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Metabolismo da Glicose

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Vias metabólicas e a relação com a homeostasia da glicemia.
Pesquise e apresente as reações das vias abaixo, abordando em seu texto: localização celular, finalidade da via, enzimas envolvidas que sofrem controle, hormônios envolvidos na regulação e seus respectivos estados fisiológicos.
I) Gliconeogênese
II) Glicogenólise
III) Glicogênese
EM SEGUIDA ATRIBUA QUAIS VIAS ESTARIAM ATIVAS PARA OS PACIENTES DA SA 01.
I. Gliconeogênese
É uma via metabólica importante, presente em alguns tecidos: cérebro, hemácias, medula renal, cristalino e córnea ocular, testículos e músculo em exercício. Estes tecidos tem o suprimento contínuo de glicose. Ocorrendo principalmente no fígado, em menos extensão nos rins e nas células epiteliais de revestimento do intestino delgado. É a principal fonte de energia ou a única. A gliconeogênese é quase o inverso da glicólise, com exceção de três reações irreversíveis dessa via, sendo elas Hexoquinase, fosfofrutoquinase e piruvato quinase. 
A gliconeogênese utiliza como fonte de glicose piruvato, lactato e glicerol, entre outras moléculas diversas sem ser carboidratos.
As enzimas necessárias nesta via são: lactato desidrogenase, piruvato carboxilase, fosfoenolpiruvato – carboxiquinase, lipase, glicerol – quinase, glicerol 3-fosfato desidrogenase, triose fosfato isomerase,, frutose 1,6-bisfosfatase, fosfoglicoisomerase, e por ultimo a ação da glicose 6-fosfatase. Sendo um processo de múltiplas etapas sendo 7 etapas, reações irreversíveis. Essa via é regulada pelos hormônios glucagon e em períodos de estresse pode também ser regulada pela adrenalina, com a intenção de se ter mais glicose no organismo no momento.
II. Glicogenólise
É um processo catabólico, o qual é ativado em função da necessidade e utilização de glicose pelo organismo. Ocorrendo a degradação da molécula de glicogênio já formada. Esta via metabólica atua no fígado e nos músculos. Sendo esta via controlada por enzimas, são elas: Glicogênio fosforilase, enzima de desramificação do glicogênio, fosfoglicomutase e a glicose 6-fosfatase.
Esta via é ativada quando há uma queda na glicemia. Com a ação inicial da enzima glicogênio fosforilase, com a utilização de uma coenzima piridoxalfosfato, tirando um resíduo de glicose da molécula de glicogênio, rompendo a ligação glicosídica do tipo α-1,4 e adicionando um fosfato no carbono 1, formando a molécula de glicose 1-fosfato. Esta enzima sofre controle alostérico, sendo ativada por concentrações elevadas de AMPc, inibida por concentrações altas de ATP, glicose 6-fosfato e pela própria glicose. Esta enzima também pode ser controlada pela ação hormonal, sendo os hormônios envolvidos: insulina, glucagon e adrenalina.
Após a degradação da glicose 1-fosfato a enzima fosfoglicomutase começa a atuar promovendo a transformação de glicose 1-fosfato em glicose 6-fosfato que será o substrato para a ação enzimática da glicose 6-fosfatase. A enzima de desramificação do glicogênio quebra ligações do tipo α-1,4 e o resíduo restante, ocorrendo hidrólise. Ao ativar a enzima glicose 6-fosfatase pelo seu substrato, ela é transformada em glicose apenas sendo lançada na corrente sanguínea para manutenção glicêmica. Esclarecendo que apenas o glicogênio hepático pode voltar para a corrente sanguínea.
III. Glicogênese
Esta via é considerada anabólica, responsável pela união de várias moléculas de glicose, formando assim o glicogênio, este sendo armazenado nas células hepáticas e musculares. Sendo apenas o glicogênio hepático utilizado para a manutenção da glicemia.
Para a síntese do glicogênio são necessárias enzimas responsáveis por catalisar essa reação. São elas: glicoquinase, fosfoglicomutase, UDP – glicose pirofosforilase, glicogênio sintase e enzima de ramificação do glicogênio.
A ação da enzima glicoquinase promove a adição de um fosfato no carbono 6 da molécula de glicose, dando origem a glicose 6-fosfato, com a ação do cofator Mg2+ para ativação da enzima glicose 6-fosfatase, o substrato dessa reação vai se ligar a enzima fosfoglicomutase, que faz com que o fosforo desse substrato mude de posição, obtendo o produto glicose 1-fosfato. A enzima UDP – glicose pirofosforilaseira usar o produto da reação anterior para retirar o fosforo e adicionar a molécula de glicose ao grupo uridina difosfato, formando a UDP – glicose. A UDP – glicose sofre ação da enzima glicogênio sintase, onde é feita a transferência de uma unidade de glicosil da molécula de UDP – g, dando origem a ligação glicosídica α – 1,4. Esta enzima sofre ação alostérica, sendo controlada por concentrações de ATP, ADP e PPi. O glicogênio têm ramificações, onde é necessário a utilização da enzima de ramificação do glicogênio, onde ocorre a transferência de um segmento de 7 resíduos de glicose estando tendo o ponto de ramificação no mínimo 4 resíduos de glicose, sendo que a união de 2 ou mais resíduos de glicose é necessário uma proteína pata efetuar a polimerização de várias moléculas de glicose em cadeia, sendo esta proteína glicogenina com a ação da glicosil transferase. Formando assim o glicogênio pela via glicogênese.
Vias ativas para cada paciente, em cada caso de níveis glicêmicos são:
a. 55mg/dL- (3) - paciente apresenta hipoglicemia, podendo ser causada por rápida absorção de carboidratos pelo organismo - Glicogenólise
b. 88mg/dL – (1) – paciente fez o teste em jejum, apresentando glicemia normal – Glicogenólise e Glicogênese.
c. 140mg/dL – (3) – teste analisado após 120 minutos pós-carga, ou seja, 2 horas após se alimentar - Glicogênese
d. 110mg/dL – (2) – teste analisado após paciente realizar exercícios físicos em jejum com desmaio devido ao aumento da produção de glicose com atuação do glucagon - ação da via metabólica Gliconeogênese e Glicogênese. 
e. 300mg/dL – (4) – paciente diagnosticado com diabetes, no momento do exame foi detectado hiperglicemia – Glicogênese.

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