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CASOS CONCRETOS PENAL II 1 ao 8

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CASOS CONCRETOS PENAL II 01 AO 08
 
CASO CONCRETO 01: CASO CONCRETO Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor. 
CARLOS, funcionário público de um determinado Ente Federativo, auxiliado por seu irmão SÉRGIO, vendedor autônomo, no dia 14 de janeiro de 2016, apropriou-se, em proveito de ambos, de alguns Notebooks pertencentes à repartição pública em que se achava lotado, os quais eram utilizados, diariamente, para a realização de suas tarefas administrativas. Levado o fato ao conhecimento da autoridade policial, instaurou-se o competente inquérito, restando indiciados CARLOS e SÉRGIO, sendo o primeiro como incurso no art. 312, caput, e o segundo no art. 168, ambos do Código Penal. Pergunta-se: Está correta tal classificação? 
RESPOSTA: Não está correta a classificação, os dois são coautores do crime de peculato apropriação (artigo 312 do Código Penal). Conforme vem decidindo o STF há possibilidade do particular receber esse tipo de imputação, desde de que tenha conhecimento da condição de funcionário público do outro coautor. 
CASO CONCRETO 02: CASO CONCRETO Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor. 
Suponha que um agente subtraia R$1.000,00 de seu pai, não idoso, com o auxílio de sua namorada. Descoberto o fato, o mesmo sustenta em tese defensiva que não poderá ser responsabilizado criminalmente por ser filho da vítima, conforme estabelece o art.181, II, do Código Penal. De acordo com os estudos realizados sobre concurso de pessoas é correto afirmar que a referida condição negativa de punibilidade também será aplicada à sua namorada? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
RESPOSTA: Não. A excursa absolutória se configura como circunstância pessoal, logo não se comunica ao participe, no caso sua namorada conforme o artigo 30. 
CASO CONCRETO 03: Caso Concreto 
SÃO PAULO - Uma farmácia foi assaltada quatro vezes pelo mesmo ladrão em São Carlos, a 229 km da capital paulista. Nesta quinta-feira, ele foi preso. As câmeras de segurança da farmácia gravaram a ação. O vídeo mostra o assaltante chegando à farmácia e pedindo um xarope à atendente. Em seguida, ele anuncia o assalto com uma faca e pede todo o dinheiro no caixa. Ele fez dois assaltos seguidos à farmácia: na manhã de quartafeira e nesta quinta-feira. O cara virou meu sócio. Todo dia ele vem sangrar meu caixa. Eu não agüento mais - desabafou o dono da farmácia, Paulo César Castilho. Atos Henrique Pinto, de 26 anos, acabou preso.? (Fonte: Jornal O Globo, 08/04/2011). Analisando a reportagem acima, podemos dizer que Atos responderá pelos crimes de roubo, em qual modalidade de concurso de crimes? Explique, inclusive se haverá exasperação ou cumulação das penas. 
RESPOSTA: No caso Atos praticou mais de uma conduta, produzindo mais de um resultado, em crimes da mesma espécie, no mesmo lugar, mesmo tempo e mesma maneira de execução. Com base é previsto no artigo 71 do Código Penal, trata-se de crime continuado que prevê ainda a aplicação do método de exasperação de penas (a pena será aumentada de 1/6 a 2/3. 
CASO CONCRETO 04: 
Caso concreto. O Juiz da Décima Vara Criminal da Comarca da Capital do RJ condenou ANACLETO a uma pena privativa de liberdade que foi substituída por uma pena restritiva de direitos de perda do seu automóvel Gol, ano 2010 (CP, art. 43, II), que fazia parte de seu considerável acervo patrimonial. Em fase de Execução da Pena, ANACLETO vem a falecer, ocasião em que o Estado vem a se habilitar em seu inventário judicial. Em defesa, ANATÉRCIA, viúva de ANACLETO, sustentou a inconstitucionalidade da referida atividade estatal trazendo como fundamento constitucional que a pena estaria passando da pessoa do condenado. Considerando a situação hipotética, indaga-se se assiste razão à defesa de ANATÉRCIA e qual(is) o(s) princípio(s) a ser(em) invocado(s)? 
RESPOSTA: Não assiste razão a defesa de Anatércia o automóvel Gol, ano 2010 faz parte do espólio de Anacleto e ainda, pois não havia sido transferido a Anatércia no momento da execução. O princípio da intranscedência ou personalidade das penas permite que a execução da pena se estenda aos sucessores até o limite do patrimônio transferido. O princípio da intranscedência ou personalidade está previsto no artigo 5, inciso XLV da Constituição Federal. 
CASO CONCRETO 05: 
JONATAS, 28 anos, aproveitando-se do caos que se instalou no Estado do Espírito Santo, por conta da manifestação de greve da polícia militar, subtraiu de uma grande estabelecimento empresarial varejista, na cidade de Vitória, uma televisão de 40 polegadas. Sua atividade ilícita foi filmada por câmeras da Prefeitura e passada em Programa Jornalístico de grande audiência nacional. O jovem, envergonhado perante seus familiares, deliberadamente no dia seguinte devolve a res furtiva, sendo processado criminalmente pelo seu ato. O Juiz, no momento da aplicação da penal criminal, entendendo que ao caso concreto nenhuma pena seria necessária ao réu, considerando a vergonha que este passou, deixou de aplicar a pena tendo em vista que o CP, no seu art. 59 preconiza que o juiz estabelecerá conforme seja “necessário” e “suficiente” para reprovação e prevenção do crime. Considerando o caso acima, aponte, fundamentadamente, a legalidade da decisão judicial. 
RESPOSTA: A questão demonstra ilegalidade da decisão do juiz, pois o crime de furto já se consumou, podendo o magistrado reduzir a pena de Jonatas, na forma do artigo 16 do Código Penal (arrependimento posterior). 
Neste caso o juiz poderá reduzir a pena de 1 a 2/3. 
No crime de furto não há previsão de perdão judicial, que precisa ser expresso na lei. A pena prevista em lei é de aplicação obrigatória ao condenado, de acordo com o princípio da inderrogabilidade. 
CASO CONCRETO 06: 
Caso Concreto 6 Descrição Caso Concreto ANACLETO SOARES subtraiu para si coisa alheia móvel mediante violência contra a pessoa. Por se tratar de réu primário, com bons antecedentes, maior de dezoito e menor de 21 anos, o juiz, atento aos ditames do art. 59, do Código Penal, fixou a pena-base no mínimo legal (quatro anos de reclusão), desconsiderando, no cálculo da pena intermediária, a atenuante da menoridade prevista no art. 65, do Código Penal. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda de forma objetiva e fundamentada se o magistrado agiu corretamente de acordo com a jurisprudência majoritária. 
RESPOSTA: De acordo com a súmula 231 do STJ , Não há prejuízos, pois, a incidência da circunstância atenuante não pode conduzir a redução da pena abaixo do mínimo legal. A jurisprudência majoritária entende que a pena não pode ficar abaixo do mínimo legal estipulado no tipo penal. O STJ , classificou tal entendimento com a súmula 231 que diz: “a incidência da circunstância atenuante não pode conduzir a redução da pena abaixo do mínimo legal”. 
CASO OCNCRETO 07: 
Caso Concreto 7 Descrição Caso Concreto. Carlos foi condenado pelas práticas de lesão corporal grave (art. 129, §2º, I, do CP), à pena de 02 anos de reclusão, e furto simples (art. 155, do CP), às penas de 01 ano de reclusão e 10 D.M., em concurso material. Há possibilidade de fazer incidir pena alternativa em qualquer das condenações? Qual o regime prisional a ser fixado, considerando que Carlos é primário, de bons antecedentes e menor de 21 anos? Fundamente (XLII 
Concurso para Ingresso na Magistratura de Carreira do Estado do Rio de Janeiro). 
RESPOSTA: Quanto a primeira parte da pergunta, cumpre esclarecer que as penas restritivas de direito podem ser aplicadas quando presentes do artigo 44 do Código Penal (crime praticado sem violência ou grave ameaça a pessoa, com condenação de até quatro anos em casos de crimes dolosos, quando o apenado não for reincidente, salvo quando ainda assim a substituição da pena seja socialmente recomendável e quando as circunstâncias judiciais forem favoráveis). Desta forma, no caso concreto só é possívelaplicar pena restritiva de direito no crime de furto simples, pois Carlos preenche os requisitos objetivos do artigo 44 do CP. 
Quanto a segunda pergunta, nos dois casos se aplica o regime aberto, conforme o artigo 33, parágrafo segundo alínea C do CP que demonstra ser suficiente para reprimir a conduta criminosa. 
CASO CONCRETO 08: 
Título Caso Concreto 8 Descrição Caso Concreto Jonas foi condenado às penas do art. 302 da Lei 9503/97 (CTB), em concurso formal próprio, por ter atropelado, na direção de veículo automotor, cinco pessoas que estavam paradas num ponto de ônibus. Considerando que Jonas já possuía em suas anotações criminais condenação transitada em julgado por crime de Latrocínio na forma tentada, cuja pena fora totalmente cumprida há dois anos, o juiz que o condenou pelos novos crimes cometidos, não substituiu sua pena privativa de liberdade definitiva por restritiva de direitos sob a fundamentação de se tratar de réu reincidente. Considerando o caso hipotético, analise a decisão do magistrado quanto ao seu fundamento. 
RESPOSTA: As penas restritivas de direito podem ser aplicadas quando presentes os requisitos o artigo 44 do CP: crime praticado sem violência ou grave ameaça a pessoa, com condenação de até quarto anos em casos de crimes dolosos, quando o apenado não for reincidente em crime doloso, salvo quando ainda assim a substituição da pena seja socialmente recomendável e a reincidência não se refira a prática do mesmo crime, e quando as circunstâncias judiciais forem favoráveis. Desta forma, percebe-se que quando o magistrado deixou de aplicar a substituição em razão da existência da reincidência, equivocou-se, uma vez que o que impede é a reincidência em crime doloso, o que não constitui a hipótese do caso concreto.

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