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Lipídeos: Estrutura e Funções

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LIPÍDEOS 
VICTORIA CHAGAS 
 Tudo que é insolúvel na célula 
 alta solubilidade e solventes orgânicos e baixa 
solubilidade em água 
 FUNÇÕES: compõe membranas celulares, reserva de 
energia, isolamento (térmico, elétrico e mecânico), 
origem moléculas mensageiras (hormônios), vitaminas 
(A, D, E, K – lipossolúveis) 
 
❖ ÁCIDOS GRAXOS 
 
 ISÔMEROS: CIS E TRANS 
 Ser humano não produz ác. Graxo trans (consegue na 
alimentação) 
 Geralmente com mais de 12 carbonos 
 Não ramificados 
 Pode ser saturado ou insaturado! 
 Geralmente com carbonos em número par -> 12,14,16 
 O último carbono é chamado sempre de ômega 
 
❑ NUMERAÇÃO DE CARBONOS 
 SISTEMA DELTA: mais utilizado, contagem inicia no carbono da carboxila 
– NÚMERO DE CARBONOS, QUANTAS LIGAÇÕES E LOCALIZAÇÃO DELAS. 
 SISTEMA ÔMEGA: Começa contar do último carbono (ômega), mostra apenas onde estão 
ligações duplas (pouco usado) 
- OMEGA 3 – ANTIIFLAMATÓRIO 
- OMEGA 6 – INFLAMATÓRIO 
 
 
 ÓLEOS: predominantemente ácidos 
graxos insaturados – líquidos em 
temperatura ambiente (Não há um 
empacotamento perfeito como nos 
saturados, devido a ligação dupla. 
Assim a substância é mais “mole”) 
 GORDURAS: predominantemente ácidos graxos saturados – sólidos em temperatura 
ambiente (cadeia reta) 
 
❑ SAPONIFICAÇÃO 
 
 Hidrólise alcalina – formação de sais de Na+ ou 
K+ (sabões) 
 Estrutura anfipática, faz uma micela em volta da 
gordura possibilitando levá-la com a água 
 
 
 
❑ HIDROGENAÇÃO 
 Adição de H2 às duplas ligações 
 Consegue nas: 
- Fermentação anaeróbica nos 
ruminantes 
- Métodos químicas que adicionam 
hidrogênio aos óleos para formar 
gordura estável e sólida (margarina) 
- Transformação de um ácido graxo 
insaturado em um ácido graxo 
saturado. 
- Com a adição dos hidrogênios a gordura também pode passar de cis para trans (a trans 
faz mais mal, pois ela vai estimular a formação/depósito do LDL, que faz depósito de 
colesterol em artérias) 
 
❑ LIPÍDEOS SAPONIFICÁVEIS 
 Apresentam ésteres de ácidos graxos na sua estrutura. Sofrem hidrólise alcalina. 
 Triacilgliceróis (triglicerídeos): função de reserva energética. 90% da energia dos 
triglicerídeos está nos ácidos graxos. Os ácidos graxos vão ser convertidos em acetil-coA e 
os gliceróis vai para a gliconeogênese ou pra outra via glicolítica. 
 Fosfolipídeos (lipídeos polares que contém fosfato na sua estrutura) – componentes da 
membrana plasmática – o que diferencia um do outro é o tipo de álcool ligado ao fosfato. 
 Esfingolipídeos: não tem glicerol, tem outro álcool que é a esfingosina (cadeia longa). 
- O grupamento que tem esfingosina, ácido graxo e 
álcool é chamado de esfingomielinas (o colesterol 
geralmente se liga em membranas ricas em 
esfingomielinas) 
- Quando há um açúcar (carboidrato) no lugar no 
fosfato é chamado de glicolipídeos. Os antígenos 
do sistema ABO são glicolipídeos, os tipos de 
antígenos variam o tipo de açúcar. 
 Ceras: misturas complexas de ácidos carboxílicos e 
álcoois de cadeia longa – apolares 
- Funções: servem de cobertura protetora para 
plantas e animais, reserva energéticas para plânctons. Ex: Cera de abelha, de ouvido... 
 
❑ NÃO SAPONIFICÁVEIS 
 não apresentam ésteres de ácidos graxos na sua estrutura, não sofrem hidrólise alcalina. 
Esteroides: quatro anéis fundidos 
 COLESTEROL: só no reino animal, componente da membrana plasmática – principalmente 
em estruturas mielinizadas do sistema nervoso central (estimulam a hidrólise da 
esfingomielina e colesterol vai para dentro da célula e faz um feedback negativo, sendo 
benéfico pois a célula para de produzir colesterol – depois a esfingomielina renova), 
precursor de hormônios esteroides, dos ácidos biliares sintetizados no fígado e da vit. D. 
 TERPENOS: polímeros de isopreno - VIT. ADEK, CAROTENOS, COENZIMA Q (UBIQUINONA) 
 Prostaglandinas, leucotrienos e tromboxanos 
- Derivados do ác. Carboxílicos de 20 átomos de carbono (ácidos eicosanoides) 
- As prostaglandinas são mediadores naturais das inflamações, as tromboxanas estão 
envolvidas com vasoconstrição e agregação plaquetária, e os leucotrienos estão 
envolvidos no processo inflamatório e alergias, levando a contração de musculatura lisa, 
responsáveis pelas maiores causas de asma e rinite- 
- PROSTAGLANDINAS QUE INIBEM HCL NO ESTÔMAGO-> COX-1 ‘’boa’’ e COX-2 ‘’ruim, 
febre, dores, inchaço – mediador químico’’ 
 
 Os medicamentos corticoesteroides 
inibem a formação de fosfolipase, 
consequentemente não há produção 
de prostaglandinas, tromboxinas e 
leucotrienos. Os antiflamatórios não 
esteroides inibe a formação do COX, 
inibindo a formação da prostaglandina 
e tromboxana. 
 
 
 
 
 
 
 
❑ BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS 
 Biossíntese de ácidos graxos a partir de Acetil-CoA (inicia o ciclo de krebs) 
 Nos mamíferos, os ácidos graxos são sintetizamos principalmente a partir de 
- CARBOIDRATOS 
- EXCEDENTE DE PROTEÍNAS DA DIETA 
 A biossíntese de ácidos graxos ocorre no CITOSOL da célula, preferencialmente no: 
- fígado 
- tecido adiposo 
- glândulas mamárias (na lactação) 
- sistema nervoso central 
 SUBSTRATO DE PARTIDA – ACETIL-COA 
- Não sai da mitocôndria diretamente 
- Transportado para o citosol sob forma de CITRATO (reage com o oxaloacetato e forma o 
citrato, no citosol ocorre a reação inversa) 
 No citossol, unidades de Acetil vão se condensando em ciclos sucessivos até dar o ácido 
graxo -> Ácido graxo sintetase. 
- Em cada ciclo há gasto de 1 mol de ATP 
- Vai jogando de dois em dois carbonos, até formar ácido palmítico, a partir dele formam-
se os outros (colocar carbono, dupla ligação...) 
- NADPH USADO VEM DA VIA DAS PENTOSES 
 
❑ BIOSSÍNTESE DE COLESTEROL 
 Sobrou acetil-Coa, vai para ácido graxo ou colesterol 
 Ocorre no CITOSSOL E NO RETICULO ENDOPLASMÁTICO 
 Também utiliza NADPH (via das pentoses) como agente redutor e consome 18 ATP por 
molécula de colesterol formada 
 Formação de compostos com 5 carbonos seguida pela polimerização desses compostos e 
sua ciclização. 
 HMG-COA-REDUCTASE (ENZIMA) 
 ESTATINAS, USADOS PARA BLOQUEAR COLESTEROL – PROBLEMA: PANCREATITE

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