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CENTRO UNIVERSITARIO LEONARDO DA VINCI 
 
 
ORIENTADOR: RAFAEL BUSCH 
ACADÊMICA: DANIELA MARIA MACIEL 
UNIDADE CURRICULAR: DIREITO CONSTITUCIONAL - ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
 
AV1 - Na Federação, o poder político é descentralizado. Os entes federados possuem 
autonomia política e existe a repartição das competências para cada um destes entes. 
O objetivo da repartição dessas competências é de dividir o poder político entre os 
entes federados, União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 
Com esta base, disserte e diferencie o que são as competências exclusivas, privativas, 
competências comuns a todos os entes federativos e as competências legislativas 
concorrentes. Exemplifique todas as modalidades, utilizando ao menos 02 (dois) 
exemplos de cada competência. 
 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS: 
 
Nós temos na constituição federal do artigo 18 até o artigo 34 o tema: Organização do 
estado. A organização política-administrativa consiste na República Federativa do 
Brasil que é a Soberania e como “entes políticos” com capacidade legislativa: a União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, que são entes que possuem autonomia que 
consiste em Auto-organização criação de normas, Autogoverno ter governo próprio a 
ser eleito pela respectiva população e Autoadministração autonomia para organizar e 
prestar os serviços que lhe são próprios. 
 
Abordando aqui a repartição de competências dos artigos 21 a 24. 
O Brasil copiou o modelo americano, o modelo denominado Princípio da 
Predominância dos Interesses e esse princípio desenvolveu uma técnica onde de um 
lado eu tenho os entes federativos e do outro lado temos a atuação no seu respectivo 
interesse. 
Ficando assim a União atua quando o interesse for nacional, os Estados atuam quando 
o interesse for regional, os municípios atuam quando o interesse for local e o Distrito 
Federal atua de forma cumulativa competências dos Estados e Municípios, ou seja, 
Regional + Local. 
 
As Competências tem natureza Administrativa e Legislativa. 
As competências da União de natureza administrativa é Exclusiva, indelegável (art 21 
cf) e a da natureza Legislativa é Privativa, delegável (art 22 cf). 
As competências de natureza administrativas de todos os entes federativos são 
denominadas de competências Comuns (art 23 cf), e as competências de natureza 
legislativa de todos os entes federativos (sem citar os municípios) são denominados 
competência Concorrente (art 24 cf) No que se refere aos municípios alguns 
doutrinadores interpretam que na competência concorrente existe uma característica 
que é ser suplementar, e por ser suplementar e os municípios exercendo essa 
característica também, eles integrariam a competência concorrente. 
EXEMPLOS DE CADA COMPETÊNCIA: 
 
Natureza Administrativa 
 
União competência Exclusiva: São matérias que somente a União pode fazer! 
Elas se encontram descritas no Art 21 não traz a palavra exclusiva, mas se trata deste 
artigo, e é indispensável mencionar que é INDELEGÁVEL ; 
Art. 21. Compete à União: 
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações 
internacionais; 
II - declarar a guerra e celebrar a paz; 
III - assegurar a defesa nacional; 
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras 
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; 
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; 
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; 
VII - emitir moeda; 
[...] XXIX; 
Ainda no artigo 21, observa-se que nos incisos XIII e XVI a seguinte matéria, são 
exceções importantes: 
 
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e 
dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito) 
 
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de 
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao 
Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019) 
 
Organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal, o DF é 
outro ente federativo que tem autonomia própria, mas que neste caso, neste assunto 
a autonomia do DF, está sendo parcialmente tutelada pela união. 
Polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito 
Federal é organizado e mantido pela União, sendo assim posso dizer por exemplo que 
um PM do DF é cargo federal. Pois a lei que cria e remunera é a União; 
 
 
Natureza Administrativa 
 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios competência Comum: São matérias que 
todos os entes podem fazer, previstos no Art 23. São competências comuns, que 
derivam de uma certa lógica, por exemplo o inciso VI, não seria razoável somente a 
União proteger o meio ambiente, é o mesmo que dizer que os municípios podem 
produzir lixos e descartar no meio ambiente sem qualquer responsabilidade ou 
obrigação. 
 
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios: 
 
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e 
conservar o patrimônio público; 
 
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas 
portadoras de deficiência; 
 
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e 
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; 
 
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros 
bens de valor histórico, artístico ou cultural; 
 
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à 
pesquisa e à inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 
2015) 
 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
 
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; 
 
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; 
 
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições 
habitacionais e de saneamento básico; 
 
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a 
integração social dos setores desfavorecidos; 
 
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e 
exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; 
 
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. 
 
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União 
e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do 
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 53, de 2006). 
 
Natureza Legislativa 
 
União competência Privativa: São matérias que somente a União pode legislar! Elas se 
encontram descritas no Art 22. A competência privativa é delegável, importante dizer 
sobre o princípio de reserva legal constatado: Parágrafo Único Lei complementar 
poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias 
relacionadas neste artigo 
 
O Distrito Federal é unte federativo com competência hibrida, ora ele age como se 
fosse um estado, ora ele age como se fosse um município desta forma, quando ele age 
como estado, ele poderia sim receber uma delegação mediante lei complementar de 
competência privativa. 
 
Natureza Legislativa 
 
União, Estados, Distrito Federal competência Concorrente: São matérias que todos os 
entes mencionados podem legislar de forma concorrente, previstos no Art 24. 
 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (Vide Lei 
nº 13.874, de 2019) 
 
II - orçamento; 
 
III - juntas comerciais; 
 
IV - custas dos serviços forenses; 
 
V - produçãoe consumo; 
 
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da nat 
 
[...] 
 
1ª regra: União fixa regras gerais. 
2ª regra: Os Estados suplementam/complementam a Legislação da União. 
3ª regra: Se a união não falar nada, os Estados (incluindo DF) podem falar tudo 
4ª regra: Se a união não falou nada, e o Estado legislou sobre aquilo e a União 
perceber que ela também precisa legislar sobre aquilo que ela não falou nada, e ela vir 
a legislar depois do Estado. A Lei Federal superveniente a Lei Estadual suspende a 
eficácia da Lei Estadual naquilo que for contrário. Importante ressaltar que não há 
revogação da Lei Estadual, pois revogação pressupõe hierarquia, e não há uma 
hierarquia propriamente dita. Ficando apenas suspensão da eficácia daquilo que for 
contrário. 
 
 
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a 
estabelecer normas gerais. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) 
 
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a 
competência suplementar dos Estados. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) 
 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência 
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. (Vide Lei nº 13.874, de 
2019) 
 
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei 
estadual, no que lhe for contrário. (Vide Lei nº 13.874, de 2019). 
 
Exemplo prático, sobre competência concorrente, legislar sobre a junta comercial 
 
Regra 1: a União cria uma lei que todas as juntas comerciais devem ter portas e 
janelas. 
Regra 2: o Estado x, fala que todas as juntas comerciais devem ter portas e janelas 
brancas (ela veio para suplementar). 
Regra 3: O Estado então legisla sob as juntas comerciais devem ter portas e janelas 
brancas. E a União não comentou nada. 
Regra 4: Vem a União e suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe é contrário, 
colocando que as janelas e portas serão amarelas e não brancas.

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