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1a Questão Acerto: 0,0 / 1,0 O princípio da congruência, também conhecido por princípio da correlação ou adstrição possui relação direta com o princípio do contraditório. Sobre o tema, marque a opção correta. A mutatio libelli deverá ser realizada através de aditamento da inicial de forma espontânea pelo acusador. É possível que o próprio juiz, de ofício, adite a denúncia caso o ministério público não faça o aditamento, em razão de prova colhida durante a instrução que importe alteração do pedido. A emendatio libelli não pode ser conhecida pelo juiz para adequar o pedido a classificação do delito. A emendatio libelli não se aplica em grau de recurso, conforme previsto na legislação processual penal. O juiz do feito pode realizar, de ofício a mutatio libellise for colhida prova sobre elementar não contida no pedido. Explicação: O Ministério Público deverá realizar o aditamento de forma espontânea, conforme o previsto no artigo 384 do CPP. Mutatio Libelli é realizada pelo MP e está prevista no art. 384 do CPP. Vejamos. "Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em consequência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente". A Emendatio, por sua vez, é realizada pelo magistrado e sua previsão se encontra no art. 383 do CPP: "O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena mais grave". 2a Questão Acerto: 0,0 / 1,0 (CESPE-CEBRASP/2022 - Adaptada) Imagine a situação na qual o acusado foi citado pessoalmente na ação penal mas não compareceu em juízo, nem tampouco apresentou justificativa. Nesse caso, o processo ficará suspenso por prazo indeterminado. o processo seguirá sem a presença dele. será determinada a produção antecipada das provas. o prazo prescricional será interrompido. ele será citado por edital, pelo prazo de 15 dias. Explicação: A resposta se encontra no art. 367 do CPP: O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para "qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo". 3a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 O membro do Ministério Público ofereceu denúncia contra Antônio Carlos, pela prática do crime de extorsão. Encerrada a instrução, entendeu o promotor que não houve emprego de grave ameaça. Em razão disso, realizou o aditamento à denúncia para modificar os fatos narrados e imputar o crime de estelionato ao réu. O aditamento foi recebido e novas provas foram produzidas, conforme a nova descrição dos fatos. Após, o promotor pedir a condenação de acordo com o aditamento e a defesa a absolvição, o magistrado condenou Antônio Carlos pela prática do crime de extorsão, de acordo com a denúncia originária/fatos originários. Diante do exposto, é correto afirmar, segundo o Código de Processo Penal, que trata-se do instituto da: mutatio libelli, podendo o magistrado condenar Antônio Carlos pelo crime de extorsão qualificada. emendatio libelli, não podendo o magistrado condenar Antônio Carlos pelo crime de extorsão, por ser mais grave. mutatio libelli, podendo o magistrado condenar Antônio Carlos pelo que quiser. mutatio libelli, não podendo o magistrado condenar Antônio Carlos pelo crime de extorsão, uma vez que que são garantias do réu: ter a certeza de que não poderá ser condenado sem que tenha tido oportunidade de defender-se da imputação e que será julgado apenas nos limites do pedido do autor da ação penal. emendatio libelli, podendo o magistrado, conforme o art. 383 do CPP, condenar Antônio Carlos pelo crime de extorsão, em razão da máxima: "dá-me os fatos que te darei o direito". Explicação: Havendo aditamento, o juiz ficará adstrito aos termos do aditamento, conforme o artigo 384 parágrafo 4º do CPP. Mutatio Libelli é realizada pelo MP e está prevista no art. 384 do CPP. Vejamos. "Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em consequência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente". A Emendatio, por sua vez, é realizada pelo magistrado e sua previsão se encontra no art. 383 do CPP: "O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena mais grave". 4a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 (FAE/2008 - Adaptada) A atividade jurisdicional é movida pelo princípio do impulso oficial, isto é, após ser devidamente provocada, passa-se ao seu exercício através dos atos jurisdicionais. Quanto aos atos jurisdicionais penais, assinale a alternativa correta. As decisões interlocutórias simples servem para solucionar questão controvertida e que diz respeito ao modus procedendi, sem, contudo, trancar a relação processual; as interlocutórias mistas, por sua vez, apresentam um plus em relação àquelas: elas trancam a relação processual sem julgar o meritum causae. As decisões interlocutórias simples são aquelas que encerram a relação processual sem julgamento do mérito ou, então, põem termo a uma etapa do procedimento. São exemplos desse tipo de decisão a que recebe a denúncia ou queixa ou rejeita pedido de prisão preventiva. As decisões interlocutórias mistas não se equiparam as decisões interlocutórias simples, pois as primeiras servem para solucionar questões controvertidas e que que digam respeito ao modus procedendi, sem contudo trancar a relação processual. Enquanto as decisões interlocutórias simples trancam a relação processual sem julgar o meritum causae. Das decisões interlocutórias não caberá recurso. A decisão que não recebe a denúncia é terminativa de mérito, por isso não pode ser considerada decisão interlocutória mista. Explicação: As decisões interlocutórias simples não encerram nem o processo, nem uma fase do procedimento. Mas decidem questões acerca da regularidade formal do processo, do seu andamento. São decisões acerca de questões processuais. Cita-se, como exemplo, a decisão que concede liberdade provisória, que decreta a prisão preventiva, que recebe a denúncia ou queixa, ou até mesmo a decisão que arbitra a fiança Já as decisões interlocutórias mistas extinguem o processo, sem, contudo, adentrarem no mérito, ou seja, sem julgamento do mérito. Determinam, tão somente, o fim de uma etapa do procedimento ou solucionam procedimento incidentais de maneira definitiva. As decisões interlocutórias mistas se dividem, ainda, em terminativas ou com força de definitiva e não terminativas. As primeiras, colocam fim ao processo sem resolução de mérito, como por exemplo, a decisão que rejeita a denúncia ou queixa, a decisão de impronúncia prevista no artigo 414 do CPP que se dá quando o juiz não se convencer da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação. Tal decisão não faz coisa julgada material, uma vez que, enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa, desde que haja novas provas. Esta é a justificativa de tratar a decisão de impronúncia como decisão interlocutóriamista, pois encerra o processo, sem condenar ou absolver o acusado. 5a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 (FCC – Juiz de Direito Substituto-G0/ 2012 – adaptada) Dentre as provas em espécie admitidas pelo ordenamento jurídico brasileiro, está o depoimento de testemunhas. Em relação às testemunhas, é correto afirmar que: As pessoas impossibilitadas por enfermidade ou velhice serão dispensadas de depor. Se o juiz reconhecer que alguma testemunha fez afirmação falsa, remeterá cópia do depoimento para o Ministério Público, para instauração de inquérito. As pessoas com dever de sigilo são proibidas de depor mesmo se desobrigadas pela parte interessada. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, exceto se não tiverem relação com a causa. Será permitida à testemunha breve consulta a apontamentos. Explicação: O at. 204 do CPP determina que o depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à testemunha trazê-lo por escrito. Ademais, não será vedada à testemunha breve consulta a apontamentos. As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de comparecer para depor, serão inquiridas onde estiverem. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. Se o juiz, ao pronunciar sentença final, reconhecer que alguma testemunha fez afirmação falsa, calou ou negou a verdade, remeterá cópia do depoimento à autoridade policial para a instauração de inquérito. Tendo o depoimento sido prestado em plenário de julgamento, o juiz, no caso de proferir decisão na audiência (art. 538, § 2º), o tribunal (art. 561), ou o conselho de sentença, após a votação dos quesitos, poderão fazer apresentar imediatamente a testemunha à autoridade policial. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida. 6a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 O interrogatório do acusado está disciplinado nos arts. 185 a 196, do Código de Processo Penal. A respeito do tema no processo penal, aponte a proposição correta. O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato. A regra no processo penal é o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real. Não é possível a realização do interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, ainda que para responder à gravíssima questão de ordem pública. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, não será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado. O juiz não garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com o seu defensor no interrogatório por videoconferência. Explicação: O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou nomeado. O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato, nos termos do art. 185, §1º do CPP. As demais alternativas violam as disposições do art. 185 do mesmo diploma. 7a Questão Acerto: 0,0 / 1,0 (FMP - Juiz de Direito - MT/2014 - adaptada) Sabemos que a liberdade probatória não é absoluta, sendo certo que a persecução penal não pode se dar a qualquer preço, os fins não justificam os meios. Nesse sentido, é correto dizer que o Código de Processo Penal: Proíbe que o juiz requisite provas, porque essa iniciativa contraria o modelo acusatório e dá causa à nulidade absoluta do processo. Considera lícita a prova obtida por fonte(s) independente(s) da ilícita, porque entre uma e outra não há nexo de causalidade. Confere valor absoluto à delação premiada, se o juiz participar das negociações realizadas entre as partes para a formalização do acordo de colaboração. Admite, ao livre critério do juiz, utilização do sistema de videoconferência para a coleta apenas do interrogatório. Prevê que o juiz que receber a denúncia ou queixa ficará vinculado ao processo e será o componente para a sentença, por causa do comando normativo do princípio da identidade física . Explicação: São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão. O juiz vinculado é aquele que presidiu a instrução. Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender as finalidades previstas em lei (art. 185 do CPP). Lembre-se, por fim, que não existe provas absolutas. 8a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 (PM-MT - 2021 - Banca Própria) O artigo 76 da Lei nº 9.099/1995, ao dispor sobre a fase preliminar ao oferecimento da denúncia no Juizado Especial Criminal, preceitua: "Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta". Trata-se de hipótese legal que autoriza a prevenção ou extinção do conflito, mediante o cumprimento de uma pena consensualmente ajustada ou pagamento de multa, por meio de perdão judicial. remissão penal. contenda criminal. transação penal. remição da pena. Explicação: A transação penal constitui proposta do Ministério Público ao autor do fato que objetiva a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, sem instauração do processo, caso aceita, prevista no art. 76 da Lei 9.099/95. 9a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 (PC-MS - Delegado de Polícia - 2021 - FAPEC - adaptada) Ao contrário do procedimento comum, o procedimento do tribunal do júri é marcado por ser bifásico, estruturado em duas fases distintas. Em matéria de procedimentos, especificamente acerca do rito especial do tribunal do júri, assinale a alternativa correta. De acordo com o que dispõe o CPP, a absolvição sumária do réu, ao final da primeira fase do júri, é cabível quando provada a inexistência do fato; provado não ser ele autor ou partícipe do fato; o fato não constituir infração penal; ou se demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusãodo crime. Até mesmo o inimputável, em razão de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado (art. 26, caput, do CP), pode ser absolvido sumariamente, desde que esta seja a única tese defensiva. Dispõe o CPP que o desaforamento é cabível quando o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, por decisão do Tribunal, a requerimento do Ministério Público, do assistente, do querelante ou mediante representação do juiz competente. O próprio acusado não tem legitimidade para requerê-lo. O Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a utilização da tese da legítima defesa da honra durante julgamento perante o tribunal do júri, sob pena de nulidade do ato e do julgamento, e deu interpretação conforme a Constituição ao art. 23, II e art. 25, do CP e ao art. 65 do CPP, de modo a excluir a legítima defesa da honra do âmbito do instituto da legítima defesa. De acordo com o julgado, no entanto, a vedação à utilização dessa tese não alcança a autoridade policial, durante o inquérito, ao passo que este é mero procedimento administrativo, dispensável, destituído de contraditório, que não tem o condão de viciar a ação penal. Entende o Superior Tribunal de Justiça que a ausência de exame de corpo de delito inviabiliza a pronúncia do réu, mesmo que presentes outros elementos de prova. A decisão de impronúncia, de acordo com a atual sistemática do Código de Processo Penal, é classificada doutrinariamente como decisão interlocutória mista terminativa, produzindo coisa julgada formal e material. Explicação: Segundo o art. 415 do CPP, o juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: I - provada a inexistência do fato; II - provado não ser ele autor ou partícipe do fato; III - o fato não constituir infração penal; IV - demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. Entretanto, não se aplica a absolvição sumária ao caso de inimputabilidade, salvo quando esta for a única tese defensiva. Como não há análise do mérito, a decisão de impronúncia só produz coisa julgada formal. Para STJ , a ausência de exame de corpo de delito não inviabiliza a pronúncia do réu (RHC 62.807/AL). Art. 427. Se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do Ministério Público, do assistente, do querelante ou do acusado ou mediante representação do juiz competente, poderá determinar o desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma região, onde não existam aqueles motivos, preferindo-se as mais próximas. Por fim, segundo o STF, "(a) defesa, a acusação, a autoridade policial e o juízo são proibidos de utilizar, direta ou indiretamente, a tese de legítima defesa da honra (ou qualquer argumento que induza à tese) nas fases pré-processual ou processual penais, bem como durante julgamento perante o tribunal do júri, sob pena de nulidade do ato e do julgamento." (STF. Plenário. ADPF 779 MC-Ref/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 13/3/2021) 10a Questão Acerto: 0,0 / 1,0 (TJRJ-Técnico Judiciário - 2021 - CESPE) Em processo da competência do tribunal do júri, ao final da primeira fase do procedimento, o juiz entendeu que foi comprovada a materialidade do crime, porém não havia indícios suficientes de autoria por parte do acusado. A situação apresentada configura caso de pronúncia desclassificação rejeição da denúncia absolvição sumária impronúncia Explicação: Segundo o art. 414 do CPP, não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado.
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