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ENVELHECIMENTO PATOLÓGICO DIABETES & HIPERTENSÃO Saúde do Idoso Eli Ikuta & Rosana David DIABETES MELLITUS TIPO 2 É também chamado de diabetes não insulinodependente ou diabetes do adulto e corresponde a 90% dos casos de diabetes. Ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40 anos de idade embora na atualidade se vê com maior frequencia em jovens , em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e stress da vida urbana. Encontra-se a presença de insulina porém sua ação é dificultada pela obesidade, o que é conhecido como resistência insulínica, uma das causas de HIPERGLICEMIA. • Realizar glicemia de jejum de oito horas • Resultado: pessoas com uma glicemia em jejum superiores ou igual a 126 mg/dl devem realizar confirmação do resultado com nova glicemia de jejum, para, dependendo do segundo resultado, serem diagnosticadas com diabetes. DIABETES MELLITUS tipo 2 Rastreamento Valores de glicose plasmática (em mg/dl) para diagnóstico DM Diagnósticos Glicemia de Jejum Glicemia pós- prandial (2 h após 75 g de glicose anidra) Ao acaso Glicemia Normal < 100 < 140 Pré-diabetes > 100 a 126 ≥ 140 a <200 DM ≥ 126 ≥ 200 ≥ 200 (com sintomas clássicos) Fonte: Ministério da Saúde, 2007 • Poliúria • Polidipsia • Polifagia • Perda involuntária de peso • Outros: Fadiga, fraqueza, letargia, prurido cutâneo e vulvar e infecções de repetição. Idoso: Risco das complicações cardíacas e vasculares é maior Comparado ao não diabético, mais sujeito a ser poli medicado, apresentar perdas funcionais, cognitivos, depressão, quedas e fraturas, incontinência urinária e dores crônicas. Sintomas clássicos da Diabetes As duas abordagens fundamentais para avaliar o controle glicêmico são: dosagem da Hemoglobina glicada (A1c) e o Automonitoramento da glicemia capilar (AMGC). Programa de Automonitoramento Glicêmico (AMG): Cadastrar e atender os munícipes portadores de Diabetes mellitus (DM) Insulinodependentes; possibilitando o acesso de forma contínua aos insumos: tiras, lancetas e seringas que garantam o automonitoramento glicêmico (AMG), através de disponibilização de aparelhos monitores de glicemia capilar. UBS – Cadastrar os pacientes com diabetes que fazem uso da insulina no Programa do Automonitoramento Glicêmico. Fazer o acompanhamento do paciente. HIPERTENSÃO ARTERIAL Hipertensão Arterial Sistêmica é uma das doenças de maior prevalência no mundo moderno e é caracterizada pelo aumento da pressão arterial, tendo como causas a hereditariedade, a obesidade, o sedentarismo, o etilismo, o stress e outras. A sua incidência aumenta com a idade. Hipertensão arterial (HA) é condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco (FR), como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes mellitus (DM). Mantém associação independente com eventos como morte súbita, acidente vascular encefálico (AVE), infarto agudo do miocárdio (IAM), insuficiência cardíaca (IC), doença arterial periférica (DAP) e doença renal crônica (DRC), fatal e não fatal. No Brasil, HA atinge 32,5% (36 milhões) de indivíduos adultos, mais de 60% dos idosos, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por doença cardiovascular (DCV). FATORES DE RISCOS PARA HA • Idade • Sexo e etnia • Excesso de peso e obesidade • Ingestão de sal • Ingestão de álcool • Sedentarismo • Fatores socioeconômicos • Genética Estratégias para implementação de medidas de prevenção Políticas públicas de saúde combinadas com ações das sociedades médicas e dos meios de comunicação. O objetivo deve ser estimular o diagnóstico precoce, o tratamento contínuo, o controle da PA e de FR associados, por meio da modificação do estilo de vida (MEV) e/ou uso regular de medicamentos. Classificação da PA de acordo com a medição casual ou no consultório a partir de 18 anos de idade Classificação PAS (mm Hg) PAD (mm Hg) Normal ≤ 120 ≤ 80 Pré-hipertensão 121-139 (PAS) 81-89 (PAD) Hipertensão estágio 1 140 – 159 (PAS) 90 – 99 (PAD) Hipertensão estágio 2 160 – 179 (PAS) 100 - 109 (PAD) Hipertensão estágio 3 ≥ 180 (PAS) ≥ 110 (PAD) Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da PA. Considera-se hipertensão sistólica isolada se PAS ≥ 140 mm Hg e PAD < 90 mm Hg, devendo a mesma ser classificada em estágios 1, 2 e 3. Idosos Maior frequência do hiato auscultatório, que consiste no desaparecimento dos sons durante a deflação do manguito, resultando em valores falsamente baixos para a PAS ou falsamente altos para a PAD. A grande variação da PA nos idosos ao longo das 24 horas torna a MAPA (Medição Ambulatorial da Pressão Arterial) uma ferramenta muitas vezes útil. A pseudo-hipertensão, que está associada ao processo aterosclerótico, pode ser detectada pela manobra de Osler, ou seja, a artéria radial permanece ainda palpável após a insuflação do manguito pelo menos 30 mmHg acima do desaparecimento do pulso radial. Maior ocorrência de EAB (Efeito do avental branco) hipotensão ortostática e pós-prandial e, finalmente, a presença de arritmias, como fibrilação atrial, podem dificultar a medição da PA. http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/20 16/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.pdf http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.pdf A abordagem terapêutica da PA elevada inclui medidas não medicamentosas e o uso de fármacos anti-hipertensivos, a fim de reduzir a PA, proteger órgãos-alvo, prevenir desfechos Cardiovascular (CV) e renais. Medidas não medicamentosas têm se mostrado eficazes na redução da PA, apesar de limitadas pela perda de adesão a médio e longo prazo. Medidas Necessárias para o acompanhamento da pessoa Hipertensa: • Equipe multidisciplinar • Redução dos Fatores de Riscos • Acompanhamento Ambulatorial • Visita Domiciliária • Ações Educativas • Tratamento medicamentoso Programa HIPERDIA Cadastramento de todos os pacientes hipertensos e diabéticos e acompanhamento para o planejamento das ações de saúde, materiais e identificar as necessidades de saúde.
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