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Resumo- Apoptose

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A poptose 
A palavra ‘apoptose’ vem do grego arcaico que significa ‘ato de 
cair’. 
Na medicina é a via de morte celular induzida por um programa 
de suicídio estritamente regulado no qual as células destinadas 
a morrer ativam enzimas que causam a degradação do DNA, 
proteínas nucleares e citoplasmáticas. As células se quebram 
quem fragmentos chamado corpos apoptóticos, que contêm 
porções de citoplasma e núcleo. As membranas plasmáticas 
das células apoptóticas e seus corpos apoptóticos 
permanecem intactos, mas sua estrutura é alterada de tal 
maneira que a célula e seus fragmentos tornam-se alvos 
atraentes para os ‘fagócitos’. 
A células e seus fragmentos são rapidamente fagocitados, 
antes que extravase o seu conteúdo, e desse modo, essa via 
de morte celular não causa o início de uma resposta 
inflamatório no hospedeiro. 
Ocorre normalmente durante o desenvolvimento e toda a 
vida, e é destinada a eliminar células envelhecidas ou 
potencialmente perigosas e indesejáveis. Além disso, é 
um evento patológico quando células doentes são lesadas 
de modo irreparável e são eliminadas. 
Situações Fisiológicas 
É um fenômeno normal que funciona para eliminar as 
células que não são mais necessária e para manter, nos 
tecidos, um número constante das várias populações 
celulares. 
● D e s t r u i ç ã o P r o g r a m a d a d e C é l u l a s n a 
Embriogênese: implantação, organogênese, involução 
do desenvolvimento e metamorfose. 
● Involução de Tecidos Hormônios-dependentes Sob 
Privação de Hormônio: como a célula endometrial que 
se desprende durante o ciclo menstrual, atresia folicular 
durante a menopausa, a regressão da mama lactante 
após o desmame e atrofia prostática após castração. 
● Perda Ce lu lar em Populações Ce lu lares 
Proliferativas: linfócitos imaturos na medula óssea e no 
timo que não expressam receptores antigênicos 
utilizáveis, linfócitos B no centro germinativo, etc. 
● E l i m i n a ç ã o d e l i n f ó c i t o s A u t o r r e a t i v o s 
Potencialmente Nocivos: linfócitos antes ou depois de 
completarem sua maturação, para impedir reações 
contra os tecidos da própria pessoa. 
● Morte de Células que Cumpriram Seu Papel: 
neutrófilos na resposta inflamatória aguda e linfócitos 
ao término da resposta imune. 
Situações Patológicas 
É um fenômeno que elimina células que são lesadas de 
modo irreparável, sem produzir reação do hospedeiro, 
limitando, assim lesão tecidual paralela. 
● Lesão de DNA: drogas citotóxicas anticâncer e a 
hipóxia, podem lesar o DNA diretamente ou através da 
produção de radicais livres. Nessa situações, a 
eliminação da célula pode ser a melhor alternativa do 
que arriscar em mutações no DNA lesado, que pode 
progredir para uma transformação maligna. 
● Acúmulo de Proteínas Anormalmente Dobradas: 
proteínas impropriamente dobradas podem surgir de 
mutações nos genes que codificam estas proteínas ou 
devido a fatores extrínseco, como a lesão causada por 
radicais livres. A apoptose causa pelo acúmulo de 
proteínas anormalmente dobradas é considerada como 
base de várias doenças degenerativas do SNC e outros 
órgãos. 
● Morte Celular em Infecções: nas infecções virais, a 
perda de células infectadas é devida em grande parte à 
apoptose induzida pelo vírus ou pela resposta imune do 
hospedeiros por meio de linfócitos T citotóxicos 
específicos para as proteínas virais, que induzem 
apoptose da célula infectada na tentativa de eliminar o 
reservatório de infecção. Esse mecanismo mediado 
pelos linfócitos T é responsável pela morte celular em 
tumores e rejeição celulares aos transplantes. 
● Atrofia Patológica no Parênquima de Órgãos Após 
Ducto Obstruído: pode ocorrer nos rins, pâncreas e 
parótida. 
Alterações Morfológicas 
● Retração Celular ➝ a célula é menor em tamanho, o 
citoplasma é denso e as organelas, embora 
relativamente normais, estão mais compactas. Isso 
difere das outras formas de lesão celular, já que 
inicialmente ocorre a tumefação celular e não a 
retração. 
● Condensação da Cromatina ➝ a característica mais 
marcante; a cromatina se agrega perifericamente, sob a 
membrana nuclear, em massa densas de várias formas 
e tamanhos. Além disso, o núcleo pode romper-se, 
produzindo dois ou mais fragmento. 
● Formação de Bolhas Citoplasmáticas e Corpos 
Apoptóticos ➝ a célula apoptótica primeiramente 
mostra bolhas superficiais extensas, sofrendo então 
fragmentação em corpos apoptóticos envoltos por 
membrana compostos de citoplasma e organelas 
estreitamente acondicionas com ou sem fragmentos 
nucleares. 
● Fagocitose das Células Apoptóticas ou Corpos 
Apoptóticos - Macrófagos ➝ corpos apoptóticos são 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Introdução
Causas da Apoptose
Alteração Bioquímicas e Morfológicas 
rapidamente ingeridos por fagócitos e degradados por 
enzimas lisossômicas. 
Imagem: A) Apoptose em célula epidérmica em reação imune; B) Células 
em Apoptose com Cromatica Compactada C) Células Cultivas com 
Corpos Apoptóticos D) Coloração Para DNA - fragmentação 
nuclear E) IF - anticorpo específico para formativa da caspase-3 (em 
vermelho). 
Alterações Bioquímicas 
As células apoptóticas geralmente exibem uma 
constelação distintiva de mudanças bioquímicas que são 
a base das alterações estruturais já descritas. 
● Ativação das Caspases ➝ caspases são membros de 
uma família de cisteína proteases. ‘C’ refere-se à 
cisteína protease (uma enzima com cisteína no seu sítio 
ativo) e ‘aspase’ à habilidade dessa enzima clivar os 
resíduos de ácido aspártico. Essa família é dividida em 
2 grupos: desencadeador e executor. Isso depende da 
ordem que são ativadas durante a apoptose. As 
caspases existem como pró-enzimas inativas ou 
zimogênios que devem sofrer clivagem enzimática para 
tornarem-se ativas. A presença delas é um marcador de 
que a célula está sofrendo apoptose. 
● Quebra do DNA e Proteína ➝ as células apoptóticas 
exibem quebras típicas do DNA em grandes 
fragmentos, depois, há clivagem do DNA por 
endonucleases dependentes de Ca⁺⁺ e Mg⁺⁺ em 
fragmentos. Esses fragmentos podem ser visualizados 
por eletroforese. 
● Alterações da Membrana e Reconhecimento pelos 
Fagócitos ➝ a membrana plasmática das células 
apoptóticas se altera em vias que promovem o 
reconhecimento de células mortas pelos fagócitos. Uma 
dessas alterações é o movimento de fosfolipídios do 
folheto interno para o folheto externo da membrana, 
onde são reconhecidos por receptores nos fagócitos. 
Todas as células contêm mecanismos intrínsecos que 
sinalizam morte ou sobrevivência, e a apoptose resulta de 
um desequilíbrio nesses sinais. 
O processo de apoptose pode ser dividido em fase 
inicial, algumas caspases tornam-se cabalisticamente 
ativas, e fase de execução, a qual outras caspases 
iniciam a degradação de componentes celulares críticos. 
O início da apoptose ocorre principalmente por sinais 
originados de duas vias distintas: a via intrínseca ou 
mitocondrial e a via extrínseca ou morte iniciada por 
receptor. 
Via Intrínseca (Mitocondrial) 
É o principal mecanismo da apoptose em todas as células 
mamíferas e seu papel em uma variedade de processos 
fisiológicos e patológicos está bem estabelecido. 
Essa via é resultado do aumento da permeabilidade 
mitocondrial e liberação de moléculas pró-apoptóticas 
(indutores de morte) dentro do citoplasma. Algumas 
dessa proteínas, quando liberadas no citoplasma 
(indicação de célula não saudável), iniciam o programa de 
suicídio da apoptose. A liberação dessas proteínas 
mitocondriais é controlada por equilíbrio finamente 
orquestrado entre membros pró e antiapoptóticos da 
família Bcl de proteínas. Existem mais de 20 membros 
da família Bcl e a maioria deles regula a apoptose. 
Fatores de crescimento e outros estimulam a produção de 
proteínas antiapoptóticas (Bcl-2, Bcl-x e Mcl-1). Elas 
controlam a permeabilidade mitocondrial e impedem o 
extravasamento de proteínas mitocondriais que disparam 
a morte celular. 
Quando as células são privadasde sinais de 
sobrevivência ou seu DNA é lesado, ou proteínas 
anormalmente dobradas induzem ao estresse do RE, 
sensores de lesão ou de estresse são ativas. 
Esses sensores são membros da família Bcl e incluem as 
proteínas Bim, Bid e Bad. Eles ativam dois efetores 
críticos (Bax e Bak) que criam canais permitindo que as 
proteínas mitocondriais internas (citocromo C - proteína) 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
A B
C D E
Mecanismos da Apoptose
extravasem para o citoplasma, ativando a cascata de 
caspases. 
Via Extrínseca (Morte Iniciada por Receptor) 
Esta via é iniciada pelo envolvimento dos receptores de 
morte da membrana plasmática em uma variedade de 
células. Eles são membros da família do receptor TNF 
que contêm um domínio citoplasmático envolvido nas 
interações proteína-proteína, chamado de domínio de 
morte porque ele é essencial para a entrega de sinais 
apoptóticos. 
Os receptores de morte melhor conhecidos são TNF tipo 
1 (TNFR1) e uma proteína relacionada que chama-se Fas 
(CD95). 
Fas é um receptor de morte expresso em muitas células. 
O ligante para Fas é chamado de Fas ligantes (FasL). O 
FasL é expressado nas células T que reconhecem 
antígenos próprios e alguns linfócitos citotóxicos. Quando 
o FasL se liga ao Fas, 3 ou mais moléculas de Fas se 
reúnem e seus domínios de morte citoplasmáticos formam 
um sítio de ligação para uma proteína adaptadora que 
também possuí um domínio de morte. Essa proteína é 
denomina FADD (Fas-associated death domain), que é 
aderida aos receptores de morte e liga-se na forma inativa 
da caspase-8 . Múltiplas moléculas de pró-caspase-8 se 1
aproxima e geram a caspase-8 ativa. A enzyme então 
inicia uma cascata de ativação de caspases que medeiam 
a fase de execução da apoptose. 
Fase de Execução da Apoptose 
As duas vias de iniciação convergem para uma cascata 
de ativação de caspases que modulam a fase final da 
apoptose. 
A via mitocondrial leva à ativação de caspase-9 
desencadeante e a via de receptor de morte, às caspases 
8 e 10. Essas caspases desencadeantes são clivadas e 
geram sua forma ativa e que ativam as chamadas de 
caspases executoras, capases-3 e 6. Então, o programa 
de morte celular é iniciado através da degradação de 
componente estruturais da matriz nuclear, promovendo, a 
fragmentação do núcleo. 
Remoção das Células Mortas 
A formação de corpos apoptóticos quebra as células em 
fragmentos que são englobados por fagócitos. As células 
apoptóticas e seus fragmentos sofrem alterações em suas 
membranas que promovem ativamente sua fagocitose de 
 Em humanos é a capase-10, porém, como o professor explicou com a 8, assim está. 1
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
tal modo que são removidos antes de sofrer necrose e 
liberar seus conteúdos que resultariam em inflamações 
lesiva ao hospedeiro. 
As células que estão em processo de morte secretam 
fatores solúveis que recrutam fagócitos. Algumas 
expressam trombospondina (glicoproteína adesiva) que é 
reconhecida pelos fagócitos e os macrófagos podem 
produzir proteínas que se ligam às células apoptóticas 
somente e direcionam essas células mortas para o 
engolfamento. 
Além disso, os corpos apoptóticos podem ser revestido 
por anticorpos naturais e proteínas do sistema 
complemento (C1q), os quais, também, são reconhecias 
por fagócitos. 
O processo de fagocitose das células apoptóticas é tão 
eficiente que as células mortas desaparecem, dentro de 
minutos, sem deixar traçõs, e a inflamação é ausente 
mesmo em face de extensa apoptose. 
A apoptose desregulada tem sido associada à explicação 
para uma ampla gama de doenças. 
● Apoptose Defeituosa e Aumento da Sobrevida 
Celular ➝ taxas impropriamente baixas de apoptose 
permitem a sobrevida de células anormais. Por 
exemplo, células com mutação em p53 e lesão de 
DNA, não morrem e ficam susceptíveis ao acúmulo de 
mutação devido ao DNA defeituoso, originando o 
câncer. Além disso, a falha da apoptose em eliminar 
linfócitos que podem reagir contra os próprios 
antígenos é a base de distúrbios autoimunes. 
● Apoptose Aumentada e Morte Celular Excessiva ➝ 
pode causa doenças que possuem uma perda de 
células. São elas: doenças neurodegenerativas, 
lesão isquêmica (infarto miocárdio e AVE) e morte 
de células infectadas por vírus. 
É o processo no qual a célula digere seu próprio 
conteúdo. Constitui-se em mecanismo de sobrevivência 
em períodos de privação de nutrientes, quando a células 
privada de alimento sobrevivem canibalizando a si 
mesma, e reciclando conteúdos digeridos. 
Esse processo é a base do mecanismo de perda celular 
em doenças, como neurodegenerativas do SN e 
muscular. 
Nesse processo, as organelas intracelulares e partes do 
citosol são sequestradas do citoplasma em um vacúolo 
autofágico, que subsequentemente se funde com 
lisossomas para formar um autofagolisossoma, e os 
componentes celulares são digeridos por enzimas 
lisossômicas. 
Acúmulos intracelular de quantidades anormais de várias 
substâncias é uma das manifestações dos transtornos 
metabólicos nas células. 
As substâncias armazenadas enquadram-se em duas 
categorias: um constituinte celular anormal (água, lipídios, 
proteínas e carboidratos) e uma substância anormal (seja 
exógena - mineral ou produtos de agentes infecciosos - 
ou endógena - produto de síntese ou metabolismo 
anormal). 
Essas substâncias podem se acumular de modo 
transitório ou permanente e podem, ainda, ser inofensivas 
para as células ou intensamente tóxicas. 
Muitos processos resultam de acúmulos intracelulares 
anormais, porém a maioria dos acúmulos é atribuída a 4 
tipos de anormalidades: 
1. Substância endógena normal produzida a uma taxa 
normal ou aumentada, mas a taxa de metabolismo é 
inadequada para removê-la. Ex.: degeneração 
gordurosa do fígado e reabsorção de gotículas de 
proteína nos túbulos renais. 
2. Substância endógena anormal, tipicamente produto 
de um gene mutado. Acontece o acúmulo devido a 
defeitos no dobramento e transporte da proteína e 
inabilidade de degradar a proteína anormal. Ex.: 𝛼 -1-
antitripsina nos hepatócitos. 
3. Substância endógena normal acumulada por defeitos, 
geralmente herdados, em enzimas necessárias para 
o metabolismo da substância. Ex.: Doenças gênicas 
por defeito genético em enzimas do metabolismo de 
lipídeos e carboidratos. 
4. Substância exógena anormal depositada e 
acumulada porque a célula não há maquinaria 
enzimática para degradá-la e nem habilidade de 
transportá-la para outros locais. Ex.: Partículas de 
carbono (carvão) e substâncias químicas não 
metabolizáveis (sílica). 
Em muitos casos, se a sobrecarga for controlada ou 
interrompida, o acúmulo é reversível. Nas doenças de 
depósito genéticas, o acúmulo é progressivo e a 
sobrecarga pode causar lesão celular, podendo levar à 
morte do tecido e do paciente. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Distúrbios e Apoptose Desregulada
Autofagia 
Acúmulos Intracelulares
Todas as classes principais de lipídeos (triglicerídeos, 
colesterol/ésteres de colesterol e fosfolipídeos) podem se 
acumular nas células. 
Nesse tópico, nos concentraremos nos acúmulos de 
triglicerídeos e colesterol. 
Esteatose - Degeneração Gordurosa 
Os termos esteatose e degeneração gordurosa 
descrevem acúmulos de triglicerídeos dentro das células 
parenquimatosas. A degeneração gordurosa é vista com 
frequência no fígado, porque é o principal órgão envolvido 
no metabolismo lipídico, mas podem ocorrer no coração, 
músculos e rins. 
As causas da esteatose incluem toxinas (álcool), 
desnutrição proteica, diabetes melito, obesidade e anoxia. 
O acúmulo excessivo de triglicerídeos dentro do fígado 
pode resultar de entrada excessiva ou de defeitos de 
metabolismo e exportação dos lipídeos. O álcool altera 
funções mitocondriais e microssômicas que leva ao 
aumento da síntese e redução da degradação dos 
lipídeos. 
Já o CCl₄ (tetra cloreto de carbono) e a desnutrição 
proteica, causam a degeneração gordurosapor 
reduzirem a síntese de proteínas. A hipóxia inibe a 
oxidação dos ácidos graxos e a inanição aumenta a 
mobilização dos ácidos graxos das reservas periféricas. 
O significado da degeneração gordurosa depende da 
causa e da gravidade do acúmulo. Quando leve, pode 
não ter efeito sobre a função celular. A alteração 
gordurosa mais acentuada podem comprometer a função 
celular e prenunciar a morte celular. 
Morfologia da Esteatose 
Em todos os órgãos, aparece como vacúolos claros 
dentro das células parenquimatosas. 
No fígado, uma esteatose leve pode não afetar a 
aparência macroscópica. Com o acúmulo progressivos, o 
órgão aumenta e torna-se progressivamente amarelo, até 
que, em casos extremos, chega a pesar de duas a quatro 
vezes mais que o peso normal, com a aparência amarela 
brilhante, macia e untuosa. O acúmulo de gordura é visto 
primeiro à microscopia com pequenos vacúolos no 
citoplasma ao redor do núcleo. À medida que progride, os 
vacúolos coalescem, criando espaços claros que 
deslocam o núcleo para a periferia da célula. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Lipídeos 
 
Imagem: Detalhe em grande aumento da degeneração 
gordurosa do fígado. Na maioria das células, o núcleo 
bem preservado é espremido em um anel de 
citoplasma em torno do vacúolo de gordura. 
No coração, o lipídeo é encontrado no músculo cardíaco 
na forma de pequenas gotículas, que ocorrem em dois 
padrões. Em um, a hipoxia moderada e prolongada, como 
aquela produzida na anemia profunda, causa depósitos 
intracelulares de gordura, criando faixas grosseiramente 
visíveis de miocárdio amarelado que se alternam com 
faixas mais escuras, castanho-avermelhadas, de 
miocárdio não afetado (aspecto tigroide). O outro padrão 
de degeneração gordurosa é produzido por hipoxia mais 
pro- funda ou por algumas formas de miocardite (p. e., 
infecção por difteria) e exibe miócitos afetados de maneira 
mais uniforme. 
Colesterol e Ésteres de Colesterol 
O metabolismo celular do colesterol é estreitamente 
regulado de modo que a maioria das células usa o 
colesterol para a síntese das membranas celulares sem 
acúmulo intracelular de colesterol ou ésteres de 
colesterol. 
Os acúmulos manifestados histologicamente por vacúolos 
intracelulares são observados em diversos processos 
patológicos: 
● Aterosclerose ➝ nas placas ateroscleróticas, as 
células musculares lisas e os macrófagos dentro da 
túnica intima da aorta e das grandes artérias estão 
repletos de vacúolos lipídios, a maioria dos quais 
compostos de colesterol e ésteres de colesterol. Elas 
exibem uma aparência espumosas e agregados dessas 
células na íntima produzem os ateromas amarelos 
carregados de colesterol. Os ésteres de colesterol 
extracelulares podem cristalizar-se na forma de agulhas 
longas, produzindo fendas bastante distintas em 
secções teciduais. 
● Xantomas ➝ o acúmulo intracelular de colesterol 
dentro dos macrófagos também é característico dos 
estados hiperlipidêmicos hereditários e adquiridos. 
Aglomerados de células espumosas são encontrados 
no tecido conjuntivo subepitelial da pele e tendões, 
produzindo massas tumorais conhecidas como 
xantomas. 
● Colesterolose ➝ refere-se aos acúmulos focais de 
macrófagos cheios de colesterol na lâmina própria da 
vesícula biliar. 
Os acúmulos intracelulares de proteína geralmente 
aparecem como gotículas eosinofílicas arredondadas, 
vacúolos ou agregadas no citoplasma. 
Podem ter aparência amorfa, fibrilar ou cristalina. 
Os excessos de proteína dentro das células, o suficiente 
para casuar acúmulo visível, tem diversas causas: 
● Gotículas de reabsorção nos túbulos renais próximas: 
são observadas em doenças renais associadas a 
proteinúria maciça. Causam acúmulo de gotículas 
hialinas róseas dentro do citoplasma da célula tubular. 
Esse processo é reversível se a proteinúria diminuir. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Proteínas
● Proteínas que se acumulam podem ser proteínas 
normais secretadas que são produzidas em quantidade 
excessiva: ocorre em certos plasmócitos envolvidos na 
síntese ativa de Ig. O RE torna-se imensamente 
distendido, produzindo inclusões eosinofílicas 
homogêneas chamadas de corpúsculo de Russell. 
● Secreção defeituosa de proteínas fundamentais: na 
deficiência de 𝛼-anitripsina tornam o dobramento lento 
e leva ao acúmulo de intermediários parcialmente 
dobrados que se agregam no RE do fígado e não são 
secretados. 
● Acúmulo de proteínas do citoesqueleto: microtúbulos, 
filamentos finos de actina, filamentos grossos de 
miosina e filamentos intermediários. 
● Agregação de proteínas anormais: as proteínas 
anormais ou anormalmente dobradas podem se 
depositar nos tecidos e interferir com as funções 
normais. Os depósitos podem ser intra ou 
extracelulares, ou ambos 
Hialino geralmente refere-se a uma alteração dentro das 
células ou no espaço extracelular que confere um 
aparência rósea, vítrea e homogêna, em secções 
histológicas coradas com hematoxilina e eosina (HE). 
Essa alteração morfológica é produzida por uma 
variedade de alteração não representa um padrão de 
acúmulo. Os acúmulos intracelulares de proteína, 
descritos anteriormente (gotículas de reabsorção, 
corpúsculos de Russell, hialino alcoólico), são exemplos 
de depósitos hialinos intracelulares. 
É uma reserva de energia prontamente disponível 
armazenada no citoplasma de células saudáveis. Uma 
anormalidade no metabolismo da glicose ou glicogênio, 
pode causar depósitos intracelulares excessivos de 
glicogênio no paciente. 
Essas anormalidades são doenças de depósito de 
glicogênio ou glicogenoses e diabetes melito. 
São substâncias coloridas que se acumulam nas células 
somente sob circunstâncias especiais. Podem ser 
exógenos (de fora do corpo) ou endógenos (sintetizados 
dentro do corpo). 
Pigmentos Exógenos 
O mais comum deles é o carbono (poeira de carvão), um 
poluente do ar da vida urbana. Quando inalado é 
assimilado pelos macrófagos dentro dos alvéolos e são 
transportados através dos canais linfáticos para 
linfonodos regionais na região traqueobrônquica. 
O acúmulo de carbono escure os tecidos dos pulmões 
(antracose) e os linfonodos envolvidos. Em mineiros, pode 
induzir a uma reação fibroblástica ou até um enfisema e 
evoluir para pneumoconiose do trabalhador de carvão. 
Além disso, a tatuagem é uma forma de pigmentação 
exógena localizada na pele. Os pigmentos inoculados são 
fagocitados pelos macrófagos da derme, nos quais 
residem pelo resto da vida da célula da pessoa tatuada. 
Os pigmentos geralmente não suscitam nenhuma 
resposta inflamatória. 
Pigmentos Endógenos 
A lipofuscina, lipocromo, pigmento do desgaste ou 
senescência) é um pigmento insolúvel. Ela é composta 
de polímeros de lipídeos e fosfolipídeos formando 
complexos com proteínas. Ela não é nociva à células ou 
às suas funções. Sua importância reside no fato de ser 
sinal de alarma de lesão por radicais livres e peroxidação 
lipídica. Em secções teciduais, aparece como um 
pigmento citoplasmático, frequentemente perinuclear, 
finamente granular e castanho-amarelado (pardo). 
Imagem:Grânulos de lipofuscina em miócitos cardíacos. 
A melanina (melas, preto) é um pigmento endógeno 
preto-acastanhado, não derivado de hemoglobina, 
formado quando a enzima tirocinasse catalisa a oxidação 
da tirosina em diidroxifenilalanina nos melanócitos. É o 
único pigmento preto-acastanhado endógeno. 
A hemossiderina é um pigmento granular ou cristalino, 
amarelo a castanho-dourado, derivado da hemoglobina, 
sendo a principal forma de armazenamento do ferro. Pode 
ser localizada ou sistêmica. Os excessos de ferro, locais 
ou sistêmicos, causam acúmulo de hemossiderina dentro 
das células. Os excessos locais resultam de hemorragias 
nos tecidos. O melhor exemplo de hemossiderose 
localizada é a equimose comum. 
Gabriel Bagarolo Petronilho TXVIII- MEDICINA FAG
Degeneração Hialina 
Glicogênio
Pigmentos 
 
Imagem: Grânulos de hemossiderina em células hepáticasem 
coloração H&E. 
 
Imagem: Grânulos de hemossiderina em células hepáticas em 
coloração pelo azul da Prússia (grânulo de ferro em azul). 
A bilirrubina provém da degradação da hemoglobina e 
remoção do ferro. A fração heme é convertida primeiro à 
biliverdina (bile verde) e, depois, à bilirrubina (bile 
vermelha). É um pigmento normal importante encontrado 
na bile. É derivada da hemoglobina, mas não contém 
ferro. Suas formação e excreção normais são vitais para a 
saúde, e a icterícia é um distúrbio clínico comum 
causado por excessos desse pigmento dentro das células 
e tecidos. 
A calcificação patológica é a deposição tecidual anormal 
de sais de cálcio, com menores quantidade de ferro, 
magnésio e outros mineiras. Existem duas formas: 
quando o depósito ocorre localmente em tecidos que 
estão morrendo, é conhecido como calcificação 
distrófica - em tecidos não viáveis com níveis séricos 
normais de cálcio e na ausência de perturbações no 
metabolismo do cálcio - e o depósito de sais de cálcio em 
tecidos normais é conhecido como calcificação 
metastática - em tecidos viáveis e resulta de 
hipercalcemia secundária a algum distúrbio do 
metabolismo do cálcio. 
Calcificação Distrófica 
É encontrada em áreas de necrose coagulativa, caseosa 
ou liquefativas e em focos de necrose enzimática da 
gordura. Ela também está presente nos ateromas da 
aterosclerose avançada, nas valvas cardíacas 
envelhecidas ou danificadas. Qualquer que seja o local do 
depósito, os sais de cálcio aparecem macroscopicamente 
como grânulos ou grumos finos brancos, muitas vezes 
palpáveis como depósitos arenosos. 
Pode ocorrer intra ou extracelular. O início da calcificação 
intracelular ocorre nas mitocôndrias de células mortas ou 
moribundas. Na patogenia da calcificação distrófica, a via 
comum final é a formação de mineral fosfato de cálcio 
cristalino na forma de uma apatita semelhante à 
hidroxiapatita do osso 
Embora a calcificação distrófica possa ser simplesmente 
um sinal de alerta de lesão celular prévia, com frequência 
causa uma disfunção do órgão. 
Calcificação Metastática 
Pode ocorre em tecidos normais por todo o corpo sempre 
que há hipercalcemia. 
A calcificação metastática afeta principalmente os tecidos 
intersticiais da mucosa gástrica, rins, pulmões, artérias 
sistêmicas e veias pulmonares, porém não apresentam 
grande significado clínico em pequena quantidade. 
 Há quatro principais causas de hipercalcemia: 
1. Aumento da secreção de paratormônio (PTH) com 
subsequente reabsorção óssea - hiperparatireoidismo e 
tumor de paratireoide. 
2. Destruição de tecido ósseo decorrente de tumores 
primários da medula óssea - mieloma múltiplo ou 
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Calcificação Patológica 
leucemia e metástases ósseas difusas, como CA de 
mama e próstata. 
3. Distúrbios relacionados à vitamina D - intoxicação por 
VIT D, sarcoidose e hipercalcemia idiopática da lactância 
(Síndrome de Williams). 
4. Insuficiência Renal - retenção de fosfato causando 
hiperparatireoidismo secundário. 
Causas menos comuns incluem intoxicação por alumínio, 
que ocorre em pacientes sob diálise renal crônica, e na 
síndrome do leite-álcali, que resulta da inges- tão 
excessiva de cálcio e antiácidos absorvíveis como o leite 
ou carbonato de cálcio. 
Começa no momento da concepção, envolve a 
diferenciação e maturação do organismo e suas células, 
em algum momento variável do tempo leva à perda 
progressiva da capacidade funcional característica da 
senescência e termina em morte. Com a idade, há 
alterações fisiológicas e estruturais em quase todos os 
sistemas orgânicos. 
O envelhecimento individual é afetado em grande 
extensão por fatores genéticos, dieta, condição social e 
ocorrência de doenças relacionadas à idade, como 
aterosclerose, diabetes e osteoartrite. 
Há boas evidências de que as alterações induzidas pelo 
envelhecimento nas células são um componente 
importante do envelhecimento do organismo. 
O envelhecimento celular é resultado do declínio 
progressivo da função e viabilidade celulares causado por 
anomalias genéticas e acúmulo de danos moleculares e 
celulares devido aos efeitos da exposição a influências 
exógenas. 
O envelhecimento é um processo regulado que é 
influenciado por um número limitado de genes, e que 
anomalias genéticas são a base de síndromes que 
lembram o envelhecimento prematuro também em 
humanos. 
A senescência celular é o conceito de que a célula possui 
uma capacidade limitada de replicação. O encurtamento 
do telômero à medida que as células se dividem, que 
resulta em interrupção do ciclo celular, é um dos principais 
mecanismos de senescência celular. O comprimento do 
telômero é mantido normalmente por adição de 
nucleotídeo mediada por uma enzima chamada 
telomerase. A telomerase é um complexo RNA-proteína 
especializado, que usa seu próprio RNA como modelo 
para a adição de nucleotídeos às extremidades dos 
cromossomos. A atividade da telomerase é mais alta em 
células germinativas e está presente em baixos níveis nas 
células-tronco, mas geralmente não é observada na 
maioria dos tecidos somáticos. 
Por outro lado, em células cancerosas imortais, a 
telomerase é reativada e os telômeros são estáveis, 
sugerindo que a manutenção do comprimento do telômero 
pode ser uma etapa importante – possivelmente essencial 
– na formação do tumor. 
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Envelhecimento Celular 
 
A duração da vida celular é determinada pelo equilíbrio 
entre lesão resultante de eventos metabólicos que 
ocorrem dentro da célula e as respostas moleculares 
neutralizantes que podem reparar a lesão. Um grupo de 
produtos potencialmente tóxicos do metabolismo normal 
são as espécies reativas de oxigênio (EROS). Essas 
espécies modificam de forma covalente proteínas, 
lipídeos e ácidos nuclêicos, acarretando uma variedade 
de rupturas e a quantidade de lesão oxidativa aumenta 
conforme o organismo envelhece, podendo ser uma 
causa importante da senescência. 
Portanto, a diminuição das defesas antioxidantes 
contribuem para a senescência celular e estão 
correlacionadas com um período de vida mais curto do 
organismo. 
Uma resposta importante para equilíbrio das lesões 
progressivas nas células é o reconhecimento e reparo do 
DNA lesado. O equilíbrio entre lesão metabólica 
cumulativa e a resposta à lesão determina a taxa em que 
envelhecemos, ou seja, esse envelhecimento pode ser 
retardado pelo decréscimo de acúmulo de lesões ou pelo 
aumento de respostas às lesões. 
Os estudos em modelos experimentais têm mostrado que 
o modo mais efetivo de prolongar o tempo de vida é a 
restrição calórica, possivelmente por causa da atividade 
mediada por uma família de proteínas denominadas 
sirtuínas. Elas aumentam a atividade metabólica, 
reduzem a apoptose, estimula o dobramento das 
proteínas e inibem os efeitos nocivos dos radicais livres 
do oxigênio. 
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