais rápida e eficiente, o que também se deve aos saltos produzidos pela descontinuidade dos nódulos.
Oligodendrócitos
Os oligodendrócitos possuempoucos prolongamentos, por isso têm esse nome (oligo = pouco). Participam do processo de mielinização dos neurônios do sistema nervoso central, ou seja, da formação da bainha de mielina que envolve e protege os axônios.
Células Ependimárias
As células ependimárias ou ependimócitos são células de revestimento do sistema nervoso. Elas revestem os ventrículos do encéfalo e o canal central da medula.
Células Nervosas
As células nervosas compõem o tecido nervoso que forma os órgãos e estruturas do sistema nervoso: encéfalo e medula espinhal, gânglios e nervos. Existem dois tipos de células nervosas os neurônios e as células gliais.
Neurônio e Células Gliais
Neurônios
Existem cerca de 86 bilhões de neurônios no cérebro humano, embora muitos deles morram ao longo da vida, já se sabe que são capazes de regeneração. São células altamente especializadas em processar informações.
Estrutura
Os neurônios possuem uma região mais volumosa chamada de corpo celular, onde se localiza o núcleo e outras organelas, dele partem ramificações que formam os dendritos. O neurônio possui um prolongamento chamado axônio que também possui ramificações.
Função dos Neurônios
A função dos neurônios é realizar a transmissão dos impulsos nervosos, que ocorre por meio de um processo que envolve fenômenos químicos (sinapses) e elétricos.
Os sinais elétricos são transmitidos ao longo do neurônio, partindo do corpo celular em direção ao axônio. Acontecem alterações de carga elétrica na membrana neuronal, gerando uma diferença de potencial elétrico chamado potencial de ação.
As sinapses ocorrem entre dois neurônios com ajuda de substâncias químicas chamadas neurotransmissores.
Células Gliais
As células gliais representam mais de 80% da constituição do tecido nervoso, são portanto muito mais numerosas do que os neurônios.
Importância das Glias
As glias acompanham os neurônios fornecendo-lhes nutrientes, proteção e ajudando na sustentação do tecido.
Nos último anos, no entanto, estudos têm demonstrado que elas são muito mais importantes e participam de inúmeros processos do sistema nervoso, inclusive modulando os impulsos elétricos. Também são responsáveis pela neurogênese, ou seja, formação de novos neurônios.
Tipos de Células Gliais e suas Funções
As células gliais, também chamadas gliócitos, podem ser de dois tipos: microglias ou macroglias.
Microglias
As micróglias têm função semelhante aos dos macrófagos, células do sistema imunitário, fazem a fagocitose de restos celulares no tecido nervoso. Sua ativação está relacionada com as doenças degenerativas do sistema nervoso.
Macroglias
Existem três tipos de macroglias mais conhecidos: astrócitos, oligodendrócitos e células de Schwann.
· Os astrócitos são as mais comumente encontradas, compondo cerca de metade do cérebro. Há vários subtipos relacionados com funções diversas em especial o metabolismo dos neurotransmissores, sua captação e o funcionamento das sinapses;
· Os oligodendrócitos participam do processo de mielinização dos neurônios, ou seja, da formação da bainha de mielina que envolve e protege os axônios;
· As células de Schwann são responsáveis pela formação da bainha de mielina como os os oligodendrócitos. Elas se enrolam em volta dos axônios.
Neurotransmissores
Os neurotransmissores são compostos químicos produzidos pelos neurônios e comunicados pelas sinapses, os quais são responsáveis por transmitir as informações necessárias para diversas partes do corpo.
Assim, esses mediadores químicos são encontrados geralmente em vesículas pré-sinápticas e podem ser aminas (dopamina, serotonina, melatonina, epinefrina e norepinefrina), aminoácidos (glutamato, aspartato, glicina, ácido serina e gama-aminobutírico “GABA”) ou peptídeos (calcitonina, glucagon, vasopressina, oxitocina e beta-endorfina).
Principais Neurotransmissores
Os neurotransmissores apresentam diversas funções para o corpo, sendo que os mais importantes são:
· Acetilcolina (Ach): sintetizada pelo sistema nervoso central e nervos parassimpáticos, a acetilcolina foi o primeiro neurotransmissor descoberto, e está relacionada com os movimentos dos músculos, aprendizado e memória. A falta de acetilcolina no corpo pode desencadear diversas doenças neurológicas tal qual a doença de Alzheimer (doença do esquecimento).
· 
· Adrenalina: Também chamado de “epinefrina”, a adrenalina é derivada da noroadrelina (norepinefrina), sintetizada na medula adrenal (glândulas suprarrenais ou adrenais) e em algumas células do sistema nervoso central. Esse hormônio neurotransmissor está relacionado à excitação, sendo liberado como um mecanismo de defesa do corpo em diversas situações que envolvem medo, stress, perigo ou fortes emoções.
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· Noradrenalina (NA): Também chamada de norepinefrina, a noradrenalina é um neurotransmissor excitatório tal qual a adrenalina. Ela atua na regulação do humor, aprendizado e memória, promovendo assim, disposição, uma vez que está relacionada à excitação física e mental. Se os níveis dessa substância estiverem alterados no corpo pode levar ao aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Quando reduzidos pode levar a depressão e ao aumento do stress.
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· Endorfina: considerado o “hormônio do prazer”, essa substância é produzida no cérebro pela glândula hipófise e está relacionada a melhoria do humor e da memória, funcionamento do sistema imunológico, controle da dor e do fluxo de sangue. Destarte, a falta de endorfina pode levar ao stress, depressão e ansiedade.
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· Serotonina (5HT): sintetizada pelo sistema nervoso central e quando liberada no corpo promove a sensação de bem-estar e satisfação. Além disso, esse calmante natural controla o sono, regula o apetite e a energia. Desse modo, é conhecido como “substância do prazer”, e a falta desse hormônio neurotransmissor no corpo pode desencadear depressão, stress, ansiedade, dentre outros problemas.
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· Dopamina (DA): hormônio liberado pelo hipotálamo, associado à sensação de bem-estar e dos controles motores do corpo. As alterações dos níveis de dopamina no corpo pode desencadear diversas doenças, por exemplo, a doença de Parkinson e a esquizofrenia. Enquanto o Mal de Parkinson é resultante da falta desse neurotransmissor, a esquizofrenia é o contrário, ou seja, pode ser gerada pelo excesso de dopamina no corpo.

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